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12 fevereiro, 2011

Cobras Peçonhentas

Cobras-Peçonhentas


Cobras peçonhentas são as cobras que tem peçonha, ou seja, elas podem, com uma picada, injetar uma toxina no corpo da sua vítima. O efeito do veneno varia de acordo com sua composição, sendo que, cada cobra tem um tipo diferente veneno. Geralmente o veneno fica em uma glândula acima da cabeça. As cobras peçonhentas têm dentes especiais que são ligados a esta glândula. Quando a cobra vai atacar, flexiona seus músculos e o veneno vai para a ponta dos dentes. Quando a cobra morde, o veneno entra em contato com a corrente sanguínea de sua vítima.

Existem várias maneiras de observar se uma cobra é peçonhenta ou não. Como as espécies são muitas, o método mais eficaz e seguro é verificar se a cobra tem um orifício entre a narina e o olho. Esse orifício é chamado de fosseta loreal, e é comum a quase todas as cobras peçonhentas. A única exceção é a cobra coral. A fosseta loreal serve para a serpente sentir a presença do calor de possíveis presas que tenham corpo quente (homeotérmicas), permitindo que elas possam caçar a noite.

No Brasil, há 260 espécies de cobras conhecidas, sendo que 40 delas são peçonhentas. Exemplos de cobras peçonhentas são: a jararaca, a surucucu, a cascavel e a cobra coral. Se cada espécie tem veneno diferente, o antídoto é diferente e também os efeitos do veneno.

A seguir algumas espécies de cobras peçonhentas, e suas características:

Jararacas

Jararaca-Cruzeira
(Bothrops neuwiedi)


Jararaca-da-mata
(Bothrops jararaca)


Jararaca-da-Seca
(Bothrops erythromelas)


Jararaca-do-Norte
(Bothrops atrox)


Jararaca-Cotiara
(Rhinocerophis cotiara)


Jararaca-Verde
(Bothriopsis bilineata)


Jararaca-Ilhoa
(Bothrops insularis)


Jararacuçu
(Bothrops jararacussu)


Urutu
(Rinocerophis alternatus)


Jararaca é o nome comum dos répteis escamados (do latim: Squamata) pertencentes ao gênero Bothrops da família Viperidae. São serpentes peçonhentas, encontradas nas Américas Central e do Sul, sendo importantes causadoras de acidentes com animais peçonhentos neste país e nos outros onde se distribuem, com altas taxas de morbidade e mortalidade. As diferentes espécies apresentam grande variabilidade, principalmente nos padrões de coloração e tamanho, ação da peçonha, dentre outras características. Atualmente 32 espécies são reconhecidas, mas é consenso dentre os pesquisadores que a taxonomia e sistemática deste grupo está mal resolvida, de modo que novas espécies sido descritas e algumas sinonimizadas.
Essas serpentes apresentam grande variação em tamanho, as menores espécies não ultrapassando 70cm e as maiores atingindo cerca de 2 metros de comprimento. 

O arranjo das escamas no topo da cabeça é extremamente variável; o número de escamas interorbitais pode variar de 3 a 14. Usualmente estão presentes entre 7 e 9 escamas supralabiais e entre 9 e 11 sublabiais. Existem entre 21-29 escamas dorsais, 139-240 ventrais e 30-86 subcaudais, que são geralmente divididas. Variações nos números de escamas dentro da mesma espécie são muito frequentes.

As espécies desse gênero são encontradas do nordeste do México à Argentina. Ocorrem nas ilhas de Santa Lúcia e Martinica nas Antilhas, assim como nas ilhas de Queimada Grande e Alcatrazes, no litoral do Estado de São Paulo, no Brasil.

A maioria das espécies são noturnas, entretanto algumas de altas altitudes são encontradas ativas durante o dia. A maior parte das espécies é terrestre, mas não é incomum encontrar algumas espécies em arbustos e árvores pequenas, especialmente os indivíduos mais jovens. Uma espécies em particular, Bothrops insularis, a jararaca Ilhôa da ilha de Queimada Grande, parece ser frequentemente encontradas em árvores a maior parte do tempo.

As espécies deste gênero são as maiores responsáveis por acidentes ofídicos nas Américas, assim como por mortalidade. Quanto a isto, as espécies mais importantes são B. asper (Peru, Colômbia e Venezuela), B. atrox (Amazônia Brasileira) e B. jararaca (centro-sul do Brasil). Sem tratamento, a taxa de mortalidade é estimada em 7%, mas com uso de soro antiofídico e tratamentos de suporte esta taxa é reduzida para 0,5-3%. O veneno deste gênero apresenta forma ação proteolítica, tipicamente provocando necrose e inchaço que pode comprometer o membro atingido, tontura, náusea, vômitos entre outros sintomas. Em geral, a morte resulta da hipotensão provocada pela hipovolemia, falência renal e hemorragia intracraniana. Complicações frequentes incluem compromentimento do membro e falência renal. A partir de estudos do farmacologista brasileiro Sérgio Henrique Ferreira com o veneno da Bothrops jararaca, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), foi desenvolvido o Captopril, um dos medicamentos mais utilizados para tratamento de hipertensão.

Surucucu
(Lachesis muta)


A surucucu (Lachesis muta) é a maior cobra peçonhenta da América do Sul. No Brasil é também conhecida como surucucu pico-de-jaca.

Vive em florestas densas principalmente na Amazônia, mas conhece-se registros na literatura da presença desse animal até em áreas isoladas de resquícios de Mata Atlântica.

A Lachesis muta rhombeata, amarela com desenhos negros, está ameaçada de extinção.

Cascavél
(Crotalus durissus terrificus)


(Crotalus durissus cascavella)


(Crotalus durissus collilineatrus)


(Crotalus durissus ruruima)


(Crotalus durissus marajoensis)


Cascavél-Chifruda
(Crotalus cerastes)


Cascavél-Gigante


As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano. Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo as vezes é interpretado como correspondente a idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.

Cobra-Coral-Verdadeira
(Erytholamprus)


(Oxyrhopus)


(Anilius)


são serpentes de pequeno porte, facilmente reconhecidas por seu colorido vivo. Há corais peçonhentas (Micrurus) e não-peçonhentas (Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius), mas é difícil a distinção, possível apenas pelo exame minucioso da posição das presas ou da qualidade dos desenhos (anéis). As cobras-coral existem na América do Sul, América Central e Sul dos Estados Unidos da América. É também conhecida pelos nomescobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.

As corais, além de serem muito visíveis devido às suas cores, não apresentam o comportamento de ataque como, por exemplo, das cascavéis. As presas das corais são pequenas e podem estar localizadas na porção anterior da mandíbula (dentição proteróglifa), na Micrurus, como na porção posterior (dentição opistóglifa), nas Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius. Portanto, elas não picam, mas mordem a caça para inocular a peçonha.

As cobras-coral possuem uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar "grudada" para inocular a peçonha pelas pequenas presas. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta a óbito em poucas horas. O tratamento é feito com o soro antielapídico intravenoso.

A coral verdadeira geralmente é identificada pela posição das presas ou pela quantidade e delineamento dos seus anéis. As peçonhentas de forma geral possuem um ou três destes anéis completos em volta do corpo e as não-peçonhentas os possuem apenas na parte dorsal.

A coral tem hábito noturno e vive sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levanta a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração; este pensa que é a cabeça da cobra e foge para não ser atacado. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e à maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento, a fêmea posta de 3 a 18 ovos, que em condições propícias abrem após uns 90 dias. Dada a capacidade de armazenar o esperma do macho, a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.

Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao se sentir acuada ou ser atacada, a cobra-coral rapidamente contra-ataca, por isso recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida e luvas de couro, bem como evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc. A pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde, procurando-se, se possível, capturar a cobra ainda viva. Deve-se evitar que a pessoa se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais rápido no corpo. Deve-se também evitar técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes, etc., sendo o soro a melhor opção.

Najas
(Naja anchietae)


(Naja atras)


(Naja haje)


(Naja naja)


(Naja nigricollis)


(Naja nivea)


(Naja pallida)


Naja-Albina


São conhecidas pelos nomes populares de cobra, cobra-capelo, cobra-de-capelo (também escrito cobra de capelo ou cobra capelo) ou naja. São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos. Algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do corpo e/ou de cuspir o veneno para se defender de predadores a distâncias de até dois metros. Outras espécies, como por exemplo a Naja tripudians, dilatam o pescoço quando o animal é enraivecido. A artimanha serve para "aumentar" seu tamanho aparente e assustar um possível predador. Atrás da cabeça, a naja também pode possuir um círculo branco parecido com um olho, também eficaz em amedrontar agressores que a confundam com um animal maior e mais perigoso.

As najas são os animais tipicamente utilizados pelos célebres encantadores de cobras da Índia; no entanto elas apenas acompanham o movimentos da flauta, já que cobras não possuem audição.

Cobra-de-Pestana
(Bothriechis schlegeli)


A Cobra-de-pestana ou víbora-de-pestana (Bothriechis schlegeli) é uma víbora arborícola que vive nas florestas que vão do México até a Venezuela.

Possui um colorido vivo e berrante, que vai do amarelo até o verde musgo, e seu nome é devido a um grupo de escamas localizado acima da cabeça.

Tem um veneno hemotóxico forte, e se a vítima não tiver um socorro imediato, pode levar à amputação do membro afetado.

Cobra-do-mar-Pelágio
(Pelamis platurus)


É um Equinodermo, com corpo comprimido, zona posterior atinge mais do dobro do diâmetro do pescoço, apresenta cor variável embora, a maioria das vezes, seja bicolor - preta em cima e amarela em baixo, com cores dorsal e ventral fortemente demarcadas uma da outra. Cauda amarelada e com grandes manchas, formando um padrão muito característico.

Única espécie de cobra-do-mar a viver e reproduzir-se em mar aberto (é totalmente pelágica). Parente próxima das cobras terrestres da Ásia e Austrália, tendo evoluído destas há cerca de 10 milhões de anos atrás. Para adaptar-se ao novo habitat, desenvolveu cauda achatada em forma de remo e narinas valvulares.

Seu veneno é mortal e neurotóxico. Veneno neurotóxico ataca sistema nervoso, provoca paralisia e é o mais perigoso, podendo matar em questão de horas por asfixia. A cobra-do-mar-pelágio é 10 vezes mais venenosa que a naja egípcia.

Apesar disto, ela é habitualmente tímida. Normalmente não morde, a menos que seja provocada ou pisada. Não há qualquer registo de ataque deliberado ao homem.

Víbora-das-Palmeiras
(Bothriechis bicolor)


A Víbora-das-palmeiras (Bothriechis bicolor) é uma serpente colubrídea do gênero Bothriechis, encontrada desde o leste de Guatemala até o oeste de Honduras.

Bastante rara e pouco conhecida, esta espécie se destaca pela sua cauda, que é preênsil, perfeita para subir em árvores e palmeiras, daí o seu nome.

É parente bem próxima da cobra-de-pestana (Bothriechis schlegeli), porém mais tímida, vivendo nas florestas densas e praias com palmeiras.

Víbora-Listrada
(Bothriechis lateralis)


A víbora-listrada (Bothriechis lateralis) é uma serpente que vive em tocas e é arborícola.
Vivem apenas nas florestas tropicais úmidas da Costa Rica e até no Panamá.
Possui escamas cheias de carena e um padrão de cores vivas, são azuis-esverdeados com pintas brancas.
Os filhotes possuem a coloração castanha com partes pretas.
São muito venenosas, e exigem rápido socorro.

Víbora-do-Gabão


A Víbora do Gabão (Bitis gabonica) é uma espécie de víbora venenosa encontrada nas florestas e savanas da África sabsariana. Esta espécie é a maior do género Bitis, e também é considerada a maior víbora do mundo, além de ter as maiores presas e a maior produção de veneno de qualquer cobra venenosa. A víbora-do-gabão possui duas subespécies reconhecidas.

Víbora-de-Seoane
(Vipera seoanei) 


A Víbora de Seoane (Vipera seoanei) é uma espécie de cobra da família Viperidae.

Espécie endémica do norte da Península Ibérica, restringe-se em Portugal às serras de Castro Laboreiro, Soajo e Tourém. Atinge 50–60 cm. Essencialmente diurna, pode ser nocturna nos meses quentes. O seu veneno pode causar edema, eritema, taquicardia, hipotensão, vómitos e convulsões. Alimenta-se de micro-mamíferos, lagartos, anfíbios e aves.

Cobra-do-Cabo

São serpentes diurnas, naturais de África. As suas cores variam do amarelo-dourado ao preto, passando pelo castanho e por um ligeiro avermelhado. Sendo najas, quando irritadas exibem o seu capelo e silvam ameaçadoramente.

Estas serpentes são as que mais matam em África, não por culpa da sua agressividade, mas sim por causa da sua excelente camuflagem, as principais vitimas são pastores que pisam as cobras acidentalmente, acabando por morrer a quilômetros dos hospitais e dos essenciais antídotos.
É uma serpente dócil e curiosa em cativeiro, apesar de venenosa é preferida por ser diurna.

Alimentam-se de pequenos roedores, aves, ovos e inclusive, outras cobras. O seu habitat é bastante variado, desde desertos como o Kalahri, a florestas tropicais, passando por prados e chegando mesmo aos 2700 metros nas montanhas da África do Sul.
Mede 120 a 160 cm.




Cobra-Real
(Ophiophagus hannah)

A cobra-real (Ophiophagus hannah) é a maior cobra venenosa que existe, podendo ultrapassar os 6 metros de comprimento. É carnívora e a sua dieta consiste basicamente em outros ofídios, venenosos ou não, mas não despreza lagartos, ovos e pequenos mamíferos. O seu nome científico, "Ophiophagus" significa literalmente "comedora de serpentes". Desloca-se à vontade no solo, em cima das árvores e na água.


Outra das suas características é que se trata da única serpente que realiza a postura de ovos dentro de uma espécie de ninho, que a mãe elabora arrastando ervas e pequenos ramos com a sua cauda. Pouco antes da eclosão dos ovos, a mãe abandona a zona (que desde a altura da postura defendeu com uma enorme agressividade), supostamente para se subtrair à tentação de devorar as próprias crias.

Side view of a juvenile king cobra

10 fevereiro, 2011

Cobras Não-Peçonhentas

Cobras não-peçonhentas



São chamadas de cobras não-peçonhentas as cobras que não possuem os chamados dentes inoculadores de veneno, ou seja, ainda que possuam o veneno, não têm a presa necessária para injetar esse veneno em suas vitimas.
As principais características dessas serpentes não peçonhentas são:
- Cabeça redonda.
- Cores vivas.
- Olhos com pupila redonda.
- Escamas lisas e brilhantes.
- Não possuem fosseta loreal.
Porém, essas características, apesar de válidas, também podem aparecer em algumas serpentes peçonhentas, o que torna difícil a um leigo a distinção precisa entre serpentes peçonhentas e não-peçonhentas. Um bom exemplo disso é a cobra coral verdadeiro. Essa espécie tem a cabeça redonda, escamas lisas e brilhantes, seus olhos têm pupilas redondas e ela não possui fosseta loreal. Apesar de todas as características de uma serpente não-peçonhenta, a coral verdadeira é peçonhenta e seu veneno pode ser mortal.
Existem também as cobras que não são peçonhentas, mas que apresentam características das peçonhentas, como a jibóia.
As principais serpentes não-peçonhentas são:

Jibóias

Jibóia-Constritora
(Boa Constrictor)

Ficheiro:Boaconstrictor.jpg

Jibóia-vermelha
( Epicrates cenchria cenchria)



Cobra-papagaio ou Jibóia-Verde
(Corallus caninus)



é uma serpente que tem o tamanho quando adulto, de 2m (amarali) a 4m (Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existe no Brasil, onde é a segunda maior cobra (a maior é a sucuri) e pode ser encontrada em diversos locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e na Floresta Amazônica.
No Brasil existem duas subespécies: a Boa constrictor constrictor (Forcart, 1960) e a Boa constrictor amarali (Stull, 1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da região amazônica e do nordeste. A segunda, Jiboia amarali, pode ser encontrada mais ao sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais do país.
É basicamente um animal com hábitos noturnos (o que é verificável por possuir olhos com pupila vertical), ainda que também tenha atividade diurna.
Considerado um animal vivíparo porque no final da gestação o embrião recebe os nutrientes necessários do sangue da mãe. Alguns biólogos desvalorizam essa parte final da gestação e consideram-nas apenas ovovivíparas porque, apesar de o embrião se desenvolver dentro do corpo da mãe, a maior parte do tempo é dedicado à incubação num ovo separado do corpo materno. A gestação pode levar meio ano, podendo ter de 12 a 64 crias por ninhada, que nascem com cerca de 48 cm de comprimento e 75 gramas de peso.
Detecta as presas pela percepção do movimento e do calor e surpreende-nas em silêncio. Alimenta-se de pequenos mamíferos (principalmente ratos), aves e lagartos que matam por constrição, envolvendo o corpo da presa e sufocando-a. A sua boca é muito dilatável e apresenta dentes serrilhados nas mandíbulas, dentição áglifa. A digestão é lenta, normalmente durando sete dias, podendo estender-se a algumas semanas, durante as quais fica parada, num estado de torpor.
Animal muito dócil, apesar de ter fama de animal perigoso, não é peçonhenta e não consegue comer animais de grande porte, sendo inofensiva. É muito perseguido por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor comercial alto, como animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro credenciado pelo Ibama pode custar de 1050 a 6000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração.
Existe um mercado negro de animais silvestres no Brasil, pois as leis dificultam sua criação em cativeiro, apesar do baixo risco de acidentes envolvidos na criação deste animal. O Ibama suspendeu a licença para venda de jiboias no Estado de São Paulo, apesar dos estudos internacionais demonstrarem que o comércio regulamentado é a maneira mais eficiente de se combater o tráfico de animais exóticos.

Muçurana
(Cloelia cloelia)



São ofiófagas, ou seja, se alimentam de outras cobras, inclusive as peçonhentas. Mede até 2,40 m

Sucuris

Sucuri-verde ou Sucuri-preta
(Eunectes murinus)

Ficheiro:01-COBRA-SUCURI-3M-WAGNER-MEIER MG 2458.JPG

Sucuri-malhada
(Eunectes deschauenseei)

Yellow anaconda coiled on a branch

Sucuri-da-bolívia
(Eunectes beniensis)



Sucuri-Amarela
(Eunectes notaeus)



A sucuri pode viver até 30 anos, e é a segunda maior serpente do mundo (dados baseados nas cobras já encontradas pelos seres humanos, não sendo de total afirmação); perdendo apenas para a piton reticulada. As fêmeas são maiores que os machos, atingindo maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. Há muitos contos sobre ataques destas serpentes a seres humanos, no entanto, a maioria dos casos são fictícios, principalmente no que se diz respeito ao seu tamanho real. Muitos admitem terem sido atacados por espécies com mais de 10 metros. Os registros confirmados das maiores chegam em torno de 8 metros. A maior sucuri da qual se tem registro por fonte confiável, foi a encontrada no início do século XX, pelo marechal Cândido Rondon, que media 11 metros e 60 centímetros.
Quanto aos ataques, existem alguns registros de vítimas fatais humanas, por exemplo, o famoso caso de um índio de 12 anos que foi devorado na década de 1980 por uma sucuri de grande porte, bem como alguns adultos nativos que estavam embriagados a beira do rio, e foram sufocados ou afogados antes de serem devorados. Estes casos foram fotografados e hoje as imagens são vendidas como suvenir na rodoviária de Ji-Paraná.

Caninana
(Spilotes pullatus)



É uma cobra da família Colubridae, característica da América Central e América do Sul que também ocorre em Trinidad e Tobago. A caninana pode atingir cerca de 4 metros de comprimento e é bastante rápida e ágil. Apesar de ser bastante agressiva, a caninana não é peçonhenta. Alimenta-se principalmente de roedores arborícolas e pequenas aves. Também é conhecida como arabóia, cainana, cobra-tigre, iacaninã, jacaninã, papa-ovo e papa-pinto.

Coral-Falsa
(Micrunus)



Serpente não peçonhenta conhecida popularmente como Falsa-Coral. Ocorre em áreas abertas ou bordas de ambientes florestados, no sudeste e parte do sul do Brasil, além do Paraguai, Argentina e Uruguai. É uma serpente ovípara, apresenta hábitos diurnos e é terrícola. É a serpente não-peçonhenta mais comum da cidade de São Paulo, com grande número de espécimes encaminhados ao Instituto Butantan, pela população.
A falsa coral apresenta coloração “pseudo-aposemática”, já que ela imita a coloração da coral verdadeira que é chamada de aposemática. Esta coloração indica cautela ou advertência, normalmente presente em animais venenosos.
A falsa coral apresenta coloração “pseudo-aposemática” para escapar de predadores, o que também é um tipo de mimetismo.
Existem várias espécies de falsa coral no Brasil, a maioria delas são praticamente idênticas às corais verdadeiras. Vivem nos mesmos ambientes e alimentam-se principalmente de pequenos répteis e roedores.
Esta espécie em particular (Oxirhopus guibei) apesar de produzir veneno, não é considerada peçonhenta, uma vez que os dentes inoculadores estão localizados no fundo da boca (dentição opstóglifa), dificultando sua ação.
Não é possível distinguir uma coral falsa de uma coral verdadeira apenas observando a ordem dos anéis, o padrão de cores ou a coloração da barriga.

Coral-Falsa                 Coral-Verdadeira
 


Cobras-Cipó

Caninana
(Chironius bicarinatus)



(Chironius Carinatus)



Cobra-Cipó-Marrom
(Chironius Quadricarinatus)



A coloração da maioria das espécies do gênero é uma mistura de tons de verde, vermelho e laranja, com olhos amarelos e negros.
Estas espécies são muito agitadas e velozes, geralmente fogem no momento em que são avistadas. São muito ariscas e podem morder caso empeçam sua fuga. Sua coloração as ajuda a se confundir com o ambiente, principalmente por passarem a maior parte do tempo nas árvores e arbustos (daí o nome popular "cobra cipó",pois elas realmente lembram cipós ao repousarem em plantas). Atingem cerca de 1,20m, sendo serpentes muito finas e relativamente compridas. Alimentam-se de lagartos, pássaros e pererecas.
A reprodução é ovípara. Põe entre 15 e 18 ovos com o nascimento previsto para início da estação chuvosa.
Foi avistado um espécime raro de cobra cipó preta, nas regiões que circundam a Prainha e Porto das Dunas, no Ceará

Cobra-do-Milho
(Pantherophis guttatus)



Largamente reproduzida como animal de estimação nos Estados Unidos, Brasil, Europa e outros paises asiaticos como o Japão. Existem hoje dezenas de variações de cores, porém as pigmentações são 4, o que muda dentre as variações de cores são as combinações de genes ativando ou desativando esse ou aquele pigmento ou simplesmente mudando sua intencidade como é o caso do hipomelanismo.
Os albinismo nas especies ocorrem quando uma cor é bloqueada, no caso de um amelanico a melanina esta ausente, para que isso ocorra o animal deve ser homozigoto amel, caso fosse hetero apresentaria a coloração selvagem.
Existem vários tipos de albinismo dentre as variações, não somente um amelanico é albino, existem também os Black albinos em outras palavras os Aneristicos.
Existem também as duplo homozigotos ( duplo albinos) como Snow ( amelanisco + Aneristico )por exemplo e outras.
Há muitas variações e combinações de pigmentos inclusive Co-dominancia O padrão selvagem é normalmente composto por manchas vermelhas e arredondadas na zona dorsal, que contrastam normalmente com um fundo acinzentado ou alaranjado, tendo o ventre um padrão xadrez, preto e branco.
No geral chegam a 1.40cm podendo ultrapassar essa marca dependendo da genetica do animal
A sua longevidade média varia entre os 12 e os 18 anos, havendo registo de um espécime que atingiu os 21 anos e 9 meses.

Pítons

Píton-real



Píton-Africana
(Python sebae)



Píton-Angolana
(Python anchietae)



Píton-Indiana
(Python molurus)



Píton-Reticulada
(Python reticulatus)



O píton, também grafado pitão, é um nome comum para uma família de serpentes constritoras, especificamente Pythonidae. Nenhuma das serpentes desta família possui dentes inoculadores de veneno, porém possuem presas afiadas curvadas pra dentro para agarrar sua presa. Os pítons variam de 4,5 a 6 metros de comprimento.
A espécie Píton é retratada em diversos filmes como sendo "gigante e sedenta por sangue". Isso não acontece na realidade.

Cobra-do-Chicote-do-Oeste



A cobra-chicote-do-oeste (Coluber viridiflavus) é uma serpente colubrídea que habita áreas rochosas, fendas, e áreas ensolaradas, às vezes também lugares pouco mais úmidos como os campos e beiras de rios.
Sua coloração dominante é preta e o dorso possui linhas longitudinais de cor amarelo-esverdeada. O comprimento é de 100–130 cm, mas também pode chegar a 200 cm. É uma espécie de atividade diurna. Alimenta-se principalmente de outros répteis como lagartos, ovos de pássaros pequenos ou pequenos anuros como rãs e sapos. Tem caráter feroz e agressivo, mas não é venenosa. É encontrada ao nordeste da França, na Itália, na Eslovênia e na Croácia.

Cobra-de-Água-de-Colar
(Natrix natrix)



Cobra relativamente grande que mede, em geral, cerca de 100 a 120 cm de comprimentos total, mas pode, por vezes, atingir os 200 cm. Cabeça larga, relativamente grande, bem diferenciada do resto do corpo e com focinho arredondado. Em geral com uma placa pré-ocular, três pós-oculares e sete supralabiais (mais raramente seis ou oito). Corpo robusto, coberto dorsalmente por escamas carenadas, que se encontram distribuídas em 19 fiadas no centro do corpo. Dorso com uma coloração de fundo acizentada, acastanhada ou verde olivácea, podendo apresentar pequenas manchas escuras dispersas irregularmente. As escamas supralabiais apresentam, frequentemente, um rebordo negro na zona de sutura. Região ventral de cor esbranquiçada ou acizentada, com manchas quadrangulares escuras.
Habita uma grande variedade de biótopos, ocorrendo quase sempre junto a cursos de água, lagoas ou charcos, preferencialmente em bosques, zonas agrícolas e matagais. Pode encontrar-se também em águas salobras.
A sua reprodução ocorre sobretudo durante a Primavera e o Outono. Os acasalamentos têm lugar entre Abril e maio, embora possam ocorrer também entre o final do Verão e o Outono. As fêmeas depositam 6-70 ovos, entre Junho e Julho, em geral debaixo de troncos de madeira, montes de estrume e em buracos naturais. Em alguns casos, a postura é comunal, podendo-se observar num mesmo local centenas de ovos, inclusivamente misturados com os da cobra-de-água-viperina. A eclosão ocorre após um mês e meio a dois meses de incubação, normalmente entre finais de Agosto e Outubro. A maturidade sexual é atingida entre 4-5 anos, nas fêmeas (sensivelmente a partir dos 60 cm de comprimento total) e aos três anos, nos machos (a partir dos 40 cm de comprimento total).
A longevidade máxima observada é de 19 anos de idade. A sua alimentação é constituída essencialmente por invertebrados, anfíbios (larvas e adultos) e peixes. Ocasionalmente inclui também na dieta micromamíferos e répteis.


Cobra-de-Água-Viperina
(Natrix maura)



Cobra de pequeno e médio tamanho, que mede cerca de 65-70 cm de comprimento total, mas pode alcançar 130cm. Cabeça bem diferenciada do resto do corpo, com focinho curto e arredondado. Possui duas placas pré-oculares e duas placas pós-oculares (excepcionalmente três), e sete supralabiais, das quais a terceira e a quarta estão em contacto com o olho. Corpo cilíndrico, coberto dorsalmente por escamas carenadas, que se observam em 21 fiadas no centro do corpo. Padrão de coloração dorsal muito variável, podendo apresentar uma cor de fundo acastanhada, amarelada, esverdeada ou acinzentada. Sobre este fundo possui uma série de manchas acastanhadas ou negras, que alternam na região médio-dorsal, formando um zigue-zague ou uma série de bandas transversais. Nos flancos, apresenta numerosas manchas que podem ter a forma de ocelos. Na cabeça, destacam-se uma ou duas manchas escuras em forma de V invertido. Ventre de cor esbranquiçada, amarelada ou avermelhada, com manchas negras quadrangulares. Existem também referências frequentes a indivíduos melânicos.
É uma espécie de hábitos essencialmente diurnos que, durante os períodos mais quentes do Verão, pode exibir também actividade crepuscular e nocturna. Os indivíduos activos possuem temperaturas corporais muito variáveis, com valores médios que oscilam entre os 21º e 28º C. Passa por um período de hibernação, que ocorre geralmente entre Novembro e Fevereiro, permanecendo activa o resto do ano. A sua actividade pode desenvolver-se tanto em meio terrestre como em meio aquático, mas comparativamente à cobra-de-água-de-colar, é uma espécie mais aquática, sendo manos ágil e veloz em terra. Encontra-se muito associada a habitats aquáticos, ocorrendo principalmente junto a lagos, charcos, represas, pãntanos, barragens e cursos de água. Tolera níveis de salinidade relativamente elevados, podendo assim encontrar-se também em paúis costeiros, lagoas e outros locais aquáticos salobros.
A sua reprodução ocorre, sobretudo, durante a Primavera (entre Março e maio), embora se registem também acasalamentos durante o Outono. As fêmeas podem realizar múltiplos acasalamentos. Entre Junho e Julho, as fêmeas depositam 4-32 ovos (em geral cerca de 7), normalmente debaixo de pedras, entre as raízes de arbustos ou entre restos vegetais em decomposição. A eclosão ocorre após um mês e meio a três meses de incubação, normalmente entre Agosto e Outubro. A maturidade sexual é atingida entre os quatro e cinco anos, nas fêmeas, e por volta dos três anos, nos machos.
A longevidade máxima registada é de 20 anos.
Os recém-nascidos medem entre 14 e 20 cm de comprimento total.


Cobra-Ferradura
(Coluber hippocrepis)



A cabeça é bem delimitada do corpo. A parte posterior da cabeça apresenta uma mancha escura em forma de ferradura. Coloração: Tonalidade clara, amarelada/esbranquiçada com uma série contínua de manchas arredondadas de cor escura. Forma da pupila: Redonda Escamas: Uma fiada de escamas (3-4) entre os olhos e as supralabiais. DIMENSÕES: Comprimento total - 180 cm DIMORFISMO SEXUAL: As fêmeas, em geral, têm maior número de escamas ventrais.
Espécie essencialmente terrestre, pode no entanto subir a árvores e arbustos. Associada a locais secos e pedregosos. Pode ser encontrada em zonas urbanas.
Ágil e agressiva. Circadiana: Diurna crepuscular. Sazonal: Reduzida de Novembro a Março.
As principais presas são micromamíferos e lacertídeos.


Corredora-Azul



A corredora-azul (Coluber constrictor) é uma serpente que quando adulta pode chegar até 150 cm de comprimento, o corpo é delgado com dorso brilhante, azul, azul-esverdeado, ou negro. Ventre branco amarelado para cinzento. Garganta distintamente clara (de amarelo para branco). Tanto filhote quanto o juvenil chega a 80 cm, azul-cinzento com listras castanhas sobre o dorso que tornar-se menos distinto em direção à cauda, a face e o ventre escuros.
Diversos habitats como moradia, incluindo florestas, áreas abertas, e bordas de florestas perto de campos abertos.
Alerta e ágil, reage a perturbação se afastando rapidamente. Se ameaçada, vibra a cauda e bate repetidamente. Predam uma variedade de animais, incluindo artrópodes, lagartas, anfíbios, répteis, aves, e pequeno mamíferos. É encontrada nos Estados Unidos.

Jararacuçu-do-Brejo

Jararacuçu-do-brejo (Mastigodryas bifossatus), também conhecida como cobra-nova é uma serpente não peçonhenta (agressiva mas praticamente inofensiva), alimenta-se de anfíbios, aves, lagartos e roedores. Aparece muito do centro para o sul do Brasil. Tamanho médio 1,8 metro.

Ficheiro:Cobra 23 03 58 S - 49 00 39 O - 070707- REFON -2.JPG