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26 fevereiro, 2011

Ungulados 3

Elefantes



Elefante é o termo genérico e popular pelo qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos proboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo atual, duas africanas (Loxodonta sp.) e uma asiática (Elephas sp.). Há ainda os mamutes (Mammuthus sp.), hoje extintos. Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas espécies vivas de elefantes, o elefante-africano e o elefante-asiático, uma espécie menor. Entretanto, estudos recentes de DNA sugerem que havia, na verdade, duas espécies de elefante-africano: Loxodonta africana, da savana, e Loxodonta cyclotis, que vive nas florestas. Os elefantes são os maiores animais terrestres da atualidade pesando até 12 toneladas e medindo em média quatro metros de altura. As suas características mais distintivas são as presas de marfim.
Os elefantes são animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia. As fêmeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca, compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de gestação das fêmeas é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90 kg. Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos isolados, encontrando-se com as fêmeas apenas no período reprodutivo.
Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos predadores. Os elefantes exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.
Os elefantes-africanos são maiores que as variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença importante é a ausência de presas de marfim nos elefantes asiáticos.
Durante a época de acasalamento, o aumento da produção de testosterona deixa os elefantes extremamente agressivos, fazendo-os atacar até humanos. Acidentes com elefantes utilizados em rituais geralmente são causados por esse motivo. Cerca de 400 humanos são mortos por elefantes a cada ano.

Tromba

A probóscide, ou tromba, é uma fusão de nariz e lábio superior, alongado e especializado para se tornar o apêndice mais importante e versátil de um elefante. A ponta da tromba dos elefantes-africanos está equipada de duas protuberâncias parecidas com dedos, enquanto os elefantes asiáticos têm apenas uma destas. Segundo os biologistas, a tromba do elefante pode ter cerca de quarenta mil músculos individuais, o que a faz sensível o suficiente para pegar numa única folha de relva, mas ao mesmo tempo forte o suficiente para arrancar os ramos de uma árvore. Algumas fontes indicam que o número correto de músculos na tromba de um elefante é mais perto de cem mil.
A maior parte dos herbívoros (comedores de plantas, como o elefante) possuem dentes adaptados a cortar e arrancar plantas. Porém, à exceção dos muito jovens ou doentes, os elefantes usam sempre a tromba para arrancar a comida e levá-la até à boca. Eles pastam relva ou dirigem-se as árvores para pegar em folhas, frutos ou ramos inteiros. Se a comida desejada se encontra alta demais, o elefante enrola a sua tromba no tronco ou ramo e sacode até a comida se soltar ou, às vezes, simplesmente derruba completamente a árvore.
A tromba também é utilizada para beber. Elefantes chupam água pela tromba (até quatorze litros de cada vez) e depois a despejam para dentro da boca. Elefantes também inalam água para despejar sobre o corpo durante o banho. Sobre esta camada de água, o animal então despeja terra e lama, que servirá de protetor solar. Quando nada, a tromba também pode servir de tubo de respiração.
Este apêndice também é parte importante das interações sociais. Elefantes conhecidos cumprimentam-se enrolando as trombas, como se fosse um apertar de mãos. Eles também a usam enquanto brincam, para acariciar durante a corte ou em interações entre mãe e filhos, e para demonstrações de força - uma tromba levantada pode ser um sinal de aviso ou ameaça, enquanto uma tromba caída pode ser um sinal de submissão. Elefantes conseguem defender-se eficazmente batendo com a tromba em intrusos ou agarrando-os e atirando-os ao ar.
A tromba serve também para dar ao elefante um sentido muito apurado de cheiro. Levantando a tromba no ar e movimentando-a para um lado e para o outro, como um periscópio, o elefante consegue determinar a localização de amigos, inimigos ou fontes de comida.


Presas

As presas de um elefante são os segundos incisivos superiores. As presas crescem continuamente; as presas de um adulto médio crescem aproximadamente 15 cm por ano. As presas são utilizadas para escavar à procura de água, sal ou raízes; para retirar a casca das árvores, para comer a casca; para escavar a árvore adansônia a fim de retirar-lhe a polpa; e para mover árvores ou ramos quando um trilho é criado. Para além disso, são utilizadas para marcar as árvores para demarcar o território e ocasionalmente como armas.
Tal como os humanos, que são tipicamente destros, os elefantes são ou destros ou canhotos. A presa dominante, chamada a presa mestra, é, em geral, mais curta e mais arredondada na ponta por causa do uso. Tanto os machos como as fêmeas dos elefantes-africanos têm grandes presas que podem chegar até acima dos 3 m em comprimento e pesar mais de 90 kg. Na espécie asiática, só os machos têm presas grandes. As fêmeas asiáticas têm presas que são ou muito pequenas ou que são simplesmente inexistentes. Os machos asiáticos podem ter presas tão longas como os machos africanos, mas são normalmente mais finas e leves; a presa registrada mais pesada de sempre pesava 39 kg. A presa de ambas as espécies e constituída principalmente de fosfato de cálcio na forma de apetite. Como um tecido vivo, é relativamente macio (comparado com outros minerais como a pedra), e a presa, também chamada de marfim, é apreciada por artistas pela sua esculturabilidade. A procura de marfim de elefante tem sido uma das razões para o declínio dramático da população mundial de elefantes.
Alguns familiares extintos dos elefantes tinham presas também nos maxilares inferiores, como os Gomphotherium, ou só nos maxilares inferiores, como os Deinotherium.


Dentes

Os dentes dos elefantes são muito diferentes dos da maior parte dos mamíferos. Durante a sua vida eles têm normalmente 28 dentes. Estes são:
Os dois incisivos superiores: as presas.
Os percursores de leite das presas.
12 pré-molares, 3 em cada lado de cada maxilar.
12 molares, 3 em cada lado de cada maxilar.
Ao contrário da maior parte dos mamíferos, que desenvolvem dentes de leite e depois os substituem pelos dentes adultos permanentes, os elefantes têm ciclos de rotação de dentes durante a vida toda. Passado um ano as presas são permanentes, mas os molares são substituídos seis vezes durante a vida média de um elefante. Os dentes não irrompem dos maxilares verticalmente como os dentes humanos. Em vez disso, eles têm uma progressão horizontal, como um tapete rolante. Os novos dentes crescem na parte de trás da boca, empurrando dentes mais velhos para a frente, onde eles se gastam com o uso e os restos caem. Quando um elefante se torna velho, os últimos dentes ficam gastos, e o elefante tem de comer apenas comida muito macia. Elefantes muito velhos freqüentemente passam os últimos anos exclusivamente em zonas pantanosas onde conseguem encontrar folhas de relva molhada e macia. Por fim, quando os últimos dentes caem, os elefantes não conseguem comer e morrem de fome. Se não fosse pelo desgaste dos dentes, o metabolismo dos elefantes permitir-lhes-ia viver muito mais tempo. Como cada vez mais habitat é destruído, o território dos elefantes torna-se cada vez menor; os mais velhos já não têm a oportunidade de procurar comida mais apropriada e, por isso, morrem de fome mais novos.
As presas no maxilar inferior também são segundos incisivos. Estes cresciam bastante no Deinotherium e em alguns mastodontes, mas desaparecem cedo nos elefantes modernos sem irromperem.

Pele

Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina. Normalmente, a pele dos elefantes-asiáticos está coberta por uma maior quantidade de pêlos do que no caso do seu congênere africano, sendo esta característica mais acentuada nos mais novos. As crias asiáticas estão cobertas de uma espessa camada de pêlo de coloração vermelho acastanhado. À medida que ficam mais velhas, este pêlo escurece e fica menos denso, permanecendo na cabeça e na cauda.
Os elefantes têm, geralmente, cor acinzentada, embora os africanos pareçam frequentemente acastanhados ou avermelhados por se rolarem na lama ou em solo dessa cor. Rolar na lama é um comportamento social de grande importância para os elefantes, além de que a lama forma uma espécie de protetor solar, protegendo a pele dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta. No entanto, a pele de um elefante é mais sensível do que parece. Sem banhos regulares de lama para se proteger de queimaduras, mordidas de insetos, e perda de umidade, a pele de um elefante sofreria importantes danos. Depois do banho, o elefante, normalmente, utiliza a sua tromba para atirar terra sobre o seu corpo para o secar, formando uma nova camada protectora. Como os elefantes estão limitados a áreas cada vez menores, há progressivamente menos água disponível, pelo que os diversos grupos aproximam-se cada vez mais, o que origina conflitos quanto à utilização destes recursos limitados.
Rolar na lama também ajuda a pele a regular a temperatura. Os elefantes têm muita dificuldade em libertar calor através da pele porque, em relação ao seu tamanho, têm pouca superfície de pele. A razão da massa de um elefante para a área de superfície de pele é muito menor do que num ser humano.


Patas

Elefante usando as patas para esmagar e comer uma melancia.
As patas de um elefante são pilares verticais, pois precisam suportar o grande peso do animal.
Os pés de um elefante são quase redondos. Os elefantes africanos têm três unhas em cada pé traseiro e quatro em cada um dos pés da frente. Os elefantes indianos têm quatro unhas em cada pé traseiro e cinco em cada um dos da frente. Por baixo dos ossos dos pés existe uma camada gelatinosa que funciona como uma almofada de ar ou amortecedor. Por esta razão, um elefante pode ficar de pé por longos períodos de tempo sem se cansar. Aliás, elefantes africanos raramente se deitam, exceto quando estão doentes ou aleijados. Elefantes indianos, em contraste, deitam-se freqüentemente. Embaixo do peso do elefante, o pé incha, mas desincha quando o peso é removido. Um elefante pode afundar na lama, mas consegue retirar as patas facilmente porque os seus pés reduzem de tamanho quando levantados.
O elefante é um bom nadador, mas não consegue trotar, saltar ou galopar. Tem dois andares: o caminhar e um passo mais acelerado que partilha características com a corrida. Quando caminha, as patas funcionam como pêndulos, com as ancas e os ombros subindo e descendo quando o pé é assente no chão. O passo mais acelerado não corresponde à definição habitual de corrida, porque os elefantes têm sempre pelo menos uma pata assente no chão. Como ambas as patas traseiras ou as dianteiras estão no ar ao mesmo tempo, este passo é semelhante às patas traseiras e as dianteiras correrem de cada vez.
Andando a passo normal, um elefante anda a cerca de 3 a 6 km/h mas pode chegar a 40 km/h em corrida.


Orelhas

As grandes orelhas do elefante são também importantes para a regulação da temperatura. As orelhas de um elefante são feitas de material muito fino esticado sobre cartilagem e uma vasta rede de vasos sanguíneos. Nos dias quentes, os elefantes agitam constantemente as orelhas, criando uma brisa suave. Esta brisa arrefece a os vasos sanguíneos à superfície, e o sangue mais fresco circula então pelo resto do corpo do animal. O sangue que entra as orelhas do animal pode ser arrefecido até cerca de 6 graus Celsius antes de retornar ao resto do corpo. As diferenças entre as orelhas dos elefantes africanos e asiáticos pode ser explicada, em parte, pela sua distribuição geográfica. Os elefantes africanos estão mais próximos do equador, onde o clima é mais quente. Por isso, têm orelhas maiores. Os asiáticos vivem mais para norte, em climas mais frescos, e, portanto, têm orelhas menores.
As orelhas também são usadas para intimidação e pelos machos durante a corte. Se um elefante quer intimidar um rival ou predador, estende as orelhas para parecer maior e mais imponente. Durante a época da procriação, os machos emitem um odor de uma glândula situada entre os olhos. Joyce Poole, um conhecido investigador sobre os elefantes, propôs a teoria que os machos abanam as orelhas para espalhar este "perfume elefantino" até grandes distâncias.


Elefante-Asiático
O elefante-asiático (Elephas maximus), por vezes conhecido como elefante-indiano, uma das subespécies, é menor que os elefantes-africanos. Seu único predador natural é o tigre, que na maioria das vezes ataca os filhotes, porém existem casos registrados de tigres caçarem elefantes adultos. No passado existiam desde o sul da China à ilha de Sumatra na Indonésia, e da Síria ao Vietnã.


Indian elephant swimming

Indian elephant swimming

Indian elephant herd moving through forest

Elefante-Africano

O elefante-africano (Loxodonta spp.) é o maior dos dois tipos de elefante existentes hoje. Por comparação com o elefante-asiático, distingue-se pelas orelhas maiores, uma adaptação às temperaturas mais elevadas, e pela presença de presas demarfim nas fêmeas, com cerca de 70 kg cada uma. Além disso, o elefante-africano tem 3 unhas nas patas traseiras e 21 pares de costelas, por oposição a 4 e 19, respectivamente, no elefante-indiano.
O elefante-africano atinge os 3,50 metros até o nível da cernelha e 6 metros de comprimento, sendo o maior mamífero terrestre existente na atualidade. Um adulto necessita de cerca de 250 quilogramas de alimento e 160 litros de água todos os dias.
Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas espécies vivas de elefantes, o elefante-africano e o elefante-asiático. Neste contexto, os elefantes da savana e floresta correspondiam a variedades de uma mesma espécie. No entanto, estudos genéticos realizados com o objetivo de controlar o tráfico ilegal de marfim trouxeram à luz as diferenças intrínsecas entre as variedades. Apesar das diferenças, é conhecido que os elefantes-da-floresta e savana podem produzir híbridos. Os elefantes-africanos (género Loxodonta) dividem-se em duas espécies atuais e uma fóssil.

Newborn African elephant

African elephant calves playing

Female and young African elephant walking


African elephants


Elefante-da-Floresta


O elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis) é um elefante que habita as florestas da Bacia do Congo. Anteriormente era considerada tanto um sinônimo ou uma subespécie do elefante-da-savana (Loxodonta africana); mas um estudo de 2010 estabeleceu que os dois são espécies distintas. O contestado elefante pigmeu da bacia do Congo, muitas vezes assumido como uma espécie distinta (Loxodonta pumilio) , são provavelmente elefantes-da-floresta cujo tamanho menor e / ou maturidade precoce é devido às condições ambientais.

Forest elephant bull

Forest elephant infants

Forest elephant herd in bai digging for salt


Elefante-Albino


25 fevereiro, 2011

Ungulados 2

Ungulados de Dedos Pares



Os artiodáctilos (latim científico: Artiodactyla) constituem uma ordem de animais mamíferos ungulados com um número par de dedos nas patas. É um grupo muito variado, com cerca de 220 espécies descritas, que incluem muitos animais com grande importância econômica para o homem, como o boi, a cabra, o camelo, o hipopótamo e o porco, entre outros.
Há espécies nativas de artiodáctilos de todos os continentes, exceto da Austrália e Antártida. A maioria vive em habitats terrestres, incluindo savanas, montanhas e florestas, mas com um grupo semi-aquático, o dos hipopótamos. A maioria são herbívoros – e nesta ordem se encontram os ruminantes, com o seu aparelho digestivo especializado -, mas alguns são omnívoros, como o porco. Entre estes animais se encontram alguns dos mamíferos mais rápidos.
A principal característica dos artiodáctilos é serem paraxónicos, ou seja, o plano de simetria do pé passa entre o terceiro e quarto dedos. Em todas as espécies o número de dedos se encontra reduzido, em relação ao número básico de cinco, característico dos mamíferos: o primeiro dedo perdeu-se neste grupo e o segundo e quinto são pequenos ou vestigiais. O terceiro e o quarto dedos encontram-se bem desenvolvidos, são protegidos por cascos e é sobre eles que todos os artiodátilos se apóiam. Nalgumas formas como os antílopes e veados, a redução chega aos ossos: o terceiro e quarto metapodiais estão fundidos, parcial ou completamente, num único osso chamado "canhão" e nos membros posteriores destas espécies, os ossos do tornozelo estão também reduzidos em número e é o astrágalo que suporta todo o peso do animal. Estas adaptações ajudam estes animais a correrem mais rápido.
Os artiodáctilos são geralmente divididos em dois grupos com algumas características diferentes, as subordens Suina (porcos, hipopótamos e taguás) e Ruminantia (bovídeos, camelos e os restantes antílopes e veados). Os primeiros têm todos quatro dedos nas patas, dentes molares mais simples, mas os caninos estão muitas vezes transformados em presas e têm pernas mais curtas que os ruminantes. Em geral, eles são onívoros e têm um estômago simples (com exceção dos hipopótamos, que são principalmente herbívoros).
Os membros da subordem Ruminantia tendem a ter pernas mais longas com apenas dois dedos, dentes molares mais complexos, adequados à sua alimentação à base de ervas duras e o estômago dividido em várias câmaras, onde se alojam microorganismos simbiontes que decompõem a celulose. Eles também desenvolveram a técnica de ruminar, ou seja, regurgitam comida parcialmente digerida e tornam a mastigá-la, a fim de extrair dela o máximo de nutrientes.
Suínos
Os Suídeos (Suidae Gray, 1821) são mamíferos pertecentes à família Suidae. O grupo inclui animais domésticos, como o porco doméstico e selvagens tais como o javali, o facóquero e o babirusa. A sua distribuição geográfica é extensa mas restringe-se ao Velho Mundo. Já os porcos domésticos habitam todos os continentes do mundo, graças à intervenção do homem. Originaram-se na Ásia durante o Eoceno.

Javali-Barbado

O Javali-Barbado (Sus barbatus) é uma espécie de javali asiático, reconhecida por sua proeminente barba. Habita as florestas tropicais e mangues das Filipinas (Palawan, Balabac e ilhas Calamian), Sumatra, Ilha Banka, Arquipélago de Rhio, Malásia e Bornéu.


Javali

Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os machos podem pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura no garrote de 100 cm. Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além de terem dentes caninos maiores. Na Europa, os animais do norte tendem a ser mais pesados que os do sul.
O corpo do javali é robusto e estreito, com patas relativamente curtas. Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.
Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário; a diferença se deve à intensa seleção por variedades de porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.
A boca é provida de enormes caninos que se projetam para fora e crescem continuamente. Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento. Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e contra inimigos.
Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os javalis são cobertos de pelagem. Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor entre o cinza-escuro e o acastanhado. Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente. A pelagem dos filhotes escurece com a idade.

(Sus scrofa scrofa)





(Sus scrofa cristatus )





(Sus scrofa vittatus)



Porco-Gigante-da-Floresta

O Porco-gigante-da-floresta ou hilóquero (Hylochoerus meinertzhageni) é uma espécie de javali proveniente da África.





Porcos

Porco (Sus domesticus ou Sus scrofa domesticus) é um mamífero bunodonte não-ruminante, da família dos suidae. A denominação para as fêmeas é porca, para os porcos machos não castrados varrão ou varrasco e para os filhotes a denominação éleitão.A espécie evoluiu a partir do javali selvagem, embora haja controvérsia quanto à subespécie exata: há quem acredite[quem?] que descendem do Sus scrofa scrofa, que habita grandes regiões da Eurásia, e também quem acredite que sua origem é o Sus scrofa vitatus, que vive na Ásia e na bacia do Mar Mediterrâneo.
É um animal maciço, de patas curtas terminadas por quatro dedos completos munidos de cascos. Sua cabeça tem perfil triangular e tem um focinho cartilaginoso. A dentadura, de tipo primitivo (44 dentes molares) apresenta caninos fossadores revirados e incisivos inferiores alongados (em forma de pá). Sua pele, de pelagem espaçada (e cor geralmente rosada) recobre uma espessa camada de toucinho.
Os porcos são animais omnívoros. Digerem bem todos os alimentos, exceto os celulósicos. Embora o consumo de sua carne seja proibido por algumas das principais religiões (como o Islamismo e o Judaísmo), a carne suína é a mais consumida no mundo (responde por 44% do mercado de carnes), sendo considerada saborosa por gastrônomos.


Porco-Celta


Porco-do-Vietname





Babirusa

O babirusa (Babyrousa babyrussa) é um mamífero suídeo de aspecto incomum, típico da Indonésia. Os caninos superiores do macho emergem na vertical dos alvéolos do maxilar, penetra pela pele do nariz e então sai em curva para cima e na frente da face; uma característica sem igual em mamíferos.
Os caninos da mandíbula do macho também crescem em cima da frente da face. Esta particularidade aparece no macho adulto (os caninos da fêmea ou estão ausentes ou notadamente reduzidos).
Este tipo de dente levou as pessoas acharem que ele era parecido com um antílope por isso o seu nome (i.e. babi = porco e rusa = cervo). A função destes dentes é desconhecida. Eles são bastante frágeis, e facilmente se quebram, mas são raramente usados em combate entre machos. Muito das informações disponível na história natural e biologia desta espécie é derivado do estudo de espécimes cativos de jardins zoológicos.
O babirusa é o representante vivo exclusivo do subfamília Babyrousinae. Acreditam os estudiosos que o Babyrousa se desenvolveu desde os de Oligoceno (25 milhões de anos atrás) ao longo de uma linha evolutiva separada.
A babirusa em cativeiro pode se tornar sexualmente madura com cinco a dez meses de idade e viver em torno de 24 anos. Porém, é improvável que se reproduza antes de um ano de idade. O ciclo estro dura entre 28 e 42 dias e fêmeas em cativeiro geralmente entram novamente no cio dentro de três meses após o parto. O cio dura de 2-3 dias e a duração de gestação normalmente é de 155-158 dias, entretanto já ocorreram casos de durar 171 dias. O número de filhotes é um ou dois, mas já foram registrados nascimentos de trigêmeos, tanto em cativeiro como na vida selvagem e encontrados quatro fetos no ventre de uma fêmea selvagem. As fêmeas normalmente são bastante dóceis em cativeiro, mas ficam bastante agressivas quando estão com filhotes e até duas semanas após o nascimento.


Fácoquero

O facochero, facócero, facoquero ou javali-africano (Phacochoerus sp.) é um mamífero africano, caracterizado pela cabeça grande, o corpo em forma de barril e a presença de verrugas na cara, o que lhe vale o nome em inglês de warthog ("porco-verruguento").
O facochero ou facócero é classificado como um artiodáctilo da família Suidae (que inclui porcos e javalis) pertencente ao género Phacochoerus. O género inclui duas espécies, P. africanus e P. aethiopicus, que são consideradas sinónimos por alguns autores.
O facochero possui uma cabeça grande com verrugas características, espalhadas aos pares. Os olhos no alto da cabeça servem para vigiar possíveis predadores, como o leão ou o leopardo. O focinho é longo, acompanhado de dois pares de presas, usadas para escavar e para defesa. O corpo é grande e as pernas curtas. Apesar disso, é um bom corredor. Possui uma cauda razoavelmente longa, que mantem em posição ereta enquanto trota. Um facochero adulto pesa entre 50 e 100 kg. A altura da cernelha é em torno de 75 cm. Esta espécie tornou-se bastante conhecida na mídia com a animação dos estúdios Disney "O Rei Leão", onde um dos personagens principais é o facocheiro Javali Pumba, parceiro do suricate Timão e do jovem leão Simba.
Os machos disputam as fêmeas em combates violentos.
A gestação da fêmea é de 175 dias,a o fim dos quais, nascem 4 leitõezinhos, que são desmamados aos 2 meses. Os filhotes permanecem junto à mãe até o próximo parto.
Como todos os porcos, usa a lama para se refrescar e se proteger de parasitas e insetos. Eles vivem em pequenos núcleos familiares compostos por uma fêmea e seus filhotes. Os machos vivem sozinhos. Apesar de bons cavadores, os facocheros não constroem suas tocas. Preferem viver em tocas abandonadas de outros animais como o orictéropo.


Javaporco

O javaporco é um animal híbrido originário do cruzamento entre as espécies porco e javali. Este híbrido é um animal invasor em muitos países da América do Sul, sobretudo no Brasil, onde causa frequentemente danos em culturas e florestas. Recentemente este animal foi estudado mais profundamente no Brasil, na região de Jacaratuá, onde foi feita a sua caracterização dentro do grupo dos ungulados do ponto de vista da morfologia, fisiologia e genómica, por uma equipa de biólogos da Universidade de Aveiro liderada pelo prestigiado mamólogo Prof. Dr. Carlos Fonseca.




Porco-da-idade-do-ferro


O porco-da-idade-do-ferro é o híbrido entre um porco-doméstico e um javali.



Mangalitsa

Mangalitsa é uma raça de porcos originária pricipalmente da Hungria e dos Bálcãs. Pertence a raças de porcos européias não melhoradas (tal como o porco negro ibérico e o porco alentejano) que são descendentes diretamente das populações dejavalis selvagens.
A raça foi desenvolvida de antigos tipos de porcos húngaros selvagens (Bakonyi e Szalontai) cruzados com a raça de origem sérvia Šumadija (1833) (e depois outros como o Alföldi ou os croatas Šiška e Syrmien). O desenvolvimento ocorreu na Hungria no começo do século XIX. O novo porco de crescimento rápido e do "tipo gordo" não exigia nenhum cuidado especial, tornando-se muito popular na Hungria. Para o aprimoramento da raça, a Sociedade Nacional de Criadores de Porcos Gordos (Mangalicatenyésztők Országos Egyesülete) foi criada em 1927. O mangalitsa foi a mais importante raça suína na região até 1950 (o número de porcos na Hungria em 1943 era de 30.000). Desde a década de 1950 a popularidade, assim como a população do mangalitsa vem diminuindo dentro do contexto da disseminação da melhor alimentação e de invenções como o refrigerador. Atualmente, a criação como hobby do mangalitsa tem se tornado. O número atual de mangalitsas na Hungria é levemente superior a 4.500, a maioria deles pertencentes a empresa Monte Nevado.
Em março de 2006, 17 mangalitsas foram importados da Áustria para o Reino Unido. Foram registrados com o BPA (British Pig Association) e as linhagens (pedigrees) estão sendo mantidas pelo BPA Mangalitza Herd Book (Livro de Rebanho Mangalitsa da BPA).
Em agosto de 2007 a Wooly Pigs, uma companhia norte-americana, importou um rebanho da Áustria.


Potamóquero

O Potamóquero (Potamochoerus larvatus) é uma espécie de porco selvagem da África.


Potamóquero-Vermelho


Queixada

O queixada (Tayassu pecari) é um mamífero artiodátilo da família dos taiaçuídeos. Também é conhecido pelos nomes de canela-ruiva, pecari, porco-do-mato, queixada-ruiva, queixo-ruivo, sabacu, tacuité, taguicati, taiaçu, tajaçu, tanhaçu,tanhocati, tiririca e miguel. Morfologicamente, é muito semelhante ao caititu (Tayassu tajacu) do qual é simpático (compartilha do mesmo habitat).
De hábitos diurnos e terrestres, é encontrado desde o Sul do México até o Nordeste da Argentina. Possui cerca de 1 metro de comprimento e pelagem negra com o queixo branco. Vive em bandos que chegam a somar mais de trezentos indivíduos.
Esse animal é amplamente considerado o mais perigoso dos taiassuídeos; diferentemente de seus tímidos parentes, os queixadas atacam de forma agressiva qualquer inimigo se acuados, e quando um deles está ferido, é normal todo o bando voltar-se para defendê-lo. Há relatos de onças, e até mesmo, porém mais raramente humanos que foram mortos por bandos de queixadas furiosos.
Alimenta-se de frutas, sementes, brotos, raízes e folhas, e também de pequenos invertebrados e presas como sapos, lagartos e filhotes de aves. A gestação dura aproximadamente 160 dias, após o que nascem, em geral, dois filhotes.


Caititu

Caititu, cateto, tateto, patira, pecari ou porco-do-mato (Tayassu tajacu) é um mamífero da ordem dos artiodáctilos, família Tayassuidae da América do Sul.
O caititu é erroneamente chamado de porco-do-mato devido à sua aparente semelhança com os javalis (Sus scrofa). Entretanto, várias características anatômicas o tornam diferente, tais como: a presença de uma glândula odorífera na região dorsal e de uma cauda vestigial de 15 a 55 mm; o osso da perna fundido ao do pé, que resulta em três dígitos na pata posterior, o fígado reduzido, a ausência de vesícula biliar e a presença de um estômago compartimentalizado em estômago glandular, bolsa gástrica e dois sacos cegos (o saco cego cranioventral e saco cego caudodorsal). A presença desse tipo de estômago permite que os caititus se alimentem de itens diversos, incluindo alimentos fibrosos, sobras de legumes, frutos e pequenos vertebrados.
Dentre as três espécies de pecaris existentes, os caititus são os de menor porte. Quando adultos, medem de 75 a 100 cm de comprimento e aproximadamente 45 cm de altura. O peso varia de 14 a 30 kg. A espécie apresenta uma cauda vestigial e um focinho alongado com disco móvel terminal, patas curtas e delgadas e pés pequenos proporcionalmente ao resto do corpo. As patas dianteiras possuem quatro dígitos, sendo dois destes funcionais e as traseiras possuem um dos dígitos não funcional. A espécie possui 38 dentes, sendo os caninos superiores os que mais se destacam. Diferentemente dos porcos verdadeiros, seus caninos são relativamente pequenos e com o crescimento reto e para baixo. Possuem o comportamento de bater os dentes como mecanismo de defesa quando se sentem ameaçados.
A pelagem é longa e áspera, geralmente de tonalidade cinza mesclada de preto, com uma faixa de pelos brancos ao redor do pescoço que dá o aspecto de um colar. Na região dorsal possuem uma crina de pelos mais longos e escuros, que eriçam em situações de estresse ou quando demonstram comportamentos de ameaça. Não existe dimorfismo sexual nessa espécie. No entanto, é possível visualizar o escroto dos machos a curtas distâncias. A glândula dorsal se localiza de 15 a 20 cm na região anterior a base da cauda e tem como função a marcação territorial e social.


Lhama

Lhama ou lama (Lama glama), da palavra quíchua llama, é um mamífero ruminante da América do Sul, da família dos camelídeos, género Llama. Este animal tem pelagem longa e lanosa, e é domesticado para a utilização no transporte de carga, produção de lã, carne e couro. A lhama é relacionada com o guanaco, a vicunha e a alpaca. Foi domesticado pelo povo inca, tendo sido muito importante para os mesmos.
As lhamas vivem na Cordilheira dos Andes, onde as temperaturas são baixas. Assim, as pelagens servem para protegê-los do frio, além de proteger o seu corpo de arranhões e outros ferimentos. A lhama é conhecida pelo seu estilo calmo, muitas vezes andando devagar, porém pode se irritar facilmente, assim foi considerada o oitavo animal mais irritável do mundo, segundo o canal Animal Planet. Quando irritada ou para chamar a atenção, espirra seu muco na direção do objeto de sua irritação.
A lhama alimenta-se de capim e mato. Estes animais medem de 1,40 m a 2,40 m contando com a cauda 25cm e chega a pesar 150Kg.


Cama

Um cama é um híbrido entre um dromedário e uma lhama, nascido por inseminação artificial realizada por cientistas que estudaram a relação próxima entre ambas as espécies. O dromedário pesa seis vezes o peso de uma lhama, por tanto a inseminação artificial foi necessária para emprenhar alhama fêmea (aparelhamentos entre llama macho e dromedário fêmea foram tentados sem êxito).
O nome "cama" vem da união de "camelo" e "lhama" (o dromedário é um tipo de camelo, as vezes chamado camelo árabe).


Alpaca


A alpaca (Vicugna pacos) é um mamífero sul-americano estreitamente aparentado com a vicunha e, um pouco mais distante, com o guanaco e a lhama. A alpaca é um animal da família dos camelídeos. É menor que a lhama, tendo uma pelagem mais longa e macia. É criada no Peru, Chile e na Bolívia (região dos Andes) como fonte financeira principal, para o aproveitamento da sua lã (fibra de alpaca). O hábito de cuspir também é comum na alpaca, que o utiliza para mostrar agressividade ou como método de defesa, mas ela é muito dócil.



Alpama


O alpama é um animal híbrido resultante do cruzamento de um lhama com uma alpaca. Suas características físicas são intermediárias às dos genitores.


Guanaco

O Guanaco (Lama guanicoe) é um camelídeo nativo América do Sul, cuja altura varia entre 107 e 122 cm, pesa cerca de 90 kg. A cor varia muito pouco (ao contrário do Lhama), variando de um marrom claro ao mais escuro, e canela para sombreamento, e pelagem branca no tórax, e abdômen. A face de um Guanaco tem um tom acinzentado, e as orelhas, pequenas, ficam em pé. Sua característica marcante são seus grandes olhos castanhos (usados para dar alertas), a forma corporal equilibrada, e a enorme energia. O nome Guanaco vem da língua sul-americana conhecida como '''''quechua''''' (palavra "huanaco"). O guanaco assim como o lhama, é um mamífero ruminante da América do Sul. Ao contrário das outras espécies de camelídeos, este animal tem pelagem mais curta, pode passar quatro dias sem água e vive em grandes alturas, próximas aos 4 000 metros. Vive principalmente no Peru.


Vicunha

A vicunha (Vicugna vicugna) é o animal que possui o menor tamanho entre os camelídeos andinos chegando no máximo a 1,30 metros de altura e podendo pesar até 40 kg. Sua pelagem é muito fina e tem alto valor comercial; por esse motivo, a vicunha esteve à beira da extinção por causa dos caçadores ilegais. A população de vicunhas, que chegou a ter apenas 25 000 exemplares, chega atualmente quase a 170 000 (aproximadamente 100 000 vivem no Peru), e o número vem crescendo em média 8% por ano. Habita de 3.000 a 4.600 metros acima do nível do mar, no elevado platô andino na região central e sul do Peru, oeste da Bolívia, norte do Chile e noroeste da Argentina, especificamente na puna, uma estepe elevada, desértica e desprovida de árvores, localizada acima da zona de lavouras cultivadas.
A vicunha está bem adaptada à vida nesse ambiente inóspito. Sua pelagem é constituída da lã da melhor qualidade que se conhece, a qual é valorizada e utilizada pelo homem desde a era pré-colombiana. Esta lã a protege do extremo frio e dos fortes ventos da puna e serve como um acolchoado para o corpo quando descansa no chão. Em comparação com os camelos do velho mundo, a vicunha possui cascos mais profundamente bipartidos, permitindo que caminhe e corra com mais aptidão em encostas rochosas, penhascos e pedras soltas, comuns na puna (Koford, 1957). Outra importante adaptação são os dentes semelhantes aos de roedores, os quais crescem continuamente e permitem que a vicunha se alimente de pequenos arbustos herbáceos e gramíneas perenes rentes ao solo. A vicunha é o único ungulado que possui incisivos de raiz aberta e crescimento contínuo. A vicunha é um dos quatro representantes vivos da família dos camelos encontrados na América do Sul, sendo os outros três o guanaco (Lama guanicoe), a lhama (Lama glama) e a alpaca (Vicugna pacos). A vicunha e o guanaco são espécies selvagens, enquanto a lhama e a alpaca são domesticadas.


Dromedário
(Camelus dromedarius)

O dromedário ou camelo árabe distingue-se do camelo bactriano, nativo da Ásia Central, pela presença de apenas uma bossa, contra duas do último. A bossa do dromedário não é composta de água (ao contrário da lenda popular), mas sim degordura acumulada pelo animal em períodos de alimentação abundante, que lhe permite sobreviver em condições de escassez. Sendo que a água é acumulada em sua corrente sanguinea, onde seus glóbulos vermelhos podem inchar até 250% para acumula-la. Outras adaptações à vida no deserto incluem: uma pelagem esparsa e suave que permite refrigeração, que varia do branco-sujo ao bege-claro ou castanho-escuro;suas patas tem base larga, com uma área que impede que se enterrem na areia; além de longos cilios que protegem os olhos do animal durante tempestades de areia.


Camelo

O camelo-bactriano, camelo-asiático ou simplesmente camelo (Camelus bactrianus) é um mamífero nativo da região das estepes do leste da Ásia, da região da Báctria, de onde o seu nome. Quase todos os animais desta espécie vivem domesticados pelas populações locais, mas ainda existem mais de mil espécimes na Mongólia e noroeste da República Popular da China.
É muito parecido com a outra espécie da família Camelidae que se pode encontrar atualmente no Velho Mundo, o camelo-árabe ou dromedário (Camelus dromedarius). O camelo-bactriano distingue-se do dromedário pelo seu tamanho maior e pela presença de duas bossas. Pensa-se que este último poderá ser um descendente do camelo-bactriano.
Este animal agüenta condições climáticas verdadeiramente extremas, especialmente no Tibete e outras áreas montanhosas da Ásia Central, onde as temperaturas no verão podem chegar a 40 °C de dia e à noite são inferiores a 0 °C. Pode resistir grandes períodos de tempo sem comer nem beber e é muito forte, podendo caminhar 47 quilômetros por dia carregando pesos superiores a 450 kg. Dele também se aproveita a carne, leite e pele.


Hipopótamos

Estes animais vivem geralmente próximos de rios, onde passam grande parte do seu tempo imerso, pois eles têm uma pele sensível a luz solar. Os hipopótamos são herbívoros e alimentam-se durante a noite da vegetação existente nas margens dos rios que habitam, mas há indícios de canibalismo de machos adultos com filhotes.
Os hipopótamos são preguiçosos em terra, mas ainda podem atingir velocidades de 50 km/h. Na água são rapidos e mostram diversas adaptações em sua existência, na maior parte aquática, inclusive orelhas e narinas que podem se fechar e uma secreção da pele que funciona como protetor solar, anti-séptico e anti-bacteriano. A pele dos hipopótamos é muito sensível a queimaduras solares e, para se proteger, segrega uma substância de cor vermelha que ao longe pode ser confundida comsangue.
Um hipopótamo macho adulto (que é quase sempre maior do que a fêmea) pode medir 4 metros e chegar a 3500kg, sendo um dos maiores mamíferos terrestres, atras apenas dos elefantes e rinocerontes.
Eles têm uma mordida extremamente forte em torno de 810 kg, mais do dobro da mordida de um leão.
O único predador natural dos hipopótamos são os leões que os caçam em bandos.
Os hipopótamos são animais grandes, com uma dentição herbívora, mas têm caninos grandes e auto afiáveis que são usados para se defender.
Eles causam mais mortes de humanos na áfrica do que os leões, búfalos, elefantes e rinocerontes juntos, são muito agressivos e territoriais, eles avisam antes de atacar, geralmente ele fica encarando e depois abre sua grande boca para mostrar os dentes, mas muitas pessoas confundem com um bocejo.
Vivem em grupos gregários com cerca de vinte animais, constituídos pelas fêmeas e crias e liderados por um macho.
Podem viver em média 30 anos, porém, em cativeiro, indivíduos da espécie hipopótamo-pigmeu vivem entre 42-55 anos, mais do que na selva. Recobre-o uma rugosa pele cinzenta - que em alguns pontos tem mais de 5 cm de espessura - e sustenta-se sobre pernas muito curtas. Uns ralos pêlos espalham-se pelo corpo.
O hipopótamo é um ótimo nadador. Como a gordura é mais leve que a água, e está acumulada sob a espessa pele, ajuda-o a flutuar. Além disso, a gordura estabiliza a temperatura interna do animal, quando está dentro da água.
Os hipopótamos eram sagrados para os antigos egípcios. A deusa da fertilidade, Tuéris, foi representada como um hipopótamo bípede.
Eles defecam e espalham suas fezes com o rabo com o objetivo de demarcar território.

Hipopótamo-Comum
(Hippopotamus amphibius)




Hipopótamo-Pigmeu
(Choeropsis liberiensis)





Trágulo

As quatro espécies de trágulos, também conhecido como cervo-rato (não confundir com rato-cervo, Peromyscus) ou chevrotain, compõem a família Tragulidae. Eles são criaturas pequenas, misteriosas, encontrados somente nas florestas tropicais da África, da Índia, e no Sudeste Asiático. São os únicos membros vivos do infraordem Tragulina.
A família era difundida e bem sucedida do Oligoceno (34 milhões de anos atrás) ao Mioceno (aproximadamente 5 milhões de anos atrás), mas quase não alteraram a sua forma neste tempo todo, e são um exemplo de uma forma primitiva de ruminante. Eles possuem um estômago tetra-compartimentado para fermentar plantas resistentes, mas a terceira câmara é mal-desenvolvida. Não têm chifres, mas ambos os sexos possuem os caninos superiores ampliados, os dos machos são proeminentes e afiados, projetando-se para fora da mandíbula. Eles têm as pernas curtas e finas, que os deixam com pouca agilidade, mas ajuda-os também a manter um perfil menor que os ajude a transpor a densa folhagem de seu ambiente.
O maior membro da família é o trágulo-aquático da África, aproximadamente com 80 cm de comprimento e 10 quilogramas de peso. É considerado como os mais semelhante aos suídeos e o mais primitivo das 4 espécies. Todos os três restantes preferem habitats rochosos de floresta. O trágulo-pequeno do Sudeste Asiático é o menor, e é realmente o menor de todos os ungulados em um tamanho maduro, mede 45 cm de comprimento e pesa 2 quilogramas.
Todas as quatro espécies dependem, para sua sobrevivência, da preservação de seu habitat florestal e da limitação do comércio de carne silvestre.
No folclore Indonésio, os trágulos tem o mesmo papel da esperta raposa nas fábulas da Europa.


Trágulo-Áquatico
(Hyemoschus aquaticus)





Trágulo-Pintado
(Moschiola meminna)





Trágulo-Pequeno
(Tragulus javanicus)





Trágulo-Grande
(Tragulus napu)



Cervo-Almiscarado-Siberiano
(Moschus moschiferus)

O Almiscareiro ou Cervo almiscarado é um animal que vive na Ásia. Os almiscareiros comem folhas, erva e almiscar. Os seus inimigos são os tigres e cobras. A sua cor é cinzento, preto e vermelho, ele tem por baixo do ventre uma bolsa.


Alce

O alce (Alces alces) é um cervídeo. É o maior dos cervos, com cerca de 2 metros de chifre e 500 kg de peso, e distingue-se dos restantes membros da família através do tipo particular de galhadas. Estas, que podem atingir 1,60 m de amplitude, presentes geralmente apenas nos machos, têm uma secção cilíndrica e um formato de taça. É um animal típico das regiões circumpolares. Seus chifres longos, ao contrário do que muitos possam pensar, servem para amenizar a temperatura corpórea no verão. Ele costuma viver por cerca de 20 anos.
Os alces têm pernas longas e o pescoço pequeno, o que os impede de pastar das ervas do chão. Estes animais ruminantes alimentam-se de rebentos e folhas de árvores e de plantas aquáticas. O seu comportamento é geralmente tímido, mas os machos podem tornar-se violentos durante a época de acasalamento e as fêmeas defendem as crias de qualquer aproximação humana. No entanto, o principal perigo que os alces representam para o ser humano é na estrada, onde podem provocar graves acidentes, sobretudo na Primavera quando os animais aproveitam o sal lançado no pavimento de algumas estradas na América do Norte como compensação nutricional.





Rena ou Caribu

A rena (palavra de origem lapônia ou finlandesa, pelo francês renne) ou caribu (na América do Norte) é um cervídeo de grande porte, com chifres, que vive em manadas e habita latitudes altas. São característicos das regiões árticas do norte do Canadá, Alasca, Rússia, Escandinávia e Islândia. A origem da palavra "caribu" pode ser uma palavra em micmac, que significa "pata". O caribu é único entre os veados, pois machos e fêmeas possuem chifres. A rena apresenta dimorfismo sexual, sendo os machos de até 300 kg bastante maiores que as fêmeas. Ambos os sexos têm galhadas, que são mais elaboradas nos machos. As principais fontes de alimentação das renas são bambus, folhas desempre-vivas, ervas rasteiras e principalmente líquenes. Estes animais podem, no entanto, comer também pequenos pássaros e ovos. A rena tem dentes frontais apenas no maxilar inferior.
Sazonalmente, migra grandes distâncias para parir as crias. Também pode nadar. Possui pernas compridas, com cascos afiados e patas peludas que garantem a tração sobre terrenos congelados. Geralmente, a rena é silenciosa, mas seus tendões produzem ruídos secos e agudos que podem ser ouvidos a grandes distâncias quando viaja em grandes grupos.

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Cervo-do-Pantano

O cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) é um mamífero ruminante, da família dos cervídeos. É o maior veado da América do Sul. Vive nas regiões pantanosas e ao longo das bordas das florestas do Brasil, Uruguai, Paraguai e Guianas. Os cascos desse animal podem ficar completamente abertos e as duas metades em que eles se dividem se mantém unidas por uma membrana interdigital. Esses cascos evitam que o animal afunde no lodo. O cervo-do-Pantanal tem uma galhada bifurcada, com cinco pontas em cada haste. É muito arisco e esconde-se durante o dia. À noite, vai para as clareiras em grupos de cinco ou mais para alimentar-se de capim, juncos e plantas aquáticas. O cervo frequentemente entra na água. Os machos, ao contrário da maioria dos outros antílopes, não lutam pela posse das fêmeas.
Embora sua carne não sirva para comer, o cervo-do-Pantanal é caçado por causa do seu couro e da galhada. Os índios da América do Sul preparam vários tipos de remédio com a galhada do cervo-do-Pantanal, desde uma "poção do amor" até uma mistura para facilitar o parto.





Cervo-do-Padre-David

O cervo-do-padre-david (Elaphurus davidianus) é um raro cervídeo, originário da China.
Sua sobrevivência se deve em boa parte ao missionário francês Armand David, que em 1865 levou vários exemplares à Europa. Os animais foram retirados de uma reserva imperial da Dinastia Qing, onde a espécie estava confinada e a entrada era punida com a morte.
Segundo a IUCN, este cervídeo foi em 2008 classificado como extinto em meio selvagem.


Huemul

O huemul, güemul ou cervo sul andino, (Hippocamelus bisulcus), é um mamífero em perigo de extinção pertenecente à familia Cervidae que habita a Cordilheira dos Andes do Chile e Argentina. O huemul possui um corpo robusto e de patas curtas.
É um dos animais-símbolo do Chile, onde aparece em seu brasão.


Veado-Mateiro

O veado-mateiro (Mazama americana) é uma espécie de veado que possui hábito solitário e ocupam áreas de mata ou florestas densas desde o nível do mar até áreas elevadas de 5.000 metros desde a porção central do México até o norte da Argentina. Morfologicamente, é a maior espécie do gênero Mazama, apresentando um aspecto robusto com 30 a 40 Kg de peso, dorso arqueado com altura entre 58 a 80 cm e comprimento de 90 a 145 cm. Esta espécie vem gerando muita controvérsia no que tange aos estudos filogenéticos, pois demonstram divisões que podem caracterizar existência de vários taxons. Hoje são descritos pelo menos sete citótipos diferentes de veados-mateiro, variando o cariótipo entre 42 a 53 cromossomos.


Veado-Virá

O veado-virá ou veado-catingueira (Mazama gouazoubira) é uma espécie de veado encontrado do Panamá ao Uruguai. Tais animais são semelhantes aos veados-mateiros, mas um pouco menores e de pelagem marrom-acinzentada.



Veado-Bororó

O veado-bororó (Mazama rufina) é uma espécie de veado de ampla distribuição na América do Sul, sendo encontrado na Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Tais animais possuem o corpo marrom-avermelhado, lado inferior mais claro, chifresclaros, curtos e inclinados para trás. Também são conhecidos pelos nomes de anhambi, boroó, camocica, foboca, fuboca, gapororoca, garapu, guarapu, mão-curta, veado-caracu, veado-garapu, veado-mão-curta, veado-negro e veado-roxo.


Veado-Mula

O veado-mula (Odocoileus hemionus) é um veado norte-americano.
Apresentam orelhas quase tão longas quanto sua cabeça, grandes olhos que detectam qualquer movimento fora do vulgar, os machos têm chifres que se desenvolvem até que atinjam os quatro ou cinco anos de idade, usufrui de um pêlo denso acastanhado, que se torna menos denso e um pouco mais avermelhado no Verão. Têm fortes músculos nas pernas para correr e saltar. Os machos de veado-mula são maiores e mais pesados que as fêmeas.
Este veado prefere viver em áreas onde exista vegetação abundante, onde possa se esconder de seus predadores. Enquanto come, o veado mantém-se alerta para o perigo, com os seus olhos bem abertos e as suas orelhas bem espetadas. Come uma grande variedade de ervas, dado que a sua dieta contém poucos alimentos ricos em energia, este animal de pasto pode ter de procurar todo o dia para conseguir alimento suficiente, especialmente durante o Inverno.


Cariacu

O cariacu, veado-da-virgínia ou veado-de-cauda-branca (Odocoileus virginianus) é uma espécie de veado encontrado do sul do Canadá ao norte do Brasil. Tais animais chegam a medir até 2 metros de comprimento e 1 metro de altura, com pelagem dorsal avermelhada, garganta e barriga brancas e chifres ramificados.
O pêlo deste cervídeo muda de cor e espessura de acordo com as estações do ano. Apresenta pernas fortes que o permitem correr a altas velocidades. Somente os machos apresentam hastes que caem e mudam todos os anos. Apresenta uma cauda branca, que eleva quando pressente algum perigo para poder sinalizar alarme, daí também ser conhecido por veado-de-cauda-branca.
Estes animais são, por natureza, assustados e estão constantemente em alerta para qualquer perigo que possa haver. Felizmente a sua capacidade de correr a alta velocidade torna-o um alvo difícil para qualquer predador esfomeado, como os lobos.
Os veados-da-virgínia passam a maior parte do tempo à procura de alimento e a pastar e têm por hábito criar grupos familiares (compostos por fêmeas e crias de diferentes idades). Os machos levam uma vida solitário, apesar de ocasionalmente poderem formar pequenos grupos. As pequenas unidades reúnem-se no Inverno.
A época de acasalamento pode ser violenta, pois os machos competem entre si pelo direito de acasalar com as fêmeas.
Os recém-nascidos são capazes de se levantar após algumas horas e de correr após três semanas. Os jovens são desmamados quatro semanas depois, mesmo assim, as crias ficam com a progenitora durante dois ou mais anos. Durante o dia as progenitoras, deixam os seus filhos sozinhos para evitar chamar a atenção dos predadores.

Macho


Fêmea


Veado-Campeiro

O veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) é um veado campestre, encontrado em grande parte da América do Sul, ao sul da Amazônia. Tais cervídeos medem cerca de 1 metro de comprimento, com pelagem dorsal marrom, contorno da boca, círculo ao redor dos olhos e barriga brancos e galhada com três pontas e cerca de 30 cm de altura.
Este veado é encontrado mais comumente sozinho ou em grupos de até três animais; porém, já foram encontrados grupos de até 11 indivíduos. Possuem chifres de três pontas que podem alcançar 30 cm de comprimento; sua galhada é composta de dois chifres: um galho cuja ponta é voltada para frente e o outro com duas pontas, para trás. Esta composição começa a aparecer após o terceiro ano de vida do animal.
São animais extremamente ágeis, podendo correr a 70 km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Os saltos são suficientes para cruzar pequenos rios; quando não, nadam com facilidade.
A hierarquia social é determinada através de disputas nas quais os machos empurram seus adversários com os chifres, numa prova de força. Esta disputa não tem por objetivo perfurar o oponente e o dano mais comum é a quebra de algumas pontas; porém podem ocorrer casos de perfuração.
Sua população está bastante reduzida por causa da caça, da febre aftosa (transmitida pelo gado), das queimadas e da perda do habitat natural, decorrente da ocupação agropecuária do cerrado e pampas. Ironicamente, muitos fazendeiros culpam o veado pela disseminação da febre aftosa e acabam abatendo o animal para proteger o gado.
Alimentam-se essencialmente de gramíneas, e desprezam os capins mais adequados para o gado. Porém se alimentam de outras plantas que quase nenhum outro animal come como o alecrim-do-campo, o assa-peixe, o capim-favorito e vagens de barbatimão.
As populações das três subespécies não estão em contato.
O nascimento dos filhotes ocorre quando existe uma maior oferta de alimentos, no fim das enchentes do pantanal ou após as queimadas naturais, épocas em que ervas, gramíneas e arbustos começam a rebrotar.


Veado-Vermelho

O veado-vermelho (Cervus elaphus) é uma espécie de veado de grande porte do hemisfério norte, distribuído pela Europa, Ásia e Norte da África. A espécie foi também introduzida em várias regiões do mundo.
O veado-vermelho é um mamífero artiodáctilo ruminante da família Cervidae. É um animal de grande porte, sendo o maior cervídeo depois do alce. Os machos chegam a uma altura no garrote de 1,2 metro e 2,4 metros de comprimento. O peso varia com a região, sendo que mais ao norte os animais tendem a ser maiores: os machos podem pesar até 350 kg na Europa Central, mas na Península Ibérica não passam dos 250 kg e as fêmeas 150 kg. São mamíferos ungulados; cada pata se apóia sobre dois dedos que terminam em cascos.
A pelagem do veado-vermelho muda com a estação do ano, variando de castanho-avermelhado no verão a castanho-escuro no inverno. Os filhotes apresentam manchas brancas no dorso que os ajudam acamuflar-se em seu ambiente.
O veado-vermelho tem um marcado dimorfismo sexual. Os machos são mais pesados e têm o pescoço muito robusto comparado às fêmeas. Em regiões como o norte da Europa os machos desenvolvem uma área de pêlo espesso ao redor do pescoço no outono, formando uma juba.
O aspecto mais chamativo de diferenciação entre machos e fêmeas é a presença nos machos das galhadas (hastes). Trata-se de estruturas ósseas ramificadas que crescem todos os anos no alto da cabeça dos machos, caindo após a época da reprodução. A galhada cresce envolvida em uma fina capa de pele rica em vasos sanguíneos, que seca quando a galhada atinge seu tamanho máximo no ano.
Em cada macho, a galhada cresce mais e ganha mais ramificações a cada ano, de maneira que os machos mais velhos têm galhadas mais exuberantes. A função destas estructuras está ligada à competição pelas fêmeas durante a época da reprodução, quando machos rivais medem forças empurrando-se com as galhadas.


Uapiti

O uapiti (Cervus canadensis) é uma espécie de veado encontrado na Ásia e noroeste da América do Norte. Alguns pesquisadores a consideram uma subespécie do veado-vermelho (Cervus elaphus canadensis), mas estudos genéticos recentes indicam tratar-se de uma espécie separada.
O nome uapiti significa "garupa branca" e é derivado de uma língua nativa da América do Norte - o Shawnee - pertencente à família das Línguas algonquinas.
O uapiti é um mamífero artiodáctilo da família Cervidae. Apesar de semelhante ao veado-vermelho europeu, o uapiti é maior que este: os machos pesam em média 320 kg e as fêmeas 225 kg. A altura no garrote alcança os 1,5 m e o comprimento chega a 2,5 m nos machos e 2,0 m nas fêmeas.
É uma espécie ruminante, alimentando-se de ervas, cascas de árvores e folhas.
Além de serem maiores que as fêmeas, os machos se diferenciam por terem uma galhada, que cresce a partir da primavera e que cai no inverno. As galhadas ramificadas são usadas pelos machos para intimidar e lutar contra os rivais na época do acasalamento, no outono e início do inverno. Nessa época os machos adultos dominam grupos de até 20 fêmeas, os haréns. Também nessa época se escutam as características vocalizações dos machos, usados para atrair as fêmeas. Os filhotes, geralmente um por fêmea, nascem na primavera. Fora do período de formação de haréns, os uapitis vivem em grupos de indivíduos do mesmo sexo.
A distribuição geográfica o uapiti inclui a Ásia e a América do Norte. No continente asiático a espécie ocorre na Mongólia, sudeste da Sibéria, nordeste da China (Manchúria) e Península Coreana. Na América do Norte ocupam o centro-oeste do continente (Estados Unidos e Canadá).


Sabar

O sambar (Cervus unicolor) é um grande veado asiático.
O sambar é um veado alto e com um impressionante par de chifres, é de longe o maior veado da Índia e do Sudoeste Asiático, no entanto raramente é avistado. Apesar de grande, o sambar move-se silenciosamente pela floresta, ao menor sinal de perigo foge, no entanto se for apanhado, pode mesmo estripar um cão que o esteja a atacar com um coice rápido. O sambar é um forte nadador, atravessa com facilidade os rios enquanto se desloca na floresta em busca de alimento. As suas hastescaem anualmente e novos chifres maiores crescem antes do cio seguinte, têm ouvidos altamente sensíveis que rodam independentemente para identificar sons fracos, o seu pêlo é curto e torna-se espesso na estação mais fria, nos machos o pêlo pode formar uma crina densa em volta do pescoço e nos quartos dianteiros, a sua cauda é castanha escura por cima e branca por baixo e é usada para afugentar moscas das patas traseiras, apresenta umas pernas longas e delgadas que permitem andar agilmente na floresta ou correr rapidamente caso for necessário.


Gamo

O gamo (Dama dama) é um mamífero ruminante semelhante ao veado, tendo, porém, a cauda comprida e a parte superior dos galhos achatada e palmada.
O gamo é comum no sul da Europa, nas regiões montanhosas circumediterrâneas, de Marrocos, Argélia, Ásia Menor, Espanha, Portugal e Grécia. Da Europa Central desapareceu há muito tempo e apenas é representado por indivíduos que formam imensos rebanhos quase domésticos, principalmente nos parques ingleses.

Veado-d'água-Chinês

O hidrópote ou veado-d'água-chinês é um pequeno cervo da China e da Coréia, que se distingue porque o macho não tem chifres. Apesar disso, tem outra defesa: seus caninos superiores são tão compridos que ultrapassam o maxilar inferior, indo até ao queixo. É com esses caninos que os machos lutam na época do acasalamento, ferindo-se, por vezes gravemente.
O pêlo do hidrópote é castanho, com exceção do ventre e de uma linha fina que circunda o nariz, que são brancos. Ele não se distingue dos outros cervídeos apenas pelos caninos: a fêmea tem quatro mamas em vez de duas e pare dois ou três filhotes, em vez de um ou dois, como acontece com os outros membros da família. Mede cerca de 75-100 cm de comprimento e a altura da cernelha varia entre 45 e 55 cm. Tem uma cauda de 6 a 7,5 cm e o seu peso varia entre 9 e 14 kg.
O hidrópote alimenta-se principalmente de grama, vegetais e ervas. Seu habitat favorito são as moitas de cana e junco, onde pasta em pequenos bandos. Vivendo em pequenos grupos, aos pares, são extremamente medrosos, fogem correndo ao menor sinal de perigo.
O período de gestação varia entre 180 e 210 dias, findo o qual podem nascer entre um a três filhotes. As fêmeas atingem a maturidade reprodutiva entre o sétimo e o oitavo mês de vida e os machos entre os 5 e 6 meses. Têm uma longevidade de 10 a 12 anos.


Corça

A corça ou corço (Capreolus capreolus) é um mamífero cetartiodáctilo da família dos cervídeos que ocorre na Europa, Ásia Menor e na região ao redor do Mar Cáspio.
A corça é o menor cervídeo europeu, variando de 95 a 135 cm de altura e pesando entre 18 e 29 kg. A pelagem varia de cor e comprimento, sendo curta e avermelhada no Verão, longa e marrom-acinzentada no Inverno.
As galhadas, presentes só nos machos, são curtas e pontiagudas. São usadas na disputa por fêmeas durante a época de reprodução, no Verão. No Outono, as galhadas caem para crescerem novamente na Primavera.
A média de vida de uma corça selvagem é de oito anos, podendo chegar aos 14 anos.
O hidrópote alimenta-se principalmente de grama, vegetais e ervas. Seu habitat favorito são as moitas de cana e junco, onde pasta em pequenos bandos. Vivendo em pequenos grupos, aos pares, são extremamente medrosos, fogem correndo ao menor sinal de perigo.
O período de gestação varia entre 180 e 210 dias, findo o qual podem nascer entre um a três filhotes. As fêmeas atingem a maturidade reprodutiva entre o sétimo e o oitavo mês de vida e os machos entre os 5 e 6 meses. Têm uma longevidade de 10 a 12 anos.


Girafa

O termo girafa (do árabe zarAfa(t), pelo italiano giraffa) é a designação dada a mamíferos artiodátilos, ruminantes, do gênero Giraffa, da família dos girafídeos, no qual consta uma única espécie, a Giraffa camelopardalis, ou camelo-leopardo, como eram chamadas pelos romanos quando elas existiam no norte da África, pois acreditava-se que vinham de uma mistura de uma fêmea camelo, com um macho leopardo.
São ungulados com número par de dedos.
As girafas são os únicos membros do seu gênero e, juntas com os okapis, formam a família Giraffidae.Uma espécie muito rara existe na Escola Roque Gameiro ( Beatriz Sampaio ). Atualmente estão listadas nove subespécies de girafa (ver em baixo), diferenciadas pela distribuição geográfica e pelo padrão das manchas. Essas várias subespécies de girafas agora habitam as terras secas ao sul do Saara. As girafas se distribuem em dois grupos: girafa-do-norte que são tricornes, isto é, com um corno nasal interocular e dois frontoparietais, apresentando pelagem predominantemente reticulada; e girafa-do-sul, sem corno nasal e a pelagem tem predominantemente malhas irregulares.
Os machos chegam a 6 metros de altura e com suas línguas preênseis que alcançam até 50 centímetros são capazes de pegar as folhas de acácias, por entre pontiagudos espinhos nos altos dos galhos, que são sua principal fonte de alimentação. Elas são capazes de comer as folhas das árvores até 6 metros de altura. Para poderem pastar, têm de afastar uma da outra as pernas dianteiras. Devido ao baixo teor nutritivo das folhas, as girafas precisam comer grandes quantidades e passam quase 20 horas por dia comendo. O comprimento do corpo pode ultrapassar os 2,25 metros e ainda possui uma cauda com 80 centímetros de comprimento, não contando com o pincel final. O seu peso pode ultrapassar os 500 quilogramas. Apesar do seu tamanho, a girafa pode atingir a velocidade de 47 km/h, suficiente para fugir de seus predadores.
As girafas, como todos os mamíferos, possuem sete vértebras cervicais. Os seus pescoços, entretanto, são os maiores dos animais atuais, pelo que é pouco flexível. Por causa de seu pescoço comprido e rígido, seu sistema vascular possui a fama de ser o responsável pela maior pressão sanguínea do reino animal. O coração tem dois orifícios: um que bombeia sangue para o pulmão e membros e outro que alimenta o cérebro com o líquido vermelho. Este último é fino, visto que os músculos são maiores, assim a força necessária para o bombeamento não é tão grande como se imagina. No entanto, quando a girafa tem de beber água, a pressão sanguínea da cabeça aumenta muito e só não a mata devido a duas particularidades excepcionais. Próximo ao cérebro, existe uma rede de vasos capilaresque se ramificam em inúmeras veias menores dentro do crânio do animal. Eles servem para amortecer e distribuir essa sobrecarga de sangue jorrada pelo coração quando a girafa está com o pescoçoabaixado. Além disso, uma veia grossa repleta de válvulas que retorna ao coração recebe parte do sangue bombeado. Quando o sangue pressiona demasiadamente os vasos da cabeça da girafa, ele é desviado para essa veia. Repleta de válvulas que se fecham com a passada do sangue, a veia alivia a pressão da cabeça e não deixa que o animal morra cada vez que deseja matar a sede.
Ambos os sexos possuem dois a quatro cornos curtos e recobertos por pele. O pêlo da girafa é fulvo (amarelo-tostado, alourado) ou rosado, com grandes manchas de cor amarronzada (exceto no ventre, onde o pêlo é branco). As manchas pardas possuem um padrão único para cada indivíduo e o auxilia a se mimetizar por entre as sombras das árvores onde habita. Essas manchas também concentram, debaixo da pele, vasos sanguíneos e são responsáveis pela manutenção da temperatura corporal adequada das girafas. Elas possuem pernas longas, sendo as dianteiras mais altas que as traseiras, e número reduzido de costelas. O tempo de vida de uma girafa é de aproximadamente 15 a 20 anos. O couro das pernas é mais rijo e comprime mais os membros da girafa do que no restante do corpo. Isso permite que o sangue não se espalhe pelo tecido e músculos das patas, fazendo-o retornar ao coração. Caso isso não acontecesse, as pernas da girafa acumulariam muito sangue por serem longas demais e acabariam matando o animal.
Leões, hienas e leopardos são predadores dos filhotes de girafas, mas os adultos possuem porte e velocidade suficientes para limitar o número de predadores. As girafas quase não emitem sons. Agestação dura 420 a 450 dias, nascendo só uma cria de cada vez com uma altura que oscila entre 1,5 e 1,7 metros. Seus chifres nascem soltos no crânio para que não machuquem a mãe durante sua saída do útero. Os chifres se fundem com o osso durante a infância e adolescência. Os filhotes de girafas caem de uma altura de quase 2 metros quando a mãe está de pé durante o nascimento, o que é freqüente. A vegetação da savana africana, entretanto, amortece a queda.
É um animal gregário constituindo rebanhos ou bandos pouco numerosos, andando rapidamente, a passo travado e associando-se aos antílopes e avestruzes nas savanas africanas ao sul do Saara.
As girafas dormem aproximadamente duas horas por dia e um pouco de cada vez. Elas dormem em pé e, apenas em ocasiões muito especiais, quando se sente completamente segura, se deita no chão para descansar. A girafa só se deita se estiver segura pois, caso um predador se aproxime, ela demora muito tempo para se levantar devido a seu tamanho. A girafa é bem grande, devido a um osso de seu pescoço e de sua perna que são bem alongados. Essa altura, de cerca de 4 metros quando é adulta, podendo atingir 5,5 metros, lhe permite se alimentar das folhas mais altas das árvores.
A cria da girafa já nasce com cerca de 2 metros e demora 15 meses para nascer, é esse o período de gestação da girafa fêmea!
A Girafa serve ainda de inspiração para diversas áreas de lazer infantil uma vez que é um dos animais idolatrados pelas crianças pela sua extraordinária envergadura e sempre associado a um animal dócil e carinhoso, serve de exemplo o site Girafa Jogos Grátis. Uma outra curiosidade é o fato de ser o único animal mamífero que consegue alcançar as orelhas com sua própria língua.

Girafa-Reticulada ou Girafa-da-Somália 
(G.c. reticulata)


Girafa-da-Angola
(G.c. angolensis)


Girafa-Albina





Girafa-do-Chade 
(G.c. peralta)





Girafa-da-Rodésia 
(G.c. thornicrofti)





Girafa-Sul-Africana 
(G.c. giraffa)





Girafa-de-Rothschild 
(G.c. rothschildi)





Girafa-Núbia 
(G.c. camelopardalis)





Girafa-do-Kilimanjaro ou Girafa-Masai 
(G.c. tippelskirchi)





Girafa-do-Sudão
(G.c. antiquorum)



Ocapi

O ocapi (Okapia johnstoni) é uma das duas espécies remanescentes da família Giraffidae, sendo a outra a girafa. É nativo das florestas úmidas do nordeste da República Democrática do Congo, e era conhecido somente pelos habitantes locais até1901. Esta obscuridade levou a Sociedade de Criptozoologia a adotá-lo como seu emblema.
Os ocapis têm corpo escuro, com riscas brancas bem visíveis nas patas. A forma do corpo é semelhante à da girafa, embora o pescoço dos ocapis seja muito mais curto. Ambas as espécies possuem línguas muito longas (aproximadamente 30 centímetros de comprimento), azuis e flexíveis, que usam para retirar folhas e rebentos das árvores. A língua do ocapi é tão longa que lhe permite lavar as pálpebras e limpar as orelhas com ela; juntamente com a girafa, são os poucos mamíferos que conseguem lamber as próprias orelhas. Os ocapis machos possuem pequenos chifres cobertos de pele.
Os ocapis têm um comprimento de 2 a 2,5 metros, e uma altura de 1.5 a 2 metros nas espáduas. O seu peso varia entre 200 e 250 quilos.
Além de folhas e rebentos, os ocapis comem relva, samambaias, frutas, e fungos.
São animais essencialmente diurnos e solitários, juntando-se apenas para acasalar. Dão à luz apenas uma cria de cada vez, que pesa cerca de 16 kg, após um período de gestação de 421 a 457 dias. As crias são amamentadas por até dez meses, atingindo a maturidade entre 4 e 5 anos de idade.
Os ocapis não estão classificados como espécie em perigo de extinção, mas são ameaçados pela destruição do seu habitat e pela caça furtiva. O trabalho de proteção no Congo inclui a continuação do estudo do comportamento do ocapi, e levou à criação em 1992 da Reserva de fauna dos ocapis. A Guerra Civil do Congo ameaçou tanto a vida selvagem como os trabalhadores da reserva.
Seu nome deriva do som que produz. O epíteto da espécie (johnstoni) é uma forma de reconhecimento do explorador britânico Sir Harry Johnston, que organizou a expedição à Floresta de Ituri que pela primeira vez capturou um ocapi para fins científicos. Primeiramente foi classificado como uma espécie de eqüídeo selvagem, recebendo o nome de Equus johnstoni.





Antilocapra

O antilocapra (Antilocapra americana) é um ungulado artiodáctilo nativo da América do Norte e um dos animais mais rápidos do mundo, com velocidades de sprint que atingem até 80 km/h. A espécie é a única do seu género e da famíliaAntilocapridae e inclui quatro subespécies, com distribuições geográficas diferentes.
O antilocapra macho pesa entre 45 e 60 kg, sendo a fêmea menor com 35 a 45 kg. Os machos possuem um par de cornos com cerca de 30 cm de comprimento, estruturados em torno de uma base óssea e forrados com uma substância pilosa que é renovada anualmente. Algumas fêmeas têm também cornos, sempre menores e mais rectilíneos que os dos machos. A coloração é de cor castanha dourada, com barriga, zona da cauda e queixo brancos. O antilocapra tem também duas riscas horizontais de cor branca na garganta. Os machos apresentam uma crina castanha e uma mascara mais escura em torno dos olhos. As crias de cor acinzentada nascem com 2 a 4 kg de peso.
O antilocapra é um animal herbívoro de hábitos gregários, que vive em manadas numerosas. A sua distribuição geográfica estende-se desde o sul dos estados de Saskatchewan e Alberta, no Canadá, à Baixa Califórnia e deserto de Sonora no México. O limite Este é demarcado pelo rio Missouri.
Os predadores naturais do antilocapra, especialmente dos juvenis, são lobos, coiotes e linces. Com uma velocidade máxima registada de 98 km/h, o antilocapra é o segundo animal mais rápido do mundo, ultrapassado apenas pela chita que vive nasavana africana. Esta rapidez evoluíu como resposta à presença de predadores extremamente rápidos, não os actuais, mas a chita americana, extinta do Plistocénico.
Desde a sua descoberta que os antilocapras foram caçados em grande número pelos pioneiros americanos. A caça excessiva quase levou a espécie à extinção e em 1908 restavam apenas cerca de 20,000 exemplares. Subsequente protecção legal e banimento da caça possibilitou a recuperação e hoje em dia existem entre 2 a 3 milhões de antilocapras. A abundância da espécie obriga mesmo a caça organizada para efeitos de controlo de população.





Carneiro-da-Barbária

O Carneiro-da-Barbária, arruí, ou aoudad (Ammotragus lervia) é um capríneo encontrado em áreas montanhosas do norte da África.


Takin
O Takin (Budorcas taxicolor) é um capríneo do leste dos Himalaias.


Markhor

O Markhor (Capra falconeri) é um caprino asiático encontrado no oeste dos Himalaias.


Íbex-dos-Alpes

O íbex (Capra ibex) é uma espécie de mamífero bovídeo caprino, em estado selvagem na Europa. Esta espécie habita as regiões montanhosas dos Alpes, em zonas de vegetação esparsa. Também é conhecido pelo nome de íbex-dos-alpes.
Os machos do íbex-dos-alpes atingem cerca de 1 metro de altura e 100 kg de peso e apresentam cornos longos e encurvados que podem medir até 1 metro. As fêmeas são menores, em torno de metade do tamanho dos machos, e não possuem cornos. Os sexos vivem em separado, em manadas de machos e fêmeas com crias, e só se juntam na época de reprodução que decorre no Outono. As crias nascem geralmente em Maio.
Como resultado de caça excessiva e vários conflitos armados na região, o íbex dos Alpes quase se extinguiu no início do século XIX. Em 1816, os últimos animais que viviam na área de Gran Paradiso foram protegidos, mas a caça furtiva continuou. A situação da espécie degradou-se até 1854, quando o rei Vítor Emanuel II da Itália colocou os últimos exemplares sob a sua proteção pessoal. A população recuperou, graças a esforços de conservação e programas de reprodução em cativeiro, e foi reintroduzida na natureza. Actualmente existem cerca de 30.000 exemplares, não sendo considerada uma espécie ameaçada.


Íbex-da-Núbia

A capra nubiana ou íbex-da-núbia (Capra ibex nubiana) é uma espécie de íbex que habita as montanhas da Arábia Saudita, do Egito, da Etiópia, de Israel, da Jordânia, do Líbano, de Omã, da Síria, do Sudão e do Iêmen. Esse animal pode chegar a 80 centímetros e pesar até 70 quilos.
A cor do íbex-da-núbia geralmente é castanho-claro, com branqueamento na barriga, sendo que os machos podem apresentar uma faixa marrom-escura nas costas. Medem em média 60 cm e pesam 50 kg. Os chifres dos machos são curvos e podem chegar a 1.2 m e os das fêmeas são retos e chegam a 35 cm. Os machos ainda apresentam barbicha.


Íbex-Siberiano

O Ibex-siberiano (Capra sibirica) é um caprino encontrado no centro e norte da Ásia.


Tahr-de-Nilgiri

O Tahr-de-Nilgiri (Hemitragus hylocrius) é um capríneo endêmico da Índia, encontrado apenas nas montanhas Nilgiri.


Tahr-Himalaio

O Tahr-himalaio (Hemitragus jemlahicus) é um capríneo encontrado nos Himalaias.


Goral

Goral ou Serow são os nomes comuns dados às espécies do género Nemorhaedus. São mamíferos bovídeos caprinos, nativos da Ásia. Algumas espécies de goral estão ameaçadas de extinção.
Os gorais são encontrados frequentemente em locais rochosos de grandes elevações. Apesar dos Serows terem quase o mesmo habitat, os gorais são encontrados em inclinações mais elevadas, mais íngremes com menos vegetação.
Eles pesam geralmente dos 25 ao 40 quilogramas e medem 80 a 130 cm no comprimento, com chifres curtos virados para trás. A coloração difere entre as espécies, mas gerlamente os indivíduos variam do cinza claro ao marrom avermelhado escuro, com partes mais claras no peito, garganta, e barriga, e um listra escura nas costas. Têm uma camada de lã coberta por longos pêlos, que ajuda-os a manter a temperatura constante nas áreas frias onde é encontrado freqüentemente.
Eles compartilham muitas similaridades com outros grupos, gorais são mais encorpados do que os antílopes e têm cascos mais largos, mais pesados. As gorais fêmeas têm quatro mamas funcionais, enquanto as cabras e as ovelhas têm somente duas mamas funcionais. Ao contrário dos serows, os gorais não têm nenhuma glândula pré-orbital.
Como seus parentes menores os gorais, os serows são encontrados frequentemente pastando em montes rochosos. Serows são os mais lentos e menos ágeis membros do gênero Nemorhaedus, mas podem escalar inclinações para escapar depredação ou para abrigar-se durante invernos frios ou verões quentes. Serows, ao contrário dos gorais, empregam suas glândulas pré-orbitais na marcação de território. A coloração varia pela espécie, pela região que habita, e pelo indivíduo. Ambos os sexos têm barbichas e os chifres pequenos são frequentemente mais curtos do que suas orelhas.
Fósseis de animais parecidos com serows datam do Plioceno tardio, 2 a 7 milhôes de anos atrás. Os outros membros da subfamília de Caprinae podem ter evoluído destas criaturas.


Cabra-das-Rochosas

A Cabra-das-Rochosas (Oreamnos americanus) é um capríneo norte-americano, distribuído pelas Montanhas Rochosas no Canadá e Estados Unidos da América.


Boi-Almiscarado

O boi-almiscarado (Ovibos moschatus) é um bovídeo caprino que pode alcançar até 2,3 metros de comprimento e 1,5 de altura nos ombros, assim como pesar até 400 kg.
O seu nome provém do cheiro característico dos machos a almíscar. Ao contrário do cervo almiscarado, estes animais não possuem nenhuma glândula que produza esta substância.
Ambos os sexos têm longos chifres curvados. Possuem 2,5 m (de comprimento e 1,4 m de altura no ombro). Os adultos pesam pelo menos 200 quilogramas e podem exceder 400 quilogramas. A coloração de sua pelagem é uma mistura de preto, de cinzento, e de marrom, e possuem longos pêlos protetores que alcançam quase o chão.
Durante o verão, eles vivem em áreas molhadas, tais como os vales de rios, movendo-se para uns pontos mais elevadas no inverno para evitar a neve profunda. Alimentam-se de gramíneas, juncos e plantas da família Cyperaceae, e outras. Escavam através da neve no inverno para alcançar seu alimento.
Bois-almiscarados são sociais e vivem em rebanhos, geralmente ao redor de 10 a 20 animais, mas às vezes podem ter 400. Os rebanhos no inverno consistem em adultos de ambos os sexos e também jovens. Durante a estação de acasalamento, que têm o clímax na metade de Agosto, os machos competem pela dominância, e um touro dominante espanta os outros machos adultos para fora do grupo. Os machos estéreis formam rebanhos só de machos de somente 3 a 10 ou vagam na tundra sozinhos. Durante este período todos os machos são extremamente agressivos, eles espantam até pássaros que chegarem perto.
As fêmeas são sexualmente maduras em dois anos de idade, e os machos alcançam a maturidade sexual após cinco anos. O período de gestação é de oito ou nove meses. Quase todas as gravidezes rendem um único bezerro, ele mama por um ano, mas pode começar comer gramíneas uma semana após o nascimento.
Também possuem um comportamento defensivo distinto: quando o rebanho é ameaçado, os touros e as vacas formam um círculo em torno dos bezerros. Esta é uma defesa eficaz contra os predadores, tais como lobos, mas torna-os um alvo fácil para caçadores humanos.
Acredita-se que o boi-almiscarado, ou seu antepassado, migrou à América do Norte entre 200.000 anos e 90.000 anos atrás. Concorda-se entretanto que ele já existia no período Pleistoceno que faz lhe um comtemporâneo do Mamute. Acredita-se que ele podia sobreviver a última idade de gelo (Glaciação de Wisconsin) encontrando áreas livres do gelo longe dos povos pré-históricos. Ele moveu-se gradualmente através de América do Norte e chegou na Gronelândia durante oHoloceno.


Boi-Watusi

O maior chifre do mundo é do boi da raça Watusi chamado Lurch. Os chifres medem 92.25 cm e pesam mais de 45kg cada.




Argali

O argali ou carneiro-da-montanha (Ovis ammon) é uma das ovelhas selvagens mais ameaçadas de extinção, e vagueiam pelas terras altas da Ásia Central (Himalaia, Tibete, Altai). É a maior ovelha selvagem, possui altura de 120 cm e pesa 140 kg. O argali de Pamir (de vez em quando chamado de ovelha de Marco Polo, porque foi primeiramente descrito pelo comerciante) pode alcançar mais de 183 centímetros no comprimento.
A coloração varia para cada animal, de um amarelo claro para um cinza marrom-escuro. A face é mais clara. Os machos possuem um pescoço esbranquiçado, uma crina dorsal, dois grandes chifres em forma espiral, alguns medindo 190 centímetros em comprimento. Machos usam os chifres para competir um com o outro. As fêmeas também possuem chifres, mas muito menores.
Os argalis vivem em rebanhos entre dois e cem animais, segregados por sexo, a não ser durante a estação do acasalamento. Já foram relatados rebanhos migratórios, especialmente de machos. Com pernas longas, os rebanhos podem viajar rapidamente de lugar a lugar. Os argalis também tendem a viver à grandes altitudes no verão.
Os argalis são considerados em perigo ou ameaçados de extinção em sua totalidade, devido à perda do habitat para o pastoreio de ovelhas domésticas e pela caça. São caçados pela sua carne e pelos seus chifres, usados na medicina chinesa tradicional. A caça legal por trófeus adicionou-se também às causas da mortalidade.


Ovelhas

A ovelha (Ovis aries) que pode ser chamado no masculino por carneiro e quando pequeno como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae, que também inclui a cabra.
É um animal de enorme importância econômica como fonte de carne, laticínios, lã e couro. Criado em cativeiro em todos os continentes, a ovelha foi domesticada na Idade do Bronze a partir do muflão (Ovis orientalis), que vive atualmente nas montanhas da Turquia e Iraque.
As ovelhas são, quase sempre, criadas em rebanhos. O manejo é bastante trabalhoso, seja pelo fato de se tratar de um rebanho grande, ou por serem animais sensíveis. Nas regiões mais frias, como no sul do Brasil, o cuidado com as crias recém-nascidas deve ser intenso, já que a época de partos coincide com os meses de inverno, quando se tratar de raças que possuem estacionalidade reprodutiva.
Além do frio, os criadores devem atentar para raposas e outros predadores, que cercam as fêmeas e roubam-lhes os filhotes. A lã, retirada no início do verão, importante fonte de renda para o criador, torna a crescer, garantindo ao animal a sua própria defesa ao frio.
Basicamente, a ovelha (fêmea) é um animal dócil, e sem nenhum mecanismo natural de defesa; o que deve ter influenciado para, na cultura popular, estar associada à ideia de inocência. No caso dos carneiros (machos) é necessária alguma precaução com alguns animais mais agressivos, pois estes podem usar as astes de forma perigosa.

Barbados-Blackbelly


Morada-Nova




Bergamácia Brasileira



Katadhin





Rabo-Largo



Ovelha-Texel





Ovelha-Suffolk





Ovelha-Santa-Inês





Ovelha-Lacaune





Ovelha-Hampshire-Down





Ovelha-Dorper


Carneiro-Selvagem

Carneiros selvagens cruzaram o Estreito de Bering, na época terra firme, da Sibéria durante o Pleistoceno (~750,000 anos atrás) e, subseqüentemente, propagaram-se para a América do Norte ocidental, tendo como limite sul máximo, a Baja Californiae Mexico setentrional. A separação de seu antepassado asiático mais próximo (Ovis nivicola) ocorreu aproximadamente há 600.000 anos. Na América do Norte, o carneiro selvagem divergiu em duas espécies: o Carneiro de Dall que se distribui pelo Alaska e noroeste do Canadá, e o Bighorn que se distribui do sul do Canadá ao México. Entretanto, o status destas espécies é questionável dada que hibridizações ocorreram entre elas em sua história evolucionária recente.


Carneiro-de-Dall

O Carneiro de Dall ou Thinhorn (do inglês, thin horn, chifre fino), Ovis dalli, é um carneiro selvagem das regiões montanhosas do noroeste da America do Norte, com coloração variando do branco ao marrom e que possui chifres curvados de cor marrom-amarelada. O epíteto específico (dalli) é derivado de William Healey Dall (1845-1927), um naturalista americano. Há duas sub-espécies : o Carneiro de Dall, propriamente dito, ao norte (Ovis dalli dalli) que é quase todo de cor branca, e o Carneiro das Rochas, mais do sul (Ovis dalli stonei), que é marrom com algumas partes brancas no dorso e nas patas traseiras.
Pesquisas mostraram que o uso das designações de subespécies é questionável. Mistura comleta de cores ocorre entre as formas brancas e escuras da espécie com populações intermediárias coloridas, chamados Carneiros de Fannin, encontrados nos Montes Pelly e Montes Ogilvie do território do Yukon A análise do DNA mitocondrial não mostrou nenhuma divisão molecular ao longo dos limites atuais das subespécies, embora a análise do DNA nuclear possa fornecer alguma sustentação. Também no nível espécie, a taxonomia é questionável, porque a hibridização entre Carneiro de Dall e o Bighorn foi registrada na história evolucionária recente.
Os carneiros habitam as escalas subárcticas das montanhas do Alaska (Estados Unidos), o território do Yukon, os Montes Mackenzie no Território do Noroeste, e Columbia Britânica setentrional (Canadá). Oscarneiros de Dall são encontrados em locais relativamente secos e tentam permanecer em uma combinação especial de cumes alpinos abertos, de prados, e de inclinações íngremes com o substrato extremamente áspera, a fim de escapar dos predadores que não podem deslocar-se rapidamente através de tal terreno.
Os machos têm chifres densamente ondulados. As fêmeas têm chifres mais curtos, mais delgados, ligeiramente mais curvados. Os machos vivem em bandos, eles assocíam-se raramente com os grupos de fêmeas, exceto durante a estação de acasalamento no final de novembro e início de dezembro. Os cordeiros nascem em maio.
Durante o verão, quando o alimento é abundante, eles comem uma grande variedade de plantas. Durante o inverno a dieta é muito mais limitada e consiste primariamente em grama e capim seco, congelado que é cavado na neve, e em líquens e musgos. Muitas populações de carneiros visitam reservas de minerais durante a primavera e viajam freqüentemente muitas milhas para comer o solo em torno dessas reservas, nutrindo-se assim de minerais importantes para o organismo.
Os predadores primários dos carneiros são o lobo, coiote, urso preto, urso grizzly e a águia dourada (a última é predadora de cordeiros).
Os carneiros de Dall podem freqüentemente ser observados ao longo da Alaska Highway no Lago Muncho na Sheep Mountain no Parque Nacional e Reserva Kluane, próximo à Faro, Yukon (Carneiros de Fannin).


Muflão

O Muflão ou Muflão-europeu (Ovis ammon musimon), do francês mouflon e do inglês mouflon, moufflon ou mufflon, é um mamífero bovídeo selvagem pertencente ao gênero Ovis. É uma espécie de carneiro selvagem. Acredita-se que seja um dos dois antepassados de todas as raças modernas de carneiros domésticos. É marrom-avermelhado com uma listra escura na lateral, e possui partes brancas na lateral e no ventre. Os machos possuem chifres e as fêmeas os possuem ou não. Caracteriza-se pelos grandes chifres recurvados, cerca de 1,25 metros de comprimento e 0,70 metros de altura na cernelha, e pesando de 40 a 50 kg. Tem pelagem curta, espessada no inverno, e é atualmente considerado um animal raro. É também o único bovídeo cinergético de Portugal.
Ele originou-se do sudoeste asiático, onde o Muflão-asiático (Ovis orientalis) vive. Eles foram introduzidos nas ilhas da Córsega, Sardenha, Rodes e Chipre durante o Período Neolítico, talvez como animais domesticados que novamente tornaram-se selvagens, onde naturalizaram-se aos interiores montanhosos em poucos mil anos, gerando a espécie conhecida como Muflão-europeu (O. musimon ou O. ammon musimon). Eles são agora raros nas ilhas, mas foram introduzidos com sucesso na Europa central, incluindo Alemanha, Áustria, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Bulgária e Romênia, e em alguns países da Europa setentrional, como a Finlândia.
Apresenta uma reprodução poligâmica. Um macho dominante pode reproduzir com diversas fêmeas de um grupo que constituem o seu harém. Em algumas circunstâncias, as fêmeas podem acasalar com vários machos. Isto pode ocorrer quando a dominância entre os machos sofre alterações ou quando as fêmeas deslocam-se do harém de um macho para se juntar a outro.
A classificação científica do muflão é disputada mas pode ser considerado como Ovis musimon ou Ovis ammon musimon.


Urial

O Urial é um carneiro selvagem de tamanho médio e é considerado membro da subfamília Caprinae. Ele também é conhecido por Shapo ou Arkhar. Uma característica marcante é a pelagem longa marrom-avermelhada que se cresce durante o inverno. Os machos são caracterizados por um colarinho preto que se estica na garganta e pelos chifres significativamente maiores que os das fêmeas.
Os machos têm os chifres grandes, ondulados para fora do alto da cabeça e curvando-se para trás, as fêmeas têm uns chifres mais curtos e comprimidos. Os chifres dos machos podem vir a ter mais de 1 metro de comprimento. A altura média do ombrode um macho adulto encontra-se fica entre 80 e 90 centímetros.
O Urial é encontrado nas regiões montanhosas da Rússia, Paquistão, Índia e Ásia Central. O habitat consiste em pastagens inclinadas abaixo de 4.400 metros. Eles raramente movem-se para as áreas rochosas das montanhas. A alimentação do Urialconsiste principalmente em gramíneas, mas pode comer folhas dé árvores e de arbustos, se for necessário.
A estação de acasalamento começa em setembro. Durante o acasalamento os machos (que vivem em seus próprios rebanhos fora da época do acasalamento) selecionam 4 a 5 ovelhas, que dão o nascimento a um ou dois cordeiros após 5 meses.
O status de conservação do Urial é ameaçado, porque seu habitat é perfeitamente apropriado para o desenvolvimento humano; mas, a população tem se recuperado um pouco nos últimos anos.
A classificação científica é disputada, mas o Urial pode ser classificado como Ovis vignei, Ovis orientalis (muflão-asiático) e/ou Ovis ammon (argali).


Carneiro-Azul

O Carneiro-azul ou Bharal (Pseudois nayaur) é um capríneo encontrado nas altas altitudes do Himalaia, no Nepal, Butão, Índia, China e Paquistão.


Camurça

A Camurça (Rupicapra rupicapra) é um capríneo encontrado na Europa.


Camurça-dos-Pirineus

A Camurça-dos-Pirineus (Rupicapra pyrenaica) é um capríneo encontrado nos Pirineus e nas montanhas Cantábricas.


Bode

O bode (Capra aegagrus hircus), macho adulto dos caprinos, é um mamífero herbívoro ruminante cavicórneo que pertence à família dos bovídeos, subfamília dos caprinos.
O feminino de bode é cabra e os animais jovens são conhecidos como cabritos. Assim como os carneiros, emitem um som chamado de balido (que soa como "bééé"). O substantivo coletivo para grupos de cabras é fato.
O caprino é um dos menores ruminantes domesticados. Os caprinos domesticados são descendentes da espécie Bezoar, encontrada no Mar Mediterrâneo e Oriente Médio, principalmente na ilha de Creta. Na maioria das raças de caprinos, os dois sexos têm chifres e barba. Os chifres podem ser curvos ou em forma de espiral, mas muitos têm um lado interno afiado. O pêlo pode ser comprido ou curto, macio ou áspero, dependendo do habitat e do controle da criação. A cabra procria em 150 dias.
A criação fornece lã (em algumas variedades, como na cabra-caxemira e angorá), couro, carne, leite e, às vezes, estrume. Muitas pessoas consomem diariamente mais produtos da cabra do que de outros animais. As cabras são excelentes exploradores e conseguem encontrar sua própria comida. O esgotamento de pastos pelas cabras se tornou, onde não há um manejo adequado dos animais, um problema ambiental em muitas partes do mundo. O ambiente de vivência dos bodes são as montanhas, geralmente na latitude das zonas temperadas. A alta altitude aliada aos pulmões desenvolvidos dos bodes e à grossa pelugem que os protege do frio permite a sobrevivência em um local protegido de qualquer tipo de predador.


Cabra-Selvagem


Boi/Vaca

O gado bovino é composto por bois - termo que, em sentido amplo, dá nome ao animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.


Brahman


Canchim


Caracu


Devon


Gauro


Gir


Girolando


Guzerá


Hereford


Vaca-Malhada


Jercey


Limousin


Nelore


Simbrasil


Touro-Charolês


Zebu


Bisão

Os bisontes ou bisões são grandes mamíferos ungulados e ruminantes do género Bison, da família Bovidae, com duas espécies ainda existentes, o bisonte-europeu, Bison bonasus, e o bisonte-americano, Bison bison. Têm cornos curtos, negros, curvados para cima e para o eixo do animal e os ombros elevados numa bossa e com uma forte cobertura de pêlos longos; os cascos são redondos e negros. O bisonte-europeu (também chamado wisent, em inglês) tem uma juba e barba menos luxuriante que o americano (também chamado buffalo, embora os verdadeiros búfalos sejam animais da mesma família, mas da África e da Ásia), enquanto que estes têm as pernas mais curtas.
Os machos podem atingir uma altura ao nível dos ombros de cerca de 1,8 m, um comprimento do corpo de 3,6 m e um peso de 1130 kg, enquanto que as fêmeas são menores. A pelagem de inverno do bisonte-americano é castanha escura, esparsa e muda na primavera para um pêlo curto e castanho claro e também é menos luxuriante nas fêmeas que nos machos. O seu tempo de vida é de 30 a 50 anos. Os homens das cavernas usavam como machado uma omoplata de um bisonte.

Bisão-Europeu
(Bison bonasus)


Bisão-Americano
(Bison bison)


Búfalo

O búfalo-africano, ou búfalo-cafre (Syncerus caffer), é um mamífero bovino nativo de África. É um herbívoro de grandes dimensões, que atinge 1,7 metros de altura, 3 metros de comprimento e 900 kg de peso.
O búfalo-africano embora fisicamente semelhante ao búfalo comum encontrado na pecuária do norte do Brasil, é um animal de maior porte e selvagem. O búfalo adulto é muito forte, impondo respeito mesmo a um grupo de leões que possa cruzar no seu caminho. Além do homem, possui como predador natural o leão, mas mesmo um indivíduo da manada é capaz de se defender usando a força ou a proteção da própria manada. Regularmente pelo número de animais na manada, pela dispersão no terreno e pela falta de defesa de animais idosos, os leões podem matar e comer um búfalo, mas isto exige que um grupo de leões se organize e ataque um único animal. É raro o fato de um leão atacar e derrubar um búfalo adulto sozinho. Outros predadores como as hienas e os leopardos, somente conseguem atacar um búfalo novo e que por algum motivo encontra-se desprotegido da manada. O búfalo-africano nunca foi domesticado e permanece selvagem em regiões e parques nacionais dasavana africana.
O búfalo-africano, também chamado de búfalo-do-cabo, é encontrado normalmente nas pradarias (grasslands) e na savana, nos seguintes países: Etiópia, Somália, Zâmbia, Zimbábue, Namíbia, Botswana, Moçambique, África do Sul, Quênia e Tanzânia.
No passado a população dos búfalos-africanos chegou a 10 milhões de animais, atualmente estima-se que sobrevivem 900.000, sendo a maioria na savana da África oriental. Os motivos para a diminuição da população dos búfalos-africanos foi a caçapredatória, o uso do seu habitat como campos de agricultura, secas e a introdução no continente africano de pestes e doenças.


Búfalo-Asiático
(Bubalus bubalis)





Búfalo-Áfricano
(Syncerus caffer)




Búfalo-Anão-de-Mindoro ou Tamarao
(Bubalus mindorensis)



Elande

O elande, gunga ou cefo (Taurotragus oryx) é uma espécie de antílope encontrado nas pradarias e savanas das regiões sul e do oeste da África. O nome elande vem de Eland, um termo africâner, via o holandês, do termo alemão arcaico Elend, provavelmente do arcaico lituano Ellenis, que significa veado.

Elande-do-Oeste
(Taurotragus oryx pattersonianus)





Elande-do-Sul
(Taurotragus oryx oryx)



Elande-Gigante
(Taurotragus derbianus)


Dik-Dik

Os dik-diks (pertencentes ao género Madoqua) são antílopes africanos de dimensões reduzidas. O seu nome deriva do som que emitem quando estão assustados.


Gazela-Dorcas

A Gazela-dorcas (Gazella dorcas) é um mamífero artiodáctilo da família dos bovídeos, que vive nas regiões desérticas e semidesérticas do norte da África e Sudoeste da Ásia. Tal variedade de gazelas possui coloração pardo-clara com a barriga branca e chifres não muito grandes curvados para trás. Também são conhecidas simplesmente pelo nome de dorcas. A Gazela-dorcas (Gazella dorcas) é um mamífero artiodáctilo da família dos bovídeos, que vive nas regiões desérticas e semidesérticas do norte da África e Sudoeste da Ásia. Tal variedade de gazelas possui coloração pardo-clara com a barriga branca e chifres não muito grandes curvados para trás. Também são conhecidas simplesmente pelo nome de dorcas.

No deserto do Sahara, é possível encontrar esta bela gazela. Ao Norte de Khartoum, ainda se podem ver, se, se sabe procurar e leva um guia idóneo, ainda que haja cada dia menos. A parte superior da pele é de cor beije, ou de um avermelhado - arenoso, com a parte baixa da barriga branca.
Tem também uma espécie de máscara branca na cara com algum preto à volta dos olhos. Os cornos são em forma de lira. É um dos animais que melhor se adapta ao deserto. Podem passar toda a sua vida sem provar nunca uma gota de água. Existem em quase todo o Deserto do Sahara. Ao comunicar-se emitem um ruído de alarme que parece o “quack” dum pato.


Gazela-de-Grant

A gazela-de-grant (Gazella granti) é uma grande gazela com chifres em forma de lira encontrada nas savanas e pradarias da África. É uma das presas preferidas de predadores como o leopardo e a chita.
São animais velozes e podem variar de 75 a 85 km/h.

Gazella granti

Gazela-Persa

A gazela-persa (Gazella subgutturosa) — ou ainda gazela-das-areias ou gazela-da-areia — é uma gazela encontrado em uma grande área de Ásia Central, incluindo a parte de Irã oeste e do sul Paquistão no final da faixa ocidental, bem como odeserto de Gobi. O nome específico significa "completa abaixo da garganta" e remete para o sexo masculino ter um alargamento do pescoço e da garganta durante o acasalamento. Esta não é uma verdade Bócio, que é causada pelo alargamento daglândula tiróide. A gazela asiática anda na areia e cascalho, habita planícies e planalto do calcário Corre em alta velocidade, pulando, delimitem marcha visto em outras espécies, esses rebanhos de gazela chegam a andar de 10 até 30 km por dia, no Inverno, com essas distâncias são reduzidas para cerca de 1 até 3 km. Seus principais predadores são o guepardo-asiático e o leopardo, que assim como o guepardo-asiático e a gazela-persa, também adota o deserto desta região como lar.


Gazela-de-Thomson

A gazela-de-thomson (Gazella thomsonii) é uma das espécies de gazela africana mais abundantes – vive em bandos de machos, de fêmeas e mistos, com cerca de 60 indivíduos, mas pode formar bandos gigantescos, com mais de mil indivíduos, ao migrar. Elas podem correr a velocidades de 90km/h por cerca de quinze minutos e há registro de velocidades superiores a 100km/h, ao escapar de predadores, como o guepardo. As gazelas podem saltar verticalmente no ar.
A gazela-de-thomson tem listras pretas na face e no corpo, o que ajuda a disfarçar a silhueta do animal, dificultando que seja visto à distância. Os machos e as fêmeas têm chifres, mas os das fêmeas são mais curtos. Eles se alimentam de gramíneasque outros animais de pasto deixam para trás.
Ecologia e distribuição
Gazelas vivem em savanas da África e dos habitats de pastagem, principalmente na região de Serengeti Quênia e na Tanzânia, embora eles também podem ser encontrados na Etiópia, Somália e Sudão. Eles se alimentam de vegetação rasteira e capim. A maioria da água de que precisam vem do que eles comem. Embora seja uma das gazelas mais comum em sua escala, o tamanho da população não é grande devido ao seu alcance limitado. Gazelas Thomson frequentemente se reúnem com outros ungulados, como gnus e zebras e, geralmente, vivem e migram em rebanhos, com centenas ou milhares de outras gazelas A gazela é um item de presa favorita para o guepardo
Descrição
Gazelas de Thomson de 51 a 60 cm (20 a 24) (fêmeas) 58 a 66 cm (23 a 26 polegadas) (machos) de altura e pesa 13-24 kg (lb 29-40) (fêmeas), 17-29 kg (sexo masculino). Eles têm pelagem marrom com branco e uma tarja preta distintiva. Seus chifres são longos e apontou com ligeira curvatura. A mancha branca em sua garupa estende-se por baixo da cauda, mas não mais. Um erro por vezes é o erro de identificação das gazelas de Grant como gazelas. Embora alguns Grant's têm a tarja preta que atravessa os seus lados, o branco em sua garupa estende-se sempre acima da cauda.


Gazela-Girafa

A gazela-girafa (Litocranius walleri) é um antílope encontrado em regiões áridas da África. Tal espécie possui pescoço muito longo e fino, que lembra o das girafas.





Órix

O órix ou guelengue-do-deserto (Oryx gazella) é um grande antílope africano. É também chamado de gemsbok, nome de origem neerlandesa, que significa camurça, porém os dois animais não são parentes próximos. Habita desertos e planícies áridas, juntando-se freqüentemente em grandes manadas. A sua pelagem é acinzentada, parecendo mais ou menos acastanhada dependendo da incidência da luz.

Órix-Beisa
(Oryx beisa)


Órix-da-Árabia
( Oryx leucoryx)


Órix-Cimitarra
(Oryx dammah)


Cudo

O cudo (Tragelaphus strepsiceros) é um grande antílope africano, de longos chifres espiralados e coloração avermelhada com listras verticais brancas. Também chamado de goma em Moçambique e de olongo em Angola.
Os chifres do cudo são utilizados na fabricação do shofar hebreu.





Niala

A niala (Tragelaphus angasii) é uma espécie de antílopes de tamanho médio da ordem Artiodactyla, família Bovidae. Os cornos em forma de lira apenas estão presentes nos machos e são semelhantes aos da sitatunga (Tragelaphus spekei), ou seja, longos (com 83 cm), espessos e com uma torção longitudinal. A pelagem é castanho-escura nos machos e castanho-avermelhada nas fêmeas, apresentando riscas brancas verticais no dorso, muito mais marcadas nas fêmeas, e pequenas pintas brancas nas coxas. Os machos adultos são muito maiores do que as fêmeas e apresentam ainda uma risca branca entre os olhos. As nialas machos são os únicos antílopes africanos que possuem uma longa franja de pêlos no dorso, na garganta.
Encontram-se no Sul do Malawi, no Sudeste do Zimbabwe, no Sul de Moçambique (onde é chamado inhala) e na África do Sul. Vivem em savanas, junto a cursos de água e em zonas de vegetação densa.


Impala

A impala (Aepyceros melampus) é um antílope com 50 a 60 kg de peso, único membro da sub-família de bovídeos Aepycerotinae. Vive em grandes manadas nas savanas e é especialmente comum no sul de África. Elas podem correr a velocidades de 90 km/h e saltar cerca de 6m para fugir dos predadores, tem boa visão e audição e reflexos rapidos. Prefere zonas onde exista capim de porte baixo ou médio, com uma fonte de água por perto, condição que pode ser desprezada caso a erva seja abundante.
A espécie tem dimorfismo sexual, sendo a cabeça do macho ornamentada por chifres elegantes, que podem atingir 1 m de comprimento e se desenvolvem em forma de lira. A pelagem é castanho-avermelhada, escurecendo no rosto e no dorso, sendo que o ventre, os queixais, a linha dos olhos e a cauda são brancos. Uma zona de pêlos mais compridos do que os restantes, de cor preta, cobre-lhe os calcanhares. A maturidade sexual é de 1 ano para os machos e 20 meses para as fêmeas, com um período de 195 a 200 dias de gestação.
Abundante em Angola, toma, neste país, várias designações de acordo com as suas línguas étnicas: m'Pala em tchingangela (ganguela), Ompala em umbundu, Kxara em !kung e Omhala em kwanyama (cuanhama).


Palanca-Vermelha

A palanca-vermelha (Hippotragus equinus) é uma espécie de palanca possuidora de uma coloração marrom-avermelhada.


Palanca-Negra

A palanca-negra, pala-pala ou palave (Hippotragus niger) é uma espécie de palanca nativa África Oriental e Austral. Possui uma pelagem entre castanha e negra, com exceção do focinho e da barriga, que são brancos.


Cabra-de-Leque

A cabra-de-leque (Antidorcas marsupialis) é uma pequena gazela castanha e branca, com cerca de 75 cm de altura que habita as savanas de África austral: vivem na Namíbia, sul de Angola, Botswana e África do Sul. Os machos atingem o peso de até 50 kg e as fêmeas 37 kg.
O seu nome comum em português refere-se à característica destes animais poderem levantar uma prega de pele que possuem nos quartos traseiros até à cauda, exibindo um ostensivo 'leque' de pelos brancos e emitindo um doce odor floral. Fazem isso com frequência, quer estejam assustadas ou apenas para se exibirem. A dita prega de pele deu origem ao nome científico marsupialis. Na Namíbia, Botswana e África do Sul o nome do animal é springbok, do africâner, significando spring = salto +bok = cabra. Este nome refere-se aos saltos que estes animais dão, saltando na vertical com as quatro patas simultaneamente, como se nestas tivessem molas. Realizam estes saltos quer a partir da posição parada ou em corrida.
Era um animal muito comum, formando algumas das maiores manadas de mamíferos já documentadas (chegando mesmo a formar manadas de mais de 10 milhões de animais), mas os seus números têm vindo a decrescer desde o século XIX devido à caça e à ocupação das terras para cultivo. Continuam a ser bastante comuns especialmente em reservas de caça, juntando-se com frequência às manadas de gnus e de órix.
É um animal muito rápido, podendo atingir velocidades na ordem dos 90 km/h e mudar de direcção com muita facilidade. Porém, para poder escapar a predadores como a chita e o leão recorre ainda à fuga exibicionista conseguindo aparentemente bons resultados.


Sitatunga

A sitatunga (Tragelaphus spekei) é um antílope bovino, herbívoro e de hábitos solitários. A sitatunga mede de 90 a 100 cm de altura e pesa cerca de 120 kg. Assim como todos os bovídeos, a sitatunga possui chifres que carrega por toda a vida. A sitatunga está adaptada à vida em regiões pantanosas, como o Delta do Okavango e os rios da República Democrática do Congo. São excelentes nadadoras e preferem as zonas com vegetação densa, especialmente papiros. Os principais predadores deste animal são os crocodilos.


Gnu

O gnu é um grande mamífero ungulado do gênero Connochaetes, que inclui duas espécies, ambas nativas do continente africano. Também é conhecido como boi-cavalo e como guelengue. Os gnus pertencem à família dos bovídeos (Bovidae), que inclui bovinos, caprinos, bubalinos, antílopes e outros mamíferos ungulados. Podem correr até 80 km/h para fugir dos predadores. Já em defesa da cria, como instinto, a mãe gnu, em fúria, é capaz de enfrentar guepardos, hienas e até mesmo leões, com seus chifres e coices. A gestação é em média de 260 dias, nascendo apenas uma cria. Vivem em grandes manadas, e pastam pelas savanas. Sua altura é em torno de 1,50 a 2,50 metros, e pesam em média de 250 Kg. Vivem em torno de 20 anos.

Gnu-Negro
(Connochaetes gnou)


Gnu-Azul
(Connochaetes taurinus)


Cob-Untuoso

O inhacoso (Kobus ellipsiprymnus), também chamado cob-untuoso (subespécie K. e. unctuosus), é uma das espécies de antílopes reduncinídeos mais comuns da África meridional. Chegam a medir 1,5 m de altura e pesar até 235 kg. Os machos possuem chifres grandes e bem desenvolvidos.
O inhacoso é um animal herbívoro que se desloca em manadas de 12 a 30 animais. Machos e fêmeas vivem separados na maior parte do tempo, exceto na época de acasalamento. O período de gestação da fêmea do inhacoso é de 240 dias, e os filhotes normalmente nascem no Verão.
O inhacoso é um excelente nadador, por isso sempre corre para a água quando há perigo. Seus principais predadores são os leões e os leopardos.


Cob-Leche

O cob-leche (Kobus leche) é um antílope da família dos bovídeos, nativo do delta do Okavango e das zonas pantanosas da Zâmbia e República Democrática do Congo. A sua pelagem é marrom-avermelhada, mais escura nas costas, enquanto o queixo e a garganta são brancos. Os machos apresentam chifres adornados por anéis nas pontas com até 60 cm de comprimento. O período de gestação, de cerca de 200 dias, resulta num filhote por vez. O habitat natural do cob-leche são o pântano e as planícies alagadas. Nadam bem e galopam com naturalidade em campos lodosos, mas tem uma certa dificuldade para se locomover em terra firme. A subespécie Kobus leche robertsi foi declarada extinta em 1994.


Cob-Comum

O Cob-comum (Kobus kob) é um antílope encontrado abaixo da África Subsaariana, do Senegal ao Sudão.


Cob-do-Nilo

O Cob-do-Nilo (Kobus megaceros) é um antílope restrito ao Vale do Nilo Branco, no Sudão e Etiópia.


Puku

O Puku (Kobus vardonii) é um antílope encontrado na República Democrática do Congo e na Zâmbia.


Cob-Grande-dos-Juncais

O cob-grande-dos-juncais (Redunca arundinum), assim como todos os antílopes, é um animal herbívoro. Sua cor é marrom-acinzentada, mede de 90 a 95 cm de altura e pesa cerca de 70 quilos, os machos apresentam chifres pretos que medem aproximadamente 20 cm.
O cob-grando-dos-juncais é uma presa muito fácil, vivem em duplas ou em pequenos grupos de até 12 animais, quando assustado fica imóvel e só se mexe quando o inimigo já está muito próximo. O período de gestação é de 7 meses e meio e nasce apenas um filhote. Os filhotes são extremamente vulneráveis aos cães selvagens e o número de filhotes abatidos é enorme. A espécie está ameaçada de extinção.


Adax

Adax (Addax nasomaculatus) é um mamífero artiodáctilo da família dos bovídeos, outrora espalhado pelas regiões desérticas no norte da África, do oceano Atlântico ao rio Nilo.
Provido de longos cornos anelados desenvolvendo-se em espiral. Próprio das regiões de deserto, atinge 1 m de porte, possuindo cascos largos e arredondados, bem adaptados à marcha sobre a areia. A sua cor é amarelada, com cabeça e pescoço negros, sendo a cauda e as patas brancas.
Hoje se encontra em grande risco de extinção, restando poucos exemplares no Sudão, no Chade, em Mali, na Mauritânia e na Nigéria. Contudo, no dia 27 de junho de 2010, o zoológico de Brasília, no Brasil, divulgou que conseguiu montar um banco genético de genes de animais mamíferos, o maior da América Latina. Neste banco, têm-se o sêmen e embriões de mamíferos americanos, para futura perpetuação das espécies. O banco genético contém dados não só de animais mamíferos americanos, mas também de outras regiões do planeta, inclusive do adax. Dessa forma, o adax não será de todo extinto.


Topi

O topi (Damaliscus lunatus), também conhecido como damalisco, é um antílope das savanas africanas.
Tem a cabeça comprida e dorso inclinado para trás. Sua pelagem é lustrosa, castanho-avermelhada, arroxeada na parte superior das patas e mais escura na parte superior do focinho, no ventre e na parte inferior das patas. Seus chifres são anelados e em forma de "L".
O topi vive em grupos, nas pradarias temporariamente alagadas.


Chiru

O chiru (do tibetano Chiru) ou antílope-tibetano (Pantholops hodgsonii) é um bovídeo de tamanho médio que tem 1,2 metros de altura. É nativo do platô tibetano incluindo a Província Autônoma do Tibete, de Qinghai, e a província de Xinjiang na China; na Índia próximo à Ladakh e oeste do Nepal. O seu pêlo é cinzento a marrom-avermelhado, com o ventre branco. Os machos têm os chifres curvados para trás, e que medem aproximadamente 50 cm de comprimento.
Apesar de estar classificado na subfamília Antilopinae, as evidências morfo-anatômicas e moleculares recentes sugerem que o Chiru está mais pròxima às cabras e à subfamília Caprinae (Gentry 1992, Gatesy et al. 1992, Ginsberg et al. 1999). Alguns pesquisadores o classificam como sendo da subfamília Pantholopinae, juntamente com a Saiga.
Ele é gregário, às vezes formam rebanhos de centenas. As fêmeas, no verão, migram até 300 quilômetros à cada ano para ir ao lugar onde nasceram, onde dão geralmente o nascimento a uma única cria, e voltam no outono tardio para reunir-se com os machos nos territórios onde passam o inverno (Schaller 1998). Eles vivem nas estepes elevadas das montanhas e nas áreas de semi-deserto do platô tibetano tais como Kekexili, onde alimentam-se de várias espécies de ervas e de grama. A vida média é de aproximadamente oito anos.
Eles estão ameaçados de extinção, devido à caça, sua lã é extremamente cara e de alta qualidade.
É também um dos 5 mascotes oficiais das Olimpíadas de 2008 de Pequim, China.


Iaque

O Iaque (Bos grunniens ou Poephagus grunniens, um sinônimo não universalmente aceito) é um bovino de pelagem longa encontrado na região do Himalaia, no sul da Ásia Central, Qinghai, no Planalto do Tibete, até à Mongólia, a norte.
Além de uma grande população doméstica, há uma população pequena e vulnerável de iaque selvagem. Em Tibetano, a palavra gyag refere-se só ao macho da espécie; uma fêmea é um dri ou nak. O resultado do cruzamento de um iaque com o zebu é conhecido como "chauri".
Iaques são animais de rebanho. Os iaques macho selvagens podem atingir 2,2 metros de comprimento, as fêmeas aproximadamente um terço daquele tamanho, e iaques domesticados 1,6-1,8 metros. Ambos os tipos têm o pêlo longo e desgrenhado para isolá-los do frio. Os iaques selvagens podem ser marrons ou pretos. Os domesticados também podem ser brancos. Tanto os machos como as fêmeas têm chifres.
Os iaques domésticos acasalam por volta de Setembro; as fêmeas podem conceber com 3-4 anos de idade, parem de Abril à Junho cada dois ou três anos, ao que parece dependendo da provisão alimentar. O período de gestação é de aproximadamente nove meses. Os bezerros são desmamados em um ano e ficam independentes logo depois disso. Os iaques podem viver mais de 20 anos.


Bauala

O bauala (Tragelaphus scriptus) é um antílope florestal que ocorre na África, freqüentemente em regiões de água abundante. Tal espécie possui porte médio, com cerca de 1,5 metro de comprimento e chifres somente nos machos. Também são conhecidos pelos nomes de gazela-pintada, golungo e gulungo.


Saola

O Saola (Pseudoryx nghetinhensis), também chamado de boi-de-Vu-Quang, é um bovino encontrado no Vietnã e também no Laos. A Reserva Natural de Vu Quang é um local que tem zona semi-protegida para estes animais, que por sinal são um dos mamíferos mais raros. Seu nome significa Saola fuso que é chifres no Vietnã. O nghetinhensis refere-se às duas províncias vietnamitas de Nghe An e Ha Tinh enquanto Pseudoryx deriva de Pseudo = Falso + Órix que é um antílope arábico ou africano. Os nativos chamam este de Hmong Saht ,um termo derivado de Laos que significa "o animal educado", porque ele se move silenciosamente através da floresta.


Nilgó

O Nilgó ou antílope-azul (Boselaphus tragocamleus) é o maior antílope asiático. Ocorre no Paquistão e na Índia.




Saiga


A saiga (Saiga tatarica) é uma espécie de antílope que habita certas áreas da Ásia, principalmente o deserto de Gobi.
A característica que mais se faz notar na saiga é o seu nariz flexível parecido com o do elefante que serve para aquecer o ar no inverno e impedir a inalação de poeiras e areias. A saiga mede de 0,6 a 0,8 metros até ao ombro e pesa entre 36 e 63 kg. Vivem de 6 a 10 anos. Os machos são maiores do que as fêmeas e só eles apresentam chifres. Geralmente um macho possui um harém de 5 a 50 fêmeas.
Hoje em dia, existem menos de 50.000 exemplares, 5% do número observado há 10 anos, No início do século 20, um declínio parecido foi registrado entre esses antílopes, mas a população conseguiu recompor-se, o que alimenta a esperança de que, como no passado, as saigas fujam da ameaça de extinção. A saiga foi e ainda é muito caçado pela sua carne e seus chifres, valiosos para a medicina tradicional chinesa.



Rhebok

O Rhebok, Rhebuck, Rebhok-Cinzento, Vaal Rhebok ou ainda Vaalribbok (Pelea capreolus) é uma espécie de antílope endêmica à África do Sul, Lesoto e Suazilândia.
Preferem pastagens de habitats montanhosos, e possuem um revestimento de lã cinzenta para isolá-los do frio de seu habitat. Somente os machos possuem os chifres retos, e tornam-se extremamente agressivos durante a estação de acasalamento.


Duiker

É uma subfamília primitiva adaptada à florestas de planícies e de altitudes, exceto por várias espécies que estenderam-se para áreas de savana, e nativa da África Subsaariana. São antílopes pequenos, com as pernas traseiras mais curtas que as dianteiras dando-lhes uma conformação arqueada. Os chifres, presentes em ambos os sexos, são pequenos e dirigidos para trás. Sua organização social é simples: sedentários, solitários e territoriais. Embora essas características sejam primitivas, elas podem representar adaptações secundárias para recolonizar habitats de florestas densas.
Seus representantes, num total de 19 espécies, são chamados de duikers, cefalófos ou ainda duiqueiros, e estão distribuídos em três gêneros: Cephalophus, Philantomba e o Sylvicapra. O termo duiker provêm da palavra Africâner para mergulhador, referindo-se a prática de pular nos arbustos.
Os duikers são criaturas tímidas, a maioria é moradora de florestas, e mesmo as espécies que vivem em áreas mais abertas são ariscas.
Com um corpo ligeiramente arqueado e as patas dianteiras um pouco mais curtas do que as patas traseiras, possuem um bom formato para penetrar nas moitas. Se alimentam primariamente de plantas um pouco mais altas do chão ao invés de ser umpastador, comem folhas, caules macios, sementes, frutas, gomos e cascas de árvores, e seguem frequentemente grupos de pássaros ou macacos para aproveitar-se de frutas que os grupos deixam cair. Complementam sua dieta sendo carnívoros:insetos, carniça, e até perseguem e capturam roedores e pássaros pequenos.


Duiker-de-Testa-Preta
(Cephalophus nigrifrons)

 

Duiker-de-Peters
(Cephalophus callipygus)


Duiker-de-Flanco-Vermelho
(Cephalophus rufilatus)


Duiker-de-Dorso-Amarelo
( Cephalophus silvicultor)


Duiker-Azul
(Philantomba monticola)


Duiker-Vermelho-de-Natal
(Cephalophus natalensis)


Duiker-Negro
(Cephalophus niger)


Zégua

Cruzamento com zebra e cavalo.