Aves de Rapina Diurnas
As aves de rapina ou rapinantes, são aves carnívoras que compartilham características semelhantes, bicos recurvados e pontiagudos, garras fortes e visão de longo alcance. Assim as rapinantes são aves ágeis na captura de seus alimentos: grandes artrópodes, peixes, anfíbios, pequenos mamíferos e pequenas aves. Mas cada rapinante está adaptada para caçar um tipo de animal, ou um certo grupo deles.
Gaviões
Gavião é o nome popular dado a várias espécies de aves falconiformes pertencentes às famílias Accipitridae e Falconidae, em particular dos gêneros Leucopternis, Buteo e Buteogallus. São aves geralmente identificadas pelo tamanho de médio a pequeno, em relação a outras aves de rapina, e dotadas de asas curtas, adaptadas à predação em espaços fechados. Esta designação não corresponde a nenhuma classe taxonômica e pode acontecer que dentro do mesmo gênero haja espécies chamadas gavião e outras com o nome de águia. De uma forma geral, os gaviões têm uma distribuição bastante vasta, que inclui todos os continentes com exceção da Antártica.
Gavião-Asa-de-Telha
O gavião-asa-de-telha, também chamado águia-de-harris em Portugal (Parabuteo unicinctus), é uma ave pertencente à família Accipitridae.
É semelhante a uma águia e caça em bandos de até seis indivíduos, o que lhes permite capturar coelhos, que são rápidos para serem caçados por uma só ave. Também divide a caça.
A Águia-chilena (Geranoaetus melanoleucus ou Buteo melanoleucus) é uma águia encontrada em regiões campestres e montanhosas. Sua área de distribuição inclui a Cordilheira dos Andes da Terra do Fogo até a Colômbia e Venezuela, expandindo-se daí para o Leste de modo a atingir o Norte da Argentina e Sul do Brasil, onde é tida como uma espécie rara e incluído na lista de animais ameaçados do IBAMA - mas não na da IUCN. Também é conhecida pelo nome de gavião-de-serra.
A águia-chilena pode ser encontrada nas montanhas da Chapada Diamantina - Bahia, nomeadamente na Serra do Sincorá onde está localizado o Parque Nacional da Chapada Diamantina. E também pode ser encontrada, em reprodução, na Serra do Pará na Vila do Pará, em Santa Cruz do Capibaribe - PE.
Esta espécie tem sido encontrada de forma relativamente abundante no Estado de Minas Gerais já há décadas, onde procura paredões rochosos para nidificar. Pode ser vista sobrevoando os céus da Serra da Canastra e também nas serras próximas às cidades de Lavras e São João Del Rei.
O gavião-azul (Leucopternis schistacea) é um gavião da família dos acipitrídeos, que ocorre da Venezuela à Bolívia e norte do Brasil, em beira de rios e lagos. A espécie chega a medir até 46 cm de comprimento, com plumagem cinza-ardósia, cera e pernas alaranjadas e cauda com uma faixa branca.
Mede de 41 a 46 cm de comprimento. Típico da Amazônia é um belo gavião de colorido geral azul.
Localmente comum, mas pouco estudado, ataca cobras aquáticas e arborícolas, sapos e caranguejos à beira de águas rasas de manguezais. Arremete a partir de poleiros baixos ou do estrato médio. Possivelmente ataca bandos de macacos-de-cheiro e arenas do galo-da-serra (Rupicola rupicola) nas florestas.
Típico de florestas tropicais próximas à água, é encontrado em matas de várzea, matas de galeria, rios e riachos florestados, lagoas e em manguezais de “mangue-branco”, ao contrário de gaviões do gênero Buteogallus, que preferem áreas tomadas pelo “mangue-vermelho”.
O Gavião-belo (Busarellus nigricollis) é um gavião da família dos acipitrídeos, que ocorre do México à Argentina e por quase todo o Brasil, em pântanos, banhados, campos inundados e manguezais. A espécie mede cerca de 51 cm de comprimento, com plumagem ferrugínea, cabeça branca, papo manchado, primárias e retrizes negras. Também é conhecida pelos nomes de gavião-lavadeira, gavião-padre e gavião-velho.
O gavião-cinzento (Circus cinereus), também conhecido pelos nomes de caracoleiro, gavião-bico-de-gancho, gavião-cinzento-do-banhado e Tartaranhão-Cinza é uma ave carnívora, da família Accipitridae, nativa da Argentina, Bolívia, Brasil,Chile, Colômbia, Equador, Malvinas, Peru, Paraguai e Uruguai.
O macho é menor do que a fêmea, possuindo comprimento médio de 40cm, enquanto que a fêmea chega a 50cm. Tanto o macho como a fêmea possuem um colar de penas ao redor do pescoço, que quando eriçados fazem a cabeça parecer maior.
Alimenta-se de pequenos pássaros, filhotes, sapos, pequenos mamíferos, lagartixas, répteis e insetos que são avistados durante o vôo.Come a presa no solo escondido entre a vegetação.
O Gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai eVenezuela.
Os seus habitats naturais são: florestas secas tropicais ou subtropicais e florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude.
O gavião-bombachinha-grande é uma espécie exclusivamente florestal, mede de 30 a 42 cm. O adulto apresenta plumagem cinza na parte ventral e cinza-escuro no dorso, com calções alaranjados e cauda com três barras cinzas. Seu peso é de 205 a 250 gramas.
Sua alimentação é constituída de aves, especialmente sabiás (Turdus e Mimus) e pequenas pombas, comem também pequenos mamíferos e lagartos. Caça utilizando poleiros para localizar suas presas, ou voando sobre as copas. Um indivíduo foi observado caçando como um falcão, planando a grande altitude e posteriormente fazendo um mergulho picado sobre um grupo de S. flaveola e Z. capensis (com. pess. Jorge Albuquerque).
Gavião-Cabloco
O gavião-caboclo (Buteogallus meridionalis) é um gavião campestre da família dos acipitrídeos, que ocorre do Panamá à Argentina e em todo o Brasil. A espécie mede cerca de 55 cm de comprimento, com plumagem ferrugínea, asas avermelhadas com pontas negras e cauda negra com faixa branca e ponta esbranquiçada. Também é conhecida pelos nomes de casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-puva, gavião-telha e gavião-tinga.
A espécie mede cerca de 55 cm de comprimento, com plumagem ferrugínea. A adulto é todo marrom avermelhado, com a ponta das asas e cauda negras e penas longas. Possui uma faixa branca, estreita, na cauda. Pernas e pele nua das narinas, amarelas. Bico negro e olho marrom avermelhado. Como em outros gaviões, o jovem é muito diferente. Cores apagadas, cinza amarronzado nas costas e barriga creme, com riscos verticais escuros e uma semi-coleira escura. Sobre os olhos, uma listra clara. A cauda é creme, com finas listras escuras. Faixa larga subterminal negra. Penas longas das asas com listras finas e ponta negra.
Gavião-Caburé
O Gavião-caburé (Micrastur ruficollis) é uma ave falconiforme, da família dos falconídeos, que ocorre do México à Argentina, Bolívia e grande parte do Brasil, em matas e até dentro das cidades. A espécie mede cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem cinza-escura ou parda, nas partes superiores, garganta, peito e partes inferiores barradas de branco e negro, cauda negra com finas faixas brancas, face nua com região perioftálmica amarelo-esverdeada e pés alaranjados. Também é conhecida pelos nomes de falcão-caburé e gavião-mateiro.
Alimenta-se de grandes besouros e outros insetos, passarinhos, pequenos lagartos e cobras. Eventualmente captura insetos afugentados por formigas-de-correição, inclusive no chão.
Falcão-Críptico
O Falcão-críptico (Micrastur mintoni) é uma espécie de ave de rapina da família Falconidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Bolívia e Brasil. Foi descoberta na Amazônia em 2002.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude.
Falcão-de-Buckley
O Falcão-de-buckley (Micrastur buckleyi) é uma espécie de ave de rapina da família Falconidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude.
Falcão-de-Coleira
O falcão-de-coleira (Falco femoralis) é um falcão campestre com ampla distribuição nas Américas, em ecossistemas abertos, os quais favorecem. Sua área de distribuição histórica vai da Patagônia ao Texas - na qual só está ausente da Bacia Amazônica - havendo, no entanto, desaparecido do território dos EUA durante a década de 1950, fazendo-se atualmente esforços para a sua reintrodução neste país mediante a liberação na natureza de exemplares criados em cativeiro.
A espécie chega a medir 36 cm de comprimento, possuindo dorso cinza-escuro, grandes faixas superciliares brancas ligando-se na nuca, faixa malar distinta, abdome castanho, asas e cauda muito alongadas. Também é conhecido pelos nomes de gavião-de-coleira e gavião-pombo.
Caça pequenos animais e insetos em espaços abertos, e gosta de freqüentar áreas de queimadas em busca de animais fugindo do fogo. Pela mesma razão, no Parque Nacional das Emas, foi visto associar-se ao lobo-guará ao qual segue para apoderar-se de animais por ele espantados na vegetação rasteira.
Assim como outros falcões, costuma ser monogâmico e o casal passa boa parte do tempo unido. Possuem território reprodutivo fixo e costumam fazer o ninho no mesmo local ano após ano. Geralmente escolhem árvores isoladas em descampados, com 5 a 7 metros de altura, para seus ninhos. Já foram encontrados nidificando até mesmo em postes elétricos. A postura dos ovos, que são em média 3, tem início entre agosto e setembro. A fêmea é encarregada da incubação e, após a eclosão, esta cuida dos filhotes enquanto o macho sai em busca de alimento.
Caracoleiro
O Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus) é uma ave falconiforme (ou accipitriforme, segundo a classificação da União Ornitológica Internacional), da família dos acipitrídeos, presente do México até a Argentina e em algumas regiões do Brasil. Tais aves de rapina chegam a medir até 42 cm de comprimento, com plumagem variável, por vezes com partes superiores pardas e inferiores barradas de cinzento, loros com mancha laranja e olhos brancos. Recebem tal nome popular devido ao fato de se alimentarem de aranhas, insetos e caramujos arborícolas e terrícolas que chegam a engolir com casca, ao contrário do caramujeiro. Também são conhecidos pelo nome de gavião-de-bico-de-gancho.
Tanatau
Tanatau (Micrastur mirandollei) é uma rara ave falconiforme da família dos falconídeos presente em boa parte da América do Sul. Tais aves chegam a medir até 45 cm de comprimento, com partes superiores cinzento-escuras, inferiores brancas, cauda negra com a ponta e três finas faixas brancas. Também são conhecidas pelo nome de tanató.
Falcão-Relógio
O falcão-relógio é uma ave falconiforme da família Falconidae.
Devido a seu porte (mede entre 46 e 56 cm), é surpreendente como é de difícil observação. Macho e fêmea são idênticos, esta um pouco maior. A cor da plumagem varia entre indivíduos, havendo exemplares completamente negros, com algumas listras laterais claras na barriga. A plumagem mais característica é negra nas costas, parte superior do pescoço e alto da cabeça. As partes inferiores são brancas ou avermelhadas, com um colar da mesma cor na garganta, estendendo-se pela nuca. Logo abaixo dos olhos (muito grandes e escuros), há uma área da mesma cor da garganta. Entre essa região e o colar nucal, existe uma faixa negra, estreita e ligada ao alto da cabeça. Em qualquer plumagem, a longa cauda é negra, com 4 finas listras brancas, muito separadas entre si. As pernas são longas, amarelas, enquanto a pele nua das narinas é esverdeada e conectada à pele nua e proeminente ao redor dos olhos.
Falcão-de-Peito-Laranja
O falcão-de-peito-laranja (Falco deiroleucus) é um falcão raro que ocorre do México à Argentina, Bolívia e por quase todo o Brasil, em cerrados e orla de matas. A espécie mede cerca de 35 cm de comprimento, com dorso negro, peito com região anterior avermelhada e posterior negra, partes inferiores das asas negras com bordas e manchas amareladas. Não é considerado como uma espécie globalmente ameaçada de extinção pela UICN, mas, não obstante, é raro em toda a sua área de distribuição.
É um predador de aves, possuindo garras poderosas adaptadas à captura deste tipo de presas, e, segundo Helmut Sick, pode ser considerado como substituindo o falcão-peregrino na América Tropical.
Falcão-Peregrino
O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é uma ave de rapina diurna de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes exceto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui. Como ave reprodutora, é substituída na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja.
Gavião-Preto
O gavião-preto (Buteogallus urubitinga) é gavião que ocorre do México à Argentina, e em todo o Brasil, nas beiras de matas e nos brejos. A espécie mede cerca de 63 cm de comprimento, plumagem negra com barras cinzentas nas asas, base da cauda branca, cera e pernas amarelas. Alimenta-se de anfíbios, répteis, aves, pequenos mamíferos e também de frutas. Também é conhecido pelos nomes de acocolino, cã-cã, cancã, cauã, caureí, corocoturu, gavião-belo, gavião-caipira, gavião-caripira, gavião-fumaça, gavião-tinga, japucanimpium, tauató-preto e urubutinga.
Faz ninho no alto de árvores próximas à rios e pântanos.
Gavião-Camujeiro
O Gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis) é um gavião paludícola, da família dos acipitrídeos, exclusivamente malófago, encontrado em locais pantanosos da América tropical e temperada. A espécie mede cerca de 41 cm de comprimento, bico muito adunco; o macho tem coloração cinza-ardósia, cauda com base branca, cera e pés laranja; a fêmea e o imaturo têm faixa supra-ocular e garganta esbranquiçadas e lado inferior barrado de creme. É uma espécie dependente da existência do molusco aquático chamado aruá (gênero Pomacea, Ampullariidae), seu único alimento.
Alimenta-se quase exclusivamente de grandes caramujos aquáticos chamados aruás. Utiliza o bico curvo para retirar as partes moles dos caramujos, deixando cair a casca vazia. Captura os aruás executando um vôo rasante sobre os pântanos, pegando-os no chão com apenas um dos pés e empoleirando-se para comer. Ocasionalmente, em algumas regiões, como no Pantanal de Mato Grosso e na Venezuela, alimenta-se também de pequenos caranguejos.
Gavião-Carijó
O gavião-carijó (Buteo magnirostris ou Rupornis magnirostris) é um gavião da família dos acipitrídeos, encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil.
A espécie possui cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem variando de cinza a marrom e negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela, cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos amarelos. Alimenta-se geralmente de insetos e aranhas, além de pequenos vertebrados. No Brasil é a espécie de gavião mais abundante.
O gavião-carijó vive em casais que constroem ninhos com cerca de meio metro de diâmetro no topo de árvores. A postura de em média 2 ovos é depositada sobre um revestimento de folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período de cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho.
Também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé e indaié.
O Gavião-carrapateiro (Milvago chimachima) é uma ave da ordem Ciconiiformes (antigamente Falconiformes), da família dos falconídeos, que ocorre da América Central ao norte do Uruguai e da Argentina e em todo o Brasil, onde é um dos gaviões mais conhecidos. A espécie possui cerca de 40 cm de comprimento, dorso marrom-escuro, cabeça, pescoço e partes inferiores branco-amareladas, face nua e alaranjada, asas longas, com nítida mancha branca, e cauda longa. É associado à pecuária, alimentando-se de carrapatos e bernes, além de lagartas, cupins e outros itens alimentares. Também é conhecido pelos nomes de caracará-branco, caracaraí, caracaratinga, carapinhé, chimango, gavião-pinhé, papa-bicheira, pinhé, pinhém, chimango, chimango-branco e chimango-carrapateiro e chimango-do-campo.
Recebe o nome popular de carrapateiro por ser comumente observado alimentando-se de carrapatos ou bernes de bovinos e de eqüinos. Esta espécie de gavião, assim como Polyborus plancus, o carcará, é muito comum, inclusive em áreas urbanas, sendo talvez a ave de rapina mais visível nas cidades brasileiras, com exceção do urubu, por conta de sua abundância (pode ser visto até nas torres de iluminação do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro), do seu vôo lento - que inclusive o torna alvo de ataques do bem-te-vi e outras aves - e das suas vocalizações freqüentes. Quando em sobrevôo, emite um grito agudo que soa como "pinhé", semelhante ao canto do gavião carijó (Buteo magnirostris). Alimentação: artrópodes, principalmente carrapatos, frutos e, mais raramente, cadáveres; saqueia ninhos de outras aves e captura pequenos vertebrados indefesos ou depauperados. Nidificação: constroem grandes ninhos, de ramos secos, em palmeiras ou em outras árvores. Os ovos, de 5 a 7, são redondos, pardo-amarelos com manchas pardo-vermelhas. A fêmea encarrega-se da incubação e o macho fornece-lhe o alimento durante tal período. Nos Falconiformes, o tempo de incubação é de 4 a 8 semanas; após o nascimento dos filhotes o macho continua a alimentar a fêmea e esta, por sua vez , os jovens. Habitat: pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades e margens de rodovias. Tamanho: 40,0 cm.
Gavião-da-Europa
Rapina com 30 a 39 cm de comprimento e envergadura de 58 a 77 cm. A fêmea é bastante maior que o macho, aproximando-se do tamanho de um açor macho. O gavião macho tem uma coloração azul carregado no dorso e barras finas e avermelhadas na parte inferior do corpo. A coloração da fêmea é bastante mais acinzentada que a do macho. O corpo de ambos é estreito com pernas longas e cauda relativamente comprida.
Espécie sedentária. Caracteriza-se pela diferença de tamanho das presas que macho e fêmea capturam .O macho caça aves de pequeno porte enquanto a fêmea captura espécies de porte idêntico ao do pombo. Voa freqüentemente bem alto, procurando presas, picando depois velozmente em direção ao alvo. Voa habilmente entre as árvores, quando das suas incursões nos bosques. O grito de alarme é: "CaiaiCaiaiCaiai ..." , o piar "Pill-iii" é mais fino que o do Açor.
Alimenta-se de aves de pequeno porte (pardais, tentilhões, chapins, ...), tordos e pombos.
Gavião-da-Cabeça-Cinza
O gavião-de-cabeça-cinza (Leptodon cayanensis) é uma ave falconiforme (accipitriforme segundo a União Ornitológica Internacional) da família Accipitridae.
Mede de 46 a 54 cm de comprimento. Possui asas e cauda longa, no adulto, a cabeça cinza destaca-se da barriga e peito brancos, bem como das costas negras. A cauda, negra, possui três largas faixas brancas, sendo a mais interna menor e parcialmente escondida pelas penas do ventre. As pernas são poderosas e cinza azuladas, mesma cor da pele nua das narinas. O juvenil possui uma plumagem diferente. O alto da cabeça é escuro, com a cabeça, pescoço e barriga brancas. O dorso, embora negro como no adulto, não é uniforme e possui áreas mais claras. A pele nua ao redor das narinas, da cara e as pernas são amarelas. Nos juvenis podem ocorrer a fase escura e fase clara.
A dieta desse gavião é variada, composta por larvas de insetos e insetos adultos como vespas, formigas, besouros e gafanhotos, além de ovos de aves e pequenos invertebrados, como moluscos (Hilty e Brown 1986). Ainda pode capturar com agilidade insetos em voo e até cobras e pequenos lagartos.
Gavião-de-Anta
O gavião-de-anta (Daptrius ater) é uma ave falconiforme, onívora, da família dos falconídeos, com distribuição amazônica e meridional até os estados brasileiros do Maranhão, Mato Grosso e a Bolívia, vivendo em beira de rios e clareiras de mata. Chega a medir até 41 cm de comprimento, plumagem negra, garganta nua amarela, cauda com base branca e pernas de cor laranja. Também é conhecido pelos nomes de cã-cã, cancão-de-anta, caracaí, caracaraí, corocoturi, corocoturu e grogoturi.
É onívoro, alimentando-se de carniça, larvas de besouros corta-pau, tanajuras, sapinhos e rãs, lagartos, cobras, filhotes de pássaros, pequenos mamíferos e peixes. Tira também carrapatos de antas e de veados. Gosta de frutos, como cocos de buriti e de dendê. Procura queimadas para alimentar-se de insetos e ou-tros animais em fuga.
Gavião-de-Cara-Preta
O gavião-de-cara-preta é muito parecido com o Leucopternis albicollis, praticamente uma versão pequena dele, mas é distinguido por seu rosto de cara preta e seus pés alaranjados e pela faixa branca no meio da cauda.
Mede de 37 a 42 cm, os machos pesam de 297-317 g e as fêmeas 239-380 g, representante pequeno de coloração alvinegra, é relativamente raro.
Caça dentro da floresta que permanece por um tempo curto ao procurar pela presa que consiste na maioria das vezes répteis.
É distribuido no Norte do Brasil do Amazonas, e das Guianas e na Venezuela. Há alguns registros no Equador, no Peru e na Colômbia.
Gavião-de-Pescoço-Branco
A espécie foi considerada por muito tempo como uma variação do imaturo do gavião-de-cabeça-cinza, Leptodon cayanensis, até que Swann (1922) o descreveu como uma forma independente. É conhecido originalmente pelo único espécime-tipo, coletado em 1880 e depositado na coleção do British Museum of Natural History, Tring (BMNH), procedente de Pernambuco. Posteriormente, um macho e uma fêmea adultos e uma fêmea subadulta foram coletados em Alagoas e depositados no Museu Nacional do Rio de Janeiro (Teixeira et al. 1987a,b, Ferguson-Lees e Christie 2001). Alguns autores consideram a possibilidade de ser apenas uma variação do L. cayanensis (Sick, 1997, Mallet-Rodrigues 2005) mais foi reconhecida pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2006) como um táxon independente.
A dieta desse gavião é variada, composta por larvas de insetos e insetos adultos como vespas, formigas, besouros e gafanhotos, além de ovos de aves e pequenos invertebrados, como moluscos e ainda pode capturar com agilidade insetos em voo e até cobras e pequenos lagartos.
Gavião-de-Rabo-Branco
O gavião-de-rabo-branco (Buteo albicaudatus) é uma ave pertencente à ordem Falconiformes), família Accipitridae, de porte médio para grande, entre 44 e 60 cm, em média. Ocorre principalmente no Centro, no Sul e no extremo Norte brasileiro.
Ave de rapina de porte compacto, com plumagem negro-acizentada, com exceção do entorno dos olhos, que é branco, e a cauda, que é branca e barrada de preto. Tem o bico negro-acinzentado e o cerume amarelado.
Alimenta-se de insetos, reptéis, mamíferos, anfíbios e até outras aves de menor porte. Também vasculha estradas em busca de animais atropelados.
O gavião-de-rabo-branco é um búteo ou águia-de-asa-redonda, e , como todas as aves de rapina assim classificadas (do gênero Buteo)é menos um predador especializado do que um generalista, que se concentra em presas de pequeno tamanho e de fácil captura. Pratica a caça de espreita lançando-se sobre a presa de um galho, tronco, estaca ou mesmo de postes de iluminação. Segundo Helmut Sick,a ave teria evoluido para mimetizar o urubu - com o qual é confundido pelo porte e coloração - o que lhe permitiria aproximar-se de suas presas sem produzir alarme, já que o urubu é um carniceiro estrito que não ataca presas vivas.
Gavião-de-Sobre-Banco
Mede de 33 a 38 cm e pesa cerca de 290g, com plumagem geral negra, calções alaranjados, e cauda apresentando duas barras cinzas.
Possui dieta baseada em répteis, anfíbios, pequenos mamíferos e insetos.
Põe um ou dois ovos. Registrado na Argentina colocando de 2 e 3 ovos.
Este falconiforme florestal é escassamente conhecido, aparenta ser naturalmente incomum em toda a sua área de distribuição. Geralmente encontrado em florestas de elevações entre 1400 e 3300 metros de altitude. Recentemente foi encontrado na área de influência da Usina Hidrelétrica de Barra Grande, no rio Pelotas(ICMBIO, 2008).
Gavião-do-Mangue
O Gavião-do-mangue ou caranguejeiro (Buteogallus aequinoctialis) é um gavião da família dos acipitrídeos
Apresenta cabeça, pescoço e partes superiores pardos-anegradas. Dorso e asas marrom escuro com bordas rufas. Cauda preta com borda branca e estreita faixa mediana branca. Olhos marrons, cera e pernas amarelas. Mede de 42 a 46 centímetros, com peso de 595 a 796 gramas.
Alimenta-se principalmente de caranguejos que captura após mergulho a partir de um poleiro.
Vivem na região costeira, manguezais, pântanos, bordas de rios.
Usualmente visto em pares. Pode ser observado sobrevoando manguezais.
Gavião-do-Banhado
O gavião-do-banhado ou tartaranhão-do-brejo (Circus buffoni) é é um gavião paludícola da família Accipitridae.Também conhecida como gaviao-do-alagado.
Gavião em estado de extinção no sudeste do país pela perda de habitat.
Mede de 46 a 60 cm de comprimento. Inconfundível ave paludícola de asas e cauda extremamente compridas.
Caçam anfíbios, mamíferos, pássaros chocando no ninho com seus ovos e filhotes e outros pequenos animais. Consta que consome ovos de outras aves voando sobre áreas úmidas paludosas como o gavião-cinza (Circus cinereus). Foi observado consumindo ovos da marreca-de-cabeça-preta (Heteronetta atricapilla). Até captura o quiriquiri (Falco sparverius) em áreas campestres, começando a devorá-lo pela cabeça. Caça em bandos esparsos (no caso 3) nos amplos banhados do Depto de Rocha. Planam a meia altura (de 1 a 5m), com movimentos de asa elegantes que serviam mais para corrigir o vôo. Concentram-se na caçada. com os olhos fixos no solo, não se incomodando muito com nossa presença.Ao avistar a presa, com um movimento rápido de mergulho e quase vertical, atiram-se e capturam a presa com uma das patas, logo matando-a com o bico.Ao aproximarmos, permanecem em posição defensiva de proteção da caça (abaixados com as asas acobertando a presa). Ao chegarmos em um limite de aproximadamente 15 metros de distância, alçam vôo com a presa nas garras, procurando manterem-se em distância segura.Eles também comem quero-quero, quando sobrevoam possivelmente seu território.
Gavião-Miúdo
O gavião-miúdo (Accipiter striatus) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.Também conhecido como gaviãozinho.
As fêmeas medem 30 cm de comprimento com um peso de 145 a 215 gramas. Os machos medem os 27 cm e pesa cerca de 85 a 125 gramas. Possui flancos e calções ferrugíneos uniformes. Como é comum nas aves de rapina, as fêmeas desta espécie são maiores do que os machos( estes tem o porte um pouco maior que um sabiá), possui a cauda e dedos muito longos.
Apesar de pequeno não hesita em atacar uma presa maior, pássaros são sua dieta habitual, caça a partir de um poleiro, mas ele é bastante ágil, pode perseguir sua presa voando entre as árvores.
Botam de dois a cinco ovos, o período de incubação é de 30 a 35 dias. Um das maneiras de caça é ficar em um poleiro escondido entre a vegetação, de onde localiza a presa.
Vivem em florestas e matas. Apesar de viver oculto nas matas e bosques, ele voa abertamente de uma mata a outra.
Gavião-Papa-Gafanhoto
O gavião-papa-gafanhoto (Buteo swainsoni) é uma ave falconiforme da família Accipitridae.
Mede de 43 a 55 cm de comprimento. Trata-se de um gavião de grande porte, altamente polimórfico. O nome papa-gafanhoto faz referência à sua alimentação baseada em ortópteros.
Quase não se alimenta durante o percurso de migração, tanto na ida como na volta; mas, nos locais de reprodução ou invernada na Argentina, consome grilos e gafanhotos, além de presas terrestres como roedores, mamíferos pequenos, répteis e também pássaros e morcegos, partindo de poleiros elevados para capturar suas presas.
Gavião-Pato
O Gavião-pato (Spizastur melanoleucus ou Spizaetus melanoleucus) é um gavião da família dos acipitrídeos.
Mede de 51 a 61 cm, com envergadura de até 117 cm, pesa entre 700g a 800g. Apresenta plumagem branca na cabeça, nuca, região superior do dorso e as asas são cinza escuros quase negros. No alto da cabeça há um diminuto topete preto em forma de coroa e esta espécie apresenta ainda uma máscara preta que contrasta e destaca a íris amarela, enquanto os tarsos são completamente emplumados.
Captura principalmente aves: tucanos, papagaios, periquitos, baitacas e urus. Também se alimenta de répteis, anfíbios e mamíferos pequenos.
Constrói o ninho no alto das árvores de grande emergentes podendo atingir 1 metro de diâmetro. Os filhotes obtêm a plumagem de adulto ao término da primeira muda com um ano de idade. Assim como os outros rapinantes semelhantes os jovens desta espécie são dependentes dos adultos até um mínimo de um ano de idade, não se afastando do ninho durante esse período.
Gavião-de-Penacho
O gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) é um gavião florestal, da família dos acipitrídeos. É considerado pelo IBAMA como ameaçado de extinção no Brasil, mas não é tido como espécie globalmente ameaçada pela IUCN. Também é conhecido pelos nomes de apacanim, inapacanim e urutaurana.
Mede cerca de 67 cm de comprimento e 140 cm de envergadura.
Caçam aves, pequenos mamíferos (ratos, mucuras) e répteis (cobras, lagartos), que captura tanto no solo quanto nos galhos da copa.
Realiza vôos de acasalamento um ou dois meses antes do início da postura dos ovos, quando a fêmea permanece em poleiros nas proximidades do ninho, construído no topo de árvores com alturas que variam de 16 a 30 metros, normalmente em bifurcação primária ou secundária, é uma imensa plataforma de galhos secos que ultrapassam 1 metro de comprimento e largura.. No Brasil, a época reprodutiva se inicia em agosto com os trabalhos de retoque do ninho. A postura é de único ovo, sendo incubado durante 48 a 51 dias. A fêmea fica responsável pela incubação no ninho sendo alimentada pelo macho, como acontece com outras espécies do gênero e outras águias de grande porte. O filhote abandona o ninho com mais de 80 dias, mas permanece no sítio reprodutivo e dependendo dos pais por, cerca de 15 meses, fazendo com que haja um intervalo de pelo menos dois anos entre uma reprodução e outra.
Gavião-Pega-Macaco
O Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) é um gavião da família dos acipitrídeos, que ocorre do México à República da Argentina e em todo o Brasil. A espécie possui cerca de 72 cm de comprimento, 2,30 de envergadura e chega a pesar até 6,5 quilos. É uma das maiores aves a ocorrer no Brasil. De plumagem negra, penacho curto, abdome e calções levemente salpicados de branco, cauda longa com três ou quatro largas faixas esbranquiçadas. A cor negra com manchas brancas torna-o uma ave de rara beleza. Seu tempo de vida é de aproximadamente 25 anos.
Carnívoro e se alimenta de animais como aves, répteis, pequenos mamíferos como morcegos e sagüis; habita florestas densas. Reproduz de agosto a dezembro, botando 1 a 2 ovos, que eclodem após 63 dias de incubação. Também é conhecido pelos nomes de apacanim, cutiú-preto, gavião-de-penacho, papa-macaco, pega-macaco, papa-mico, uiruucotim, urubutinga e urutaurana.
Carnívoro e se alimenta de animais como aves, répteis, pequenos mamíferos como morcegos e sagüis; habita florestas densas. Reproduz de agosto a dezembro, botando 1 a 2 ovos, que eclodem após 63 dias de incubação. Também é conhecido pelos nomes de apacanim, cutiú-preto, gavião-de-penacho, papa-macaco, pega-macaco, papa-mico, uiruucotim, urubutinga e urutaurana.
Gavião-Pernilongo
O gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens) é uma ave de rapina típica da América do Sul, que ocorre no Brasil, Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, e zona Norte do Peru, Bolívia e Argentina. É o único membro do gênero Geranospiza.
O gavião-pernilongo é uma ave de grande porte, com 45 a 50 cm de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas. A sua plumagem é muito uniforme, de cor cinzenta, à exceção das remiges (penas de vôo) primárias que são pretas. A cauda é comprida e destaca-se pela cor negra e barras horizontais brancas. As patas são relativamente compridas e alaranjadas. Os olhos são vermelhos.
Este gavião habita uma grande diversidade de ambientes florestados, incluindo florestas tropicais e subtropicais, bosques temperados e manguezais. Alimenta-se de insectos, outros invertebrados e pequenos vertebrados, que caça por entre ramos de árvore.
O gavião-pernilongo têm um estado de conservação seguro.
Gavião-Pombo-Grande
O gavião-pombo-grande (Leucopternis polionota) é um ave falconiforme da família Accipitridae. Está ameaçado de extinção devido a destruição do seu habitat.
O gavião-pombo-grande mede entre 48 e 53 cm, com a região do dorso e asas cinza escuro, quase negro, e algumas coberteiras margeadas de branco. A cabeça, nuca e região do peito e ventre são de um branco imaculado, enquanto a cauda curta apresenta cor preta da base até a região mediana, branca no restante, Imaturo: de cabeça e pescoço rajados. Espécie de porte avantajado. Voz: Seqüência de assobios finos “bibibi…bibibi…”.
Sobre seus hábitos alimentares, Martuscelli (1996) descreve observações de capturas de sabiá (Turdus albicollis), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e alma-de-gato (Piaya cayana). Também capturam répteis e pequenos mamíferos (roedores).
Na época da reprodução faz o ninho com galhos secos no alto das árvores.
Vive em florestas primárias e secundárias, mas existem várias observações de indivíduos freqüentando matas bem alteradas e plantações. Costuma sobrevoar a pouca altura das florestas.
Gavião-Pombo-Pequeno
O gavião-pombo-pequeno (Leucopternis lacernulata) é um gavião da família dos acipitrídeos. Também é conhecido pelo nome de gavião-pomba.
Possui a cabeça e partes inferiores do corpo de cor branco-puro, em vôo pode ser confundido com pombos, o dorso é anegrado. As asas têm desenho negro na face ventral, sendo também negra na face dorsal. Cauda curta e branca, com base estreita e faixa anteapical negra. Por causa da cor branco-puro a espécie destaca-se à distância. Possui 43 a 52cm de comprimento, envergadura 96cm, asa 295mm, cauda 157mm, bico 23mm e tarso 85mm.
Alimenta-se de aranhas, pequenas cobras, roedores, pequenos mamíferos, lagartixas, insetos, aves e mocós. Forrageia animais espantados no solo por formigas-de-correição e por bandos de macacos ou quatis que servem de “batedores”.
Sovi
O sovi ou gavião-sauveiro (Ictinia plumbea) é um gavião da família dos acipitrídeos.O Gavião-saúveiro ou Sovi, é uma espécie bem comum no nosso país, vive nas bordas de florestas e campos, pode ser visto sobrevoando queimadas para caçar.
Possui aproximadamente 34 cm de comprimento. Pequena e comum, de asas estreitas e compridas. Inteiramente cinza-ardósia, com a face interior das primárias intensamente castanha. Olhos vermelhos, pernas alaranjadas. O indivíduo imaturo apresenta as partes inferiores brancas estriadas, tendo manchado também de branco o vértice.
Alimentam-se principalmente em revoadas de formigas, cupins e outros insetos, os quais capturam com os pés e come ainda em pleno vôo. Também captura pequenas presas na copa da floresta e pequenos lagartos e cobras no chão.
Gavião-Tesoura
O Gavião-tesoura ou gavião-tesoira (Elanoides forficatus) é um gavião da família dos acipitrídeos, com ampla distribuição da América Central ao Norte da República da Argentina, encontrado em todo o Brasil. A espécie chega a medir até 66cm de comprimento, com dorso e asas negras, cabeça e partes inferiores brancas, e cauda extremamente furcada, negra, semelhante à do tesourão. Também é conhecido pelos nomes de gavião-das-taperas, gavião-tesoira, itapema, tapema e tesourão.
Um dos mais espetaculares gaviões, devido ao perfil formado pela longa cauda negra em “V”, que o batizou com seu nome gavião tesoura, e torna extremamente fácil reconhecê-lo em vôo. O corpo delgado com pés e pernas muito pequenos. Possuem patas com garras fortes, bico em formato de gancho e asas bem desenvolvidas. As fêmeas são maiores que os machos. Atinge de comprimento 52 a 66 cm. As asas têm uma envergadura de 120 a 135 cm. O peso máximo nos machos é de 407 gramas e nas fêmeas de 435 gramas.
Entre as Aves de Rapina essa é uma das mais sociáveis, vivem em pequenos grupos que podem chegar até 30 indivíduos. No ar é muito ágil, voa com grande habilidade entre as árvores, manobrando rapidamente sobre copa das árvores ou passando logo abaixo delas. Ali busca seu alimento, onde se misturam aves, pequenos lagartos, cobras arborícolas e lagartas. Costuma apanhar frutos nas árvores, nesses rápidos vôos de passagem. Também captura insectos em vôo. Usa as correntes térmicas para adquirir a altura.
Entre as Aves de Rapina essa é uma das mais sociáveis, vivem em pequenos grupos que podem chegar até 30 indivíduos. No ar é muito ágil, voa com grande habilidade entre as árvores, manobrando rapidamente sobre copa das árvores ou passando logo abaixo delas. Ali busca seu alimento, onde se misturam aves, pequenos lagartos, cobras arborícolas e lagartas. Costuma apanhar frutos nas árvores, nesses rápidos vôos de passagem. Também captura insectos em vôo. Usa as correntes térmicas para adquirir a altura.
Com a chegada da época de reprodução, o macho e fêmea se conquistam fazendo belas apresentações de vôo e costumam ficar juntos por toda a vida. O ninho é feito em colônias, construído no alto de árvores, em lugares mais afastados. Geralmente selecionam um local escondido nas arvores entre as folhagens. É possível que alguns dos adultos do grupo, que não estão se reproduzindo no ano, tentam ajudar outros machos contribuindo com material para fazer o ninho. Constroem o ninho de gravetos e musgo. Botam de dois a três ovos brancos ou cremes muito pálidos. O período de incubação é de 24 a 28 dias que é realizado por ambos os pais, embora seja a mãe que permanece mais tempo no ninho. Ambos os pais alimentam e cuidam dos filhotes. Defensores, os gaviões não hesitam em atacar quem pensa em se aproximar dos filhotes. Possivelmente os filhotes deixam o ninho com seis ou sete semanas, mas continuam perto dos pais por um tempo, quando migram para a Amazônia.
Gaviãozinho
O Gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) é um falconiforme (accipitriforme segundo a classificação da União Ornitológica Internacional da família accipitridae. Também é conhecido pelos nomes de cauré e cricri.
Mede cerca de 22 cm de comprimento e pesa 115 g.
Normalmente pousa no alto de postes e árvores, observando os arredores em busca de insetos, lagartos, pássaros e outras pequenas presas.
Faz um ninho delicado, com gravetos, semelhante a uma plataforma, localizado entre 4 e 7 m de altura. Põe 3 ovos brancos manchados de castanho.
Falcão-Americano
O falcão-americano ou quiriquiri (Falco sparverius) é Também conhecido como, falcão-quiriquiri, gavião-mirim (PE), gavião-quiriquiri (PE), gavião-rapina (NE) e gaviãozinho.
Mede de 23 a 27 cm de comprimento e pesa de 85 a 140 gramas. O macho é cinza azulado no alto da cabeça e asa, enquanto as costas e a cauda são marrom avermelhado, finamente estriadas de negro. Uma larga faixa negra subterminal na cauda e ponta branca. As partes inferiores são brancas, com pontos negros no peito e barrigas, mais densos nos lados do corpo. Possui um desenho de lágrima, negra, abaixo do olho; outra linha vertical no lado da cabeça e um ponto negro na nuca.
As fêmeas têm as costas e asas marrom avermelhada, com as estrias negras finas, sem o cinza azulado do dorso do macho ou a faixa negra subterminal na cauda. As partes inferiores são de tom marrom alaranjado claro, com riscos finos, verticais e negros, sem o padrão de pontos do macho. O desenho e cores da cabeça são iguais.
Os filhotes já saem do ninho com a plumagem do sexo correspondente.
Tatuató-Pintado
O Tauató-pintado (Accipiter poliogaster) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude. Habita florestas primárias e secundárias, bordas de mata e matas ciliares. De acordo com registros recentes, no litoral de São Paulo habita florestas de restingas e matas de baixa-encosta.
Gralhão
O gralhão ou cancão-grande (Daptrius americanus) é uma ave falconiforme, da família dos falconídeos, de distribuição amazônica e encontrada em matas e cerrados. Chega a medir até 50 cm de comprimento, plumagem alvinegra, face e garganta nuas e vermelhas, cauda longa negra, bico amarelo e pernas vermelhas. Também é conhecido pelos nomes de alma-de-caracará-preto, alma-de-tapuio, cã-cã, cancã, cancão-grande, caracará-preto e uracaçu.
O gralhão é por vezes classificado no gênero monotípico Ibycter.
Mede cerca de 50 cm de comprimento. Possui coloração negra, com papo e garganta vermelhos e porção ventral branca.
Carcará
O carcará, por vezes chamado de carancho e gavião caracará, é um falconídeo. Sua envergadura chega a 123 cm e o comprimento varia entre 50 e 60cm. Seu nome científico é Polyborus plancus ou Caracara cheriway; a subespécie brasileira é P. p. brasiliensis. É tido como ave tipicamente brasileira, tanto que Audubon o chamava, no século XIX, de águia-brasileira. No entanto, possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes.
O carcará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo carijó/pedrês; patas compridas e de cor amarela; em vôo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.
O carcará não é, taxonomicamente, uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Diferentemente destes, no entanto, não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista (assim como os seus parentes próximos, o chimango e o gavião-carrapateiro ou chimango-branco) alimentando-se de insetos, anfíbios, roedores e quaisquer outras presas fáceis; ataca crias de mamíferos (como filhotes recém-nascidos de ovelhas) e acompanha os urubus em busca de carniça. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador.
Um casal de carcarás pode ser visto próximo dos humanos, por exemplo, numa área de atividade agrícola, mais especificamente, chegando a alguns metros distante de um trator que esteja arando terra, à espera de uma oportunidade de encontrar pequenos insetos e outros eventuais animais que inevitavelmente se tornam visíveis a essas aves predadoras.
Tal espécie foi adotada no ano de 2005 para representar a Agência Brasileira de Inteligência no lugar da tradicional araponga.
Ximango
O ximango (do guarani xim'xima), (Milvago chimango) (em português a palavra escreve-se com x, o que não ocorre nos demais idiomas, onde o ch é utilizado), também conhecido como caracara-ximango, tiuque ou chiuque, é uma ave rapace originária da América do Sul, ocorrendo no extremo sul do Brasil (em especial durante o inverno), em toda a Argentina, Chile e Uruguai, e em regiões do Paraguai e da Bolívia. É um animal sedentário, com grande poder de adaptação.
O ximango é encontrado em todo tipo de terreno onde a vegetação não seja muito alta, das regiões costeiras às planícies dos Pampas. São também encontrados em bosques desprovidos da vegetação secundária. Habitam desde o nível do mar até uma altitude inferior a mil metros.
A nidificação pode ser separadamente ou em colônias. A postura ocorre a partir de setembro, sendo o mês de outubro o de maior produção. Constroem seus ninhos sobre a vegetação, e a preferência pela espécie ou localização não parecem ter importância. Cada postura consiste em dois ou três ovos.
A incubação dura de 26 a 32 dias. Depois de cinco semanas os pintinhos deixam o ninho. O casal compartilha das responsabilidades nos cuidados do ninho: construção, defesa, choco e alimentação dos pintainhos.
Harpia
A harpia (Harpia harpyja) é a mais pesada e uma das maiores aves de rapina do mundo, com envergadura de 2,5 metros e peso de até 10 quilogramas.
É também conhecida como gavião-real ou uiraçu-verdadeiro - em oposição ao uiraçu-falso (Morphnus guianensis), outra espécie de ave de rapina menor e de aparência muito semelhante.
Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar suas capacidades auditivas.
A harpia possui, como principais características físicas, olhos pequenos, um longo topete, a crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa.
Esta ave da família Accipitridae possui asas largas e redondas, pernas curtas e grossas, e dedos extremamente fortes, com enormes garras, capazes até de levantar um carneiro do chão. Sua cabeça é cinza, o papo e a nuca, negros, e o peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancos. Tem entre 50 a 90 centímetros de altura, uma envergadura de até 2,5 metros e um peso variando entre 4 e 5,5 quilogramas quando macho e entre 6 e 9 quilogramas quando fêmea.
As harpias são predadores tremendamente eficazes, com garras mais compridas do que as de um urso-cinzento. É uma águia adaptada ao voo acrobático em ambientes florestais de espaços fechados.
Elas se aproximam morfologicamente (não se sabe se filogeneticamente) de várias outras aves de rapina tropicais de grande tamanho adaptadas à caça de grandes animais arborícolas como macacos, preguiças, lêmures, etc., tais como a águia-coroada africana, a águia-das-filipinas e a águia-da-nova-guiné. Todas essas são chamadas de águias-pega-macaco em suas localidades de origem devido ao grande porte, que coloca animais maiores, como macacos, em seu cardápio.
O habitat principal são as florestas tropicais e a espécie se dispersa geograficamente do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, notadamente no Amazonas, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de
É rápida e possante em suas investidas. É tão forte fisicamente que consegue erguer um carneiro sem maiores dificuldades.
Ela voa alternando rápidas batidas de asa com planeio. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos.
As harpias conservam energia se empoleirando silenciosamente, vendo e ouvindo por longos períodos de tempo. Elas caçam com curtas e rápidas investidas. As fêmeas, maiores, caçam presas mais pesadas do que os menores, mais ágeis e rápidos machos. Estas técnicas complementares podem aumentar as chances de sucesso na obtenção de comida. Grandes presas, como preguiças e macacos, costumam ser consumidas parcialmente até poderem ser transportadas para o ninho.
Sua alimentação é composta de animais de porte médio, como aves, macacos, preguiças até macacos maiores como os bugios.
Elas caçam pelo menos dezenove espécies de animais, dezesseis destas são arborícolas.
Em cativeiro são alimentados com carne, pequenos animais como pintos, ratos, etc..
A águia é o nome comum dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, carnívoras, de grande acuidade visual. O nome é atribuído a animais pertencentes a gêneros diversos e não corresponde a nenhuma cladetaxonômica. Por vezes, dentro de um mesmo gênero ocorrem espécies conhecidas popularmente por gavião ou búteo. Suas principais presas são: coelhos, esquilos, cobras, marmotas e outros animais, principalmente roedores, de pequeno porte. Algumas espécies alimentam-se de ovos de outros pássaros e peixes. Costumam fazer seus ninhos em locais altos como, por exemplo, topo de montanhas e árvores de grande porte.Existem diversas espécies de águias, as mais conhecidas são: Águia-de-cabeça-branca, águia-gritadeira, águia marcial, águia-malaia, águia-dourada-européia e águia-impérial-ibérica. Entre suas características possui um peso de até 6Kg, comprimento de até 1 metro, com uma envergadura de até 2 metros, poe até 3 ovos a cada vez,o tempo de incubação dura 35 dias e atinge uma velocidade de aproximadamente 100Km\h.As águias são também símbolos utilizados em vários contextos e culturas.
Águia-Pescadora
A águia-pesqueira (Pandion haliaetus) é uma águia da família dos pandionídeos, constituindo a única representante da família Pandionidae de aves ciconiformes, com distribuição praticamente em todos os continentes. Também é conhecida pelos nomes de águia-pesqueira, babuzar, caripira, gavião-caripira, gavião-do-mar, gavião-papa-peixe, gavião-pescador, guincho e pescador.
É uma espécie de ave de rapina de porte médio, com cerca de 57 cm de comprimento, 2 metros de envergadura e chega a pesar 5 quilos. Ela é caracterizada por ter a cabeça e partes inferiores brancas, partes superiores do corpo pardo-anegradas, asas longas e estreitas com mancha negra, penas nucais eriçadas e cauda curta. As patas são cinzento-azuladas e o bico é preto e enganchado.
Vista de longe, a sua silhueta pode ser confundida com a de uma gaivota, devido à configuração das suas asas, ligeiramente arqueadas enquanto plana. Outras aves com que pode ser confundida, embora tenha grandes diferenças, são a águia-cobreira (Circaetus gallicus), a águia-de-bonelli (Hieraaetus fasciatus) e a águia-calçada (Hieraaetus pennatus). Esta confusão apenas poderá ocorrer devido às partes inferiores destas aves serem esbranquiçadas.
Trata-se de uma espécie de hábitos muito solitários, embora haja registos de ocorrências de bandos, mais ou menos dispersos. Nas zonas de pesca, normalmente bastante afastadas do ninho, toleram a presença de outros indivíduos, chegando a registar-se uma concentração de 25.
Geralmente, a águia-pesqueira é teimosa. Apenas na época de reprodução se verifica uma variedade de chamamentos e assobios na zona de nidificação. O casal é, normalmente, monógamo e a ligação dura uma estação.
Alimenta-se quase exclusivamente de peixe considerado de tamanho médio, geralmente capturando-os rapidamente com os pés após peneirar em voo. Entre as espécies preferidas encontram-se: nas zonas costeiras, os sargos e os robalos; nas zonas estuarinas, as tainhas; e entre as espécies de água doce, as carpas.
Apesar de ser preferencialmente e quase exclusivamente ictiófaga, esta águia pode incluir na sua dieta outras presas tais como pequenos mamíferos, pássaros, répteis, anfíbios, assim como crustáceos e outros invertebrados.
A forma de captura das suas presas é feita geralmente em voos picados com as patas para a frente no último momento para agarrar a presa. Estes mergulhos podem ter início a pouco mais de cinco metros acima da água, como, em caso de voos maiores, de uma altitude de cerca de 70 m. Pode cair em voo picado ou pode simplesmente capturar a presa num voo praticamente horizontal e rente à água.
A águia-rabalva ou pigargo (Haliaeetus albicilla) é uma espécie de águia que vive no norte da Europa e da Ásia. É uma ave marinha, que alimenta-se principalmente de peixes, aves aquáticas e carniça e que substitui na maior parte da Eurásia a águia-de-cabeça-branca americana.
Tem cerca de 70-90 cm de comprimento, corpo castanho escuro e cauda branca. Cabeça grande e mais clara que o corpo, bico grande e amarelo. As asas são grandes e de forma retangular. Podem confundir-se com a águia-real, especialmente os imaturos, mas a águia-real possui uma barra terminal preta na cauda branca.
Foi muito perseguida, assim como é ameaçada pela contaminação com poluentes do meio ambiente, e sua maior população remanescente na Europa encontra-se na região dos fiordes da Noruega. Foram com exemplares provenientes desta população que, a partir de 1975, a espécie foi reintroduzida nas Ilhas Britânicas, de onde tinha desaparecido no início do século XX e atualmente existe uma população auto-sustentável (em torno de trinta sítios de nidificação, isto é, trinta casais estabelecidos) na costa oeste da Escócia. A espécie recentemente recolonizou espontaneamente a Holanda, onde um casal nidificou em 2006. Com as restrições ao uso de inseticidas químicos, a espécie parece que começa a recuperar-se em toda a Europa.
Águia-de-Cabeça-Branca
A águia-de-cabeça-branca, águia-careca, águia-americana ou pigargo-americano (Haliaeetus leucocephalus) é uma águia nativa da América do Norte e o símbolo nacional dos Estados Unidos da América.
Seu comprimento está em torno de 1,1 m e a envergadura varia entre 1,9 m a 2,50 m. Suas asas são quadrangulares, com as extremidades penteoladas. Seu pio é cacarejado, chiado e áspero.
Plumagem
A águia-americana adulta é facilmente reconhecida pela cabeça, pescoço e cauda brancos. As águias mais novas têm a cabeça e a cauda marrons ou castanhos. A plumagem branca só aparece quando a águia tem mais ou menos cinco anos de idade.
Bico
Como outras aves de rapina possuem um bico grande, curvo e afiado, que serve para dilacerar sua comida.
Águia-Cobreira
A águia-cobreira ou guincho-branco (Circaetus gallicus) é uma ave pertencente à família Accipitridae.
É uma águia de cor muito clara, com asas muito compridas. Tem um comprimento de 66 a 70 cm, envergadura de asas de 160 a 180 cm e pesa de 1,7 a 1,9 kg. Como na maioria das rapaces, a fêmea é maior que o macho.
O dorso é castanho acinzentado e tem as supra-alares claras e as rémiges escuras. As asas abertas apresentam as junções carpais pronunciadamente projetadas para a frente, mostrando toda a face inferior branca e listrada de preto. Apresenta uma cabeça grande, semelhante à dos mochos.
Pode ser confundida com a águia-pesqueira, a única águia européia igualmente clara. Esta, porém tem a cabeça pequena e a parte inferior branca.
Águia-de-Asa-Redonda
A águia-de-asa-redonda, Minhoto ou bútio (Buteo buteo) é uma ave de rapina originária do Velho Mundo.
Tem tipicamente entre 51-57 de comprimento e 110 a 130 cm de envergadura de asas. A sua plumagem é de cor diversificada, de indivíduo para indivíduo e conforme a estação do ano. Os adultos passam uma fase em que apresentam a parte inferior do corpo e asas mais clara, podendo ser quase branca. É notável uma característica banda transversal branca no peito e manchas escuras nas juntas carpais. A cauda apresenta quase sempre listras transversais. Cabeça pequena e cauda curta.
Habita a floresta e caça habitualmente em campo aberto, preferindo áreas arborizadas com clareiras e zonas pantanosas ou de charneca.
Habita a maioria da Europa e parte da Ásia, sendo a mais comum das grandes rapaces nas sua área de distribuição. É uma ave residente excetuando nas partes mais frias da sua área de distribuição, tal como na Escandinávia.
Águia-Pomarina
A águia-pomarina (Aquila pomarina) é uma grande ave de rapina do leste da Europa. O nome pomarina é uma referência à Pomerânia, região onde é freqüente. Pertence à família Accipitridae como todas as águias típicas.
É uma águia de tamanho médio, com cerca de 60–65 cm de comprimento e uma envergadura de asas de 150 cm. A sua cabeça e as coberturas das asas são castanhas claras contrastando com a restante plumagem escura. A cabeça e o bico são relativamente pequenos para uma águia. O bico é amarelo com extremidade preta. Patas amarelas. Exibe normalmente uma mancha branca nas grandes coberturas primárias e o uropígio branco, formando um U ou "ferradura" na base da cauda, mais evidente nos juvenis.
Os juvenis apresentam menor contraste nas asas, mas as remiges apresentam pontos brancos muito visíveis, formando uma linha a meio das asas.
A sua vocalização consiste em latidos agudos, como de um pequeno cão.
Podem ser facilmente confundida com a águia-gritadeira ou com a águia-imperial, ambas de plumagem adulta escura.
Águia-Gritadeira
A águia-gritadeira (Aquila clanga) é uma águia muito semelhante à águia-pomarina, com a qual pode ser facilmente confundida, tanto mais que os seus habitats se sobrepõem e as duas espécies dão origem a híbridos. É toda escura, apresentando malhas apenas na plumagem juvenil. Possui uma "ferradura" branca na base da cauda, tal como a pomarina. Tem um comprimento de 65-72 cm e uma envergadura de asas de 155-180 cm. Reproduz-se no nordeste da Europa em florestas densas, próximo de rios ou lagos.
Em Portugal esta espécie é rara, mas nos últimos anos tem sido observada a presença de um ou dois indivíduos invernantes, principalmente no estuário do Tejo.
Águia-Imperial-Ibérica
A águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) é uma espécie de águia endémica do sudoeste da Península Ibérica e norte de Marrocos. Até pouco tempo era considerada uma subespécie da águia-imperial-oriental (Aquila heliaca), porém os estudos doADN de ambas as aves demonstraram que estavam suficientemente separados para cada uma constituir uma espécie válida. A águia-imperial-ibérica encontra-se actualmente em perigo de extinção.
A sua plumagem é parda muito escura em todo o corpo, exceto nos ombros e parte superior das asas, de cor branca. A nuca é ligeiramente mais pálida que as outras partes do corpo, e a cauda mais escura, sem faixas claras ou linhas brancas como na águia-imperial-oriental. No caso dos indivíduos subadultos, estes são pardos avermelhados, sem diferenças de coloração, e não desenvolvem a plumagem dos indivíduos até aos 5 anos de idade, ao mesmo tempo que atingem a maturidade sexual. O tamanho médio dos adultos é de 80 cm de altura e 2,8 kg, se bem que as fêmeas, maiores que os machos, possam chegar aos 3,5 kg. A envergadura varia entre os 1,9 e 2,2 m.
Habita em áreas de sobreiros e azinheiras esparsos, com pradarias próximas. A base da sua alimentação é constituída por coelhos, que caçam solitárias ou em parelha. Também depreda sobre lebres, pombos, corvos e outras aves, e em menor escalaraposas e pequenos roedores, podendo alimentar-se ocasionalmente de carne de cadáveres. As capturas são consideravelmente menores que as da águia-real, dado que as garras da imperial não são tão fortes como as da real.
Ao contrário da águia-imperial da Eurásia e África oriental, a espécie ibérica não emigra. Cada casal defende a sua zona de caça e reprodução (uns 2000 hectares) durante todo o ano.
A águia-imperial-ibérica é monogâmica. A época de acasalamento tem lugar de Março a Julho, durante a qual as águias restauram um dos ninhos que têm usado durante anos, rodando de um para outro. Estes ninhos estão situados na copa de árvores como sobreiros e pinheiros. Nas zonas de reflorestação habituaram-se a nidificar sobre eucaliptos, apesar de ser esta una espécie alóctone. Nidificam tanto em ramos altos como baixos.
A postura típica consta de quatro a cinco ovos de 130 gramas de peso que são incubados durante 43 dias. É normal desenvolverem-se até três crias, ainda que esta tendência tenha diminuído ao longo dos últimos anos devido ao uso de pesticidas, que aumentam o número de ovos estéreis. Se o ano é mau e há pouca comida, a cria maior monopoliza-a e é a única que sobrevive; não obstante, pode-se dizer que a águia-imperial-ibérica não pratica o cainismo. Quando necessitam de ir em busca de comida, os progenitores cobrem os ovos ou crias com folhas e ramos para evitar que sejam descobertos pelos predadores, algo que por vezes não é suficiente, resultando que algumas crias sejam capturadas por uma águia-real ou, no caso de ninhos baixos, por uma raposa ou outro carnívoro de tamanho médio.
As crias abandonam os ninhos entre os 65 e os 78 dias, mas continuam a viver nas imediações e a ser alimentados pelos progenitores durante quatro meses. Após este tempo, tornam-se independentes e iniciam uma vida nómada. Quando alcançam a maturidade sexual visitam freqüentemente os limites dos territórios de casais sedentários em busca de algum indivíduo de sexo oposto solteiro ou viúvo. Os jovens nómadas são freqüentemente atacados pelos casais adultos em cujos territórios entram. É um animal Ovíparo.
A águia-imperial-oriental (Aquila heliaca) é uma ave pertencente à família Accipitridae. Aparece principalmente na Ásia Central, na Península Ibérica e norte da Índia.
Tem grande habilidade de vôo, podendo alcançar grandes velocidades quando mergulha de alturas consideráveis, pegando coelhos, cobras e ratos.
Infelizmente, devido à destruição de seu habitat natural encontra-se hoje em estado vulnerável na natureza.
Águia-das-Estepes
Mede entre 62 e 81 cm de comprimento e tem uma envergadura de asas de 165 a 200 cm. As fêmeas, com um peso de 2,3 a 4,9 kg, são ligeiramente maiores que os machos que pesam entre 2 e 3,5 kg.
A águia-das-estepes prefere habitats secos e abertos, como o deserto, o semi-deserto, as estepes ou a savana. Pode ser encontrada desde a Romênia a Este até às estepes mongóis a Oeste no Verão e migra para África e Índia no Inverno. Põe entre 1 e 3 ovos num ninho construído numa árvore.
A sua alimentação é à base de carniça mas pode caçar roedores e outros pequenos mamíferos até ao tamanho de uma lebre e aves até ao tamanho de uma perdiz. Também rouba comida de outras aves de rapina.
Águia-de-Bonelli
A águia-de-bonelli ou Águia-perdigueira (Hieraaetus fasciatus ou Aquila fasciata) é uma ave pertencente à família Accipitridae.
Esta ave de rapina, devido a ser uma espécie em perigo de extinção, foi classificada em Portugal com o estatuto de conservação "raro" (Livro vermelho dos vertebrados de Portugal continental) e na União Européia com o estatuto de conservação prioritário.
Tem um comprimento de cerca de 60 cm e envergadura de asas de 165 cm.
Habita normalmente regiões montanhosas, onde pode ser avistada a pairar, geralmente aos pares. A sua silhueta em vôo é facilmente confundida com a águia-real, mas distingue-se por ter os "dedos" mais curtos e a cauda mais longa e direita.
São predominantemente residentes, mas alguns indivíduos migram para zonas mais quentes no inverno.
A águia de bonelli está presente no emblema do Portimonense, sendo também a mascote desta equipa de futebol do Algarve.
Águia-Rapace
Aquila-Audax
Aquila audax é a maior ave de rapina da Austrália e é a mais comum de todas as águias de grande porte. Tem asas compridas e relativamente largas, e completamente cobertas de penas. Chega a medir 1,20 metros de comprimento, tem uma envergadura que varia de 2,40 a 2,80 metros e chega a pesar 12,5 quilos. Tem também uma cauda em forma de cunha inconfundível. Por causa da sua cauda e do seu tamanho - é uma das maiores aves de rapina do mundo - pode ser identificada logo no primeiro olhar mesmo por um não-perito.
Águia-Belicosa
(Polemaetus bellicosus)
(Polemaetus bellicosus)
Águia-Caçadora-Africana
Águia-das-Phillipinas
Águia-sem-Rabo
A águia-sem-rabo (Terathopius ecaudatus) é uma águia encontrada do Senegal ao Iraque e África do Sul, de asas longas e largas e cauda muito curta. Também é conhecida pelo nome de arlequim.
Águia-Coroada
Águia-Castanha-Escura
Nisateus-Phillippensis
Açor
A águia-coroada (Stephanoaetus coronatus) é uma águia africana encontrada da Guiné à Etiópia e África do Sul.
Águia-Castanha-Escura
é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae. Será a única espécie do gênero Oroaetus, se o consideramos distinto do gênero Spizaetus.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Os seus habitats naturais são: regiões subtropicais ou tropicais úmidas de alta altitude.
Nisateus-Phillippensis
Spizaetus philippensis ou Nisaetus philippensis é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.
É endêmica das Filipinas.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude.
Está ameaçada por perda de habitat.
Açor
O açor (Accipiter gentilis), do latim acceptore, significando que voa rapidamente, é uma ave de rapina da família Accipitridae, distribuída por todas as regiões temperadas do hemisfério norte.
É a ave que aparece na bandeira dos Açores. O arquipélago dos Açores deve o seu nome ao açor, porque quando os descobridores do arquipélago lá chegaram pensaram ver açores. Mais tarde, concluiriam que as aves eram, afinal, milhafres.
É um ave de rapina diurna, parecida com o falcão, com um comprimento de aproximadamente 50 cm, cor preta e ventre branco com manchas pretas; asas e bico pretos, cauda cinzenta, manchada de branco e pernas amareladas. Era muito apreciado antigamente em falcoaria.
A espécie americana, A. atricapillus, mede cerca de 60 cm de comprimento. Estas intrépidas aves, notáveis pelos seus habilidosos voos com que seguem todos os movimentos das suas presas, constituem, juntamente com o gavião, os mais implacáveis inimigos dos passarinhos.
Açor-Preto
O açor-preto (Accipiter melanoleucus) é uma espécie de ave de rapina da família Accipitridae.
O secretário ou serpentário (Sagittarius serpentarius) é uma ave de rapina diurna, a única espécie da família Sagittariidae. O seu nome é tradicionalmente devido à plumagem da cabeça, que faz lembrar as penas usadas antigamente para escrever, mas é na verdade uma corrupção do árabe saqr-et-tair que significa ave caçadora. O secretário habita todas as regiões da África a sul do Sahara, exceto zonas de floresta densa. O seu habitat preferencial é a savana, sendo também comum em áreas semidesérticas ou com florestação esparsa.
O secretário é uma ave de grande porte, com cerca de 1,5 m de altura e cerca de 2 metros de envergadura. As fêmeas são ligeiramente menores que os machos, mas a espécie não apresenta dimorfismo sexual significativo. A plumagem é cinzenta, com a cauda, ponta das asas e coxas negras. A cabeça é pequena, com faces alaranjadas, e termina num bico curto e encurvado típico das aves de rapina. Na parte de trás da cabeça o secretário apresenta uma crista característica de penas pretas. As patas do secretário são muito longas e terminam em garras afiadas.
O secretário vive habitualmente em casais, por vezes em grupos de 3 a 4 aves. Esta ave desloca-se, sobretudo em terra, caminhando a cerca de 3 km/h, mas é uma excelente voadora que prefere planar nas correntes de ar ascendentes como os abutres. A sua alimentação é, sobretudo à base de serpentes, podendo também consumir roedores e anfíbios. O secretário mata as presas com as patas, menos freqüentemente com o bico, que usa apenas para dominar animais de pequeno porte.
A época de reprodução varia consoante a distribuição geográfica entre Agosto e Dezembro. O casal constrói um ninho tipo plataforma, com cerca de 1,5 m de diâmetro, no topo de árvores ou arbustos altos. A construção é geralmente reaproveitada pelo casal de ano para ano. Cada postura contém em média dois ovos alongados, de cor cinzenta azulada, que são incubados pela fêmea durante 40-46 dias. Durante este período, a fêmea não abandona o ninho e é alimentada pelo seu parceiro. As crias permanecem no ninho durante cerca de dois meses e são cuidadas pelos dois pais. Aos três meses são já independentes.
O secretário não se encontra em perigo de extinção, mas é incomum em toda a sua distribuição geográfica graças à sua baixa densidade populacional. Os fósseis mais antigos desta ave foram encontrados em França, em formações geológicas do Miogênico.
Secretário-Pequeno
Milhafre-Preto
Milhafre-Real
Abutres
O secretário-pequeno (Polyboroides typus) é uma ave do grupo dos ciconiformes, classificada na família Accipitridae. O seu nome deve-se às parecenças superficiais com o secretário, uma ave de rapina da família Sagittariidae. O secretário-pequeno ocorre na África sub-saariana, onde habita zonas de floresta e mata densa, sendo raro em áreas desérticas e de savana.
O secretário-pequeno é uma ave de grande porte, com 60 a 66 cm de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos. A sua plumagem é de cor cinzenta na cabeça, dorso e peito. As asas são também de cor cinzenta, com a ponta das penas primárias debruada a preto. A cauda é relativamente longa, preta com uma barra branca. A zona do ventre e coxas é branca escamada de negro. O secretário-pequeno tem uma máscara nas faces em torno dos olhos, desprovida de penas e de cor amarela, ou vermelho-vivo na época de reprodução. Os juvenis e aves imaturas são acastanhados e apresentam máscara cinzenta.
É uma ave de hábitos solitários que se alimenta principalmente de répteis e anfíbios, suplementando a dieta com pequenas aves, suas crias e ovos, pequenos mamíferos e, raramente, insectos. O secretário-pequeno apresenta uma grande variedade de estratégias de predação, podendo caçar as presas de emboscada, no solo, ou realizando perseguições ativas em ramos de árvores. Pode também atacar colônias de nidificação de aves marinhas.
A época de reprodução decorre entre Junho e Novembro. Após um ritual de acasalamento constituído por longos vôos acrobáticos, o casal constrói um ninho de ramos e gravetos, forrado com ervas e plumas, no alto de árvores, ou em cavidades rochosas. Cada postura é constituída por dois ovos, incubados ao longo de 35 dias por ambos os progenitores. Geralmente, a cria que choca primeiro mata a mais nova, um costume comum em espécies de accipitrídeos. O juvenil é alimentado pela fêmea, com alimentos caçados e trazidos pelo macho e começa a voar ao fim de dois meses.
Milhafre-Preto
O milhafre-preto (Milvus migrans) é uma ave de rapina diurna do grupo dos milhafres. A espécie tem uma distribuição geográfica vasta e ocorre em África, na Europa e Ásia, Médio Oriente e Austrália. As populações que vivem em regiões quentes são residentes, mas as sub-espécies de regiões temperadas são migratórias.
O milhafre-preto mede cerca de 55 cm de comprimento e 135-155 cm de envergadura, para cerca de 1 kg de peso. A plumagem é de cor castanha, de tom mais escuro na parte superior das asas, e mais claro na região ventral. Não há dimorfismo sexualevidente mas os machos são em geral menores que as fêmeas. Como em todos os accipitrídeos, o bico é recurvado e está adaptado a um modo de alimentação carnívoro. Esta ave vive de forma solitária ou em casais.
A época de reprodução varia bastante com a zona habitada pela espécie, sendo observada na Primavera das regiões temperadas e na estação seca das regiões quentes e tropicais. O ninho é construído numa zona elevada, que pode ser uma árvore, uma escarpa ou mesmo um edifício, ou aproveitado de outras espécies. Em áreas urbanas, o milhafre-preto costuma forrar o ninho com sacos de plástico ou outros materiais isolantes descartados pelo Homem. Cada postura contém 2 a 3 ovos, incubados ao longo de 26 a 38 dias. As crias recebem cuidados parentais de ambos os progenitores e tornam-se independentes com cerca de dois meses. A maturidade sexual é atingida por volta do ano e meio de vida.
O milhafre-preto é uma ave predadora que se alimenta de pequenos mamíferos, em particular roedores, e anfíbios, mas com características de oportunista alimentar que varia a dieta de acordo com a localização geográfica e época do ano. Esta ave adaptou-se bastante bem à presença humana e pode ser observada em cidades, onde caça pombos e ratos e procura alimento nas lixeiras. O milhafre-preto é ocasionalmente necrófago, aproveitando os cadáveres de outros animais mortos em estradas.
O milhafre-preto não se encontra atualmente em risco de extinção e é uma das aves de rapina mais comuns, mas é sensível a fatores como a poluição de águas ou uso de pesticidas.
Milhafre-Real
O milhafre-real (Milvus milvus) é uma ave da família Accipitridae.
A cabeça é de cor clara e a cauda, em forma de forquilha, é de cor avermelhada.
É habitual em áreas de cultivo e caça. Prefere áreas úmidas e de pouca altitude.
Alimenta-se de vertebrados de pequena dimensão (répteis e anfíbios). Tal como o milhafre-preto, alimenta-se de restos encontrados em lixeiras.
A época de reprodução ocorre na Primavera.
Abutres
Abutre-Barbudo
O abutre-barbudo (Gypaetus barbatus) é um abutre originário das montanhas da Europa, Ásia e África. Tem plumagem dorsal escura e ventral castanho-clara e a cabeça e o pescoço emplumados. Também é conhecido por abutre-das-montanhas, abutre-dos-cordeiros e quebra-ossos. Ave de grande porte, atinge 12,5 quilos de peso, 1,10 metros de comprimento e 2,75 a 3,08 metros de envergadura.
O abutre-barbudo preenche um nicho ecológico altamente especializado, já que se alimenta quase exclusivamente de ossos (que engole inteiros ou atira ao solo em voo, para comer a medula óssea, uma fonte de proteína não aproveitada por outras espécies necrófagas). Daí não possuir o pescoço sem penas dos demais abutres, que não lhe conferiria qualquer vantagem evolutiva, pois não enfia a cabeça no interior das carcaças. Patrulha áreas montanhosas em busca de ossos de animais mortos em avalanches, como a camurça, ou espreita outras aves necrófagas enquanto estas limpam os cadáveres. A espécie tem uma vasta área de ocorrência e é objeto de uma série de experiências de reintrodução nos Alpes, onde foi exterminada pela caça no século XIX.
Abutre-Fouveiro
Abutre-do-Cabo
O abutre-fouveiro (Gyps fulvus), também conhecido pelo nome de grifo, é um abutre que ocorre nas montanhas do sul da Europa, do sudoeste asiático e da África. Tais abutres chegam a medir até 1 metro de comprimento e 2,7 metros de envergadura, e pesam de 6 a 12 kg.
Alimenta-se quase exclusivamente de carne morta, passando longo tempo a pairar alto no céu à procura de cadáveres, voando em círculos. Em vôo tem uma silhueta típica, enormes asas, muito maiores que o corpo, cauda curta e arredondada, completamente aberta, e pescoço encolhido. É normalmente gregário e estabelece colônias de até 200 casais. Registraram casos raros de grifos atacarem presas vivas, especialmente animais jovens, fracos ou doentes.
A parte superior e inferior do corpo apresenta uma cor castanha clara, distinguindo-se as rémiges e a cauda pretas. O pescoço apresenta um colar espesso de penas claras na base, sendo depois coberto de pequenas penas brancas até à cabeça, com um aspecto lanoso. Tem patas cinzentas bastante débeis, pois não as usa para agarrar as presas como as águias.
Nidifica em saliências ou fendas de escarpas rochosas, construindo um ninho de gravetos e ervas. Em uma postura anual, entre Janeiro e Junho, põe um só ovo, branco, que eclode ao fim de 48 a 54 dias. A cria demora 110 a 115 dias até ter condições de realizar o primeiro voo. Os dois progenitores revezam-se a incubar o ovo e depois, a alimentar a cria. Ao contrário de outras aves, esta, se não receber a quantidade de alimento necessária, é incapaz de atrasar o seu crescimento, morrendo de inanição.
Na Península Ibérica o seu número tem vindo a crescer desde 1980, quando existiam apenas cerca de 1000 exemplares. No entanto, desde que as normas da UE proíbem o abandono de gado morto no campo, sobretudo a partir da crise das vacas loucas, o alimento para estes animais diminuiu, o que deu origem à diminuição da sua população no resto da Europa.
Em Portugal, o grifo distribui-se sobre tudo pelas zonas fronteiriças. As principais colônias situam-se no Parque Natural do Douro Internacional, no Parque Natural do Tejo Internacional e nas Portas de Ródão.
O abutre-do-cabo (Gyps coprotheres) é uma espécie africana de abutre que, na África do Sul, estaria ameaçada de extinção devido à crença local de que fumar o cérebro da ave a fim de realizar previsões.
Abutre-Indiano-de-Dorso-Branco
O abutre-indiano-de-dorso-branco (Gyps bengalensis) é uma espécie de abutre seriamente ameaçada. É uma espécie originária da Índia, de grande porte, chegando a 90 centímetros de comprimento, 2,60 metros de envergadura e pode pesar até 8 quilos. O Abutre-Indiano-de-Dorso-Branco, assim como todas as espécies de abutres, é uma ave necrófaga, tendo como dieta principal, carnes de animais em decomposição.
Grifo-de-Rüppell
O grifo-de-rüppell, abutre-de-rüppell ou grifo-pedrês (Gyps rueppellii) é um grande abutre que se encontra em grande parte da África central, incluindo a Etiópia, o Sudão, a Tanzânia e Guiné. Visita ocasionalmente Portugal. O seu nome foi atribuído em honra do explorador e zoólogo alemão do século XIX Eduard Rüppell.
Os adultos têm cerca de um metro de comprimento, uma envergadura de asas de cerca de 2,6 m, e pesam entre 7 e 9 kg. Os dois sexos são semelhantes: cabeça e pescoço quase nus, bico amarelado, olhos amarelo pálido, com um tufo de penas brancas em redor da base do pescoço, corpo preto ou castanho-cinza mosqueado. Normalmente silencioso, torna-se barulhento quando nos ninhos ou em redor de uma carcaça.
Os grifos-de-rüppell são altamente sociáveis, reunindo-se em grandes bandos para repousar, nidificar ou se alimentarem, por vezes com mais de 1000 casais. Podem deslocar-se a velocidades até 35 km/h, afastando-se até 150 km dos seus ninhos em busca de alimento. Podem alcançar grandes altitudes, não sendo invulgar subirem a 6.000 m (20.000 pés), tendo sido registrado um caso excepcional, nos céus da Costa do Marfim, de uma colisão de um grifo-de-rüppell com um avião a uma altitude de 11.300 m (37.000 pés), o que constitui o recorde máximo de altitude registrado para qualquer ave. Esta ave possui uma subunidade alfaD de hemoglobina com uma superior afinidade para o oxigênio, que torna possível absorver oxigênio mesmo em condições de baixa pressão parcial na troposfera superior.[2]
O seu habitat é savana aberta e árida, áreas semi-desérticas e zonas limites do deserto, e também montanha (Camarões). Poisam normalmente em rochedos inacessíveis, ou na ausência destes, em árvores, normalmente Acácia. Quando as correntes térmicas começam a se fazer sentir, cerca de duas horas após o nascer do sol, os grifos-de-rüppell abandonam os seus poisos e iniciam o seu patrulhamento sobre as planícies, utilizando a sua extraordinária capacidade visual para encontrar carcaças de grandes animais ou localizar carnívoros que tenham apanhado uma presa. Podem esperar vários dias até que o carnívoro abandone a carcaça. Em casos raros poderão atacar uma presa viva. Quando ganha acesso à carcaça é normalmente o abutre dominante, a não ser em presença do abutre-real que é maior e mais forte.
Os grifos-de-rüppell possuem várias adaptações biológicas para a sua dieta e são muito especializados mesmo entre os abutres do Velho Mundo. Possuem um bico especialmente potente, e, depois de haverem consumido as partes mais macias e atrativas de uma carcaça, continuam a comer a pele e mesmo os ossos, comendo até ao ponto de quase não conseguirem levantar vôo. As suas línguas têm uma forma especial que auxilia na remoção da carne dos ossos.
Nidifica em falésias elevadas, construindo um ninho volumoso, com gravetos e coberto de ervas e folhas. Normalmente é o macho que prepara o ninho. A fêmea transporta materiais para o ninho, podendo ir roubá-los a outros ninhos.
A fêmea põe um único ovo que é incubado pelos dois progenitores durante 55 dias. São ainda os dois que alimentam a cria. Esta fica com a sua plumagem completa e pronta a voar ao fim de 12 semanas.
Abutre-Real
O abutre-real (Torgos tracheliotus), também chamado abutre-torgo ou oricu, é a única espécie de abutre relatada no gênero Torgos.
Abutre-Preto
O abutre-preto (Aegypius monachus), também chamado abutre-cinéreo, abutre-comum, abutre-negro, abutre-fusco, grifo e pica-osso é uma ave da família Accipitridae. Trata-se de uma ave de rapina necrófaga de grandes dimensões. Ocorre numa longa faixa ao longo das latitudes médias do Paleártico, desde a Península Ibérica no ocidente, passando pelos Balcãs e Turquia, através do Cáucaso, Irão, Afeganistão até ao sul da Sibéria, Mongólia e norte da China. As populações invernartes podem estar presentes desde o sul do Sudão, em África, ao Médio Oriente Paquistão, noroeste da Índia e Coréia. Na Europa a espécie sofreu um acentuado declínio até aos anos 70 do século XX, estando atualmente em recuperação tanto na Península Ibérica como na Grécia. Em Espanha a população cresceu desde c. 200 casais nos anos 70 até aos 1845 casais no último censo, em 2006. Em Portugal a população está extinta como reprodutora desde o início dos anos 70, mas o número de observações tem vindo a aumentar desde os anos 90, tendo sido registradas algumas tentativas de nidificação em território nacional, até à data sem sucesso.
Abutre-do-Egito
O abutre-do-egito (Neophron percnopterus) é um abutre encontrado na Europa, Ásia e África. Tais abutres possuem plumagem branca e pescoço emplumado. Também são conhecidos pelos nomes de abanto, britango, abutre-branco-do-egito e galinha-de-faraó.
Abutre-do-Coconote
O abutre-do-coconote ou abutre-das-palmeiras (Gypohierax angolensis) é um abutre africano, encontrado do Senegal ao Quênia, que é associado à presença de palmeiras como o dendezeiro e a ráfia, das quais utiliza os frutos como alimento.
Abutre-de-Capuz
O abutre-de-capuz (Necrosyrtes monachus) é um abutre do Velho Mundo da ordem dos Acipitriformes, que também inclui as águias, gaviões, milhafres e falcões. É o único membro do gênero Necrosyrtes.
Faz um ninho de gravetos em árvores, freqüentemente palmeiras, em grande parte da África subsaariana, pondo apenas um ovo. Juntam-se em colônias flexíveis. A população é essencialmente residente.
Tal como os outros abutres, é necrófilo, alimentando-se principalmente de carcaças de animais mortos e lixo, que localiza sobrevoando as savanas e as vizinhanças das habitações humanas, incluindo lixeiras e depósitos de restos de matadouros. Desloca-se freqüentemente em bandos e é muito abundante. Nas suas áreas de distribuição, é quase sempre possível ver vários pairando no céu a qualquer hora do dia.
Este abutre não demonstra qualquer medo dos humanos, concentrando-se com freqüência em volta de locais habitados. É um abutre típico, com a cabeça cor de rosa e sem penas, e um "capuz" acinzentado. A plumagem do corpo é de cor castanha escura e homogênea. Possui umas grandes asas adequadas para planar, e uma cauda curta. É uma espécie pequena, comparada com a maioria dos abutres.
Quando são perturbados nos seus ninhos, emitem um grito agudo.
O abutre-de-cabeça-branca (Trigonoceps occipitalis) é uma espécie de abutre endêmica do continente africano.
Ógea
A ógea (Falco subbuteo), é um falcão pequeno e delgado. É uma espécie migradora que ocorre por toda a Europa e Ásia, invernando em África.
Os adultos apresentam a parte superior de cor cinza ardósia, o ventre castanho amarelado com riscas longitudinais e um colar branco. Quando observados de perto, podem ver-se as "calças" e as coberturas infracaudais vermelho-ferrugem. Não existe grande dimorfismo sexual, mas os juvenis são geralmente mais acastanhados.
É uma ave de campos abertos, como charnecas, taigas, savanas. Freqüente em terras baixas com pequenas matas.
É uma ave de rapina elegante, exibindo em vôo uma forma de foice, com asas bicudas e cauda retangular. Captura grandes insectos, tais como libelinhas, que são agarrados com as patas e comidos em voo. Captura também pequenas aves em vôo. A sua velocidade e destreza acrobática permite-lhe capturar andorinhas e mesmo andorinhões em voo, e as andorinhas-das-chaminés e dos-beirais emitem um alarme específico para as ógeas.
As ógeas nidificam em ninhos abandonados de corvos e de outras aves, pondo 2 a 4 ovos.
Esmerilhão
O esmerilhão (Falco columbarius) é uma ave falconiforme da família dos falconídeos.
É o falconídeo menor da região paleártica ocidental. Chega a medir até 33 cm de comprimento. Apresenta um claro dimorfismo sexual. Possui a silhueta de um falcão de pequenas dimensões. Enquanto a fêmea e os juvenis são bastante semelhantes, com o peito barrado sobre fundo branco, e dorso acastanhado escuro, o macho apresenta barras pequenas no peito, em fundo alaranjado e dorso cinzento-azulado.
Alimenta-se essencialmente de pequenas aves complementando ocasionalmente a sua dieta com insetos ou pequenos mamíferos, répteis e anfíbios, em particular enquanto jovem.
É um dos melhores caçadores entre as aves de dimensão comparável, com uma percentagem de sucesso dos seus ataques entre os 5% e 10%. O método de caça é geralmente o de assustar possíveis presas escondidas entre a vegetação sobrevoando o território em vôos baixos e bastante rápidos, após o que as captura seja em vôo picado, seja no caso das aves, perseguindo-as em vôo. É relativamente comum ver casais de esmerilhão a darem caça a uma presa em conjunto.
Em particular durante a época de criação, não se inibe de exibir comportamentos oportunistas que podem fornecer uma parte importante da sua dieta. Exemplos são a captura de presas afugentadas por outros predadores ou por atividades humanas, e a captura de jovens aves, por vezes diretamente do ninho.
Peneireiro-das-Torres
O peneireiro-das-torres ou francelho (Falco naumanni), é um falcão da família Falconidae, que tem como características garras brancas, cabeça cinzenta lisa, dorso liso e uma faixa cinzento-azulada no dorso.
Dimensões: 29-32 cm de comprimento
Envergadura: 58-72 cm de comprimento
Peso: Até 200 gramas
Pequeno falcão migratório que apresenta dimorfismo sexual em nível da plumagem. Os machos apresentam tons azulados na cabeça, cauda e asa, dorso de cor castanho intenso e peito bege com pintas negras. A fêmea e os juvenis têm dorso castanho avermelhado, salpicado de preto; cauda com faixas preto acastanhados bem demarcadas. No fim do primeiro ano de vida já se diferenciam fêmeas e machos.
É semelhante ao peneireiro-vulgar (F. tinnunculus) distinguindo-se por o peneireiro-vulgar possuir o dorso colorido, ser maior e nidificar em árvores.
O peneireiro-das-torres caça, majoritariamente, em terrenos abertos, onde acede às presas com maior facilidade. Alimenta-se, sobretudo, de insectos - gafanhotos, escaravelhos e grilos-ralos - e outros invertebrados como aranhas e centopéias. Os vertebrados também fazem parte do seu regime alimentar, mas em menor percentagem, sendo eles ratos, lagartixas e mais raramente pequenos pássaros.
Peneireiro-Vulgar
O peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) é uma ave falconiforme da família dos falconídeos.Também conhecido como francelho e peneireiro de dorso malhado.
Falcão de dimensão média, bico curto e curvo, asas e cauda comprida. Cabeça acinzentada, dorso e coberturas da face superior das asas castanhas avermelhadas muito listradas, contrastando com as penas de vôo mais escuras. Uropígio e face superior da cauda cinzento azulada sem listras e cauda com uma barra terminal escura e larga.
Voz: Séries rápidas de sons curtos e agudos.
Caracteriza-se pela capacidade de “peneirar”, isto é de permanecer voando parado sobre um determinado ponto no solo, comportamento este que o ajuda na detecção e captura de suas presas.
Auxiliar precioso do agricultor, alimenta-se ratos, insetos e, por vezes, de rãs e vermes.;
Nidificam geralmente em ninhos velhos de corvídeos, nas árvores, cavidades rochosas ou mesmo em edifícios. A postura de 4 ou 5 ovos é incubada pela fêmea durante cerca de 28 dias. As crias são alimentadas por ambos os progenitores, estando prontas a voar após 28 dias.
Peneireiro-Cinzento
O peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) é uma ave de rapina pertencente à família Accipitridae.
Tem um comprimento aproximado de 33 cm e envergadura de 78 cm. Tem a cabeça especialmente grande e projetada para frente, face branca e máscara preta em torno dos olhos. Asas longas e com "dedos", ao contrário do peneireiro-vulgar. O adulto tem o dorso cinzento claro, as supra-alares pretas, a parte inferior toda branca e a ponta inferior das asas preta. Quando pousado, visto de frente, parece completamente branco. O juvenis tem a parte superior manchada de castanho mas já apresenta as asas cinzentas.
Habita espaços abertos e semi-desérticos, especialmente na África subsaariana e Ásia tropical, mas aparece com regularidade na Europa e em especial na Península Ibérica. Faz o ninho em árvores.
Caça pequenos mamíferos, aves e insetos.
Carancho
Ou caracará (Caracara plancus).Comum em áreas abertas ou semi abertas, é oportunista e de hábitos generalistas. Plana em correntes térmicas e caminha sob o solo a passos largos. Durante o acasalamento, o casal emite um forte corcorejar atirando a cabeça para trás como seriemas.
Urubu-da-Cabeça-Vermelha
O urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura) é uma ave pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo. A espécie vive em quase todo o continente americano, desde o Sul do Canadá ao Cabo Horn, com maior incidência em climas tropicais e sub-tropicais.
A plumagem do adulto é de cor marrom enegrecida. A cabeça é depenada e de cor vermelha nos adultos, e negra nos juvenis. A envergadura de asas chega a atingir 1,70 m. A alimentação destes urubus é feita à base de carniças, vegetais em decomposição, pequenos insetos, larvas e ovos desprotegidos, que detectam com o olfato bastante apurado. São freqüentemente os primeiros urubus a chegar a uma carniça.
A nidificação é feita em cavidades rochosas, cavidades de árvores ou no próprio solo. Procuram sempre lugares distantes da presença humana, com uma característica interessante que sempre voltam a incubar seus ovos no mesmo local. Põem de 1 a 3 ovos durante o ano sendo a maioria das vezes 2 ovos, e raramente 1 ou 3. O período de incubação dura em torno de 30 a 41 dias. Quando nascem os filhotes, são alimentados de alimento regurgitado pelos pais.
No Brasil é proibido por lei matar algum urubu ou criá-lo em cativeiro sem o consentimento do IBAMA.
Urubu-da-Mata
O Urubu-da-mata ou urubu-maior-de-cabeça-amarela (Cathartes melambrotus) é uma ave necrófaga da família Cathartidae. É uma ave de porte médio, chegando a 60 centímetros de comprimento, 3,5 quilogramas de peso e uma envergadura que pode variar de 1,65 a 2,10 metros.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Nicarágua, Panamá, Peru, Suriname e Venezuela.
Os seus habitat são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude.
Urubu-da-Cabeça-Amarela
O urubu-de-cabeça-amarela ou urubu-menor-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus) é uma ave necrófaga da família Cathartidae, que pode ser encontrada no México, na Argentina e no Brasil. é uma ave de porte médio podendo chegar a até 65 cm de comprimento, 3,5 quilos de peso e ter umaenvergadura que pode variar de 1,45 a 1,80 metros. Ele tem esse nome, em relação ao Urubu-da-mata que é chamado também de urubu-maior-de-cabeça-amarela, por causa de pequenas diferenças, como: os lados do pescoço amarelados e plumagem negra com mancha branca na face inferior das asas, visível apenas em vôo e uma envergadura de asas um pouco menor do que a do urubu-da-mata. Também são conhecidos pelos nomes de urubupeba e urubutinga.
Urubu-Rei
Urubu-rei (Sarcoramphus papa) é uma ave da família Cathartidae. Habitante de zonas tropicais a semi-tropicais, desde o México à República da Argentina, e em todo o Brasil, onde sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra. Possui uma envergadura de 2 metros e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de comprimento. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar. Também é conhecido como corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá.
Urubu-de-Cabeça-Preta
O Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) é uma ave Cathartiformes da família Cathartidae, pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo. É uma das espécies do grupo mais frequentemente observada, devido ao fato de realizarem vôos planados a grandes alturas, por serem consumidores de carcaças animais, e por possuírem atividade durante todo o dia.
O urubu-de-cabeça-preta como as outras espécies de urubus, possuem a cabeça depenada, sendo um pouco rugosa. Essa espécie possui uma boa visão e um olfato apurado, mas não tanto como seu parente mais próximo o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura), que localiza a carcaça três vezes mais rápido que essa espécie. Isto se deve ao fato de que a parte do seu cérebro que se encarrega do instinto olfático é cerca de três vezes maior do que a dos urubus-de-cabeça-preta.
Os urubus-de-cabeça-preta nidificam em terrenos longe da presença humana, junto do solo e nunca são feitos a mais de 50 cm. Os ovos, de cor cinza ou verde-pálida, são incubados por ambos os genitores durante 32 a 40 dias. Os juvenis eclodem com plumagem branca e são alimentados por regurgitação. Com o passar dos dias, os juvenis ganham uma cor branco-rosada e penas um pouco azuladas. O primeiro vôo ocorre por volta das 10 a 11 semanas e com cerca de 3 meses já têm a plumagem de adulto.
O urubu-de-cabeça-preta alimenta-se de carniças e frutas em decomposição como a pupunha. Este modo de alimentação necrófaga confere-lhes importância ecológica, pois ajudam a eliminar carcaças do ecossistema. Em áreas habitadas por humanos, eles também se alimentam de matéria em decomposição em depósitos de lixo.
Condor-da-Califórnia
O condor-da-califórnia ou condor-californiano (Gymnogyps californianus) é uma ave da família Cathartidae. É nativo da América do Norte, sendo atualmente encontrado somente na região do Grand Canyon e das montanhas do oeste da Califórnia, nos Estados Unidos, e ao norte da Baixa Califórnia, no México. Apesar de outros membros fósseis serem conhecidos, é a única espécie sobrevivente do gênero Gymnogyps.
A maior parte de sua plumagem é uniformemente negra, exceção feita apenas às manchas brancas situadas na parte inferior das asas. A cabeça, desprovida de penas, normalmente possui uma tonalidade amarelada, podendo tornar-se avermelhada ou arroxeada, dependendo do humor da ave. Possui a maior envergadura dentre todas as aves da América do Norte, chegando a 2,90 metros, e está entre as mais pesadas do continente, variando de 7 a 14 kg. É detritívora, alimentando-se de grandes quantidades de carniça. Apresenta uma das maiores expectativa de vida entre as aves, podendo ultrapassar os 50 anos.
O número de condores-da-califórnia foi drasticamente reduzido durante o Século XIX, devido à caça, saturnismo e destruição de habitat. Encontra-se na lista vermelha da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) e seu status atual é "criticamente em perigo". A espécie já foi considerada extinta em estado selvagem entre 1987 e 1992.
Os condores, assim como os urubus, apesar de serem conhecidos também por abutres do novo mundo, são, segundo a nova Taxonomia de Sibley-Ahlquist, mais próximos às cegonhas do que aos abutres propriamente ditos.
Condor-dos-Andes
O condor-dos-andes (Vultur gryphus) é uma ave da família dos catartídeos, parente próximo do condor-da-califórnia e dos urubus, que habita a Cordilheira Andina, na América do Sul.
Os condores, assim como os urubus, apesar de serem conhecidos também por abutres-do-novo-mundo são, segundo a nova Taxonomia de Sibley-Ahlquist, mais próximos às cegonhas do que aos abutres propriamente ditos.
Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile e integra os brasões oficiais destes países, além de cumprir um importante papel no folclore e na mitologia das regiões andinas da América do Sul. A IUCN considera o animal ameaçado de extinção, por perda de habitat natural envenenamento de caçadas deixadas por caçadores. Vários países criaram programas de reprodução em cativeiro da espécie.
Macho
Fêmea
Excelente trabalho!
ResponderExcluirSou um apaixonado por aves.
realmente otimo o seu acervo,estava apenas procurando papel de parede com tema de aves de rapina,quando me deparei com seu blog,muito showwww...
ResponderExcluirsó senti falta das corujas eu sou louco por elas.se não for muito poderia me mandar algumas imagens se acaso tiver.parabéns
jhn_souza@hotmail.com
Excelente!👏🤩
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