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16 novembro, 2010

Jacarés, Crocodilos e Gaviais

 Jacarés, Crocodilos e Gaviais

Os crocodilianos (do latim científico Crocodylia) constituem uma ordem de répteis que inclui os crocodilos, jacarés, aligatores e o gavial. O grupo diversificou-se dos restantes répteis há cerca de 220 milhões de anos, no Triássico.

Os membros desta ordem distinguem-se dos outros répteis pelo sistema circulatório. Os crocodilianos têm um coração com quatro câmaras, mas ao contrário dos mamíferos o sangue oxigenado mistura-se com o sangue desoxigenado através de uma comunicação entre a artéria aorta e artéria pulmonar.

Dentro do grupo, as famílias distinguem-se entre si pela morfologia da cabeça e características da dentição.
Jacaré-do-Papo-Amarelo
(Caiman latirostris)

É um jacaré típico da América do Sul. A espécie habita as florestas tropicais, preferindo áreas de baixada, em lagoas, lagos e rios. É um animal carnívoro que vive aproximadamente cinquenta anos.

São conhecidos por este nome pois, durante a fase do acasalamento, estes animais costumam ficar com a área do papo amarelada.
Mede em média entre 1,5 m e 2,5 m mas já foram capturados exemplares com mais de 3,5 m. Caracterizam-se por possuírem uma mordida forte, podendo partir o casco de uma tartaruga com extrema facilidade.
Estes animais costumam se alimentar de crustáceos e pequenos mamíferos; eventualmente os exemplares maiores podem atacar presas maiores. Seu alimento principal são certos moluscos gastrópodes disseminadores de algumas moléstias nas populações ribeirinhas. Desta forma, nos ambientes onde o jacaré foi eliminado, cresce a incidência de barriga de água entre a população que reside próximo aos rios.
O acasalamento ocorre na terra ou em charcos com pouca água. A fêmea coloca em média, 25 ovos num ninho construído entre a vegetação, próximo à água, e cobre os mesmos com folhas secas e areia. Após a postura, a fêmea torna-se mais agressiva e nunca se afasta dos ovos, pois, estes podem ser predados por animais como o teiú, o quati e o guaxinim. Quando nascem, após cerca de 75 dias, os filhotes se dirigem rapidamente para a água, fugindo de predadores como gaviões e outras aves.
Broad-snouted caiman

Broad-snouted caiman hatching from egg

Jacaré-Açu
(Melanosuchus niger)

É uma espécie de jacaré exclusiva da América do Sul.
O jacaré-açu, também conhecido como jacaré-negro, é um predador de topo de cadeia alimentar; exemplares adultos de grandes dimensões podem predar qualquer animal de seu habitat inclusive outros predadores de topo se forem surpreendidos por esse animal (como onças, pumas, jibóias e sucuris). Normalmente ele se alimenta de pequenos animais como tartarugas,peixes, capivaras e veados. É uma espécie que esteve à beira da extinção devido ao valor comercial do seu couro de cor negra e da sua carne. Atualmente encontra-se protegido e sua população encontra-se estável no Brasil. É a maior espécie de jacaré, com tamanho médio de 3,5 metros e mais de 300 kg. Já foram encontrados exemplares com mais de 5,5 metros de comprimento e possivelmente 1/2 tonelada de peso.
Ficheiro:Buberel cayman 3.jpg

Jacaré-do-Paraguai
(Caiman yacare)

É um jacaré que habita a parte central da América do Sul, incluindo o norte da Argentina, sul da Bolívia e Centro-Oeste do Brasil, especialmente no Pantanal e rios do Paraguai. Em castelhano é chamado jacaré-negro.
Mede entre dois a três metros de comprimento e seu padrão de coloração é bastante variado, sendo o dorso particularmente escuro, com faixas transversais amarelas, principalmente na região da cauda. Mesmo com a boca fechada deixa ver muitos dentes, pelo que é por vezes também chamado jacaré-piranha. A sua dieta é constituída por peixe, moluscos e crustáceos. As fezes desse jacaré servem de alimento para muitos peixes.
Ele põe seus ovos, que podem ser uma quantidade de 20 a 30 dentro de um ninho na mata nos meses de Janeiro a Março. Período de incubação: 70 a 80 dias. A temperatura corporal do jacaré-do-pantanal é de 25 a 30 graus.

Jacaretinga
(Caiman crocodilus)

Jacaré-de-óculos ou caimão-de-lunetas (em Portugal) é um réptil carnívoro que habita diferentes tipos de rios e lagos de água doce ao sul do México, América Central e noroeste da América do Sul. No Brasil recebeu o nome de jacaretinga por causa de seu dorso branco (tinga significa "branco" em língua tupi).
Os machos chegam a medir entre 1,8 e 2,5m de comprimento e as fêmeas 1,4m. Alimentam-se de diferentes espécies de animais: crustáceos, peixes, anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos.
O cruzamento ocorre na estação chuvosa. A fêmea faz um ninho aglomerando pequenas quantidades de vegetação seca e terra e põe ali de 14 a 40 ovos que demoram em média 60 dias para eclodir. Ao nascer medem cerca de 20 cm.

Jacaré-Amaricano
(Alligator mississippiensis)

Caimão ou aligátor (Alligator mississippiensis) é uma espécie de jacaré encontrada apenas na região sudeste dos Estados Unidos, junto aos riachos e pântanos. São exageradas as histórias de jacarés encontrados nos esgotos das grandes cidades americanas. Podem ser domesticados e, de fato, há pessoas que tentam criá-los em apartamentos.
Quando jovens, alimentam-se de insetos e pequenos crustáceos. Adultos, procuram rãs, cobras, peixes e animais mortos. Também podem se alimentar de animais grandes, ocasionalmente, puxa um veado para dentro d'água, afogam-no e depois o comem. Um caimão fica muito briguento na época do acasalamento, torna-se muito inquieto e berra para atrair a fêmea. Esta faz o seu ninho com lodo e matéria vegetal, e nele deposita os ovos. Toma conta deles até que os filhotes saiam.
Uma espécie próxima do aligátor é encontrada nos rios da China. Como é muito caçado, está em via de extinção.

Ficheiro:American Alligator.jpg

Ficheiro:Albino Alligator 2008.jpg

Jacaré-Anão
(Paleosuchus palpebrosus)

É um jacaré do norte da América do Sul. É encontrado na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Vive principalmente próximo de correntes rápidas, mas vive também em águas pobres em nutrientes.
É a menor espécie da família dos aligatores alcançando apenas 1,5 metros de comprimento. Os jacarés-anões juvenis alimentam-se de invertebrados, enquanto que os adultos comem peixes e invertebrados. Abriga-se em tocas durante o dia. Põe ovos num ninho de terra que eclodem ao fim de cerca de três meses.

Jacaré-Coroa
(Paleosuchus trigonatus)

A pele não possui muito valor por repleta de osteodermos (placas ósseas). Isso, somado ao pequeno porte, faz com que não sejam muito caçados. A verdadeira ameaça vem da destruição e poluição (principalmente por mercúrio de garimpos) de seu hábitat. Há também captura ilegal de espécimes vivos para serem comercializados como animais de estimação (essa atividade é permitida e intensa na Guiana). Na Bolívia há um programa de reprodução em cativeiro e os filhotes são reintroduzidos em seu hábitat. No Brasil essa espécie foi pouco estudada até o presente momento. Vive na Bacia do Amazonas e Orinoco.


Crocodilo-Americano
(Crocodylus acutus)

É um crocodilo que pode ser encontrado no sul do México, América Central e norte da América do Sul. Assim como o crocodilo-de-água-salgada, ele também entra no mar. Populações ocorrem a partir do Atlântico e do Pacífico nas ostas do sul do México à América do Sul, na medida do Peru e Venezuela. Ele também se reproduz em Cuba, Jamaica e Hispaniola. Os maiores destes animais podem chegar aos 20 pés de comprimento ( 6 metros de comprimento) e chegar a pesar 800 quilos, mas agora não se encontram destes animais com mais de 4 metros de comprimento e 500 quilos.
A sua força de mordedura é impressionante, com mais de 1300 quilos, o que o coloca nos animais com a força de mordedura mais forte no planeta cuja a maior força é do crcodilo de água salgada.


Crocodilo-do-Orinoco
(Crocodylus intermedius)

Essa espécie é encontrada no Sudeste dos EUA nos estados de Alabama, Arkansas, Carolinas do norte e do sul, Flórida, Geórgia, Louisiana, Mississippi, Oklahoma e Texas.
Os filhotes se alimentam principalmente de invertebrados (artrópodes em geral) e pequenos peixes; os adultos predam tartarugas, peixes, aves, serpentes, roedores, guaxinins e ocasionalmente animais maiores, como cervos
Seu território foi diminuído devido a grandes projetos de drenagem de pântanos para conversão em grandes fazendas. Sua população foi reduzida nos anos 50 e 60 devido à caça para o comércio de peles, atualmente a espécie se recuperou por estar protegida, estima-se que haja mais de um milhão de aligátores selvagens nos EUA.


Crocodilo-Anão 
(Osteolaemus tetraspis)

A espécie não se encontra em perigo imediato porque sua área de ocorrência inclui vários países da África equatorial, alguns deles com um alto número de crocodilos. Em alguns locais a população diminuiu severamente e corre risco de desaparecer. Alimenta-se de peixes, crustáceos e possivelmente outras presas terrestres. Um estudo realizado no Congo mostrou que a dieta da espécie varia ao longo do ano: peixes durante a estação chuvosa e crustáceos na estação mais seca do ano. Seu tamanho é menos de 2m (tamanho máximo registrado de 1,9m).



Crocodilo-Africano-de-Focinho-Comprido
(Crocodylus cataphractus)

Poucas informações disponíveis. A espécie não é considerada ameaçada, mas as populações estão em decréscimo em alguns pontos de sua área de ocorrência. Esse decréscimo deve-se à caça e destruição de seu hábitat. Alimenta-se basicamente de anuros (anfíbios), peixes e invertebrados aquáticos, mas animais adultos podem abater presas maiores.


Crocodilo-de-Água-Salgada 
(Crocodylus porosus)

Crocodilo-marinho, ou crocodilo-poroso (Crocodylus porosus) é o maior réptil existente na actualidade e pode ser extremamente perigoso para o homem. A sua distribuição estende-se pelos Oceanos Índico e Pacífico, desde a costa doVietname às Ilhas Salomão e Filipinas, sendo mais comum no Norte da Austrália e Nova Guiné. Este crocodilo habita rios e estuários, mas, como o nome indica, pode também ser encontrado em zonas costeiras de mar aberto.
Estes crocodilos apresentam um forte dimorfismo sexual. Os machos podem medir entre 7 e 10 metros de comprimento e pesar até 2000 kg, enquanto as fêmeas raramente crescem além dos 2,5 metros. A cabeça é relativamente grande em relação ao corpo e apresenta duas cristas em torno dos olhos. Enquanto juvenis, os crocodilos-de-água-salgada são amarelados com riscas e/ou pintas escuras, tornando-se uniformemente escuros em adultos. A barriga é mais clara e de cor branca ou amarelada. As maxilas têm entre 64 a 68 dentes aguçados, são movidas por músculos poderosos e podem esmagar numa única dentada o crânio de um bovídeo adulto.



Crocodilo-de-Morelet
(Crocodylus moreletii) 

Estima-se que hajam de 10.000 a 20.000 espécimes na natureza. Sua biologia e ecologia são pouco conhecidas. Pesquisas recentes indicam que a espécie não está perdendo território, ainda sim programas de conservação estão sendo implantados. Vive na Costa caribenha do México, Belize e Guatemala. Jovens se alimentam de invertebrados e pequenos peixes; adultos preferem peixes maiores, mamíferos, quelônios e moluscos aquáticos. Pode chegar até 3m.


Crocodilo-do-Nilo
(Crocodylus niloticus) 

É uma espécie de crocodilo africano, cuja distribuição se estende desde a bacia do Nilo às regiões a sul do deserto do Sahara a Madagáscar e ao arquipélago das Comores. Esta espécie, é uma das maiores do mundo (o maior crocodilo é o de água salgada), é bastante perigosa para o Homem e foi venerada como divindade no Antigo Egipto.
O crocodilo-do-nilo é, assim como as demais espécies de crocodilos, um animal carnívoro, embora sua boca longa e cheia de dentes curtos e afiados não seja própria para devorar pedaços de carne. Por esse motivo ele carrega a vítima para dentro da água e espera até que a carne fique mais macia.
Os ovos da fêmea do crocodilo-do-nilo são colocados em ninhos na areia e os filhotes demoram de 11 a 14 semanas para nascer. Os ovos e os filhotes são alvos fáceis de predadores, incluindo outros crocodilos maiores. Como é próprio da espécie, os crocodilos-do-nilo fêmeas são mães atenciosas. Constroem grandes ninhos perto da água nos quais põem os ovos, tomam conta dos ninhos por dois a três meses até os filhotes saírem dos ovos e cuidam das crias nos dois primeiros anos. Na maior parte da vida, os crocodilos são solitários; grande número de crocodilos é encontrado junto a locais onde existem alimentos, mas sem formar grupos como manadas ou cardumes, que têm um sentido técnico em outras espécies.
Habitam água doce ou de baixa salinidade, como rios e lagos da África subsaariana. Entre suas várias técnicas de caça, usam a cauda para encurralar peixes ou abater presas terrestres, atacam de emboscada animais grandes e, com as mandíbulas, arrastam-nos até a água ou até mesmo aprisionam animais sob árvores ou pedras para afogá-los. Por terem dificuldade em retirar pedaços das presas, os crocodilos executam o "rolo da morte", usando o peso do corpo para despedaçar a carne das presas.
Um crocodilo-do-nilo adulto é um animal extremamente forte e agressivo. O seu couro grosso o protege de qualquer ataque, sendo os olhos o único ponto fraco. Geralmente vivem muitos anos e seus dentes e patas crescem novamente se perdidos, além disso eles conseguem passar longos períodos debaixo da água e esta capacidade aumenta com os anos. Outra característica sofisticada é que seus olhos possuem pupilas que se dilatam de noite, assim como acontece com os gatos, permitindo que os crocodilos enxerguem muito bem no escuro.
O crocodilo-do-nilo é caçado pelo homem devido ao valor do seu couro, mas não chega a ser uma espécie ameaçada. Entre seus inimigos o que se destaca é o elefante, pois suas patas destroem qualquer crocodilo distraído que estiver no caminho.

Crocodilo-Palustre - Vive em Bangladesh, Sri Lanka, Índia, Nepal, Paquistão e Irã.
Populações selvagens estimadas em 10.000 espécimes. A principal ameaça a espécie é a degradação de seu hábitat.
Jovens predam invertebrados e pequenos peixes; adultos preferem peixes, rãs, aves, répteis e mamíferos (incluindo cervos e búfalos d´água). Pode Chegar até 5m.


Crocodilo-Cubano
(Crocodylus rhombifer)

População selvagem estimada em 3.000 a 6.000 espécimes. Houve uma drástica redução da área de ocorrência. Atualmente a população está se recuperando graças aos esforços de conservacionistas. Acredita-se que alguns indivíduos estejam intercruzando com o crocodilo americano, que foi introduzido em seu hábitat, o que poderia estar prejudicando a recuperação da espécie. Geralmente não excedem 3,5m, mas há registros de animais com mais de 4m. Alimentam-se de peixes, quelônios, anfíbios, pequenos mamíferos.


Crocodilo-Siamês
(Crocodylus siamensis)

População estimada em menos de 5.000 espécimes. Considerado extinto ou quase extinto em quase todos os países onde ocorre. Alguns programas de reintrodução estão em desenvolvimento na Tailândia, mas para serem bem sucedidos dependem de proteção ao hábitat. Alimentam-se de peixes, répteis, anfíbios e pequenos mamíferos. Vive em Camboja, Laos, Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia, pequena porção da China.

Captive female siamese crocodile with young

Siamese crocodile in shallow water

Gavial
(Gavialis gangeticus)

É a única espécie extante de crocodilo do gênero Gavialis, família Gavialidae. Pode ser encontrado nos rios da Índia e Nepal, e historicamente também habitava os rios do Paquistão, Butão, Bangladesh e Mianmar.
A espécie difere dos demais crocodilianos pelo focinho estreito e alongado, e pela presença de uma protuberância nos machos adultos, caracterizando um dimorfismo sexual visível. Outra característica única é a exteriorização dos dentes da metade anterior da maxila e da mandíbula quando a boca do animal está fechada. Com registros de espécimes medindo até seis metros de comprimento, é uma das maiores espécies dentro da ordem Crocodylia.
Essa espécie é considerada uma das mais ameaçadas de extinção atualmente. Sua população não ultrapassa trezentos animais, além de seu habitat vir sendo degradado continuamente pelo humano, que em constante expansão, tanto urbana quanto na agropecuária, se apropria de zonas ciliares, onde os gaviais se reproduzem e passam uma parte de suas vidas.

Ficheiro:Indian Gharial Crocodile Digon3.JPG

Group of young gharial at breeding centre


Gavial-Falso
(Tomistoma schlegelii)

É um réptil pertencente à família Gavialidae. A espécie habita apenas cerca de seis sistemas fluviais na Malásia e na ilha de Sumatra. Até recentemente, considerava-se que fazia parte da família Crocodylidae, mas estudos filogenéticos recentes colocam-na na família Gavialidae, juntamente com o Gavial. Tem um focinho muito longo, que faz lembrar o aspecto externo do gavial. A espécie é considerada vulnerável graças ao perigo de redução do seu habitat.



15 novembro, 2010

Tartarugas, Jabutis e Cagádos

Quelônios

Os quelônios, quelónios ou testudíneos são répteis da ordem Testudinata (Chelonioidea). Esse grupo está representado pelas tartarugas (as marinhas e as de água doce), pelos cágados (de água doce) e pelos jabutis (terrestres)

Esses animais apresentam placas ósseas dérmicas, que se fundem originando uma carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos, que protegem o corpo. As vértebras e costelas fundem-se e a essas estruturas. Os ossos da carapaça são recobertos por escudos córneos de origem epidérmica. Não possuem dentes, mas apresentam lâminas córneas usadas para arrancar pedaços de alimentos.São todos ovíparos. Os quelônios estão na lista dos maiores répteis do mundo.

Ficheiro:Haeckel Chelonia.jpg


Tartaruga-Verde

Tartaruga-Verde - uruanã ou aruanã (Chelonia mydas) é uma tartaruga marinha da família Cheloniidae e o único membro do género Chelonia. A espécie está distribuída por todos os oceanos, nas zonas de águas tropicais e subtropicais e de qualquer altitude do mundo, com duas populações distintas no Oceano Atlântico e no Oceano Pacífico. O nometartaruga-verde deve-se à coloração esverdeada da sua gordura corporal.
É uma tartaruga marinha com um corpo achatado coberto por uma grande carapaça em forma de lágrima e um grande par de nadadeiras. É de cor clara, exceto em sua carapaça onde os tons variam do oliva-marrom a preta, no Pacífico Oriental. Ao contrário de outros membros de sua família, como a tartaruga-de-pente e a tartaruga-comum, a tartaruga-verde é principalmente herbívora. Os adultos geralmente habitam lagoas rasas, alimentando-se principalmente de diversas espécies de ervas marinhas.


Tartaruga-de-Pente

Ou tartaruga-de-escamas (Eretmochelys imbricata), também conhecida pelos nomes de tartaruga-de-casco-vinho, tartaruga-legítima e tartaruga-verdadeira, é uma tartaruga marinha da família dos queloniídeos, encontrada em mares tropicais e subtropicais. Espécie criticamente ameaçada de extinção devido a caça indiscriminada, possui carapaça medindo entre 80 e 90 cm de comprimento, coberta por placas córneas imbricadas que fornecem um material utilizado na confecção de diversos utensílios.

A tartaruga-de-pente tem como habitat natural recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas. A espécie tem uma distribuição mundial, com subespécies do Atlântico e do Pacífico.Eretmochelys imbricata imbricata é a subespécie atlântica, enquanto a subespécieEretmochelys imbricata bissa é encontrada na região do Indo-Pacífico.
Sua alimentação consiste em esponjas, anêmonas, lulas e camarões; sua cabeça estreita e sua boca formam um bico que permite buscar o alimento nas fendas dos recifes de corais. Eles também se alimentam de outros invertebrados, como por exemplo ctenóforose medusas.




Tartaruga-Comum

Tartaruga-Comum  (Caretta caretta), também chamada de tartaruga-amarela, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-meio-pente ou tartaruga-mestiça, é uma espécie de tartarugas marinhas-comum nos Oceanos de todo o Mundo, mas que se encontra ameaçada de extinção.
A tartaruga-comum é a unica tartaruga marinha que desova nas praias do municipio de Anchieta, no estado brasileiro do Espírito Santo. O grande "bolsão" é na praia da Guanabara, onde também esta localizada uma das bases do Projeto TAMAR.




 Tartaruga-de-Couro

Ou tartaruga-gigante, tartaruga-de-cerro, tartaruga-de-quilha
(Dermochelys coriacea) é a maior das espécies de tartarugas e é muito diferente das outras tanto em aparência quanto em fisiologia. É a única espécie extante do géneroDermochelys e da família Dermochelyidae.
A tartaruga-de-couro é a maior de todas as tartarugas, com tamanho médio em torno de 2 m de comprimento por 1,5 m de largura e 700 kg de peso, embora já tenha sido encontrado um exemplar considerado o maior ja registrado, com 900 kg e 3 m de comprimento . Tem uma carapaça negra, constituída de tecido macio. A carapaça não se liga ao plastrão em ângulo, como nas outras tartarugas, mas sim em uma curva suave, dando ao animal uma aparência semi-cilíndrica. Vive sempre em alto-mar, aproximando-se do litoral apenas para desova e se alimenta preferencialmente de águas-vivas e medusas.
Suas principais características são: crânio muito forte; presença de palato secundário; cabeça parcialmente ou não retrátil; extremidades em forma de nadadeiras não retráteis cobertas por numerosas placas pequenas (com dedos alongados e firmemente presos portecido conjuntivo); as garras são reduzidas, etc. No mar, tais animais chegam a atingir até 35 km/h.
Seu casco (carapaça) é composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento; apenas os filhotes apresentam placas córneas, daí o nome popular: de-couro; a coloração é cinzenta-escura ou preta, com pontos brancos. Seu tempo de vida pode variar de 215 a 305 anos quando atinge o ápice da idade de sua espécie.

Tartaruga-Oliva

 A tartaruga olivácea ou tartaruga-oliva  (Lepidochelys olivacea) é a menor de todas as tartarugas marinhas. Esta designação é-lhes atribuída uma vez que a sua carapaça apresenta uma coloração cinza-esverdeada.
Vive em águas costeiras pouco profundas assim como em mar aberto. Esta encontra-se nos oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico ocorre na América do Sul e na costa oeste da África. Alimenta-se de peixes, moluscos, crustáceos(principalmente camarões) e plantas aquáticas.
A tartaruga-oliva também é uma espécie em perigo de ameaça de extinção . É por vezes confundida com uma outra tartaruga (tartaruga kemp - Lepidochelys kempii) devido às suas semelhanças morfológicas uma vez que o número de placas da cabeça e da carapaça é semelhante nas duas espécies, embora a tartaruga - oliva possa apresentar mais do que 5 placas costais.
Esta tartaruga normalmente migra ao longo de bancos de areia continentais convergindo no verão e outono para desovar em praias de pouca inclinação, sendo as praias de desova são normalmente localizadas em áreas isoladas.




Tartaruga-de-Kemp

 É uma pequena tartaruga-marinha de cor verde-acinzentada (Lepidochelys kempii), que pode ser encontrada no Oceano Atlântico.
A maioria dos adultos vive no Golfo do México; os jovens variam entre áreas dos litorais tropicais do noroeste ao sudoeste do oceano Atlântico. Seu habitat preferível são áreas rasas com fundos arenosos e enlameados.
As tartarugas-de-kemp medem entre 60 e 70 cm de comprimento, contando as curvas da carapaça. E seu peso varia entre 35 e 50 kilogramas.
Esta tartaruga é uma espécie sob sério risco de extinção tendo sido considerada a tartaruga marinha mais rara do planeta. O número estimado de ninhos desceu de 60.000 em 1947 para apenas 702 em 1985. Atualmente, graças ao esforço de proteção por parte dos governos do México e dos Estados Unidos da América, o seu número começa novamente a aumentar tendo sido estimados 6.000 ninhos no ano 2000.




Jabuti

(Chelonoidis carbonaria),  Possui casco convexo — carapaça bem arqueada — e pernas grossas. A carapaça é uma estrutura óssea formada pelas vértebras do tórax e pelas costelas. Funciona como uma caixa protetora na qual o animal se recolhe quando molestado. É revestido por escudos (placas) cómeas . Os jabutis podem chegar aos 70 cm de comprimento aos 80 anos — aproximadamente o seu tempo de vida, mas também podem atingir os 100 anos. Habitam a caatinga nordestina possuem cabeça vermelha e escamas vermelhas nas patas, outras tem cabeça amarela e escamas vermelhas nas patas. O peso do C. carbonaria — cabeça e patas vermelhas — pode chegar em torno de 18 kg, enquanto a outra (cabeça amarela) pode chegar aos 40 kg. Há uma semelhança muito grande entre ocarbonariade cabeça amarela com a C. denticulata, a diferença é que o denticulata tem cabeça e patas amarelas, nariz preto e coloração mais clara.
A carapaça do jabuti é ligeiramente alongada, alta e decorada com um padrão em polígonos de centro amarelo e com desenhos em relevo. A cabeça e as patas retrátil estão cobertas por escudos vermelhos e negros, e amarelos e negros na sua subespécie do nordeste. Os machos são menores que as fêmeas, machos em média com 30 centímetros, e fêmeas com 35 centímetros a 50 centímetros, máximo de 40 a 50 centímetros. O plastão éreto ou convexo nas fêmeas e côncavo nos machos, justamente para encaixarem nas fêmeas por ocasião da cópula.

Jabuti-Piranga
(Chelonoidis carbonaria)



Jabuti-Tinga
(Chelonoidis denticulata)




Jabuti-Gigante-de-Aldabra 

Os jabutis gigantes (Geochelone gigantea) existem há muitos séculos na Terra e, apesar do tamanho, podem ser considerados frágeis porque as diferentes espécies de jabutis gigantes estão distribuídas apenas em Ilhas, nas Galápagos (que ficam próximas do Equador) e nas Ilhas de Aldabra (no Oceano Índico). Em Aldabra existe somente uma espécie: a Geochelone gigantea.
Os jabutis gigantes se alimentam basicamente de frutos, folhas, flores, capim, cactos, liquens e carniças. São animais solitários e dóceis quando não estão na época de acasalamento. Nesta época os machos começam a emitir sons altos para seduzirem as fêmeas. Em média uma fêmea põe de 10 a 20 ovos que têm um período de incubação de 120 a 216 dias aproximadamente. Os
filhotes destes gigantes são minúsculos, medindo menos de 6 cm de comprimento.

Estes animais tem uma vida longa. Há o registro de um jabuti gigante de Galápagos fêmea que viveu seus últimos vinte anos no zoológico da Austrália, e que na data de sua morte (em junho de 2006) teria chegado à idade de 176 anos. Segundo dizem, ela teria sido levada à Inglaterra por Charles Darwin na famosa viagem que o naturalista fez a estas ilhas, na década de 1830.



Tartaruga-do-Deserto
(Gopherus spp)

Uma espécie de tartaruga, da família testudinidae. Habita o continente americano, em zonas pouco arbustivas e desérticas, protegendo-se do calor excessivo criando túneis na terra.



Tartaruga-das-Galápagos

São répteis da família Testudinidae, endêmicos do arquipélago de Galápagos, no Equador. São também a espécie de tartarugas que apresenta maiores dimensões e por isso referidos por vezes como tartarugas gigantes. Estes animais podem medir mais de 1,80 m de comprimento e pesar mais de 225 kg. As tartarugas-das-galápagos são herbívoras e alimentam-se de erva rasteira, fruta. folhas e cactos. São animais extremamente lentos que se movimentam a uma velocidade de 0,30 km/h. A população atual das tartarugas-das-galápagos está estimada em cerca de 15.000 exemplares, muito longe dos 250.000 que viviam nas ilhas antes da colonização iniciada pelos espanhóis, e é considerada vulnerável.

A carapaça óssea das tartarugas-das-galápagos é muito grande e as suas características morfológicas variam de acordo com o ambiente de cada ilha. Esta variabilidade permite subdividir a espécie em vários subtipos, listados abaixo, cada um característico de uma ilha, ou de uma parte dela. Esta diversidade morfológica foi reconhecida por Charles Darwin, durante a sua visita ao arquipélago em 1835, e foi um dos argumentos para a sua teoria da evolução das espécies.
Uma tartaruga-das-galápagos chamada Harriet viveu mais de 170 anos e morreu em 2006, num zoo em Queensland.

(G. nigra microphyes)



(G. nigra porteri)




(G. nigra abingdoni)



(G. nigra hoodensis)



Tartaruga-Alligator

Por vezes chamada de (Macroclemys temminckii) é uma espécie de tartaruga de água doce da família Chelydridae. É a única espécie do gênero Macrochelys. Esta espécie habita os rios, lagos e pântanos do sul dos Estados Unidos da América. O nome "tartaruga-aligator" ou "tartaruga-crocodilo" é devido ao seu grande tamanho (é a maior tartaruga de água doce da América do Norte) e sua potente mordida que é usada para abocanhar presas.

Esta espécie foi o tema de um episódio do programa do Animal Planet Criaturas Esquisitas.
Apesar de maior do que sua prima, a tartaruga mordedora, a tartaruga aligator é menos agressiva. Sua carapaça com placas (que aumentam a semelhança com o aligator) e freqüentemente coberta de algas, ajuda a tartaruga a se camuflar. Mantendo-se imóvel no fundo de um lago ou pântano, ela espera pacientemente até que uma presa aproxime-se para então abocanhá-la com as poderosas mandíbulas. Este animal possui um apêndice curioso preso à língua que lembra uma minhoca ou outro verme. Isto serve como isca para peixes e outros animais. Imóvel com a boca aberta debaixo d'água, a tartaruga balança a pequena isca, atraindo a refeição direta para dentro da boca.
Sua dieta é onívora, consistindo-se basicamente de peixes, mas incluindo praticamente tudo que elas conseguirem pegar e engolir, tal como carcaças de animais mortos, invertebrados aquáticos, anfíbios, pequenos répteis e tartarugas menores. Costumam caçar mais ativamente à noite. Sua expectativa de vida costuma ser de 20-30 anos, mas já foram documentados indivíduos com até 70 anos ou mais.




Tartaruga-Mordedora

Tartaruga-Mordedora - É uma espécie de tartaruga de água doce da família Chelydridae. É a única espécie do gênero Chelydra. Esta espécie habita as Américas, desde o Canadá até o Equador. É às vezes chamada de tartaruga-mordedora, devido a sua boca em forma de bico muito forte que ela usa para agarrar suas presas.

Sua dieta é onívora, consistindo de basicamente tudo que elas conseguirem pegar e engolir, incluindo plantas, carcaças de animais mortos, invertebrados aquáticos, peixes, anfíbios, pequenos répteis e mamíferos.


Cagádo
 Pode ser encontrada na Europa e no Norte de África, nomeadamente em Portugal, Espanha, Sul de França, Nigéria, Senegal, Benim, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
Em Portugal pode ainda ser encontrado em vários locais, com especial incidência no Alentejo. Vivem nos rios e barragens, comendo pequenos insetos, peixes e carne de animais mortos que eventualmente encontre. Quando em cativeiro, come carne picada e peixe, bem como a vulgar comida de tartaruga disponível nas lojas da especialidade e supermercados.
No pico do Inverno, o cágado hiberna por um curto período. Para isso, este réptil escava tocas nas margens, onde passa o seu tempo de letargia.

Cagádo-Pescoço-de-Cobra

O Cágado pescoço de cobra também conhecida como Tartaruga cabeça de cobra da Argentina (Hydromedusa tectifera) é uma espécie de tartaruga conhecida pelo seu longo pescoço, semelhante a uma cobra. A espécie tem comportamentos semelhantes a Mata mata (Chelus fimbriatus) e a Australiana Snake-necked do gênero Chelodina que consiste em caçar pequenos animais como peixes, sapos e pequenos anfíbios. É encontrado na Argentina, Uruguai, Paraguai, e sul e sudeste do Brasil. Não se conhece muito sobre a espécie, pois ela raramente sai da água, para respirar ela apenas coloca a ponta do nariz para fora, informações sobre período de produtividade, período de gestação entre outros, ainda é inconclusivo no meio científico É considerado em alguns lugares do mundo como um animal exótico.

Ficheiro:Hydromedusa tectifera.jpg

Ficheiro:Hydromedusa tectifera from Brazil2.jpg


Cagádo-de-Carapaça-Estriada

O cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis) é um cágado distribuído pela Europa ocidental e central, Ásia ocidental e Norte de África. Vive em correntes de água de fluxo lento e hiberna até sete meses por ano no fundo da água. A sua carapaça é castanha com algum verde, e pintalgado de amarelo.

Ficheiro:Emys orbicularis 2009 G1.jpg


Cagádo-Cinza

Phrynops hilarii, conhecido popularmente como cágado-cinza ou cágado-de-barbelas, é uma espécie de cágado de água doce pertencente à família Chelidae.
O cágado-cinza possui uma carapaça oval e achatada, com comprimento máximo de aproximadamente 40 cm, pesando aproximadamente 5 kg. Podem viver por até 40 anos. A cabeça é achatada, com focinho pontudo e dois barbelos bicolores. Há uma faixa negra em cada lado da cabeça, que sai do focinho e passa sobre os olhos, indo até o pescoço.
A espécie é onívora, alimentando-se de peixes, aves, répteis, pequenos mamíferos e animais mortos. Habitam riachos, lagos e brejos com abundância de vegetação aquática.
No Brasil, é encontrado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina; ocorre também no Uruguai e nordeste da Argentina.
Geralmente, ocorrem duas posturas de ovos por ano, uma entre fevereiro e maio e a outra entre setembro e dezembro. A ninhada consiste de 9 a 14 ovos, podendo alcançar até 32 ovos, cujo período de incubação é de aproximadamente 150 dias.

Ficheiro:Phrynops hilarii 2.jpg



Tartaruga-Tigre-dágua
(Trachemys dorbigni)

Uma tartaruga aquática e onívora, que vive em zonas de pântanos, banhados, lagos, riachos e rios do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, onde habita principalmente a região da Lagoa dos Patos e o Banhado do Taim. O seu nome deve-se ao padrão colorido, em listras amareladas e alaranjadas. Para além do Brasil, esta espécie pode também ocorrer em parte do Uruguai indo até o nordeste da Argentina.

Na época de reprodução, a fêmea desova até 9 ovos por postura (em média). Os ovos eclodem após 2 a 4 meses. Os juvenis medem cerca de 3 cm à saída do ovo, enquanto que os adultos podem atingir 22 a 26 cm de comprimento. As fêmeas são geralmente maiores que os machos.
As Tartarugas-tigre-de-água podem viver 30 anos em cativeiro e são ilegalmente comercializadas como animal de estimação. Esta espécie, bem como a subespécie norte-americana Trachemys scripta elegans, começa a surgir em lugares fora do seu habitat natural, como o Lago Paranoá em Brasília, possivelmente oriundas de abandono dos donos. A espécie norte-americana se distingue, entre outras coisas, por ter uma mancha vermelha atrás dos olhos.


Tartaruga-Batagur-Baska
(Batagur)

Vive nos rios da Ásia e atualmente encontra-se em perigo crítico de extinção.



Mata-Mata
(Chelus fimbriatus)

É uma espécie de cágado de água doce pertencente à família Chelidae. É a única espécie do gênero Chelus. Encontrada predominantemente nas águas doces da América do Sul, é um animal carnívoro, se alimentando de invertebrados aquáticos e peixes.
Ao ver uma mata mata, é quase impossível confundi-la com qualquer outra tartaruga. A mata mata é realmente única. Tem uma carapaça marrom ou preta de até 44.9cm. A couraça é reduzida, estreita, sem articulações, encurtada na frente e reta atrás.
A cabeça é bastante distinta, triangular, grande, extremamente achatada. Tem numerosas abas de pele. Tem dois barbilhos no queixo e dois adicionais barbilhos filamentosos na mandíbula. O focinho é longo e tubiforme. A mandíbula superior não é nem curva nem chanfrada.
Cabeça, pescoço, rabo, e membros são marrons acinzentados nos adultos. O pescoço é bastante longo, mais longo que a vértebra dentro da carapaça, e é franjado com pequenas abas de pele ao longo dos dois lados.
Cada pata dianteira tem cinco garras com membranas nadatórias. Machos tem couraças côncovas e rabos compridos e longos.


Tartaruga-de-Casco-Mole

Enterrada no lodo, esta tartaruga fica à espera de sua presa favorita: peixes e moluscos. Quando avista uma vítima, agarra-a e a vai mastigando aos pedaços, com as fortes maxilas. É chamada de tartaruga-de-casca-mole porque sua carapaça não tem placas ósseas, como as outras tartarugas. Tanto o dorso como o plastrão (escudo ventral) são cobertos por uma pele parecida com couro resistente. A cabeça é pequena, com um focinho curto e duas narinas acima dos lábios carnudos. Algumas espécies têm abas de pele que podem fechar as aberturas por onde saem as pernas.
Bem adaptada à vida na água, a tartaruga-de-casca-mole é encontrada tanto em banhados quanto em rios e lagos grandes, e pode mesmo aventurar-se ao mar. Só sai da água para pôr ovos e tomar sol. Quando lutam, essas tartarugas tentam ferir umas às outras com o bico, mantendo a boca fechada. Ativas e rápidas, hibernam na água por 5 a 6 meses. Sua carne é muito apreciada. A variedade mais conhecida é a tartaruga-de-casca-mole, da Flórida, da família dos Trioniquídeos. A espécie da Nova Guiné pertence a uma outra família.




Tartaruga-da-Amazônia 
(Podocnemis expansa)

É uma tartaruga fluvial, da família Podocnemididae, encontrada no rio Amazonas e seus afluentes.
É uma espécie de grande porte, sendo que os maiores exemplares chegam a alcançar 90 cm de comprimento ou mais. Possui casco preto acinzentado no dorso e amarelo com manchas escuras na parte ventral. A carne e os ovos são bastante apreciados, constituindo a base de diversos pratos da culinária amazônica. Também é conhecida pelos nomes de araú, jurará-açue tartaruga-do-Amazonas.


Tartaruga-de-Ouvido-Vermelho 

É a subespécie (Trachemys scripta elegans), da ordem Testudinata, como é a chamada a ordem dos quelônios. É nativa dos Estados Unidos da América, mas hoje é encontrada em vários lugares do mundo, sendo ilegal como animal de estimação no Brasil, de acordo com o IBAMA. A única legalizada é a espécie Tigre-de água.
A comercialização clandestina da espécie Trachemys scripta elegans (tigre-de água-americano), oriunda dos Estados Unidos, como animal de estimação no Brasil, trouxe uma série de problemas para as espécies nacionais, principalmente para o Tigre-d'água-brasileiro, por serem muito parecidas as duas espécies entre si. O tigre-d'água-americano pode competir com as espécies nativas e invadir os seus ambientes naturais, provocando desequilíbrios ecológicos, como a hibridização de espécies do mesmo gênero e até impacto sobre populações de anfíbios (os girinos são um de seus alimentos). Proprietários desinteressados pelos animais muitas vezes soltam-nos em áreas que, originalmente, não abrigavam os animais. Podem provocar, com isso, graves desequilíbrios ecológicos.


Tartaruga-Pintada

É uma espécie de tartaruga de água doce da família Emydidae encontrada nas águas da América do Norte. É a única espécie do gênero Chrysemys. Ela passa a maior parte de seu tempo na água e tem uma alimentação onívora bem variada. É possível manter esses animais como mascotes desde que se saiba sobre os cuidados necessários.
Sua expectativa de vida pode chegar a 40 anos, mas muitas não vivem até esta idade. Sua audição é pouco desenvolvida, mas possuem bom olfato e são capazes de enxergar cores.
Habitante de cursos de água calmos, pouco profundos, ricos em vegetação. A dieta desta espécie varía ao longo da vida. Durante a fase juvenil é carnívora (come consiste pequenos animais aquáticos), mas, à medida que atinge a idade adulta tende a assumir uma dieta essencialmente herbívora.

 


Tartatuga-de-Esporas-Africana

A tartaruga-de-esporas-africana (Geochelone sulcata) é uma espécie de tartaruga que habitava boa parte do território africano, mas que atualmente só pode ser vista dentro de reservas de proteção ambiental. Estão em via de extinção devido ao processo de urbanização de seu habitat, às capturas para efeitos de comércio como animal de estimação, sobretudo no continente americano, e também pelo uso de sua carne na alimentação local e medicina tradicional.

Ficheiro:Geochelone sulcata.jpg


Tartaruga-Leopardo
(Geochelone pardalis)

A Tartaruga Leopardo vive no centro sul da África, nas savanas cobertas de relva.A cauda do macho é mais longa e mais fina que da fêmea.Quando jovem, sua carapaça tem a coloração de um leopardo, que some na idade adulta.É uma espécie ovipara como a maioria dos répteis.
   Este réptil alimenta-se de uma grande variedade de plantas e frutos.São terrestres e diurnas, não hibernam.



(Terrapene coahuila)

Essas tartarugas são também chamadas de “tartarugas-de-caixa”, porque seu casco se fecha como uma caixa. A maioria das espécies vive na terra, mas esta está permanentemente em água doce nas nascentes e brejos de Cuatro Cienegas, no norte do México, um oásis no deserto que está sob ameaça graças ao bombeamento de água contínuo para fins agrícolas, bem como uso residencial. Além disso, grande parte das terras está sendo convertida para uso agrícola.




Tartaruga-Fluvial-Centro-Americana

Esta tartaruga vegetariana permanece inalterada desde a época dos dinossauros. Infelizmente, ela é considerada um alimento e tanto, especialmente durante os feriados e comemorações, quandp aviões de colecionadores voam até Guatemala para obtê-las.


Tartaruga-Pescoço-de-Serpente

O caso dessa espécie exemplifica a ganância do homem: enquanto a maioria das tartarugas está em perigo devido à destruição do habitat e a caça para alimentação, esta tartaruga só foi descoberta em 1994 na ilha de Roti na Indonésia. Desde então, há uma demanda tão grande pelo tráfico de animais ao redor do mundo que, em 2000, ela entrou para a lista dos ameaçados em extinção. A reprodução em cativeiro para reintrodução da espécie na natureza, que é um processo lento, é a única esperança dessa tartaruga agora.
Tartaruga de Myanmar 
(Batagur trivittata)

Essa espécie foi declarada extinta em 1935 e redescoberta em 1993. Hoje, existe apenas uma dúzia delas no Rio de Burma, o que restou de uma grande população que teve seu habitat destruído, além de ter sido caçada. Seus ovos estão sendo coletados e criados no Zoológico de Mandalay para reintrodução na natureza.
Tartaruga-Coroada-Do-Rio 
(Hardella thurjii)

Hoje, há apenas uma população da espécie, no rio Chambal, na Índia. Ovos e tartarugas dessa espécie foram caçados para a alimentação e, como na maioria dos casos, mudanças de habitat afetaram sua quase extinção também.
Tartaruga-Gigante-do-Rio-Yangtsé 
(Rafetus swinhoei)

Essa tartaruga é a mais ameaçada de todas, sendo que existem apenas quatro vivas no mundo. Duas delas estão na China, onde cientistas estão tentando produzir ovos, mas eles nunca eclodiram. Uma terceira está no Lago Hoan Kiem, no Vietnã, sendo reverenciada como um símbolo da sua independência. A quarta foi mantida refém por um pescador, depois que uma barragem estourou e inundou o seu rio. Ela só foi liberada após longas negociações com conservacionistas. A tartaruga então foi lançada de volta ao seu pântano natal. Segundo especialistas, a extinção de todas as tartarugas dessa lista, e muitas outras também ameaçadas, seria uma enorme perda para o mundo. Se os seres humanos não agirem agora para proteger os habitats que suportam essas criaturas, e não tomarem medidas mais fortes para enfrentar os mercados doméstico e internacional desses animais, as chances de perdê-los para sempre são muito grandes.