Gato-Bravo-de-Patas-Negras
O Gato-bravo-de-patas-negras (Felis nigripes) é um pequeno felídeo selvagem espalhado pelos desertos da África e da Ásia. Ele vive em desertos e áreas que são quentes demais e secas mesmo para um gato do deserto: o Saara, o Deserto Arábico, e os desertos do Irã e o Paquistão. Ele vive por em torno de 13 anos em cativeiro.
Gato-Chinês-do-Deserto
O Gato-chinês-do-deserto (Felis bieti), também conhecido como o Gato-chinês-da-montanha, é um pequeno gato selvagem da China ocidental. Este é o menos conhecido membro do genêro Felis, os gatos comuns.
O Gato-chinês-da-montanha é aproximadamente do tamanho de um gato doméstico. Exceto pela coloração de sua pele, este gato parece um Gato bravo na aparência física. Sua cor geral é um marrom-amarelado, ou cor de areia, sendo o ventre esbranquiçado, e mais escuro na sua parte traseira. O pelo ao longo de todo o dorso segue um padrão estriado, que pode ser pouco contrastado. O pelo é espesso e denso. As almofadas de suas patas são cobertas de densos pelos protetores, mas não tão densos e profusos como os dos Gatos-da-areia. De suas orelhas saem pequenos tufos de pelo com cerca de 2 cm. Eles têm canais auditivos grandes, sugerindo que a audição cumpre papel importante para a captura das suas presas. Sua cauda é anelada com três ou quatro faixas escuras, mais uma ponta preta.
Pantera-Nebulosa
O leopardo-nebuloso ou pantera-nebulosa (Neofelis nebulosa) é um felino de tamanho médio, medindo de 60 a 110 cm de comprimento e pesando entre 16 e 23 kg. Possui pelagem bronzeada ou marrom-clara e distintamente marcada com grandes elipses irregulares, de bordas escuras, das quais se diz terem formato de nebulosas, daí tanto seu nome vulgar quanto científico.
Vive nas florestas do Nepal, Malásia, China, Bornéu e Sumatra. Embora sua área de ocorrência seja bastante extensa para os padrões atuais, é uma espécie que tende a desaparecer, devido principalmente à destruição de seu habitat.
É, de todos os felinos, o que possui os caninos proporcionalmente mais longos. Alimenta-se de pequenos mamíferos. Sua gestação, em cativeiro, dura entre 86 e 93 dias; nasce usualmente dois filhotes, cada um pesando 170 gramas.
Pesquisas genéticas patrocinadas pelo Fundo Mundial para Conservação da Vida Selvagem - WWF apontam a existência de uma segunda espécie em Borneo. A espécie foi batizada de Neofelis diardi.
Pantera-Nebulosa-de-Bornéu
A pantera-nebulosa-de-bornéu é um felídeo de médio porte, encontrado em Bornéu, onde é o maior predador da ilha, além de Sumatra e nas ilhas Batu, no Arquipélago Malaio. Foi recentemente elevado a espécie em um trabalho publicado por Buckley-Benson e colaboradores em 2006, até então era considerada uma subespécie insular da pantera-nebulosa Neofelis nebulosa. Em 2008 foi considerada vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Mundial para a Natureza e calcula-se que a população desses felinos chegue a 10 mil indivíduos.
A pantera-nebulosa de Bornéu vive nas ilhas de Bornéu e Sumatra no Arquipélago Malaio, a espécie também habitava Java, mas não têm sido encontradas na ilha desde o período Neolítico.
Tigre-Siberiano
O tigre-siberiano (Panthera tigris altaica) é a subespécie de tigre mais setentrional e uma das 5 subespécies de tigre ainda existentes hoje em dia.
De todos os felinos existentes na natureza, o tigre-siberiano é o maior. Os machos podem chegar a pesar mais de 300 quilogramas. Na natureza o maior tigre-siberiano já encontrado pesava 386 quilogramas, enquanto que o maior em cativeiro pesava 423 quilogramas. Em relação às outras subespécies de tigre, têm uma pelagem mais grossa e mais clara, devido ao clima frio do lugar onde vive, onde os invernos são rigorosos e com neve. Seu habitat consiste de florestas de carvalhos e suas presas são alces, javalis, renas e cervos.
O tigre é muito respeitado pelos povos nativos da região, tal como no resto da Ásia. O povo Udege refere-se ao tigre como o Amba (grande soberano). Também o consideram o protetor da planta médica, ginseng. Ataques de tigres-siberianos a seres humanos, apesar da proximidade, são raros, sendo a maioria deles causada quando um tigre é surpreendido e sente-se ameaçado.
Tigre-do-Sul-da-China
O tigre do sul da China (Panthera tigris amoyensis), também conhecido como tigre Amoy ou tigre de Xiamen, é uma das 6 subespécies de tigre ainda existentes. Os machos pesam entre 130 a 175 quilos, medindo entre 2,30 a 2,60 metros de comprimento, e as fêmeas pesando entre 100 a 115 quilos, medindo entre 2,20 a 2,40 metros de comprimento.
Durante muito tempo o tigre do sul da China habitava as florestas da região leste e sudeste da China, sendo muito reverenciado e respeitado pelos chineses antigos, tendo desempenhado importante papel na arte, pintura, literatura e superstições chinesas, a ponto de ser um dos doze signos do zodíaco chinês.
Tigre-da-Indochina
O tigre da Indochina (panthera tigris corbetti) é uma das 6 subespécies de tigre ainda existentes hoje em dia. Seu nome científico foi batizado em homenagem ao caçador britânico do começo do século XX Jim Corbett.
O tigre da Indochina se distribui pelo Sudeste Asiático, mais precisamente sudeste da China, Tailândia, Laos, Camboja, leste de Mianmar, Vietnã e norte da Malásia. Em algumas áreas de sua distribuição original está extinto, como por exemplo, a região leste do Vietnã.
Tigre-de-Bengala
O tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris) é uma das 9 subespécies de tigre. É uma das espécies mais ameaçadas de extinção dentre os grandes felinos do planeta, seja pela caça ilegal ou pela destruição de seu habitat. Estima-se que em 2008 existam cerca de 500 tigres-de-bengala livres no planeta; três das nove subespécies de tigres que existiam no planeta já estão extintas, e outras tendem a desaparecer pelo cruzamento genético entre subespécies diferentes.
Fundações como a WWF tomaram a frente da responsabilidade de propiciar a preservação dos tigres, mais especificamente do tigre-de-bengala e do tigre-siberiano (ainda mais raro). Estima-se que o percentual de tigres na Ásia hoje seja 40% menor do que em 1995, graças a esforços e ajuda humanitária, cerca de 15% já foi recuperado.
O tigre-de-bengala, até ao começo do século XX, habitava quase toda a Índia (com excepção do extremo norte e da Península de Kathiawar), Bangladesh, leste do Paquistão, sudoeste da China, oeste de Mianmar, Nepal e Butão. Atualmente ainda restam populações espalhadas em vários pontos da Índia e países vizinhos. Encontra-se extinto no Paquistão.
É o mais famoso dos tigres. Com pêlos curtos alaranjados e listras pretas, é o que mais aparece em livros e filmes e o mais comum em zoológicos. Ele atinge até 260kg, mas, pode ultrapassar os 300, salta longas distâncias, é ágil e bem veloz.
Com tanto pêlo, ele não gosta muito de calor e no verão fica sempre perto da água. Por isso, é um nadador de primeira. É também um excelente caçador e alimenta-se de bichos pequenos, como veados, macacos e aves e ataca outros maiores como gauro (subespécie de búfalo asiático maior que o africano), filhotes de elefantes e derinocerontes. Mas já houve casos registrados dos felinos caçarem elefantes e rinocerontes adultos. Também atacam crocodilos na água ou na terra. Pítonstambem fazem parte do cardápio deste felino.
Essa subespécie tem uma característica bastante curiosa e exclusiva: existe um tipo mutante do tigre-de-bengala muito raro, que nasce branco, com listras marrons e olhos azul-claros.
Tigre-de-Sumatra
O tigre-de-sumatra (Panthera tigris sumatrae) é uma das 6 subespécies de tigres ainda existentes hoje em dia. Nativa da ilha de Sumatra, na Indonésia, passou a ser menor das subespécies de tigre com a extinção dos tigres-de-java e os de Bali. Estima-se que se sua população selvagem varie entre 400 a 600 exemplares, agrupados em sua maioria nos cinco grandes parques nacionais da ilha. Segundo análises de DNA, revelou-se a existência de certas características genéticas únicas, indicando que o tigre-de-sumatra está no limite entre a subespécie e sua separação como uma nova espécie diferente dos tigres continentais se não se extinguir antes. Por conta disso foi sugerido que deveriam destinar mais esforços para conservar os tigres-de-sumatra do que as demais subespécies. A maior ameaça que enfrentam é a destruição de seu habitat. Ademais, entre 1998 a 2000 foram mortos baleados 66 tigres, que constituíam aproximadamente 20% (ou seja, um quinto) da população total. Esse tigre é parecido com o famoso tigre de bengala por suas listras negras e seu corpo alaranjado, só que suas listras têm cores mais fortes para se camuflar melhor na floresta, e o seu tamanho é menor do que as demais subespécies. O tigre-de-sumatra é a espécie de tigre com mais risco de desaparecer do planeta existindo somente 250 tigres na ilha de Sumatra. Existem vários casos de pessoas mortas por tigres, mas o número de animais mortos por causa do homem (destruição do habitat, caça ilegal etc.) é ainda maior. Com a sua mordida (no seu ataque ele pega o pescoço) de 450 Kg e sua grande pata musculosa, um tigre mesmo velho ou debilitado pode atacar facilmente um humano.
Tigre-de-Malaio
O tigre malaio ou de Málaca (Panthera tigris jacksoni) é uma subespécie de tigre encontrada apenas em algumas áreas da península de Málaca, na Malásia e Tailândia.
Até 2004 tais populações eram consideradas como parte da subespécie indochinesa (Panthera tigris corbetti), porém um estudo realizado por cientistas do Instituo Nacional do Câncer dos Estados Unidos, dirigidos pelo investigador Stephen J. O'Brien, demonstrou que, apesar das fortes similaridades anatômicas entre ambos os animais, os tigres de Malaio possuem a diferenciação genética suficiente para considerá-la uma subespécie por direito próprio.
O isolamento reprodutivo entre ambas as populações seria, não obstante, muito recente, e inclusive poderia estar influenciada pela atividade humana no istmo de Kra. Estima-se que existem em liberdade entre 600 a 800 tigres malaios em liberdades, quantidade que apesar de típica de um animal em perigo de extinção, converte esta subespécie em uma das subespécies mais abundantes junto com o tigre da Indochina e o tigre de Bengala.
Leão-Sul-Africano
O leão-sul-africano ou leão-do-transvaal (Panthera leo kruger) é uma subespécie de leão que habita o Transvaal e a Namíbia. Também é chamada deleão-da-áfrica-do-sul, leão-da-namíbia ou leão-do-kruger (em referência ao Parque Nacional Kruger).É atualmente a maior subespécie de leão.
Outra subespécie de [[leão] descrita inclui os leões-do-kalahari (por vezes chamados de Panthera leo verneyi, ou leões-de-verney).
Leão-Asiático
O leão asiático (Panthera leo persica) é uma subespécie do leão.
Os últimos exemplares do leão asiático, os quais em tempos históricos habitaram territórios desde a Cáucaso ao Iêmen e da Macedônia até a Índia, passando pelo Irão (Pérsia), habitam no Parque Nacional da Floresta de Gir no oeste da Índia. Cerca de 300 leões vivem num santuário de 1412 km² no estado de Gujarat. Em 1907 apenas existiam 13 leões no Gir, sendo que nessa altura o Marajá de Junagadh lhes concedeu uma total proteção.
Ao contrário do tigre, que prefere as florestas densas com folhagem densa, o leão habita as florestas de arbustos de folha caduca. Comparado com o seu parente africano, o leão indiano possui uma juba quase inexistente. O leão raramente entra em contacto com o tigre que também habita a Índia, mas não na região de Gir. Esta floresta é mais quente e mais árida do que o habitat preferido pelo tigre.
O Leão Asiático habitou, em tempos, também a Europa. Aristóteles e Heródoto escreveram que leões eram encontrados nos Bálcãs em meados do primeiro milênio a.C., habitando áreas da atual Bulgária, Grécia, Albânia, Macedônia e Iugoslávia, e possivelmente seu habitat se estendia até a França. Quando Xerxes avançou pela Macedônia em 480 a.C., inúmeros dos seus camelos de carga foram mortos por ataques de leão. Acredita-se que os leões se extinguiram no interior das fronteiras da atual Grécia por volta dos anos 80-100 d.C. Por conta da caça, competição com cães ferais e o uso excessivo para lutarem no Coliseu Romano que os leões foram extintos da Península Balcânica. Esta população européia de leões é considerada por alguns como uma subespécie separada do leão asiático, o leão europeu (Panthera leo europaea), enquanto que por outros é considerada como uma população integrante do leão asiático.
Leão-Senegalês
O leão-do-senegal ou leão-senegalês (Panthera leo senegalensis) é a subespécie hoje mais conhecida de leão, da qual acredita-se que ainda existam 15 mil a 20 mil exemplares em reservas africanas, sendo muito ameaçada. Extinguiu-se na maior parte das áreas não protegidas. O maior exemplar dessa subespécie já medido pesava 312 kg e foi abatido no Transvaal em 1936. Os machos pesam cerca de 184 kg e medem em média 2 m de comprimento, mais 70 cm de cauda; enquanto as fêmeas pesam 126 kg em média e medem em média 1,7 m de comprimento mais 70 cm de cauda.
Leão-Branco
Esta característica não acarreta problemas fisiológicos – ao contrário do albinismo, o leucismo não confere maior sensibilidade ao sol. No entanto constitui uma desvantagem, pois reduz a sua capacidade de se camuflar na caça às suas presas.
Estes leões nunca foram muito vulgares na natureza. O gene que confere esta característica é recessivo, e apenas se revela quando são cruzados indivíduos portadores do gene mutante. Este cruzamento é feito propositadamente em zoológicos por já não existirem mais na natureza por essa razão é nestes onde existe o maior número de indivíduos. Apareciam também na reserva de Timbavati e no parque Kruger, na África do Sul, mas desde 1993 não são avistados, praticamente extintos da natureza.
Existem também leões brancos por albinismo; esses possuem os olhos vermelhos e apresentam grande sensibilidade ao sol. São raros e ameaçados de extinção.
Ligre
O ligre (leão + tigre) é um híbrido entre um leão e uma tigresa.
Os machos deste animal são híbridos estéreis, pois o número de cromossomos do leão e do tigre são pares, mas diferentes, assim o ligre tem um número ímpar de cromossomos graças ao processo da meiose que ocorre na formação dos gametas femininos e masculinos (óvulos e espermatozóides, respectivamente), podem se acasalar com outro animal com características parecidas, como o próprio tigre ou leão puros, mas seus filhotes podem ter a saúde delicada.
O seu aspecto é de um gigantesco leão com raias de tigre difusas. Ele é, atualmente, o maior felino do mundo, possuindo entre 3,5 e 4 metros de comprimento. Com apenas três anos pode vir a pesar meia tonelada, por meio de sua dieta de carne e frango.
Acredita-se que o enorme tamanho que esses animais atingem ocorra pela ausência de genes que condicionem a produção dos hormônios inibidores do crescimento. Isso porque nos leões essa é uma herança materna, e nos tigres é paterna, portanto os ligres não recebem esses genes. O cruzamento entre leões e tigres só ocorre por ação do homem. Além de os habitats de ambas as espécies serem muito diferentes, elas geralmente não compartilham os mesmos territórios, de maneira que há poucas possibilidades de se encontrarem para formar este estranho cruzamento. Na atualidade esses animais só coexistem na natureza no bosque de Gir, na Índia. Antigamente porém, leões e tigres coexistiram na Mesopotâmia, Cáucaso, Pérsia, Afeganistão e em grande parte do subcontinente indiano.
Existe também o tigreão, que é o híbrido de uma leoa com um tigre.
Tigreão
O tigreão é um cruzamento híbrido entre uma leoa e um tigre macho. O tigreão não é tão comum como o ligre, no entanto, no final do século XIX e início do século XX, os tigreões eram mais comuns que os ligres.
Podem exibir características de ambos os pais: podem ter pintas da mãe (leões têm o gene das pintas – as crias leão são pintadas) e riscas do pai.
A juba do tigreão irá ser mais curta e discreta que a do leão e mais similar ao tufo do tigre. É um erro pensar que os tigreões são menores que leões ou tigres. Não ultrapassam o tamanho dos seus progenitores porque herdam o gene inibidor do crescimento da mãe leoa e do pai tigre, mas não apresentam nenhum tipo de nanismo ou miniaturização; muito freqüentemente pesam aproximadamente 180 kg.
A relativa raridade de tigreões é atribuída ao fato dos tigres machos acharem o comportamento de acasalamento da leoa demasiado sutil e escapam-lhes algumas pistas sobre o interesse dela em acasalar. No entanto, as leoas são ativas e desenvoltas em solicitar o acasalamento, pelo que a atual raridade dos tigons deve-se ao fato de serem menos impressionantes em termos de dimensões do que os ligres, abaixando o valor de novidade. Há um século, os tigreões eram mais comuns que os ligres. Gerald Iles, na obra At Home In The Zoo (1961) conseguiu obter 3 tigreões para o Belle Vue Zoo de Manchester, mas escreveu que nunca tinha visto um ligre. Atualmente há um número significativo de tigreões a serem criados na China.
Leopardo-Africano
Leopardo (Panthera pardus), também chamado onça-do-cabo-verde em Angola, é, com o leão, tigre e Onça Pintada, um dos quatro "grandes gatos" do gênero Panthera. Medem de 1,25 m a 1,65 m de comprimento, e pesam entre 30 e 90kg. As fêmeas têm cerca de dois terços do tamanho do macho. De menor porte do que a Onça Pintada, o leopardo não é menos feroz. Habita a África e Ásia.
Leopardo-de-Amur
O leopardo-de-amur (Panthera pardus orientalis) é a subespécie de leopardo mais setentrional, a qual habita hoje em dia os montes Sikhote-Alin. É também conhecido como leopardo-siberiano e leopardo-do-extremo-oriente.
Apesar de sua distribuição coincidir com a do tigre-siberiano, sua população não é tão pesadamente afetada tal como outros leopardos e tigres em outras regiões. Leopardos-de-amur evitam viver ou caçar muito próximo do território do tigre, evitando a competição direta por presas.
Assim como todos os outros leopardos, eles são animais solitários, com hábitos noturnos e levam suas presas para as árvores como medida de segurança, a fim de evitar que caia nas mãos de outros carnívoros como ursos e tigres. Caçadores astutos e oportunistas, sua dieta consiste de cervos roe e sika, lebres e outros roedores locais
Os leopardos-de-amur se diferenciam das demais subespécies de leopardo devido à sua pele e pernas mais grossas e peludas, possivelmente para sobreviver melhor no clima frio da taiga. Ainda possuem rosetas maiores e mais espaçadas. Durante o inverno sua pelagem apresenta uma coloração creme pálida, porém no verão é mais alaranjada. Durante o verão sua pelagem tem normalmente cerca de 2,5 centímetros de espessura, porém no inverno tem aproximadamente 7 centímetros. Os machos são aproximadamente duas vezes maiores que as fêmeas, e pesam entre 30 e 70 quilos.
Leopardo-Persa
O leopardo-persa (Panthera pardus saxicolor) ou leopardo-iraniano e uma das subespécies de leopardo que são nativos da Ásia ocidental. O leopardo persa esta ameaçado através de sua distribuição na área do oriente médio. O leopardo persa é a maior subespécie de todos. Habitat varia de montanhas para pastagens ou em qualquer lugar com uma quantia razoável de presas.
Leopardo-do-Norte-da-China
O leopardo-do-norte-da-china (Panthera pardus japonensis) é uma subespécie de leopardo indígena do nordeste da China. Este leopardo é tão raro que quase nunca é visto na natureza. O animal habita em pradarias e florestas das montanhas. Espécie ameaçada de extinção caça veados, javalis e roedores.
É um leopardo da mesma dimensão do seu parente do norte o leopardo-de-amur. O desenho das manchas recorda a onça. Ele tem o pêlo mais longo do que muitas outras subespécies de leopardo e é o que tem o pelo mais escuro.
Os filhotes são nascidos em ninhadas de 2 ou 3, mas a mortalidade infantil é elevada nesta espécie, e as mães não são vistas com mais de 1 ou 2 crias. As fêmeas grávidas procuram encontrar uma caverna, uma brecha entre as pedras, uma árvore oca ou um arbusto para dar à luz ou então fazem uma cova. Os filhotes abrem os olhos depois de 10 dias, o seu pelo tende a ser mais longo e que a maior parte dos adultos, também é mais cinzento e com manchas menos definidas.
Os pequenos leopardos aos três meses começam a acompanhar as suas mães nas caçadas. Eles ficam com a mãe até aos 18 a 24 meses.
Leopardo-Árabe
O leopardo-árabe (Panthera pardus nimr) é a menor subespécie de leopardo existente, menor até que seus primos da África e da Ásia. Essa subespécie está criticamente ameaçada de extinção e sua população continua diminuindo. O leopardo-árabe vive em Israel, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iêmen e Omã.
Leopardo-Indiano
O leopardo-indiano (Panthera pardus fusca) é uma subespécie nativa do subcontinente indiano. O leopardo-indiano é um dos muitos bem sucedidos membros dos grandes felinos indianos. Ele tem uma distribuição por todas as partes do subcontinente indiano e sul da China. Seu habitat varia de florestas tropicais, florestas coníferas setentrionais, perto de onde humanos vivem.
Leopardo-do-Ceilão
O leopardo-do-ceilão (Panthera pardus kotiya) é uma das 8 ou 9 subespécies de leopardo reconhecidas internacionalmente. É nativo do Sri Lanka.
Um estudo recente descobriu que, embora o leopardo esteja em perigo de extinção no Sri Lanka,é lá que ele possui uma das maiores densidades populacionais do mundo, no Parque Nacional de Yala. Outro parque onde é fácil vê-lo é o Parque Nacional de Wilpattu, também no Sri Lanka. Isto ocorre porque nessas áreas os leopardos não têm de partilhar o seu habitat com outros predadores como o leão ou o tigre.
Onça-Pintada
A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como jaguar ou jaguaretê é um grande felino, do gênero Panthera, e é a única espécie Panthera encontrado nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo após o tigre e o leão, e o maior do Hemisfério Ocidental.
Mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, é encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo da língua guarani jaguarete.
Este felino manchado mais se assemelha ao leopardo fisicamente, embora seja geralmente maior e mais resistente. As características do seu comportamento e habitat são mais próximas às do tigre. Embora seu habitat preferido seja a densa floresta tropical, é também encontrado em uma variedade de terrenos abertos.
A onça pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. Anda em grande parte solitária, mas é oportunista na seleção de presas. É também um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro.
Está quase ameaçada de extinção e seu número está em queda. As ameaças incluem a perda e fragmentação do seu habitat. Embora o comércio internacional de onças ou de suas partes esteja proibida, o felino ainda é freqüentemente morto por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores. O felino tem sido largamente extinto nos Estados Unidos desde o início do século 20.
A onça fazia parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias, astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado era caçado em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.
Onça-Preta
A onça-preta, também conhecida por jaguar-preto, é uma variação melânica da onça-pintada (ou jaguar). Antes se pensava que poderia tratar-se de espécies diferentes, mas sabe-se hoje que a onça-preta e a onça-pintada são da mesma espécie, Panthera onca. Observando-se atentamente, são visíveis as rosetas e pintas típicas da onça-pintada contra o fundo negro da pelagem da onça-preta.
A variante negra da onça-pintada é rara. Onças-pretas ocorrem na América do Sul, incluindo vários estados do Brasil e ainda na Venezuela, Paraguai, Peru, Guiana e Equador.[2] Onças-pretas também poderiam existir na América Central e México, mas a ocorrência desta variante nestas regiões não está confirmada.
Na onça-preta, o melanismo é uma característica dominante, e estudos genéticos mostram que este fenótipo está associado a uma mutação no gene do Receptor de melanocortina 1 (MCR1), que regula a síntese de melanina nos melanócitos da epiderme.
Leopardo-das-Neves
O Leopardo-das-neves (Uncia uncia) é um felino que habita as grandes altitudes da Ásia central, principalmente o Tibete, o Nepal, a Índia, o Paquistão, o Himalaia e o monte Everest. Pouco se sabe a respeito desse animal arredio e solitário, que raramente é visto por seres humanos.
Sua pelagem, uma das mais belas dentre todos os felinos, é macia e espessa, de pêlos longos e sedosos, com uma lanugem na base. Essa pelagem é útil para se esconder ou se camuflar na neve e caçar suas presas por emboscada. Sua alimentação consiste de aves, roedores como a marmota e a lebre, e pequenos mamíferos como o carneiro-selvagem. Cada leopardo das neves possui um vasto território no qual vagueia constantemente em busca de alimento.
Embora habite regiões remotas e de difícil acesso, atualmente o leopardo-das-neves se encontra na lista de espécies ameaçadas de extinção porque seus ossos, sua pele e alguns de seus órgãos são utilizados pela medicina asiática para a produção de remédios.
Durante séculos, o leopardo das neves, originário da Ásia Central, tem sido alvo de mistério e folclore. Por exemplo, as pessoas dos vilarejos da Ásia Central acreditam que os leopardos das neves não comem a carne de suas presas, mas apenas tomam seu sangue (esta crendice é explicada pelos pequenos orifícios deixados pelos caninos dos leopardos, quando eles sufocam suas vítimas e pelos exemplos do abandono da presa antes da alimentação, quando os animais são molestados pelos nativos).
Os leopardos das neves são distribuídos esparsamente e descontinuamente pelas montanhas da Ásia Central (conhecida como “O telhado do Mundo”), com uma população de tamanho desconhecido. Habitam zonas alpinas e sub-alpinas, são encontrados em áreas acima de 3000m do nível do mar. Durante o verão, podem ser encontrados em altitudes superiores a 5000m. Geralmente estão associados com ambientes áridos e semi-áridos.
Estes animais são caçadores oportunistas, que podem predar desde um Yak (que pesa mais de 200 kg) até um pequeno veado almiscarado (que pesa somente 10 kg). Podem predar aves como o faisão ou as pequenas marmotas. Trata-se de um animal pouco estudado, devido a seus hábitos reservados, poucos exemplares, distribuição esparsa e dificuldade das condições de seu habitat. São animais que medem, de cabeça e corpo até 1300 mm e a cauda que chega a 1000 mm.
Fêmeas podem pesar até 40 kg e machos até 55 kg. Sua coloração varia do cinza claro ao cinza escurecido, com as partes inferiores quase brancas. Todo seu corpo é recoberto por rosetas e manchas. A cabeça é relativamente pequena e o pêlo é bastante longo. Os bebês (em média 3), nascem em abrigos nas rochas, após um período de gestação de aproximadamente 103 dias. Pesam ao nascer aproximadamente 450g e abrem seus olhos após 7 dias. Começam a ingerir alimento sólido aos 3 meses de idade.
Guepardo
O guepardo, também conhecido como chita, lobo-tigre, leopardo-caçador ou onça-africana, (Acinonyx jubatus), é um animal da família dos felídeos (Felidae), ainda que de comportamento atípico, se comparado com outros da mesma família. É a única espécie vivente do gênero Acinonyx. Tendo como habitat a savana, vive na África, Península Arábica e no sudoeste da Ásia. Fisicamente, é significativamente parecido com o leopardo. As almofadas das patas da chita têm ranhuras para tracionar melhor em alta velocidade, e sua longa cauda serve para lhe dar estabilidade nas curvas em alta velocidade. Cada chita pode ser identificada pelo padrão exclusivo de anéis existentes em sua cauda, tem uma cabeça pequena e aerodinâmica e uma coluna incrivelmente flexível, são habilidades que ajudam bastante na hora da perseguição.
É um animal predador, preferindo uma estratégia simples: caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo, mas por vezes, pode caçar em dupla. Consegue atingir velocidades de 115 a 120 km/h, por curtos períodos de cada vez (ao fim de 400 metros de corrida), sendo o mais rápido de todos os animais terrestres, porém em certa ocasião, avistou-se um guepardo que correu atrás de sua presa por 640 metros em 20 segundos, (medidos com um cronômetro), e 73 metros em aproximadamente 2 segundos.
O corpo da chita é esbelto, musculado e esguio, ainda que de aparência delgada e constituição aparentemente frágil. Tem uma caixa torácica de grande capacidade, um abdômen retraído e uma coluna extremamente flexível. Têm uma cabeça pequena, um focinho curto, olhos posicionados na parte superior da face, narinas largas e orelhas pequenas e arredondadas. O seu pêlo é amarelado, salpicado de pontos negros arredondados, e na face existem duas linhas negras, de cada lado do focinho, que descem dos olhos até à boca, formando de fato um trajeto de lágrimas. Um animal adulto pode pesar entre 28 e 65 kg. O comprimento total do corpo varia de 112 a 150 cm. O comprimento da cauda, usada para equilibrar o corpo do animal durante a corrida, pode variar entre 62 e 85 cm.