Procionídeos
Os procionídeos (do latim científico Procyonidae)
constituem uma família de animais da ordem dos carnívoros, endêmica
das Américas. A classificação dos procionídeos ainda se encontra em
discussão: o panda vermelho é incluído no grupo por alguns autores.
Estes mamíferos são todos de pequenas dimensões e têm alimentação onívora.
Mão-Pelada
O mão-pelada (Procyon cancrivorus) é um mamífero carnívoro da
família dos procionídeos bastante parecidos com o guaxinim,
porém não possui patas esbranquiçadas. Esse animal habita a região da Costa
Rica ao Uruguai. Mede cerca de 60 cm de comprimento,
vivendo próximo aos mangues e alimentando-se de caranguejos e insetos.
Também é conhecido pelos nomes de cachorro-do-mangue, iguanara, jaguacampeba e jaguacinim.
Guaxinim
O guaxinim (Procyon lotor), também chamado mapache e rato-lavadeiro em Portugal,
é um mamífero da família dos procionídeos bastante
parecidos com o mão-pelada, porém com as patas esbranquiçadas. Tais
animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul,
e também são conhecidos pelo nome de racum. Existem também na Europa
Central e no Cáucaso, onde se estabeleceram após as fugas dos
quintais de criação de peles.
É conhecido pelo público em geral possivelmente devido a
vários filmes de animações, como Pocahontas, Over the Hedge, Dr.
Dolittle 2, entre outros.
O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas
à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas,
buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e hoje é encontrado também
em áreas urbanas.
O guaxinim, mapache ou urso-lavador possui cabeça grande
e focinho pontiagudo. Ele tem pêlo longo e uma cauda
espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é
marrom-acinzentado, e o abdômen é cinza claro. As manchas pretas em
suas “bochechas”, que se estendem entre os olhos e através da testa
em uma listra vertical, também são típicas.
Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa
“máscara” facial. Eles podem medir entre 45 e 70 centímetros.
O mapache dorme o dia todo, e sai à noite para procurar comida.
Ele persegue sua presa em águas rasas ou no chão, arranhando, virando e
examinando de perto assim que a vítima é capturada. No entanto, ele
só a consome se o cheiro for aprovado por seu apurado faro.
Em áreas frias, os mapaches passam o inverno em
tocas e buracos nas árvores. Apesar de dormirem profundamente, eles não hibernam,
saindo de seu esconderijo assim que o tempo esquenta um pouco.
Estes animais noturnos caçam pássaros, ratos, insetos, peixes pequenos, lesmas, camarões de
água doce e rãs. Sua dieta também inclui ovos, nozes, cereais e frutas.
São onívoros.
Os machos acasalam com muitas fêmeas, enquanto as fêmeas
aceitam apenas um pretendente. Os machos, que quase sempre são pacíficos,
costumam brigar entre si com muita ferocidade durante a época do acasalamento.
Na primavera, a fêmea normalmente tem de três a cinco filhotes depois
de nove semanas de gestação, e cuida sozinha da ninhada. A família continua
unida por um ano aproximadamente, quando os jovens guaxinins deixam então a
companhia da mãe.
Quati
O quati, também grafado coati (do tupi "nariz
pontudo"), é um mamífero da ordem Carnívora, família Procyonidae e
gênero Nasua. O grupo está distribuído desde o Arizona ao norte
da Argentina.
Mamífero aparentado do guaxinim, possuindo, entretanto
um nariz mais comprido, e um corpo mais alongado. Com patas que lembram
remotamente as dos ursos, muito úteis para escaladas em árvores. A coloração,
em geral, é cinzento-amarelada, porém muito variável, havendo indivíduos quase
pretos e outros bastante avermelhados, focinho e pés pretos, cauda com 55 cm,
com sete a oito anéis pretos. Mede de corpo 70 cm. Vive em bandos de oito a
dez, é praticamente onívoro e se adapta bem ao cativeiro. São animais
diurnos.
Há quatro espécies semelhantes desse pequeno animal,
encontrado desde o Panamá (América Central) até a Argentina. Quatis vermelhos
vivem em grandes bandos formados de fêmeas e machos jovens. Com mais de dois
anos, os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando somente na época do
acasalamento, que acontece no fim da primavera. Dez ou onze semanas após, a
fêmea produz de dois a seis filhotes. Por mais de um mês, estes permanecem em
seu ninho no oco de uma árvore. O quati alimenta-se de minhocas, insetos e
frutas. Aprecia também ovos, legumes e especialmente lagartos. Não gosta de
água mas pode nadar bem. Dorme no alto das árvores enrolado como uma bola e não
desce antes do amanhecer.
Quati-de-Cauda-Anelada
O quati-de-cauda-anelada ou quati-mundi (Nasua
nasua) é uma espécie que habita predominantemente as selvas sul-americanas e a
parte meridional da América Central.
Quati-de-Nariz-Branco
O quati-de-nariz-branco (Nasua narica) é umas das
quatro espécies de quati, procionídeos parentes próximos ao guaxinim.
As características principais do quati-de-nariz branco são
seu nariz comprido e achatado e suas cauda longa com seis a sete faixas de cor
contrastante. Sua pelagem é geralmente castanha, marrom ou amarelada. Apresenta
uma máscara escura nos olhos, focinho e queixo. A garganta é cinza-claro. Eles
medem de 110 a 120 cm, dos quais metade é a cauda. Seu peso é de 5 a 9 kg.
Quati-de-Cozumel
O quati-de-cozumel (Nasua nelsoni) é uma espécie
de quati endêmica do México, encontrada somente na ilha de Cozumel.
Alguns taxonomistas a consideram como uma subespécie do quati-de-nariz-branco (Nasua
narica), por se tratar de uma população introduzida na ilha pelos maias.
Bassarisco ou
Gato-dos-Mineiros
O bassarisco (Bassariscus astutus) é um mamífero
da família procyonidae, que também compreende o guaxinim. O
bassarisco vive na América do Norte e seu habitat inclui os estados
da Califórnia, Colorado, Oregon, Arizona, Novo México, Nevada, Texas, Utah e
vai até o norte do México.
É noturno e bom escalador de árvores. Alimenta-se
de frutas, insetos e pequenos vertebrados. Mede de 30 a 45
centímetros de comprimento e sua cauda é semelhante a do guaxinim só que mais
comprida e fina. Também é chamado de gato dos mineiros devido a sua semelhança
com o felino.
Jupará
Os juparás (Potos flavus) são mamíferos arborícolas
e noturnos da família dos procionídeos, mesma família dos quatis. São
encontrados do México ao Sudeste do Brasil, mas principalmente na
Amazônia. Possuem cerca de 60 cm de comprimento, cabeça arredondada, orelhas e
focinho curtos, cauda longa e preênsil, pelagem densa e macia, de cor
marrom-avermelhada ou amarelada. Chegam a pesar 3 kg. Alimentam-se basicamente
de frutos e insetos. Podem se alimentar de néctar de flores.
Também é conhecido como quincaju ou, do inglês, Kinkajou.
Panda-Vermelho
O panda-vermelho ou panda-pequeno, também
conhecido como raposa-de-fogo ou gato-de-fogo (nome
científico: Ailurus fulgens; do grego ailurus, gato; e do latim fulgens,
brilhante), é um pequeno mamífero arborícola e a única espécie do gênero Ailurus.
Pertence à família Ailuridae, mas já foi classificado nas famílias Procyonidae (guaxinim)
e Ursidae (ursos).
O panda-vermelho é nativo das regiões montanhosas do Himalaia e
do sul da China, e está associado às florestas temperadas de
altitude e a bambuzais. Possui uma coloração castanho-avermelhada
característica, cauda comprida e felpuda e um andar gingado devido ao
encurtamento dos membros dianteiros. É um animal solitário, territorialista e
de hábito crepuscular e noturno. Sua alimentação é principalmente composta por bambu;
entretanto, por ser onívoro, pode ingerir ovos, pássaros, insetos e
pequenos mamíferos.
Está em perigo de extinção, devido à destruição do habitat pela
expansão humana, da agricultura, da pecuária e do extrativismo
de recursos naturais. A caça ilegal também é outro importante fator que
contribui para a diminuição da população de pandas. É um animal comum em zoológicos,
principalmente da América do Norte e Europa, reproduzindo-se bem
em cativeiro.
O termo panda foi aplicado por Thomas Hardwicke, quando
o introduziu aos europeus em 1821. A origem do termo panda é desconhecida.
Um dos poucos candidatos conhecidos para raiz da palavra panda é "pónya",
possivelmente derivada de um termo nepalês para a protuberância
arredondada da pata — talvez uma observação atenta de como este animal come bambu com
um osso do pulso (sesamóide radial) adaptado para a função de polegar opositor
e sexto dedo; outros autores acreditam que panda vem de "wah",
termo nepalês para panda-vermelho, e originário do som semelhante a uma
criança, que esta espécie às vezes produz.
Na China é chamado de Pequeno Urso Gato, pois
pensava-se ser aparentado a um urso pequeno e por realizar seu asseio
como um gato. Em chinês: 小熊貓, "pequeno urso-gato", de
小, pinyin xiǎo,
"pequeno", 熊, xióng, "urso"; e 猫, māo,
"gato".
Outros nomes utilizados em diversas línguas são: Lesser
Panda, Red Panda, Cloud Bear, Bright Panda, Common Panda, Fire
Cat, Fire Fox, Red Fox, Fox Bear, Himalayan Raccoon, Red
Cat-bear, Small Panda(inglês); Panda Éclatant, Petit Panda (francês); Panda
Chico, Panda Rojo (espanhol); Kleiner Panda, Katzenbär (alemão); Nigalya
Ponya, Poonya, Wah,Ye, Sankam, Thokya, Vetri (nepalês); Wokdonka (butanês); Hun-Ho, Pinyin (chinês); Wob, Thomtra
marchung (tibetano).