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26 fevereiro, 2011

Ungulados 4

Cetáceos



Tal como todos os mamíferos, os cetáceos respiram ar por pulmões, são de sangue-quente (i.e., endotérmicas) e amamentam os juvenis, mas têm muito poucos pelos.
As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias: o corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe. Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo. A ponta da cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais. Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis.
Debaixo da pele existe uma camada de gordura. Serve como reservatório de energia e também como isolamento. Os cetáceos possuem um coração de quatro câmaras. As vértebras do pescoço estão fundidas na maior parte dos cetáceos, o que fornece estabilidade durante a natação à custa da flexibilidade.
Os cetáceos respiram por meio de espiráculos localizados no topo da cabeça, o que permite ao animal ficar submerso. As baleias sem dentes possuem dois, enquanto que as baleias com dentes apenas têm um espiráculo. Quando respiram, os cetáceos lançam um jacto de água, cuja forma é uma característica que ajuda à sua identificação. O seu sistema respiratório permite-lhes ficar submersos durante muito tempo sem respirar: o cachalote, por exemplo, pode ficar duas horas sem respirar.
Especialmente notória é a baleia-azul, o maior animal que alguma vez viveu. Pode atingir 30 metros de comprimento e pesar 180 toneladas.
Os cetáceos são descendentes de mamíferos terrestres, provavelmente da ordem Artiodactyla. Eles passaram para a água há cerca de 50 milhões de anos.
Recentemente foram encontrados no Paquistão fósseis de animais terrestres adaptados à vida aquática, e os cientistas acreditam que eles são realmente os ancestrais dos atuais Cetáceos, pois o crânio destes animais só encontra similaridades com os crânios de baleias e golfinhos. Mesmo as baleias desdentadas descendem de animais terrestres.
Os fósseis encontrados são de animais da ordem Artiodactyla, que eram adaptados à corrida mas, para fugir de predadores e buscar mais opções de alimento, adaptaram-se à vida aquática. Um deles, o Pakicetus, assemelhava-se a algo intermediário a um lobo ou uma lontra e alimentava-se de peixes, um outro, o Rodhocetus, possuía cabeça semelhante a das baleias e tinha as patas adaptadas como nadadeiras.

Baleias-Francas

Baleia-Franca-Austral


A baleia-franca-austral (Eubalaena australis) é uma das três espécies de baleia-franca, pertencente ao género Eubalaena. Estima-se que haja cerca de 7500 exemplares desta baleia espalhadas pelo sul do Hemisfério Sul, numa faixa compreendida entre os 30º e os 55º de latitude. Pode atingir os 18 metros de comprimento e as 80 toneladas de peso.
A caça indiscriminada deste tipo de baleia, devido à quantidade de óleo possuída por exemplar, deixou-a quase em perigo de extinção. Desde o século XIX, a população destes animais foi reduzida em 90%. Actualmente estima-se que exista uma população que oscila entre os 7500 e 8000 indivíduos. Durante o Inverno, as baleias escolhem as águas mais quentes do hemisfério sul para se reproduzirem, tais como os seguintes as costas da Península Valdés (na Patagónia), Austrália, África do Sul e Brasil.

Southern right whale

Blow hole of southern right whale

Southern right whale breaching

Baleia-Franca-do-Pacífico




A baleia-franca-do-pacífico (Eubalaena japonica) é um cetáceo da família Balaenidae encontrado nas águas temperadas e tropicais do Pacífico.

North Pacific right whale

Tail flukes of a North Pacific right whale, showing unusual barnacles probably aquired from association with humpbacks

Baleia-Franca-do-Atlântico-Norte


A baleia-franca-do-atlântico-norte (Eubalaena glacialis) é um cetáceo da família Balaenidae encontrado nas águas temperadas do Atlântico Norte.
Apesar de originalmente ter sido comum por todo o Atlântico Norte, é hoje em dia encontrada essencialmente ao longo da costa Norte-Americana sendo que a população do Atlântico Norte Europeu estará criticamente ameaçada. A IUCN calcula a população total de indivíduos maduros em menos de 250.
Com efeito,a baleia-franca-do-atlântico-norte foi uma das vítimas mais precoces da caça à baleia. A sua caça, que existiu pelo menos desde o século X, era particularmente popular devido à particularidade dos animais abatidos ficarem a flutuar depois de mortos (ao contrário de outras espécies) facilitando o trabalho dos baleeiros, e dando origem ao seu nome em Inglês, Right Whale, ou seja, a "baleia certa", por ser considerada a melhor baleia para caçar.
A facilidade com que a baleia-franca-do-atlântico podia ser caçada em grande escala levou a que o seu número se reduzisse de tal forma que por volta de 1700 já tinha perdido a maior parte da sua importância económica.
Pode atingir os 18 metros de comprimento e um peso superior a 90 toneladas.

North Atlantic right whale, head detail, showing callosities





Baleia-Franca-Pigméia




A Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata) é um mamífero cetáceo, o único pertencente à família Neobalaenidae.
A Baleia-franca-pigméia foi descrita e assinalada a um novo género em 1846 por John Edward Gray, quem trabalhou na secção de Zoología do Museu Britânico. Esta espécie compartilha características taxonómicas das famílias Balaenidae e Balaenopteridae: falta de pliegues gulares e apresenta um rosto arqueado como as baleias francas, mas também tem barbatana dorsal e um corpo alargado como os rorquais (designação comum dada aos cetáceos da família Balaenopteridae), resultando num intermédio. Por isso, também se pode classificar na família monoespecífica Neobalaenidae.

Pygmy right whale at surface of water, blowhole visible


Baleia-Comum


A baleia-comum (Balaenoptera physalus), também chamada de baleia-fin e rorqual-comum, é um mamífero marinho que pertence à família dos balenopterídeos, da ordem dos cetáceos. É o segundo maior animal existente, depois da baleia-azul, podendo atingir um comprimento de até 27 metros.
Longo e esguio, o corpo da baleia-comum é cinza-amarronzado e sua parte inferior é esbranquiçada. Existem ao menos duas subespécies distintas: a baleia-comum-do-norte, encontrada no Atlântico Norte, e a baleia-comum-antártica do Oceano Antártico. É encontrada em todos os principais oceanos, das águas polares às tropicais. A espécie está ausente somente nas águas próximas aos blocos de gelo dos pólos norte e sul e áreas relativamente pequenas de águas afastadas do alto mar. A maior densidade populacional da baleia-comum ocorre em águas frias e temperadas. Sua alimentação consiste de pequenos cardumes de peixe, lulas e crustáceos como os misidáceos e o krill.
Assim como todas as outras grandes baleias, a baleia-comum foi caçada em larga escala durante o século XX e está listada entre as espécies ameaçadas de extinção. A Comissão Baleeira Internacional (CBI) obteve uma moratória para a pesca comercial dessa baleia, embora países como a Islândia, Noruega e Japão ainda continuem a caça em determinadas épocas do ano. Para a temporada de 2008, o Japão tencionava matar aproximadamente 1.000 baleias — 850 baleias-minke, 50 baleias-comuns e 50 baleias-jubartes — mas esse número poderá ser menor em virtude de cortes financeiros provocados por protestos ambientais. A espécie também é caçada por aborígenes groenlandeses, através do programa de Pesca de Subsistência Aborígene comandado pela CBI. Em 2007, o programa matou 377 baleias, das quais 12 eram baleias-comuns. Colisões com navios e ruídos da atividade humana nos oceanos também constituem uma significante ameaça para a recuperação da espécie.

Fin whale

Aerial view of fin whale swimming at surface

Fin whale characteristic blow

Baleia-Sei



A baleia-sei (Balaenoptera borealis), também chamada de baleia-boreal, baleia-glacial ou baleia-sardinheira é uma baleia, considerada o terceiro maior balenopterídeo, a seguir à baleia-azul e à baleia-comum. Pode ser encontrada em todo o mundo, em todos os oceanos e mares adjacentes, e prefere águas profundas mais afastadas da costa. Tende a evitar as águas polares e tropicais e corpos de água semi-fechados. A baleia-sei migra anualmente de águas frias e subpolares no Verão até águas temperadas e subtropicais no Inverno, apesar de na maioria das áreas as rotas exata de migração não serem bem conhecidas.
Alcançando um comprimento de até 20 metros e pesando até 45 toneladas, a baleia-sei consome uma média de 900 quilogramas de comida todos os dias, principalmente copépodes e krill e outros elementos do zooplâncton. Está entre os mais rápidos dos cetáceos, podendo alcançar velocidades de até 50 quilômetros por hora em distâncias pequenas. O nome da baleia advém da palavra norueguesa para escamudo, um peixe que aparece na costa da Noruega na mesma altura em que aparece a baleia-sei.
Seguindo caça comercial da espécie entre o fim do século XIX e o fim do século XX, quando cerca de 238 mil indivíduos foram caçados, a baleia-sei é atualmente uma espécie internacionalmente protegida, apesar de caça limitada ainda ocorrer sob os controversos programas de pesquisa conduzidos pela Islândia e Japão. Em 2006, a população mundial de baleia-sei era em torno de 54 mil indivíduos, cerca de um quinto da sua população pré-existente.

Sei whale, lateral view

Sei whale calf diving

Sei whale blow


Baleia-Minke 
(Balaenoptera acutorostrata)



Vive em oceanos tropicais, temperados e frios. É o menor dos balaenopterídeos: o máximo de comprimento registrado para a fêmea é de 10,70m e para o macho, 9,90m. Não é gregária, geralmente encontram-se animais solitários, aos pares ou trios. Alimenta-se principalmente de krill, pequenos peixes de cardumes e copépodes.

Common minke whale surfacing with rostrum, lower jaw and blow hole clearly visible

Dwarf minke whale head detail

Dwarf minke whale near surface

Baleia-de-Bryde



Baleia-de-bryde é o nome comum dado a duas espécies de baleias, a "Balaenoptera brydei" e a "Balaenoptera edeni", da família dos balenopterídeos. A baleia-de-bryde, no salto, sai da água como um míssil, causando um enorme chapão, que se pode ouvir a grandes distâncias. Ocorrem com maior incidência no litoral do Brasil, na Primavera e no Verão.
Os seus exemplares podem chegar a 15,5 metros de comprimento, sendo, em geral, as fêmeas maiores do que os machos.

Bryde's whale swimming underwater

Bryde's whale underwater

Bryde's whale head showing distinctive characteristics

Baleia-Azul


A baleia-azul, (Balaenoptera musculus) é um Mamífero marinho. Como outras baleias, as baleias azuis usam lâminas córneas na sua cavidade bucal para filtrar seu alimento (krill) da água do mar, alimentando-se também de pequenos peixes e lulas. A baleia-azul é o maior animal alguma vez existente, podendo chegar a ter 33 metros de comprimento e mais de 180 toneladas de massa.
A baleia-azul possui uma pequena aleta (abertura) que é visível apenas num curto período, quando a baleia mergulha. Tal aleta pode produzir jatos de água de até nove metros altura. O seu pulmão pode conter aproximadamente cinco mil litros de ar.
É também o animal mais ruidoso do mundo. Emitem sons de baixa freqüência que atingem os 188 decibéis — mais fortes que o som de um avião a jacto — que podem ser ouvidos a mais de 800 quilômetros de distância.
A baleia-azul é o maior animal que existe na face da Terra. A maior criatura conhecida da era dos dinossauros era o seismossauro da era Mesozóica, com um peso superior a 100 toneladas e comprimento estimado de 40 metros, embora alguns cientistas afirmem que poderiam chegar a 52 metros de comprimento. Há incertezas sobre a maior baleia-azul já capturada. A maioria das informações vem de baleias-azuis mortas em águas antárticas durante a primeira metade do século XX, coletadas por baleeiros não instruídos em técnicas de coleta zoológica. As baleias mais longas já registradas foram duas fêmeas com 33,6 e 33,3 metros de comprimento, respectivamente, porém existem algumas disputas sobre a confiabilidade destas informações. A maior baleia medida por cientistas no Laboratório Americano de Pesquisas de Mamíferos Marinhos media 29,9 metros, o mesmo comprimento de um avião Boeing 737.
A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinqüenta pessoas poderiam apoiar-se em sua língua. Um bebê (humano) poderia engatinhar através das principais artérias da baleia-azul e um humano adulto poderia até se arrastar pela sua aorta. Uma baleia-azul recém-nascida pesa mais que um elefante adulto e tem cerca de 7,6 metros de comprimento. Durante os seus primeiros sete meses de vida, bebês de baleia-azul tomam cerca de 380 litros de leite todo dia. Bebês de baleias-azuis ganham peso rapidamente, 91 kg a cada 24 horas. O órgão reprodutor do macho (o pênis), chega a medir 3 metros de comprimento.
Apesar de serem mamíferos, as baleias não amamentam seus filhotes pelas tetas. O leite da baleia é tão gorduroso que ela o solta na água, de onde o filhote o suga, já que água e gordura não se misturam.
Baleias azuis são difíceis de se pesar dado o seu imenso tamanho. A maioria das baleias azuis morta por baleeiros não têm o seu peso tomado como um todo, mas sim, corta-se a baleia em peças menores, que podem ser pesadas mais facilmente. Isto causa um erro na tomada do peso total da baleia, devido à perda de sangue e outros fluidos. De qualquer maneira, tomadas entre 160 a 190 toneladas foram registradas para espécimes com mais de 27 metros de comprimento. A maior baleia azul de que se tem informação é uma fêmea que pesou 176.790 kg.



Aerial view of blue whale feeding

Blue whale breaching

Baleia-da-Groenlândia


A baleia-da-Groenlândia ou Baleia-da-gronelândia (Balaena mysticetus) é um mamífero cetáceo da família dos balenídeos, gênero Balaena. Algumas fontes consideram que esta espécie pertence ao género Eubalena, atribuindo-lhe o nome científico Eubalaena mysticetus. Essa espécie retém o recorde de período de vida mais longo, podendo chegar até os 210 anos.

Bowhead whale

Bowhead whale surfacing

Baleia-de-Minke



A baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) é um mamífero cetáceo da família dos balenopterídeos.
Também conhecidas por baleia-anã, ou como finbeque na região dos Açores, a baleia-minke-antártica é uma das menores espécies de baleias do mundo.
Existem dois tipos de baleias-minke no Hemisfério Sul que diferem de acordo com a cor padrão, caracteres morfométricos e coloração das barbatanas: a forma anã de menor tamanho, com mancha branca e a forma usual de maior tamanho e sem a mancha branca.

Antarctic minke whale surfacing to breathe

Antarctic minke whales

Baleia-Jubarte


A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), também conhecida como baleia-preta, baleia-corcunda, baleia-xibarte, baleia-cantora ou baleia-de-bossa, é um mamífero marinho da ordem dos cetáceos que vive em mares do mundo todo.
Os machos da espécie medem de 15 a 16 metros; as fêmeas, de 16 a 17. O peso médio é de aproximadamente 40 toneladas, sendo que o maior exemplar já visto possuía 19 metros.
É uma espécie protegida desde 1967 e, em 2008, as estimativas do número de indivíduos variam dos 30 mil aos 65 mil exemplares.
São reconhecidas facilmente graças a numerosos sinais. Possuem a parte superior totalmente negra, parte inferior branca ou um pouco mais escura. A cabeça e mandíbula inferior estão recobertas de pequenas protuberâncias características da espécie, chamadas de tubérculos cefálicos, ou dérmicos, que na realidade são folículos pilosos.
A cauda possui manchas negras e brancas visíveis quando o animal submerge, e as ondulações da sua parte posterior e os desenhos em suas barbatanas caudais (próprias de cada exemplar) são utilizadas para identificação.
Cada barbatana peitoral (também com manchas negras e brancas e com um desenho próprio de cada animal) pode alcançar até um terço do comprimento do corpo, muito mais que qualquer outra espécie da ordem dos cetáceos. Para explicar esta diferença tão notável, várias hipóteses têm sido apresentadas: algumas acreditam que se deva a uma adaptação evolutiva para assegurar uma maior facilidade de movimento, outras acreditam que seja para melhorar a regulação térmica interna durante os movimentos migratórios em que a temperatura varia consideravelmente, de acordo com a região.
Quando a baleia emerge, expulsa o ar de seus pulmões formando uma nuvem de até três metros. O ar quente, proveniente dos pulmões, condensa imediatamente em contato com o ar frio. A barbatana dorsal, achatada, aparece fora da água após este movimento respiratório e permanece visível até que a barbatana caudal desapareça.
Assim como os demais membros de sua espécie, a baleia possui entre 16 e 20 sulcos ventrais, que são na realidade pregas paralelas que vão da mandíbula até o umbigo e que permitem uma maior abertura da boca.
As barbas características da subordem são produções córneas que filtram a água, retendo o alimento. A jubarte conta entre 270 e 400 barbas de cor escura, dispostas a cada lado da boca.
As fêmeas possuem um lóbulo de 15 centímetros de diâmetro na região genital que permite diferenciar os sexos, já que o pênis dos machos está geralmente escondido na ranhura genital. As baleias parem normalmente a cada dois ou três anos. A gestação dura onze meses. É raro, mas certas fêmeas podem dar à luz dois anos seguidos.
O filhote mede ao nascimento de quatro a quatro metros e meio e pesa aproximadamente 700 quilogramas. É amamentado por sua mãe durante um ano, sendo sua única fonte alimentícia durante os seis primeiros meses. Os seis meses seguintes alternam com o alimento que são capazes de capturar eles mesmos. Os filhotes abandonam suas mães ao início de seu segundo ano, quando alcançam aproximadamente os nove metros de comprimento.
Os jovens alcançam a maturidade sexual aos cinco anos. Vivem, geralmente, de 40 a 50 anos.

Humpback whale breaching

Female and young humpback whale

Humpback whale calf

Baleia-Cinzenta



A baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus) é um mamífero cetáceo da família dos escrictídeos.
Pode atingir cerca de 15 m de comprimento e pesar cerca de 35 toneladas.
Anfípodos (Pequenos crustáceos que vivem na ou perto de água, incluindo pulgas de areia e piolhos de baleia), krill, plâncton e moluscos. Ao contrário de outros cetáceos, a baleia-cinzenta tende a alimentar-se junto ao fundo do mar, onde agita a água para levantar material do fundo de onde consegue filtrar os seus alimentos.
Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Oceano Ártico: A baleia cinzenta ocorre em águas litorais desde o mar de Okhotsk até à Coreia do Sul e Japão e desde os mares de Chukchi e de Beaufort no golfo de México.
As baleias cinzentas são as mais litorais das baleias-de-barba e são encontradas freqüentemente a um quilômetro da costa litoral, embora um aumento no tráfego de barcos possa forçar as baleias a permanecer em zonas mais distantes. Por causa de preferirem águas perto da costa, as baleias cinzentas são alguns dos cetáceos mais bem conhecidos.
Atinge a maturidade sexual quando ultrapassa os 20m de comprimento. Não se conhece o processo de acasalamento. A gestação dura cerca de 1 ano e o baleote ingere quase 600 litros de leite por dia, podendo dobrar seu peso em 1 semana.
A pele da Baleia-Cinzenta é sarapintada de cinzento escuro e de cinzento claro, embora já tenham sido observados alguns indivíduos esbranquiçados.
Existe um dimorfismo sexual no tamanho. As fêmeas tendem a ser maiores do que os machos, talvez devido ao fato de serem estas que cuidam e protegem as suas crias.
O único predador da Baleia-Cinzenta é a Orca. As Orcas parecem atacar especificamente os lábios, a língua e a cauda das baleias cinzentas.

Gray whale snout covered in barnacles, passes by kelp

Gray whale showing baleen plates

Adult gray whale breaching

Baleia com Dentes

Baleia-Piloto


A Baleia-piloto-de-aleta-curta, com o nome científico de Globicephala macrorhynchus é uma das duas espécies de mamíferos marinhos oceânicas conhecida como baleias piloto ou Blackfish. As outras espécies de baleia piloto são chamadas de baleia-piloto de longa barbatana. A diferença entre as duas espécies é, como seus próprios nomes deixam claro, o comprimento de suas nadadeiras peitorais. Claro que existem outras diferenças, mas fisicamente é a diferença mais visível entre as duas espécies.
As Baleias-piloto-de-aleta-curta são encontradas em águas oceânicas profundas, onde se alimentam de lulas. Elas são capazes de mergulhar em profundidades de até 600 metros para encontrar suas presas. Às vezes, se alimentam perto da costa e são frequentemente encontradas encalhadas nas vagens.

Short-finned pilot whale portrait

Group of juvenile short-finned pilot whales

Spyhopping behaviour in short-finned pilot whale

Baleia-Bicuda-de-Cuvier


A baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostris) é um cetáceo da família Ziphiidae, encontrado em águas tropicais e temperadas de todos os oceanos.

Cuvier's beaked whale breaching

Cuvier's beaked whale breaching

Cuvier's beaked whale surfacing

Baleia-Bicuda-de-Baird


A baleia-bicuda-de-baird (Berardius bairdii) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado em águas temperadas frias do Pacífico Norte. As baleias de bico são uma das mais misteriosas e menos estudada de todas as famílias de cetáceos.

Baird's beaked whale surfacing showing tooth bud

Baird's beaked whale tail slap

Pod of Baird's beaked whales

Baleia-Bicuda-de-Gray


A baleia-bicuda-de-gray (Mesoplodon grayi) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado nas águas temperadas frias do hemisfério sul.

Adult Gray's beaked whale surfacing

Adult Gray's beaked whale at the surface, dorsal fin visible

Baleia-Bicuda-de-Layard


A baleia-bicuda-de-layard (Mesoplodon layardii) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado nas águas temperadas frias do hemisfério sul.


Baleia-Bicuda-de-Blainville


A baleia-bicuda-de-blainville (Mesoplodon densirostris) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado em águas temperadas e tropicais de todos os oceanos.

Blainville's beaked whale surfacing

Blainville's beaked whale breaching

Baleia-Bicuda-Pigméia 
(Mesoplodon peruvianus)


Pygmy beaked whale swimming just under the surface of the sea

Baleia-Bicuda-de-Cabeça-Plana-do-Sul


Baleia-nariz-de-garrafa-do-sul ou botinhoso-do-sul (Hyperoodon planifrons) é uma das duas espécies do género Hyperoodon. Fisicamente semelhante ao botinhoso-do-norte, esta espécie raramente tem sido observada nem nunca foi capturada por seres humanos, ao contrário da espécie congénero setentrional. Acredita-se que seja a baleia mais abundante no Oceano Antártico.
Medem cerca de 8 a 15 metros de comprimento quando adultos. Têm um bico longo, branco nos machos e cinzento nas fêmeas. A barbatana dorsal é relativamente pequena, de 30 a 38 centímetros, situada atrás do meio das costas, falciforme (forma de foice) e geralmente inclinada. As costas são de um cinzento mais claro que na espécie congénere do norte mas, tal como ela, tem a parte ventral mais clara.
O botinhoso-do-sul tem uma distribuição geográfica circumpolar pelo Oceano Antártico, tendo sido encontrado desde a costa Antártica, a sul, até à extremidade da África do Sul, ilhas setentrionais da Nova Zelândia e regiões meridionais do Brasil. Acredita-se que exista uma população global de 500 000 indivíduos (arredondado por excesso).

Southern bottlenose whale breaching

Southern bottlenose whale breaching

Baleia-Bicuda-de-Shepherd
(Tasmacetus shepherdi)


É um cetáceo da família Ziphiidae, encontrado em águas temperadas frias, especialmente na Nova Zelândia, Chile, Argentina e Tristão da Cunha.


Baleia-Bicuda-de-Arnoux


A baleia-bicuda-de-arnoux (Berardius arnuxii) é um cetáceo da família Ziphiidae, encontrado em águas subantárticas.

Arnoux's beaked whales blowing air at the surface

Arnoux's beaked whales coming up for air


Cachalote



O cachalote (Physeter catodon dos termos gregos physao (soprar) e cata (base) + odon (dente), também Physeter macrocephalus) é a maior das baleias com dentes bem como o maior animal com dentes actualmente existente, medindo até 18 metros de comprimento. Esta baleia tem como característica distintiva o facto de possuir na cabeça uma substância cerosa de cor leitosa, o espermacete. A enorme cabeça e a forma distintiva do cachalote, bem como o seu papel na obra Moby Dickde Herman Melville, levaram muitos a descreverem o cachalote como o arquétipo de baleia por excelência. O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da Madeira e Açores até 1981 e 1984 respectivamente.

Sperm whale swimming at surface

Sperm whale diving

Sperm whale spy-hopping, showing teeth

Cachalote-Anão


O cachalote-anão (Kogia sima) é uma das três espécies de baleias denominadas cachalotes. Não são observadas muitas vezes e o pouco que se sabe sobre estes animais tem origem no estudo de espécimes trazidos pelo mar até às costas.
O cachalote-anão é a menor de todas as baleias. Cresce até aos 2.7 metros de comprimento e 250 kg de peso, o que torna esta espécie mais pequena que os maiores dos golfinhos. Esta espécie apresenta movimentos lentos e deliberados sem produzir muito ruído ou espuma e geralmente mantém-se imóvel quando sobe à superfície do mar. Assim, só pode ser observada em mares muito calmos.
O cachalote-anão é fisicamente muito parecido com o cachalote-pigmeu, apresentando as mesmas características comportamentais. No mar a distinção entre as duas espécies é praticamente impossível - no entanto o cachalote-anão é ligeiramente menor e a sua barbatana dorsal é consideravelmente maior. O corpo apresenta uma tonalidade azul-cinzenta por vezes com riscas semelhantes a veios de cor amarela. Atrás de cada olho existe uma falsa guelra. As barbatanas são muito curtas e largas. A parte superior do focinho é mais comprida que a mandíbula, que é curta. Estes cachalotes apresentam afiados dentes compridos e curvos (6 na maxila e 14 a 26 na mandíbula).
Tal como os outros cachalotes, o cachalote-anão possui um órgão de espermacete na parte frontal da cabeça. Tal como o cachalote-pigmeu, o cachalote-anão pode expelir uma substância avermelhada quando assustado ou atacado - possivelmente para afastar predadores.
O cachalote-anão é dum modo geral uma criatura solitária, tendo sido observados pequenos grupos em algumas ocasiões. Alimenta-se sobretudo de lulas e caranguejos.

Group of dwarf sperm whales at surface

Cachalote-Pigmeu


O cachalote pigmeu (Kogia breviceps) atinge apenas 4 m de comprimento e é mais comum nos mares austrais, embora também apareça nas águas dos Açores; alimenta-se de cefalópodes e crustáceos.

Pygmy sperm whale

Group of pygmy sperm whales at surface



Falsa-Orca



A falsa-orca (Pseudorca crassidens) ou Roaz-negro é uma espécie de cetáceo da família Delphinidae, sendo uma das maiores espécies dessa família. É encontrada nas águas tropicais e temperados de todo o mundo.

False killer whale portrait, showing teeth

Male false killer whale threat display

Group of false killer whales porpoising at surface

Orca



A orca (Orcinus orca) (popularmente conhecida como baleia-assassina) é o membro de maior porte da família Delphinidae (ordem dos cetáceos) e um predador versátil, podendo comer peixes, moluscos, aves, tartarugas, ainda que, caçando em grupo, consigam capturar presas de tamanho maior, incluindo morsas e baleias. O nome baleia assassina provém da tradução direta do inglês "killer whale" e, mesmo sendo incorreto, tornou-se popular, especialmente entre os leigos. É um predador carnívoro, sendo considerada como um animal de topo na cadeia alimentar. Pode chegar a pesar nove toneladas. É o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica (logo a seguir ao homem), podendo encontrar-se em qualquer um dos oceanos.
Têm uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos. Comunicam-se através de sons e costumam viajar em formações que assomam ocasionalmente à superfície. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho que já a descrevia como um monstro marítimo feroz. Até hoje só houve quatro casos de ataques fatais a seres humanos: um ocorreu na Malásia em 1928 quando um grupo de quatro orcas foi atacado por um pescador. Os animais, para defenderem-se, revidaram e atacaram o barco e o homem, que foi morto; o outro caso ocorreu em 1991, quando um treinador do Sealand of the Pacific no Canadá, foi puxada para o fundo do tanque onde estavam 3 exemplares de orcas, e morreu por afogamento. Em 1999, um dos três animais, um macho de nome Tillikum se envolveu em outro incidente, no Parque Sea World, em Orlando, Flórida, quando autoridades acharam o corpo de um homem afogado em seu tanque (não se sabe o que ocorreu, mas a suspeita é de que o homem - um turista - pulou intencionalmente no tanque, e não foi capaz de sair, apesar de haver marcas de ataque em seu corpo). E o quarto, e mais recente incidente envolveu também o macho Tillikum, no dia 24 de Fevereiro de 2010, também no SeaWorld, quando a treinadora Dawn Brancheau foi puxada para o fundo do tanque, ao fim de uma apresentação. Outros casos de incidentes ocorreram envolvendo orcas e seus treinadores, mas nenhum outro caso de morte foi relatado além dos já citados. Não há nenhum registro na história sobre ataques de orcas a seres humanos em alto mar.

Orca diving from surface

Captive orca mouth detail

Three orcas spyhopping

Orca-Pigméia


A orca-pigméia (Feresa attenuata) é um cetáceo da família dos delfinídeos, que recebe tal nome por ter características físicas similares a orca.

Pygmy killer whale

Pygmy killer whales swimming

Pygmy killer whale at surface

Narval
(monodon monoceros)


O narval é um cetáceo de grande porte, com 4 a 5 metros de comprimento e cerca de 1,5 toneladas de peso. Tem uma coloração branca e cinza marmórea e é desprovido de barbatana dorsal. O dimorfismo sexual na espécie é bastante pronunciado e manifesta-se no dente incisivo superior esquerdo dos machos, que se encontra enrolado em espiral e que se projeta como um chifre. Este dente é feito de marfim e pode atingir até 3 metros de comprimento, quase de metade do comprimento do animal. A presa do macho do narval é fonte de marfim de valor comercial e constitui um atrativo à caça da espécie. Cerca de um macho em 500 tem duas presas em vez de uma.
Uma equipe da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA descobriu que a presa forma um órgão sensorial de tamanho e sensibilidade excepcionais, tornando o apêndice um dos mais notáveis do planeta.
A descoberta aconteceu quando a equipe passou o material da presa num microscópio eletrônico e descobriu novas sutilezas da anatomia dentária do narval.
Os close-ups mostraram que 10 milhões de terminações nervosas saem do centro da presa em direção à sua superfície, em contato com o mundo exterior. Os cientistas dizem que os nervos são capazes de detectar mudanças sutis de temperatura, pressão, gradientes de partículas e provavelmente muito mais, dando ao animal uma percepção única.
Como eles têm o costume de erguer as presas no ar, os cientistas imaginam que elas poderiam servir como estações meteorológicas sofisticadas, permitindo que os bichos farejem mudanças de temperatura e pressão ligadas à chegada de frentes frias e ao congelamento de canais em meio ao gelo.
Os narvais vivem em pequenos grupos familiares de cerca de 5 a 10 indivíduos, que se reúnem em bandos maiores em zonas costeiras na época do Verão. Nestas alturas estabelece-se uma hierarquização social entre machos, através de lutas que envolvem a presa. Estes animais alimentam-se de bacalhau e outros peixes de águas frias, bem como de cefalópodes. O narval nada com freqüência até grandes profundidades em mergulhos que duram até cerca de 15 minutos. A maior profundidade registrada foi de 1164 metros e mergulhos até mil metros são comuns.
A população atual da espécie está estimada em cerca de 50 000 indivíduos.

Male narwhal swimming at waters surface, showing tusk

Male narwhals showing tusks above water

Female narwhal swimming underwater

Beluga


A baleia-branca ou beluga (Delphinapterus leucas) é um mamífero cetáceo da família Monodontidae. O seu parente mais próximo no grupo dos cetáceos é o narval. A baleia branca habita as águas frias em torno do círculo polar ártico.
São caçadores oportunistas, e comem uma grande variedade de peixes, lulas, crustáceos e polvos.
A baleia-branca é um animal gregário que mede até 5 metros de comprimento e pesa até 1,5 toneladas. Tem entre 8 a 10 dentes em cada maxilar.
Esse belo exemplar de animal é capaz de conviver com humanos e mesmo assimilar seus hábitos se adotado ainda filhote.

Beluga whale exhaling under ice

Beluga whale swimming under ice

Close-up of beluga whale at surface


Baleia-Bico-de-Garrafa-do-Norte



Tem dentes, atinge 10 metros de comprimento e pesa mais de 8 toneladas. Consegue permanecer debaixo d’água durante cerca de duas horas.

Northern bottlenose whales socialising at surface

Northern bottlenose whale dorsal fins

Golfinho-de-Commerson


O golfinho-de-commerson (Cephalorhynchus commersonii) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas fria do Golfo de São Matias, Argentina ao lado chileno do estreito de Magalhães e nas ilhas Shetland do Sul, Geórgia do Sul,Falklands e Kerguelen.

Commerson's dolphin breaching surface of water

Commerson's dolphin, ventral view

Group of Commerson's dolphins in captivity

Golfinho-Chileno


O golfinho-chileno (Cephalorhynchus eutropia), ou golfinho-negro-do-chile, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas costeiras chilenas de Valparaíso a ilha Navarino e Terra do Fogo.


Chilean dolphins leaping

Golfinho-de-Heaviside


O golfinho-de-heaviside (Cephalorhynchus heavisidii) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado águas costeiras do sul da África, da África do Sul (Cape Town) ao Namíbia e talvez no sul de Angola.


Heaviside's dolphins leaping

Golfinho-de-Hector


O golfinho-de-hector (Cephalorhynchus hectori) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas costeiras da Nova Zelândia.


Hector's dolphin porpoising out of water

Hector's dolphins porpoising

Golfinho-de-Dentes-Rugosos


Golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas tropicais e temperadas de todos os oceanos.

Rough-toothed dolphin

Two rough-toothed dolphins swimming at ocean surface

Rough-toothed dolphin, showing blow hole detail

Golfinho-Corcunda-do-Indopacífico
O golfinho-corcunda-indopacífico (Sousa chinensis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado no oceano Índico e sudoeste do Pacífico, principalmente em águas costeiras.

Adult female and calf Indo-Pacific humpback dolphins

Female and calf Indo-Pacific humpback dolphins surfacing

Captive Indo-Pacific humpback dolphin in pink phase

Boto-Cinza


O boto-cinza (Sotalia spp) é um boto da família dos delfinídeos. Também conhecido como tucuxi ou boto-cinza-marinho, eles têm o hábito de viver em grupos e são muito sociáveis. Como todos os cetáceos, têm de respirar periodicamente e podem permanecer submersos por longos períodos. Possuem um biossonar que lhes permite localizar objetos e se orientar, utilizando o som e o eco. Geralmente, seus dentes são todos iguais e existe apenas uma dentição. A maioria se alimenta de peixes e lulas e, ocasionalmente, de crustáceos.
As fêmeas dão à luz apenas um filhote após um ano de gestação, durante o trabalho de parto, é comum a mãe ser ajudada por outros membros do grupo. O período de amamentação dura sete meses em média. Os Botos Cinzas são ótimos nadadores, atingindo velocidades de até 60 km/h e saltam até 5 m acima da água. Podem viver até 80 anos. Utilizam a técnica de pesca em grupo, que facilita o cerco dos peixes. Seu tato é bastante desenvolvido e ocorrem muitos toques entre os botos que, segundo pesquisas, pode ser um tipo de comunicação. Sua principal ameaça são as redes de pesca onde, por acidente, acabam ficando presos e morrendo afogados. Desde 1986, é proibido pesca, caça, perseguição ou captura de cetáceos nas águas brasileiras.




Golfinho-Comum


O golfinho-comum, golfinho-nariz-de-garrafa, golfinho-roaz ou roaz-corvineiro (Tursiops truncatus) é talvez a mais famosa e conhecida espécie de golfinho no mundo inteiro. Não somente por ser a espécie do famoso golfinho da série de televisãoFlipper, mas também em função de sua distribuição ao longo de águas costeiras e oceânicas em todos os mares do planeta com exceção dos mares polares. Desde 1920 passou a ser capturada para estudos e shows em cativeiros, e é a espécie mais comum nos parques temáticos. No Brasil, distribui-se em águas próximas à costa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a partir de onde pode ser encontrada em águas mais afastadas da costa até o nordeste. Os maiores golfinhos-nariz-de-garrafa do mundo estão no Brasil, na Lagoa dos Patos, onde podem alcançar 4 metros de comprimento. Em Portugal, é comum avistar-se roazes-corvineiros nas águas do Rio Sado, ao largo de Setúbal.
O golfinho-nariz-de-garrafa possui o corpo robusto, a cabeça robusta e o bico curto, largo e nitidamente distinto da cabeça. A sua nadadeira dorsal é alta e falcada. Nascido para deslizar os golfinhos-nariz-de-garrafa possuem corpos hidrodinâmicos, em forma de torpedo, que lhes permitem deslizar rapidamente através das águas do oceano. A sua gama de cores vai desde creme a cinza ou mesma preta. Geralmente, a barriga é mais clara que o dorso. As comunicaçõe são efetuadas por meio de uma gama de sons emitidos a partir da bolsa nasal localizada na testa. Dentes fortes os golfinhos agarram o peixe com seu 18-27 pares de pequenos dentes cônicos, em ambas as mandibulas. As marcas especiais na pele ajudam os golfinhos a camuflarem-se de potenciais predadores. A cauda tem dois remos, denominados lobos, que o impulsionam através da água.


Bottlenose dolphin portrait

Bottlenose dolphin with fish in mouth

Golfinho-Nariz-de-Garrafa-do-Índico 
(Tursiops aduncus)


 É um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado no oceano Índico, sendo incerta sua distribuição no Pacífico.

Indian Ocean bottlenose dolphin swimming

Indian Ocean bottlenose dolphin in shallows

Indian Ocean bottlenose dolphins swimming

Golfinho-Comum-de-Bico-Longo


O golfinho-comum-de-bico-longo (Delphinus capensis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas costeiras tropicais e temperadas.

Female long-beaked common dolphin with infant

Long-beaked common dolphin playing

Golfinho-Pintado-Pantropical


O golfinho-pintado-pantropical (Stenella attenuata) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas temperadas e tropicais de todos os oceanos.

Pantropical spotted dolphin

Pantropical spotted dolphin calf leaping to shake off remora

Pantropical spotted dolphin calf riding on female's back


Golfinho-Pintado-do-Atlântico


O golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas temperadas e tropicais do oceano Atlântico.


Atlantic spotted dolphins

Atlantic spotted dolphins porpoising

Golfinho-de-Óculos


O golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica), ou boto-de-lunetas, é um cetáceo da família Phocoenidae encontrado nas águas subantárticas.

Spectacled porpoise breaching

Spectacled porpoise underwater, dorsal view

Golfinho-Rotador


O Golfinho-rotador (Stenella longirostris), ou golfinho-fiandeiro-de-bico-comprido, é um golfinho oceânico, encontrado especialmente em águas tropicais e subtropicais. A espécie possui um bico longo e fino, com a porção distal preta. Seu dorso é mais escuro que seu ventre. Esses animais executam saltos em forma de pirueta, girando várias vezes em torno do eixo do corpo antes de retornar à água, razão do nome popular. Os Golfinhos Rotadores atingem em média 1,90 m. de comprimento. Sua grande agilidade deriva, em parte, de seu formato hidrodinâmico e de uma pele oleosa que reduz drasticamente o atrito com a água. Isso permite que os golfinhos alcançem a velocidade necessária para realizarem seus saltos e piruetas.

Spinner dolphin leaping and spinning

Gray's spinner dolphins

Spinner dolphin leaping, ventral view

Golfinho-Clímene


O golfinho-clímene (Stenella clymene), ou golfinho-fiandeiro-de-bico-curto, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas tropicais e temperadas do oceano Atlântico.


Leaping Clymene dolphin

Clymene dolphin bow-riding

Leaping Clymene dolphins

Golfinho-Riscado


O golfinho-riscado (Stenella coeruleoalba), também chamado de golfinho-listrado, tem como característica uma faixa negra que corre pelos flancos desde os olhos até o seu ânus, e também por uma mancha clara, cuja forma se aproxima da uma pincelada, que corre do olho para a barbatana dorsal, que o tornam fácil de distinguir.É uma espécie de golfinho gregário encontrado nas zonas subtropicais, tropicais e temperadas quentes de todos os oceanos. Essa espécie possui dorso escuro e barriga branca ou rosada, delimitada por uma listra preta longitudinal.
A população do Mar Mediterrâneo está em risco devido a poluição, doenças, e captura acidental em redes de pesca. O Japão detem um quota que permite a caça de 1000 exemplares por ano.

Striped dolphin jumping above the water surface

Pod of striped dolphins leaping above surface

Striped dolphin jumping out of the water

Golfinho-de-Bico-Curto


O Golfinho comum de bico curto (Delphinus delphis) é uma espécie de golfinho comum da família Delphinidae. Há mais golfinhos comuns de bico curto do que qualquer outra espécie de golfinhos nas águas temperadas dos oceanos Atlântico e Pacífico. Também pode ser encontrado nos mares do Caribe e do Mediterrâneo.

Short-beaked common dolphins breaching

Short-beaked common dolphin swimming underwater

Golfinho-de-Bico-Branco


O golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris) é um mamífero marinho pertencente à família dos golfinhos (Delphinidae), subordem dos Odontoceti ou baleias dentadas. É um dos maiores golfinhos, tendo cerca de 1,1 a 1,2 m de comprimentoao nascer, crescendo até atingir por volta de 3 m, em média, na idade adulta. O golfinho-de-bico-branco é caracterizado por seu bico curto e espesso, assumindo uma cor branco-creme e uma nadadeira dorsal bastante falciforme.
O golfinho-de-bico-branco é distribuído ao norte do Oceano Atlântico e é encontrado em bandos no cabo Cod, na entrada do rio São Lourenço e ao sudoeste da Groenlândia, perto da Islândia, e entre o noroeste da França até Svalbard. Os golfinhos-de-bico-branco não se adaptaram muito bem às condições árticas como as belugas ou os narvais.
Podem ser facilmente confundidos com os golfinhos-de-laterais-brancas-do-atlântico (Lagenorhynchus acutus), apesar de os golfinhos-de-bico-branco serem comumente encontrados mais ao norte. Também são mais largos e não possuem listras amarelas dos lados.
Sua população, padrões de comportamento e expectativa de vida são desconhecidas, embora a maioria das fontes estimem várias centenas de milhares de indivíduos, mais densamente povoados ao leste do que ao oeste do Atlântico Norte.
São animais acrobatas e sociais. Com freqüência, pegam carona na rabeira das ondas formadas por navios em alta velocidade, e saltam por sobre a superfície do mar. São socializáveis, vistos freqüentemente alimentando-se junto com as orcas, baleias-fin e jubarte, bem como também com outras espécies de golfinhos.

White-beaked dolphin breaching

White-beaked dolphin expelling air

Golfinho-de-Laterais-Brancas-do-Pacífico


O golfinho-de-laterais-brancas-do-pacífico (Lagenorhynchus obliquidens) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas temperadas frias do Pacífico Norte.

Pacific white-sided dolphin, side profile

Pacific white-sided dolphin exhaling as it surfaces

Pacific white-sided dolphin breaching

Golfinho-Crepúsculo


O golfinho-do-crepúsculo (Lagenorhynchus obscurus), ou golfinho-cinzento, é um cetáceo da família dos delfinídeos, encontrado nas águas temperadas frias continentais da América do Sul, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e ilhas Kerguelen.

Dusky dolphin leaping

Dusky dolphin leaping

Golfinho-de-Fraser
(Lagenodelphis hosei)


  É um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas tropicais dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.

Fraser's dolphins leaping out of water

Fraser's dolphin jumping

Golfinho-do-Sul


O golfinho-do-sul (Lagenorhynchus australis), ou golfinho-de-peale, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas frias do sul da América do Sul, de Valparaíso, no Chile, a Commodoro Rivadavia, Argentina, e nas ilhas Falkland.

Peale's dolphin breaching

Peale's dolphin leaping above surface

Peale's dolphin (foreground) interacting with Commerson's dolphin at surface

Golfinho-Liso-do-Sul


O golfinho-liso-do-sul (Lissodelphis peronii) é um cetáceo, da família dos delfinídeos encontrado nas águas do hemisfério sul. Não apresenta barbatana dorsal.

Group of southern right whale dolphins hunting at surface


Golfinho-Liso-do-Norte


O Golfinho-liso-do-norte (Lissodelphis borealis) é um golfino do género Lissodelphis. Só é encontrado no Oceano Pacífico norte, entre as latitudes 35º N e 51º N.
Habitam a plataforma continental e águas mais profundas em que a temperatura varie entre os 8 e 24 °C. Aproximam-se da costa apenas em zonas onde existam águas profundas próximo da costa.
Os adultos têm comprimento corporal entre os 2 e os 3 metros, pesando entre 60 e 100 kg. Alimentam-se de peixes e lulas.


Golfinho-de-Risso


O golfinho-de-risso (Grampus griseus) é um cetáceo da família dos delfinídeos presente em todos os oceanos, exceto nos polos.

Risso's dolphin

Side profile of Risso's dolphin showing scarring

Golfinho-Cruzado


O golfinho-cruzado (Lagenorhynchus cruciger), ou golfinho-ampulheta, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas subantárticas.

Hourglass dolphin porpoising

Hourglass dolphins porpoising

Golfinho-Cabeça-de-Melão


O Golfinho-cabeça-de-melão (Peponocephala electra) é um mamífero cetáceo, da família dos delfinídeos, que é encontrado em águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Essa espécie possui focinho arredondado, sem bico definido e corpo negro com manchas no ventre e ao redor da boca.

Melon-headed whale pod; close-up

Melon-headed whale; anterior view

Vaquita


A vaquita (Phocoena sinus) é um cetáceoa da família Phocoenidae encontrado nas águas do norte do golfo da Califórnia. É também conhecido como marsuíno-do-golfo-da-califórnia, toninha-do-golfo, boto-do-pacífico e cochito.

Vaquita calf at the surface

Dorsal fin of a vaquita at the surface

Boto-de-Dall


O boto-de-dall (Phocoenoides dalli), ou marsopa, é um cetáceo da família Phocoenidae, encontrado nas águas temperadas frias do Pacífico Norte.


Golfinho-do-Irrawaddy
(Orcaella brevirostris)



É um cetáceo encontrado em estuários e próximo a costa do Sudeste asiático.

Irrawaddy dolphin breaching


Boto-Cor-de-Rosa


O boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) é um golfinho fluvial presente nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, pertencente à família dos iniídeos, e ao gênero Inia. Partilha parte da área de ocorrência com o tucuxi (Sotalia fluvitialis), que não é um golfinho estritamente fluvial, entretanto pode ser diferenciado facilmente pelo tamanho e pela coloração característica. Também é conhecido pelos nomes de boto-branco, boto-vermelho (português); Amazon river dolphin, boto, pink river dolphin (inglês); dauphin de L'Amazone, inia (francês); e bufeo (espanhol).

Close up view of a boto underwater

Boto underwater in flooded forest

Boto emerging from water

Boto leaping from water

Golfinho-Corcunda

Uma nova e ainda não identificada espécie de golfinho-corcunda nada ao longo do litoral norte da Austrália. © Guido Parra
Cientistas da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, em inglês) e do Museu Americano de História Natural relatam ter identificado uma espécie desconhecida de golfinho-corcunda vivendo no litoral norte da Austrália.
Para identificar a espécie desconhecida, os cientistas traçaram a história evolutiva do animal e usaram testes genéticos para examinar o tecido de 235 golfinhos. Os golfinhos-corcunda dividem-se em dois grupos: um que vive no Oceano Atlântico e outro que é encontrado nos Oceanos Índico e Pacífico.
O golfinho-corcunda do Atlântico é uma espécie reconhecida pelos cientistas, mas os pesquisadores argumentam que a nova evidência deve dividir os golfinhos-corcunda do Oceano Índico e do Oceano Pacífico em três espécies, uma das quais, nova.
Martin Mendez, diretor-assistente do programa da sociedade América Latina e Caribe, disse em um comunicado que “com base nos resultados combinados das análises genéticas e morfológicas, podemos sugerir que o golfinho do gênero corcunda inclui, no mínimo, quatro espécies. Essa descoberta permite compreender a história evolutiva desse grupo e fornece informações para que as políticas de conservação possam ajudar a proteger cada uma das espécies”.
Os golfinhos-corcunda recebem esse nome em virtude da corcunda que possuem abaixo da nadadeira dorsal, chegam a até 2,5 metros de comprimento e suas listras coloridas vão do cinza-escuro ao cor-de-rosa ou branco.
Todas as espécies de golfinhos estão sendo ameaçadas pela perda de habitat e pelas atividades pesqueiras. Segundo Howard Rosenbaum, diretor do Programa Oceanos Gigantes da WCS, “as novas informações sobre as diferentes espécies de golfinho-corcunda devem incrementar o número de espécies reconhecidas pelos cientistas e fornecer a evidência científica necessária para a tomada de decisões destinadas a proteger sua diversidade genética e os importantes habitats associados”.
O estudo foi publicado na última edição do periódico Molecular Ecology.
Por Paul Heltzel


nova-especie-gilfinho-descoberta-australia

Ungulados 3

Elefantes



Elefante é o termo genérico e popular pelo qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos proboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo atual, duas africanas (Loxodonta sp.) e uma asiática (Elephas sp.). Há ainda os mamutes (Mammuthus sp.), hoje extintos. Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas espécies vivas de elefantes, o elefante-africano e o elefante-asiático, uma espécie menor. Entretanto, estudos recentes de DNA sugerem que havia, na verdade, duas espécies de elefante-africano: Loxodonta africana, da savana, e Loxodonta cyclotis, que vive nas florestas. Os elefantes são os maiores animais terrestres da atualidade pesando até 12 toneladas e medindo em média quatro metros de altura. As suas características mais distintivas são as presas de marfim.
Os elefantes são animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia. As fêmeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca, compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de gestação das fêmeas é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90 kg. Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos isolados, encontrando-se com as fêmeas apenas no período reprodutivo.
Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos predadores. Os elefantes exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.
Os elefantes-africanos são maiores que as variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença importante é a ausência de presas de marfim nos elefantes asiáticos.
Durante a época de acasalamento, o aumento da produção de testosterona deixa os elefantes extremamente agressivos, fazendo-os atacar até humanos. Acidentes com elefantes utilizados em rituais geralmente são causados por esse motivo. Cerca de 400 humanos são mortos por elefantes a cada ano.

Tromba

A probóscide, ou tromba, é uma fusão de nariz e lábio superior, alongado e especializado para se tornar o apêndice mais importante e versátil de um elefante. A ponta da tromba dos elefantes-africanos está equipada de duas protuberâncias parecidas com dedos, enquanto os elefantes asiáticos têm apenas uma destas. Segundo os biologistas, a tromba do elefante pode ter cerca de quarenta mil músculos individuais, o que a faz sensível o suficiente para pegar numa única folha de relva, mas ao mesmo tempo forte o suficiente para arrancar os ramos de uma árvore. Algumas fontes indicam que o número correto de músculos na tromba de um elefante é mais perto de cem mil.
A maior parte dos herbívoros (comedores de plantas, como o elefante) possuem dentes adaptados a cortar e arrancar plantas. Porém, à exceção dos muito jovens ou doentes, os elefantes usam sempre a tromba para arrancar a comida e levá-la até à boca. Eles pastam relva ou dirigem-se as árvores para pegar em folhas, frutos ou ramos inteiros. Se a comida desejada se encontra alta demais, o elefante enrola a sua tromba no tronco ou ramo e sacode até a comida se soltar ou, às vezes, simplesmente derruba completamente a árvore.
A tromba também é utilizada para beber. Elefantes chupam água pela tromba (até quatorze litros de cada vez) e depois a despejam para dentro da boca. Elefantes também inalam água para despejar sobre o corpo durante o banho. Sobre esta camada de água, o animal então despeja terra e lama, que servirá de protetor solar. Quando nada, a tromba também pode servir de tubo de respiração.
Este apêndice também é parte importante das interações sociais. Elefantes conhecidos cumprimentam-se enrolando as trombas, como se fosse um apertar de mãos. Eles também a usam enquanto brincam, para acariciar durante a corte ou em interações entre mãe e filhos, e para demonstrações de força - uma tromba levantada pode ser um sinal de aviso ou ameaça, enquanto uma tromba caída pode ser um sinal de submissão. Elefantes conseguem defender-se eficazmente batendo com a tromba em intrusos ou agarrando-os e atirando-os ao ar.
A tromba serve também para dar ao elefante um sentido muito apurado de cheiro. Levantando a tromba no ar e movimentando-a para um lado e para o outro, como um periscópio, o elefante consegue determinar a localização de amigos, inimigos ou fontes de comida.


Presas

As presas de um elefante são os segundos incisivos superiores. As presas crescem continuamente; as presas de um adulto médio crescem aproximadamente 15 cm por ano. As presas são utilizadas para escavar à procura de água, sal ou raízes; para retirar a casca das árvores, para comer a casca; para escavar a árvore adansônia a fim de retirar-lhe a polpa; e para mover árvores ou ramos quando um trilho é criado. Para além disso, são utilizadas para marcar as árvores para demarcar o território e ocasionalmente como armas.
Tal como os humanos, que são tipicamente destros, os elefantes são ou destros ou canhotos. A presa dominante, chamada a presa mestra, é, em geral, mais curta e mais arredondada na ponta por causa do uso. Tanto os machos como as fêmeas dos elefantes-africanos têm grandes presas que podem chegar até acima dos 3 m em comprimento e pesar mais de 90 kg. Na espécie asiática, só os machos têm presas grandes. As fêmeas asiáticas têm presas que são ou muito pequenas ou que são simplesmente inexistentes. Os machos asiáticos podem ter presas tão longas como os machos africanos, mas são normalmente mais finas e leves; a presa registrada mais pesada de sempre pesava 39 kg. A presa de ambas as espécies e constituída principalmente de fosfato de cálcio na forma de apetite. Como um tecido vivo, é relativamente macio (comparado com outros minerais como a pedra), e a presa, também chamada de marfim, é apreciada por artistas pela sua esculturabilidade. A procura de marfim de elefante tem sido uma das razões para o declínio dramático da população mundial de elefantes.
Alguns familiares extintos dos elefantes tinham presas também nos maxilares inferiores, como os Gomphotherium, ou só nos maxilares inferiores, como os Deinotherium.


Dentes

Os dentes dos elefantes são muito diferentes dos da maior parte dos mamíferos. Durante a sua vida eles têm normalmente 28 dentes. Estes são:
Os dois incisivos superiores: as presas.
Os percursores de leite das presas.
12 pré-molares, 3 em cada lado de cada maxilar.
12 molares, 3 em cada lado de cada maxilar.
Ao contrário da maior parte dos mamíferos, que desenvolvem dentes de leite e depois os substituem pelos dentes adultos permanentes, os elefantes têm ciclos de rotação de dentes durante a vida toda. Passado um ano as presas são permanentes, mas os molares são substituídos seis vezes durante a vida média de um elefante. Os dentes não irrompem dos maxilares verticalmente como os dentes humanos. Em vez disso, eles têm uma progressão horizontal, como um tapete rolante. Os novos dentes crescem na parte de trás da boca, empurrando dentes mais velhos para a frente, onde eles se gastam com o uso e os restos caem. Quando um elefante se torna velho, os últimos dentes ficam gastos, e o elefante tem de comer apenas comida muito macia. Elefantes muito velhos freqüentemente passam os últimos anos exclusivamente em zonas pantanosas onde conseguem encontrar folhas de relva molhada e macia. Por fim, quando os últimos dentes caem, os elefantes não conseguem comer e morrem de fome. Se não fosse pelo desgaste dos dentes, o metabolismo dos elefantes permitir-lhes-ia viver muito mais tempo. Como cada vez mais habitat é destruído, o território dos elefantes torna-se cada vez menor; os mais velhos já não têm a oportunidade de procurar comida mais apropriada e, por isso, morrem de fome mais novos.
As presas no maxilar inferior também são segundos incisivos. Estes cresciam bastante no Deinotherium e em alguns mastodontes, mas desaparecem cedo nos elefantes modernos sem irromperem.

Pele

Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina. Normalmente, a pele dos elefantes-asiáticos está coberta por uma maior quantidade de pêlos do que no caso do seu congênere africano, sendo esta característica mais acentuada nos mais novos. As crias asiáticas estão cobertas de uma espessa camada de pêlo de coloração vermelho acastanhado. À medida que ficam mais velhas, este pêlo escurece e fica menos denso, permanecendo na cabeça e na cauda.
Os elefantes têm, geralmente, cor acinzentada, embora os africanos pareçam frequentemente acastanhados ou avermelhados por se rolarem na lama ou em solo dessa cor. Rolar na lama é um comportamento social de grande importância para os elefantes, além de que a lama forma uma espécie de protetor solar, protegendo a pele dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta. No entanto, a pele de um elefante é mais sensível do que parece. Sem banhos regulares de lama para se proteger de queimaduras, mordidas de insetos, e perda de umidade, a pele de um elefante sofreria importantes danos. Depois do banho, o elefante, normalmente, utiliza a sua tromba para atirar terra sobre o seu corpo para o secar, formando uma nova camada protectora. Como os elefantes estão limitados a áreas cada vez menores, há progressivamente menos água disponível, pelo que os diversos grupos aproximam-se cada vez mais, o que origina conflitos quanto à utilização destes recursos limitados.
Rolar na lama também ajuda a pele a regular a temperatura. Os elefantes têm muita dificuldade em libertar calor através da pele porque, em relação ao seu tamanho, têm pouca superfície de pele. A razão da massa de um elefante para a área de superfície de pele é muito menor do que num ser humano.


Patas

Elefante usando as patas para esmagar e comer uma melancia.
As patas de um elefante são pilares verticais, pois precisam suportar o grande peso do animal.
Os pés de um elefante são quase redondos. Os elefantes africanos têm três unhas em cada pé traseiro e quatro em cada um dos pés da frente. Os elefantes indianos têm quatro unhas em cada pé traseiro e cinco em cada um dos da frente. Por baixo dos ossos dos pés existe uma camada gelatinosa que funciona como uma almofada de ar ou amortecedor. Por esta razão, um elefante pode ficar de pé por longos períodos de tempo sem se cansar. Aliás, elefantes africanos raramente se deitam, exceto quando estão doentes ou aleijados. Elefantes indianos, em contraste, deitam-se freqüentemente. Embaixo do peso do elefante, o pé incha, mas desincha quando o peso é removido. Um elefante pode afundar na lama, mas consegue retirar as patas facilmente porque os seus pés reduzem de tamanho quando levantados.
O elefante é um bom nadador, mas não consegue trotar, saltar ou galopar. Tem dois andares: o caminhar e um passo mais acelerado que partilha características com a corrida. Quando caminha, as patas funcionam como pêndulos, com as ancas e os ombros subindo e descendo quando o pé é assente no chão. O passo mais acelerado não corresponde à definição habitual de corrida, porque os elefantes têm sempre pelo menos uma pata assente no chão. Como ambas as patas traseiras ou as dianteiras estão no ar ao mesmo tempo, este passo é semelhante às patas traseiras e as dianteiras correrem de cada vez.
Andando a passo normal, um elefante anda a cerca de 3 a 6 km/h mas pode chegar a 40 km/h em corrida.


Orelhas

As grandes orelhas do elefante são também importantes para a regulação da temperatura. As orelhas de um elefante são feitas de material muito fino esticado sobre cartilagem e uma vasta rede de vasos sanguíneos. Nos dias quentes, os elefantes agitam constantemente as orelhas, criando uma brisa suave. Esta brisa arrefece a os vasos sanguíneos à superfície, e o sangue mais fresco circula então pelo resto do corpo do animal. O sangue que entra as orelhas do animal pode ser arrefecido até cerca de 6 graus Celsius antes de retornar ao resto do corpo. As diferenças entre as orelhas dos elefantes africanos e asiáticos pode ser explicada, em parte, pela sua distribuição geográfica. Os elefantes africanos estão mais próximos do equador, onde o clima é mais quente. Por isso, têm orelhas maiores. Os asiáticos vivem mais para norte, em climas mais frescos, e, portanto, têm orelhas menores.
As orelhas também são usadas para intimidação e pelos machos durante a corte. Se um elefante quer intimidar um rival ou predador, estende as orelhas para parecer maior e mais imponente. Durante a época da procriação, os machos emitem um odor de uma glândula situada entre os olhos. Joyce Poole, um conhecido investigador sobre os elefantes, propôs a teoria que os machos abanam as orelhas para espalhar este "perfume elefantino" até grandes distâncias.


Elefante-Asiático
O elefante-asiático (Elephas maximus), por vezes conhecido como elefante-indiano, uma das subespécies, é menor que os elefantes-africanos. Seu único predador natural é o tigre, que na maioria das vezes ataca os filhotes, porém existem casos registrados de tigres caçarem elefantes adultos. No passado existiam desde o sul da China à ilha de Sumatra na Indonésia, e da Síria ao Vietnã.


Indian elephant swimming

Indian elephant swimming

Indian elephant herd moving through forest

Elefante-Africano

O elefante-africano (Loxodonta spp.) é o maior dos dois tipos de elefante existentes hoje. Por comparação com o elefante-asiático, distingue-se pelas orelhas maiores, uma adaptação às temperaturas mais elevadas, e pela presença de presas demarfim nas fêmeas, com cerca de 70 kg cada uma. Além disso, o elefante-africano tem 3 unhas nas patas traseiras e 21 pares de costelas, por oposição a 4 e 19, respectivamente, no elefante-indiano.
O elefante-africano atinge os 3,50 metros até o nível da cernelha e 6 metros de comprimento, sendo o maior mamífero terrestre existente na atualidade. Um adulto necessita de cerca de 250 quilogramas de alimento e 160 litros de água todos os dias.
Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas espécies vivas de elefantes, o elefante-africano e o elefante-asiático. Neste contexto, os elefantes da savana e floresta correspondiam a variedades de uma mesma espécie. No entanto, estudos genéticos realizados com o objetivo de controlar o tráfico ilegal de marfim trouxeram à luz as diferenças intrínsecas entre as variedades. Apesar das diferenças, é conhecido que os elefantes-da-floresta e savana podem produzir híbridos. Os elefantes-africanos (género Loxodonta) dividem-se em duas espécies atuais e uma fóssil.

Newborn African elephant

African elephant calves playing

Female and young African elephant walking


African elephants


Elefante-da-Floresta


O elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis) é um elefante que habita as florestas da Bacia do Congo. Anteriormente era considerada tanto um sinônimo ou uma subespécie do elefante-da-savana (Loxodonta africana); mas um estudo de 2010 estabeleceu que os dois são espécies distintas. O contestado elefante pigmeu da bacia do Congo, muitas vezes assumido como uma espécie distinta (Loxodonta pumilio) , são provavelmente elefantes-da-floresta cujo tamanho menor e / ou maturidade precoce é devido às condições ambientais.

Forest elephant bull

Forest elephant infants

Forest elephant herd in bai digging for salt


Elefante-Albino