Aves Charadriiformes
Charadriiformes é uma ordem de aves, em desuso segundo a taxonomia de Sibley-Ahlquist, que integra as famílias deste grupo muito diversificado na ordem Ciconiiformes. Incluíam aproximadamente 350 espécies, distribuídas por todo o mundo. A maioria dos seus membros vive nas zonas costeiras e se alimentam de invertebrados ou de outros animais menores. Algumas são encontradas em alto mar, outras, em desertos, e outras raras, em florestas.
Segundo a taxonomia tradicional, a ordem é dividida em três subordens:
A subordem Charadrii agrupa típicas aves costeiras, das quais a maioria se alimenta procurando alimento em meio à lama ou capturando-os em ambientes costeiros ou de água fresca.
A subordem Lari contém as gaivotas e seus afins. Essas aves são normalmente, maiores e capturam peixes do mar, em vôo.
A subordem Alcae possui as espécies costeiras que nidificam em precipícios marinhos e voam sobre o mar em busca de alimentos.
Charadrii
Narceja
A narceja (Gallinago paraguaiae) é uma espécie de ave sul-americana, caradriiforme, da família dos escolopacídeos. Mede cerca de 30 cm de comprimento, possuindo bico longo e reto, dorso escuro com faixas amareladas. Também é chamada pelos seguintes nomes populares: agachada, agachadeira, atim, batuíra, berrumeira, bico-de-ferro, bico-rasteiro, bicudo, corta-vento, maçarico-d'água, maçarico-d'água-doce, minjolinho, monjolinho, narceja-comum, narceja-miúda, narcejinha, rapaz e rapazinho.
Perdiz-do-Mar
A perdiz-do-mar (Glareola pratincola) é uma ave da família Glareolidae. Tem um comprimento de 24 a 28 cm e é muito diferente das outras limícolas, fazendo lembrar uma andorinha gigante. Talvez por esse motivo, o nome originalmente dado por Lineua esta espécie foi Hirundo pratincola.
Como nidificante, esta espécie distribui-se de forma fragmentada pelo sul da Europa. Nidifica em colônias dispersas, geralmente nas imediações de zonas úmidas. É uma ave migradora, que inverna na África subsaariana.
Maçarico-Escolopáceo-Americano
O maçarico-escolopáceo-americano (Limnodromus scolopaceus) é uma ave limícola da família Scolopacidae. É um pouco maior que uma narceja e destaca-se pelo seu bico muito comprido.
Este maçarico nidifica no Alasca e no extremo nordeste da Sibéria. É uma espécie migradora, que inverna na parte sul dos E.U.A. (sobretudo junto ao Golfo do México) e na parte norte da América Central. A sua ocorrência na Europa é muito rara.
O maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa) é uma ave da família Scolopacidae. Trata-se de uma ave migradora, estando presente em Portugal sobretudo no Inverno. Nas últimas décadas esta espécie sofreu um acentuado declínio populacional, estando atualmente na lista vermelha da IUCN na categoria "Near Threatned".
O maçarico-de-bico-direito é uma ave limícola de aspecto elegante e gracioso. Com 35 a 45 cm de comprimento, uma envergadura de cerca de 75 cm e 160 a 440 g de peso, trata-se de uma limícola de porte médio/grande.
As patas altas e o bico longo (em alguns casos ultrapassando os 12 cm de comprimento), ligeiramente curvado para cima são duas das características mais distintivas desta espécie. Outra característica distintiva é a coloração negra da parte terminal da cauda, antecedida por uma barra branca muito conspícua na região do uropígio.
O maçarico-de-bico-fino (Numenius tenuirostris) é uma ave pertencente à família Scolopacidae. É uma espécie rara em perigo crítico de extinção, com apenas cerca de 50 indivíduos em liberdade. Nos últimos anos ocorreram apenas dois ou três registros visuais confirmados.
O maçarico-de-bico-fino é uma ave migratória que passa o Inverno na região do Mediterrâneo e a época de Verão nas zonas pantanosas da Sibéria.
É uma ave de médio porte, com 36-41 cm de comprimento e 77-88 cm de envergadura de asas. O maçarico-de-bico-fino alimenta-se de pequenos invertebrados que apanha com o bico em zonas lamacentas.
O maçarico-galego (Numenius phaeopus) é uma ave limícola pertencente à família Charadriidae. É um dos maiores membros da sua família, caracterizando-se pela plumagem acastanhada e pelo longo bico recurvado. Pode ser confundido com o maçarico-real.
Esta espécie nidifica nas regiões árticas e inverna principalmente em África. Em Portugal ocorre, sobretudo como migrador de passagem, embora alguns indivíduos passem o Inverno no sul do país.
Maçarico-Real
O maçarico-real (Numenius arquata) é uma ave limícola da família Scolopacidae. É um dos maiores membros da sua família e distingue-se dos outros maçaricos pelo seu grande tamanho e pelo longo bico recurvado.
Nidifica principalmente na Europa central. Alguns indivíduos migram para sul e invernam em Portugal, sobretudo nos grandes estuários.
Maçarico-do-Campo
O maçarico-do-campo (Bartramia longicauda) é ave limícola da família Scolopacidae.
Esta espécie nidifica na América do Norte (Alasca, Canadá e centro dos EUA) e inverna na América do Sul, sendo muito rara na Europa.
O maçarico-solitário (Tringa solitaria) é uma ave da família Scolopacidae. É bastante parecido com o maçarico-bique-bique, distinguindo-se, sobretudo pelo uropígio escuro.
Nidifica no nordeste dos Estados Unidos da América, no Canadá e no Alasca. A sua zona de invernada situa-se principalmente na América do Sul. É uma espécie muito rara na Europa.
O maçarico-bastardo (Tringa glareola) é uma ave limícola pertencente à ordem dos Charadriiformes. É uma das espécies menores do gênero Tringa. Assemelha-se ao maçarico-bique-bique, distinguindo-se desta espécie pelo dorso malhado e pela contra-asa clara e não escura.
Este maçarico nidifica na Escandinávia, na Finlândia e na Sibéria. É uma espécie migradora que inverna em África. Em Portugal ocorre, sobretudo durante os períodos de passagem migratórios.
O maçarico-sovela (Xenus cinereus) é uma ave caradriforme da família Scolopacidae. Distingue-se pelas patas amarelas relativamente curtas e pelo bico recurvado para cima.
É uma espécie migradora que nidifica na Rússia e na Sibéria (com uma pequena população na Finlândia), e inverna nas costas africanas, asiáticas e australianas.
Maçarico-das-Rochas
O maçarico-das-rochas (Tringa hypoleucos) é uma ave pertencente à ordem Charadriiformes e à família Scolopacidae. Ocorre em Portugal, nomeadamente no Parque Natural da Serra da Estrela.
Maçarico-Maculado
O maçarico-maculado ou maçarico-pintado (Actitis macularius) é ave pertencente à ordem Charadriiformes e à família Scolopacidae. É parecido com o maçarico-das-rochas, distinguindo-se desta espécie pelo seu menor tamanho, pela cauda um pouco mais curta, pelas patas amarelas e, na época de cria, pelas pintas no peito.
Distribui-se pela América do Norte, sendo de ocorrência acidental na Europa.
Perna-Amarela-Grande
A perna-amarela-grande ou maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca) é uma ave da família Scolopacidae. É um pouco maior que a perna-amarela-pequena, distinguindo-se desta espécie principalmente pelo bico recurvado para cima.
Nidifica nas regiões mais setentrionais da América do Norte, nomeadamente no Alasca e no Canadá. A sua ocorrência na Europa é acidental.
Perna-Amarela-Pequena
A perna-amarela-pequena (Tringa flavipes) é uma ave limícola pertencente à ordem dos Charadriiformes. É parecido com a perna-vermelha-comum, distinguindo-se desta espécie pelas patas amarelas e pela ausência de barra alar branca.
Distribui-se pela América do Norte, sendo de ocorrência acidental na Europa.
Cacongo
O cacongo ou perna-vermelha-comum (Tringa totanus) é uma ave da família dos escolopacídeos, encontrada na Europa, África e Ásia.
Fuselo
O fuselo ou chalreta (Limosa lapponica) é uma ave limícola da família Scolopacidae, que se reproduz na tundra e costas do Ártico, sobretudo no Velho Mundo e que passa os invernos nas costas das regiões temperadas e tropicais do Velho Mundo. Trata-se da ave recordista para o vôo mais longo sem paragens bem como da viagem mais longa sem qualquer pausa para alimentação entre todos os animais, 11 570 km ao longo de uma rota do Alasca até à Nova Zelândia.
Rola-do-Mar
A rola-do-mar ou vira-pedras (Arenaria interpres) é uma ave limícola pertencente à ordem Charadriiformes. Distingue-se facilmente das outras limícolas pelas suas patas laranja-vivo.
Alimenta-se geralmente em zonas rochosas à beira-mar, muitas vezes virando pequenas pedras para procurar os pequenos invertebrados que fazem parte da sua dieta.
Esta espécie nidifica nas regiões árticas e inverna nas costas da Europa central e meridional. Em Portugal é comum ao longo da costa atlântica.
Seixoeira
A seixoeira ou maçarico-de-papo-vermelho (Calidris canutus) é uma espécie de ave limícola da família Scolopacidae.
Mede cerca de 24 cm de comprimento.
Nidifica nas regiões árticas inverna principalmente nas costas africanas, embora alguns indivíduos passem a estação fria na Europa. Freqüenta sobretudo zonas estuarinas e praias rochosas.
Em Portugal está presente em maior quantidade na passagem migratória, época em que por vezes se observam bandos de muitas centenas de aves. Por vezes alguns indivíduos ocorrem em pleno Inverno.
Pilrito-das-Praias
O pilrito-das-praias ou maçarico-branco (Calidris alba) é uma pequena ave limícola pertencente à ordem Charadriiformes e à família Scolopacidae. É uma das aves mais características das praias portuguesas, podendo habitualmente ser visto em pequenos bandos a correr para trás e para frente, junto à rebentação.
Pilrito-Semipalmado
O pilrito-semipalmado ou maçarico-rasteirinho (Calidris pusilla) é uma ave limícola da família Scolopacidae que se distribui pelo Novo Mundo. É muito parecido com o pilrito-pequeno, distinguindo-se desta espécie pelas pequenas palmações entre os dedos das patas. O bico e as patas são pretos.
A sua ocorrência na Europa pode ser considerada excepcional.
Pilrito-de-Uropígio-Branco
O pilrito-de-uropígio-branco ou maçarico-de-sobre-branco (Calidris fuscicollis) é uma ave limícola da família Scolopacidae. Embora superficialmente parecido com os outros membros da sua família, identifica-se pela lista supraciliar branca e, principalmente, pelo seu uropígio totalmente branco, facilmente visível em vôo. O bico é preto, sendo ligeiramente recurvado para baixo e as patas também são pretas.
Esta espécie nidifica nas regiões árticas da América do Norte (Alasca e Canadá) e inverna na América do Sul. A ocorrência na Europa continental é muito rara, mas nos Açores esta espécie tem sido registrada anualmente, sobretudo no Outono.
Pilrito-Peitoral
O pilrito-peitoral, pilrito-de-colete ou maçarico-de-colete (Calidris melanotos) é uma ave limícola da família Scolopacidae originária da Sibéria oriental e da América do Norte (Alasca e Canadá). É um pouco maior que os restantes membros do gênero Calidris. Distingue-se pelas patas amarelas, pelo dorso riscado e pelo peito amarelado, que contrasta de forma bem marcada com o ventre branco.
Em Portugal é uma espécie muito rara.
Pilrito-Canela
O pilrito-canela ou maçarico-acanelado (Tryngites subruficollis) é uma ave da família Scolopacidae. É parecido com o combatente, sendo, contudo um pouco menor e sem branco nas asas ou no uropígio.
Distribui-se pela América do Norte, sendo raro (embora de ocorrência anual) na Europa.
Combatente
O combatente (Philomachus pugnax) é uma espécie de ave limícola da família Scolopacidae.
Contrariamente aos outros membros da sua família, apresenta um dimorfismo sexual muito acentuado. O macho mede cerca de 28 cm de comprimento, enquanto que a fêmea tem apenas 22 cm.
Nidifica em diversos países da Europa central e inverna sobretudo em África, mas alguns indivíduos passam o Inverno na Europa. Freqüenta sobretudo zonas alagadas, como lagoas, arrozias e terrenos encharcados.
Em Portugal é mais comum na passagem migratória, mas também se observa nos meses de Inverno.
O falaropo-de-bico-grosso (Phalaropus fulicarius) é uma ave pertencente à ordem Charadriiformes e à família Scolopacidae. É um pouco maior que o falaropo-de-bico-fino, do qual se distingue pelo seu maior tamanho e pelo bico mais grosso.
Nidifica nas latitudes árticas da Europa, da Ásia e da América e inverna no mar, em latitudes tropicais. Ocorre em Portugal, sobretudo durante a passagem migratória.
Falaropo-de-Bico-Fino
O falaropo-de-bico-fino (Phalaropus lobatus), tal como os outros gêneros da mesma espécie, é uma ave invulgar por a fêmea ser mais colorida que o macho e ter papel dominante na corte. Na maior parte das outras aves, passa-se o contrário. Também é o macho que encuba os ovos e cuida das crias, podendo estas desembaraçar-se sozinhas cerca de 3 semanas depois.
Quando o Inverno do Ártico se instala, estes falaropos migram para sul, para zonas mais quentes.
O falaropo-de-wilson ou pisa-n'água (Phalaropus tricolor) é uma ave pertencente à ordem Charadriiformes e à família Scolopacidae. É o maior dos falaropos, sendo cerca de 15% maior que o falaropo-de-bico-grosso, do qual se distingue pelo seu maior tamanho e pelo bico mais longo e também pelo comportamento diferente.
Este falaropo distribui-se pelo continente americano. Nidifica na parte ocidental do Canadá e dos Estados Unidos da América e inverna na América do Sul. A sua ocorrência na Europa é acidental.
Batuíra-Bicuda
A batuíra-bicuda (Charadrius wilsonia) é um maçarico da família dos caradriídeos que habita boa parte da costa leste do Brasil. Tais aves medem de 16,5 cm até 19 cm de comprimento, com alto da cabeça e partes superiores marrons, fronte, garganta e partes inferiores brancas, colar nucal branco e bico negro.
Batuíra-de-Bando
A batuíra-de-bando (Charadrius semipalmatus) é uma espécie de maçarico da família dos caradriídeos habitante da costa leste do Brasil até a Argentina. Tais aves chegam a medir até 18 cm de comprimento, com o alto da cabeça e partes superiores marrons, fronte, garganta, partes inferiores e colar nucal brancos. Além disso, possuem o bico curto de base amarelada e pernas amarelas.
Também são chamadas de batuíra-norte-americana, maçarico-semipalmado e pinga-pinga.
Tarambola-Cinzenta
A tarambola-cinzenta ou batuiruçu-de-axila-preta (Pluvialis squatarola) é uma ave limícola pertencente à ordem Charadriiformes. Caracteriza-se pela sua plumagem malhada, de tons predominantemente acinzentados.
Em Portugal está ocorre como migradora de passagem e invernante, frequentando estuários e, por vezes, praias.
A tarambola-dourada-pequena ou tarambola-dourada-americana (Pluvialis dominica) é uma ave limícola da ordem dos caradriformes. É parecida com a tarambola-dourada, distinguindo-se principalmente pela contra-asa cinzenta e não branca. No Brasil é conhecida por batuíra-do-campo ou batuiruçu.
O batuíra-de-esporão (Vanellus cayanus) é uma ave limícola da família dos caradriídeos, natural das regiões tropicais da América do Sul. Tais aves chegam a medir até 22 cm de comprimento, possuidoras de plumagem colorida de negro, branco e pardo, bico negro, esporão das asas, pálpebras e pernas vermelhas. Também são conhecidas pelo nome de mexeriqueira.
Jacana-Africana
A jacana-africana (Actophilornis africana) é uma ave da família Jacanidae, que pode ser encontrada na África subsaariana. Habitam todos os tipos de lagoas e lagos interiores, zonas pantanosas e margens de rios, desde que haja vegetação aquática abundante.
Esta jacana é uma ave de médio porte, com 25 a 30 cm de comprimento. A plumagem é colorida, castanha no corpo, amarela na área do peito, preta na zona posterior do pescoço e cabeça e branca nas faces e garganta. O bico e escudo frontal são de cor azul-acinzentada. As patas esverdeadas são longas e terminam em dedos muito compridos, provido de garras retilíneas. Os olhos são castanhos-escuros. As remiges primárias, visíveis apenas em vôo, são pretas.
A jacana-africana pode ser encontra isolada, ou em grupos de dimensões variáveis. É excelente nadadora, mas também consegue correr com rapidez sobre a vegetação aquática, principalmente em zonas de nenúfares. Alimenta-se de insetos, moluscos, crustáceos e bolbos de plantas aquáticas.
A época de reprodução decorre ao longo de todo o ano nos trópicos, e entre Outubro e Abril no Sul de África. Durante este período, as aves perdem as penas de vôo e a capacidade de voar. A jacana-africana é uma espécie de hábitos poliândricos. As fêmeas são muito territoriais e defendem a sua área de postura com agressividade. Dentro do seu território, acasala com diversos machos e realiza uma postura com cada um. O macho constrói um ninho flutuante com vegetação aquática e incuba sozinho 4 a 5 ovos ao longo de 24 a 26 dias. Durante a incubação, o macho raramente abandona a postura e protege os ovos da umidade do ninho dobrando as asas debaixo do corpo. Os juvenis chocam muito precoces e em poucos dias são capazes de nadar e mergulhar. Os cuidados parentais são da responsabilidade do macho apenas, e ocupam cerca de dois meses. Ao longo deste período, os juvenis estão sempre muito próximos do progenitor e escondem-se debaixo das suas asas quando se sentem ameaçadas.
A jacana-africana é um residente comum na sua área geográfica e não se encontra em risco de extinção.
Jaçanã
O jaçanã (Jacana jacana), do Tupi ñaha´nã é uma ave na porções Oeste da América do Sul, caradriiforme, paludícola, da família dos jacanídeos. Tais aves medem cerca de 23 cm de comprimento, possuindo plumagem negra com manto castanho, bico amarelo com escudo frontal vermelho, rêmiges verde-amareladas, encontro com um afiado esporão vermelho. São ainda pernaltas, com dedos longos e abertos, adaptados à locomoção sobre plantas aquáticas.
Também são conhecidas pelos nomes de aguapeaçoca, cafezinho, casaca-de-couro, ferrão, japiaçó, japiaçoca, marrequinha, menininho-do-banhado, nhaçanã, nhançanã, nhanjaçanã, piaçó, piaçoca e pia-sol.Mais recentemente recebeu o nome de Tuchuruco
Pomba-Antártica
A pomba-antártica é uma ave de porte médio, medindo aproximadamente 39 de comprimento. Apresenta plumagem totalmente branca e pele nua rosada abaixo do olho e na base do bico. O bico é curto e firme, de coloração esverdeada e preto na ponta, com um revestimento caloso rosado na base. As patas são azuis-cintentas e os pés são desprovidos de membranas, mas possibilitam à pomba-antártica nadar bem quando necessário.
Habitam terras próximas da água, como praias e regiões litorâneas. Durante o inverno austral, grande parte migra das costas das Malvinas e Terra do Fogo para regiões mais quentes ao norte, podendo atingir a região costeira do Uruguai. As aves que não se encontram na fase de reprodução permanecem o ano todo na região da Terra do Fogo.
Alimenta-se de carniça, particularmente do produto regurgitado por pingüins e cormorões. Come também fezes de focas, podendo ainda roubar ovos de outras aves.
Alcaravão
O alcaravão (Burhinus oedicnemus) é a espécie do norte da família Burhinidae. É semi-noturna e por vezes difícil de avistar durante o dia. Permanece imóvel durante muito tempo, em pé ou agachado, antes de se deslocar em trote. É muito ruidoso durante o verão, especialmente de noite, fazendo ouvir os seus longos assobios.
É uma ave pernalta de tamanho médio, com um forte bico amarelo e preto, grandes olhos amarelos, que lhe dão um ar "reptiliano", e plumagem castanha clara riscada. O seu nome científico refere-se aos joelhos grossos das suas pernas longas amarelas esverdeadas.
Têm preferência por habitats abertos, charnecas secas com áreas de areia e pedras. Alimenta-se principalmente de insetos e outros pequenos invertebrados, podendo também comer lagartos e até ratos. Põe 2 a 3 ovos numa pequena depressão no solo.
O alcaravão ocorre em toda a Europa, norte de África e sudoeste da Ásia. É uma ave migradora, passando o verão nas áreas européias mais temperadas e invernando em África.
Ostraceiro
O ostraceiro-europeu (Haematopus ostralegus) é uma ave da família Charadriidae, migratória, que nidifica na Europa e Ásia e passa o inverno do hemisfério norte nas costas do sul de África.
O ostraceiro-europeu tem comprimento médio de 43 cm e envergadura de cerca de 34 cm, sendo os machos ligeiramente maiores que as fêmeas. Tem plumagem preta na cabeça, dorso e asas, com a barriga muito branca. Como todos os ostraceiros, têm o bico comprido e vermelho, tal como as patas e os olhos.
Esta ave pode ser encontrada perto de água, sendo mais comum em lagunas costeiras e praias arenosas. É essencialmente solitário, mas associa-se a bandos de outras espécies de aves marinhas. Alimenta-se de moluscos, anelídeos e crustáceos.
O pirupiru (Haematopus palliatus) é uma ave ciconiforme da família dos caradriídeos com distribuição no litoral estadunidense, onde se alimenta de animais como cracas e gastrópodes, usando seu bico como um alicate. Tal ave chega a medir até 46 cm de comprimento, com a cabeça e pescoço negros, dorso pardo-escuro, partes inferiores brancas, íris amarela, bico e pálpebras vermelhos e longas pernas rosadas. Também é conhecida pelos nomes de baiacu, baiagu, batuíra-do-mar-grosso, bejagüi, bejaqui, cancã-da-praia, ostraceiro-pirupiru e ostreiro.
Ostraceiro (Haematopus Ater)
Haematopus ater é uma espécie de ave da família Charadriidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Chile, Ilhas Malvinas, Peru, Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e Uruguai.
Os seus habitats naturais são: costas rochosas.
Ostraceiro (Haematopus Leucopodus)
Haematopus leucopodus é uma espécie de ciconiforme da família Charadriidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Chile, Ilhas Malvinas, e Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul.
Os seus habitats naturais são: lagos de água doce e costas arenosas.
Alfaiate
O alfaiate (Recurvirostra avosetta) é uma graciosa limícola da família Charadriidae. Os tons preto e branco da sua plumagem, em conjunto com o bico fortemente recurvado para cima, tornam a sua identificação bastante fácil.
Em Portugal existe uma pequena população nidificante de alfaiates no sotavento algarvio. Contudo, é no Inverno que os alfaiates se tornam mais comuns. Portugal acolhe vários milhares de alfaiates invernantes, o que confere a este país uma grande importância para a conservação desta espécie a nível europeu. Os dois locais mais importantes em termos de efectivo invernante são o estuário do Tejo e o estuário do Sado.
O perna-de-pau, também conhecido como pernilongo-de-costas-negras ou maçaricão (Himantopus mexicanus), é uma ave nativa abundante na América, nos pântanos e na costa, numa área que vai da Califórnia, Golfo do México ao leste, na Flórida e dali até ao sul do Peru, Região Norte do Brasil e Ilhas Galápagos. As aves do norte são migratórias, viajando no inverno para as regiões sul dos Estados Unidos da América e do México, raramente indo até a Costa Rica.
Na América do Sul, o perna-de-pau integra a forma conhecida por Himantopus (himantopus) melanurus.
Os adultos têm longas pernas rosa, um bico comprido e preto e uma extensa faixa branca que se estende na parte inferior do abdome, pescoço e parte da cabeça, que tem sua parte superior preta, assim como a nuca e costas.
Ibisbill
O Ibisbill (Ibidorhyncha struthersii) é uma ave relacionada com a limícolas, são da família Ibidorhynchidae. São cinzentas com uma barriga branca, as pernas e o bico vermelho, curvado para baixo, cara preta e faixa preta no dorso. Vivem nas margens de cascalho do alto planalto central da Ásia e do Himalaia.
Barbilhão-de-Gola-Branca
O Barbilhão-de-gola-branca (Vanellus albiceps) é uma ave africana da família dos Charadriidae. Tais aves se assemelham ao barbilhão-amarelo, contudo, possuem o alto da cabeça e garganta totalmente brancas.
Quero-Quero
O quero-quero (Brasil) ou abibe-do-sul (Portugal) (Vanellus chilensis), também conhecido por tetéu, téu-téu, terém-terém e espanta-boiada, é uma ave da ordem dos Charadriiformes, pertencendo a família dos Charadriidae. Em espanhol é conhecido por tero común e em inglês, Southern Lapwing. O nome é uma onomatopéia de seu canto característico.
Trata-se uma ave do tamanho de uma perdiz e caracteriza-se pelo colorido geral cinza-claro, com ornatos pretos na cabeça, peito e cauda. A barriga é branca e a asa tem penas verde-metálicas. Apresenta um penacho na região posterior da cabeça; o bico, os olhos e as pernas são avermelhados e tem um par de esporões ósseos de 1 cm no encontro das asas. Não há dimorfismo sexual. Mede em torno de 37 cm de altura e pesa menos que 300 g.
Abibe-de-Faces-Brancas
O abibe-de-faces-brancas (Vanellus crassirostris) é uma espécie de ave da família Charadriidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Angola, Botswana, Burundi, Camarões, Chade, República Democrática do Congo, Etiópia, Quénia, Malawi, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.
Abibe-Sociável
O Abibe-sociável (Vanellus gregarius) é uma espécie de ave da família dos Charadriidae. Distribui-se pela Ásia Central, sendo de ocorrência muito rara na Europa.
Abibe (Venellus Resplendens)
Vanellus resplendens é uma espécie de ave da família Charadriidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Os seus habitats naturais são: campos rupestres subtropicais ou tropicais, rios, pântanos e pastagens.
O Abibe-comum (Vanellus vanellus) é uma ave Charadriiformes (anteriormente caradriforme) eurasiática da família dos caradriídeos. Tais aves medem cerca de 30 cm de comprimento, topete, testa, garganta e peito negros, e partes inferiores brancas.
Também são conhecidas pelos nomes de abecoinha, abecuinha, abescoinha, abesconinha, abescuinha, abetoninha, abibe, abitoninha, águas-neves, avecoinha, avecuinha, ave-fria, aventoinha, avetoninha, bibe, bimbo, bisbis, coinha, coninha, cuinha, galeirão, galispo, matoninha, pavoncino, pendre e ventoinha.
Abibe-Australiano
Borrelho-Grande-de-Coleira
O borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula) é uma ave da família Charadriidae que nidifica no norte da Europa e invernam nas costas européias e africanas. Caracteriza-se pela coleira preta e pelas patas cor-de-laranja.
Freqüenta sobretudo zonas estuarinas, onde se alimenta de invertebrados.
Borrelho-Pequeno-de-Coleira
O borrelho-pequeno-de-coleira (Charadrius dubius) é uma ave limícola da ordem Charadriiformes.
É parecido com o borrelho-grande-de-coleira, distinguindo-se pelas patas amareladas e pela ausência de risca alar.
Esta espécie é migradora. Está presente em Portugal de Março a Setembro. Passa o Inverno em África.
O borrelho-de-dupla-coleira (Charadrius vociferus) é ave limícola da ordem dos caradriformes. Distingue-se dos outros borrelhos pelo seu grande tamanho, pela dupla coleira e pelo uropígio arruivado.
Esta espécie é originária do continente americano e distribui-se por uma vasta área, que vai desde o sul do Canadá até ao norte do Chile.
A sua ocorrência na Europa é muito rara.
Em 2010 foi pela primeira vez observada a nidificar na ilha de Santa Maria, nos Açores, no que é o primeiro caso registrado na Europa de nidificação desta espécie.
Borrelho-de-Coleira-Arruivado
O Borrelho-de-colar-arruivado (Charadrius pallidus) é uma espécie de ave da família Charadriidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Angola, Botswana, Quénia, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
Borrelho-de-Coleira-Interrompida
O borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) é uma limícola da ordem Charadriiformes.
Distingue-se dos seus congéneres borrelho-grande-de-coleira e borrelho-pequeno-de-coleira pelas patas escuras e pela ausência de coleira completa.
Em Portugal está presente durante todo o ano. Constrói os seus ninhos em salinas e sistemas dunares.
O borrelho-mongol (Charadrius mongolus) é ave limícola da ordem dos caradriformes. A plumagem de Verão, com tons alaranjados, permite distingui-lo facilmente dos outros borrelhos europeus
Esta espécie distribui-se pela Ásia Central (Quirguízia, Tibete, Mongólia e Sibéria) e é muito rara na Europa.
O moleiro-grande ou mandrião-grande (Stercorarius skua) é uma ave caradriforme da família Stercorariidae. Por vezes é colocado no gênero Catharacta.
Tal como os restantes membros da sua família, persegue gaivotas e outras aves marinhas, com o objetivo de lhes roubar o alimento.
Nidificam nas Ilhas Britânicas (principalmente na Escócia) e inverna no Oceano Atlântico, sendo relativamente comum ao largo da costa portuguesa no Outono e no Inverno.
O moleiro-do-sul ou mandrião-do-sul, Stercorarius maccormicki, é uma grande ave oceânica na família mandrião Stercorariidae. Um nome antigo para esta ave é moleiro-de-maccormick. Esta espécie e outros grandes moleiros do hemisfério sul, juntos com Moleiro-grande, são às vezes classificados em um gênero separado, chamado Catharacta.
Esta ave tem 53 cm de largura e se reproduz nas costas antárticas, geralmente colocando dois ovos em novembro e dezembro. Como os outros moleiros, ele voará na cabeça de um humano ou outro intruso que se aproximar de seu ninho. É uma ave que migra, passando o inverno nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.
O Moleiro-do-sul come primariamente peixe, que freqüentemente obtém ao roubar gaivotas, andorinhas e até gansos de suas presas. Também ataca diretamente e mata outras aves oceânicas.
Seu nome é uma homenagem ao cirurgião naval Robert McCormick, que coletou um espécime do tipo.
O moleiro-pomarino ou mandrião-pomarino (Stercorarius pomarinus) é uma ave caradriforme da família Stercorariidae.
Tal como os restantes moleiros, persegue gaivotas e outras aves marinhas, a fim de lhes roubar o alimento.
Esta espécie nidifica nas regiões árticas (Canadá, Gronelândia e norte da Sibéria), e inverna no Oceano Atlântico ao largo da costa africana. Em Portugal ocorre, sobretudo durante as passagens migratórias.
Moleiro-Parasítico
O moleiro-parasítico ou mandrião-parasítico (Stercorarius parasiticus) é uma ave caradriforme da família Stercorariidae.
À semelhança dos restantes moleiros, persegue freqüentemente outras aves marinhas, para lhes roubar o alimento.
Este moleiro nidifica na Escócia, na Escandinávia e na Islândia e inverna no Oceano Atlântico. Em Portugal, ocorre regularmente durante as passagens migratórias de outono e de primavera.
Moleiro-de-Cauda-Comprida
O moleiro-de-cauda-comprida ou mandrião-de-cauda-comprida (Stercorarius longicaudus) é uma ave marinha pertencente à família Stercorariidae. É um pouco menor que os restantes moleiros, distinguindo-se, em plumagem nupcial, pela longa cauda.
Este moleiro nidifica no norte da Europa, na Groenlândia e no Ártico canadiano. Inverna nos oceanos do hemisfério sul. Nos seus movimentos migratórios passa habitualmente ao largo da costa portuguesa, mas raramente se aproxima de terra, apresentando hábitos mais pelágicos que os seus congêneres.
Talha-do-Mar
O talha-mar mede aproximadamente 50 cm de comprimento, com peso variando entre 235 g (fêmea) e 325 g (macho). Apresenta partes superiores preto-fuliginosas e a fronte, margem posterior das asas e partes inferiores brancas. O bico é, em grande parte, preto, com uma pequena parte vermelha, coloração esta presente também nos pés da ave.
Durante sua alimentação, voa rente à água com o bico constantemente aberto para a captura de peixes miúdos e camarões presentes na superfície. Pesca preferencialmente ao crepúsculo e à noite, tanto em águas claras como turvas, profundas ou rasas.
A fêmea coloca de dois a três ovos densamente manchados em uma escavação feita na areia. Possui três subespécies: R. n. niger (nidifica na costa atlântica da América do Norte e do sul da Califórnia até o Equador, no Oceano Pacífico), R. n. cinerescens (maior que a anterior, nidifica no norte e nordeste da América do Sul e na Bacia Amazônica) e R. n. intercedens (ocorre no restante da costa atlântica da América do Sul até a Argentina).
Bico-de-Tesoura
Os bicos-de-tesoura (Rynchops sp.) são aves ciconiiformes (anteriormente caradriformes) gregárias que podem ser encontrados em grandes rios e zonas costeiras. O grupo inclui três espécies, semelhantes a gaivinas, distribuídas pela América do Sul, África e sub-continente indiano. A espécie que ocorre no Brasil é conhecida como talha-mar. Nalgumas taxonomias, os bicos-de-tesoura são considerados como família independente - Rynchopidae - à parte dos larídeos.
Os rincopídeos são aves delgadas, de asas compridas e aguçadas e plumagem branca e negra, todos muito semelhantes entre si. A cauda é forcada e as patas são curtas. A sua característica mais distintiva é o bico vermelho e de grandes dimensões, de onde se destaca uma mandíbula inferior proeminente, mais larga e comprida que a superior. Este formato está adaptado ao seu modo de alimentação atípico: a ave realiza vôos rasantes sobre a superfície da água, com a mandíbula inferior emersa. Quando localiza um peixe, o bico fecha-se rapidamente.
O IUCN não considera nenhuma das três espécies ameaçada de extinção.
Gaivotas
As gaivotas (erroneamente chamadas de gaviotas) são aves marinhas da família Laridae e sub-ordem Lari. São próximas das gaivinas, e estão mais distantes das limícolas, airos e rabos-de-palha. A maior parte das gaivotas pertence ao grande géneroLarus.
São regra geral, aves médias a grandes, tipicamente cinzentas ou brancas, muitas vezes com marcas pretas na cabeça ou asas. Têm bicos fortes e compridos e patas com membranas.
A maioria das gaivotas, particularmente as espécies de Larus, nidificam no solo e são omnívoras, e comem comida viva ou roubam alimento conforme surja a oportunidade.
Com exceção das gaivotas-tridáctilas, as gaivotas são espécies tipicamente costeiras ou de interior, e raramente se aventuram em mar alto. As espécies de maiores dimensões levam até quatro anos a atingirem a plumagem completa de adulto, mas as espécies menores normalmente apenas dois anos.
Gaivota-de-Rabo-Preto
A gaivota-de-rabo-preto (Larus atlanticus) é uma espécie de ave da família Laridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Brasil e Uruguai.
Os seus habitats naturais são: mar costeiro, costas arenosas e lagoas costeiras de água salgada.
Está ameaçada por perda de habitat.
A gaivota-parda (Larus canus) é uma gaivota de pequenas dimensões, pertencente ao gênero Larus e à família Laridae. Caracteriza-se pelas patas esverdeadas e pelo dorso prateado. As asas também são prateadas, com a ponta preta, fazendo por isso lembrar uma versão mais pequena da gaivota-prateada. Os imaturos são acastanhados e com as patas rosadas.
Esta gaivota nidifica principalmente na Escandinávia, na Finlândia e na Rússia, invernando na Europa central. Portugal situa-se no limite sul da área normal de invernada da gaivota-parda.
A gaivota-de-audouin (Larus audouinii) é uma ave da família Laridae. É maior que o guincho-comum. Os adultos têm as patas acinzentadas e o bico vermelho.
Esta gaivota, até há pouco tempo considerada a gaivota mais rara da Europa, distribui-se sobretudo pela bacia do Mediterrâneo, tendo começado a nidificar no Algarve no início do século XXI.
Gaivota-Prateada
A gaivota-prateada ou gaivota-argêntea (Larus argentatus) é uma espécie de gaivota, pertencente ao gênero Larus e à família Laridae. A espécie distribui-se pela América do Norte, Europa e Ásia e vive em regiões costeiras, se bem que algumas populações se adaptaram à vida no interior dos continentes, em geral em torno de lixeiras.
A plumagem da gaivota prateada é cinzenta no dorso e asas e branca na cabeça, garganta e barriga. As patas são rosa acinzentadas, e tem uma mancha vermelha na ponta do bico amarelo. É em tudo semelhante à gaivota-de-patas-amarelasdistinguindo-se apenas pela cor das patas. Tal como a maioria das outras gaivotas, a espécie tem uma alimentação de características oportunísticas, roubando peixe a outras aves marinhas ou aproveitando lixo ou cadáveres. As posturas de cerca de três ovos são feitas em zonas rochosas ou penhascos. Ambos os progenitores defendem o ninho e os juvenis com agressividade.
Gaivota-Prateada-Americana
A gaivota-prateada-americana (Larus smithsonianus) é uma ave da família Laridae. É muito parecida com a gaivota-prateada, sendo praticamente impossível de distinguir no campo (embora alguns imaturos apresentem a plumagem mais escura).
Esta gaivota distribui-se pela América do Norte (principalmente pelo Canadá), sendo de ocorrência acidental na Europa continental (embora pareça ser regular nos Açores).
Gaivota-de-Bico-Riscado
A gaivota-de-bico-riscado ou gaivota-do-delaware (Larus delawarensis) é uma ave da família Laridae. De dimensão intermédia entre a gaivota-de-asa-escura e a gaivota-argêntea, os adultos distinguem-se pelo bico amarelo, com um anel preto perto da extremidade.
Esta gaivota é originária da América do Norte e até à década de 1980 era muito rara na Europa, mas atualmente a sua ocorrência parece ser anual, não sendo raro encontrar esta espécie em certas praias da costa de Portugal, durante o Inverno.
Gaivota-d'Olho-Branco
(Larus leucophthalmus)
O gaivotão possui, em média, 58 cm de comprimento e 940 gramas. O adulto possui o dorso e as partes superiores das asas negras, enquanto a cabeça e as partes inferiores são brancas. O bico é amarelo, com uma mancha vermelha na ponta da maxila. As pernas são amarelo-esverdeadas. Os juvenis possuem plumagem das partes superiores castanho-acinzentada densamente salpicada de branco; as partes inferiores são brancas manchadas de castanho. O bico é preto e as patas são cinzento-rosadas.
A fêmea geralmente bota 2 ou 3 ovos, e ambos os pais alimentam os filhotes.
O alcatraz-comum ou gaivotão-real (Larus marinus) é uma gaivota de grandes dimensões, sendo a maior das gaivotas europeias.
Tem um comprimento de 79 cm e envergadura de até 170 cm. Tem o corpo branco e a parte superior das asas preta com as pontas brancas. A parte inferior das asas é cinzenta. O bico é amarelo com uma pinta vermelha na ponta inferior. Anel ocular vermelho. É muito semelhante à gaivota-de-asa-escura, distinguindo-se desta principalmente pelo seu tamanho, por apresentar as pernas rosa esverdeadas em vez de amarelas e por ter as asas com as pontas mais brancas que esta. Os juvenis, como na maioria das gaivotas, são sarapintados de cinzento acastanhado, e só adquirem as cores de adultos ao fim de vários anos. Não existe dimorfismo sexual apreciável.
Alimenta-se de peixe morto ou vivo, assim como de ovos e juvenis de outras aves. Possui um bico poderoso sendo capaz de comer crias de aves marinhas engulindo-as inteiras. Ao contrário da gaivota-argêntea, esta costuma caçar sozinha ou em parelha. É encontrado no norte do oceano Atlântico.
O nome alcatraz tem origem no árabe al-ġaţţās, que significa aquele que mergulha, tendo passado para o português e deste para outras línguas.
Gaivota-Hiperbórea
A gaivota-hiperbórea (Larus hyperboreus) é uma das maiores gaivotas européias. A sua área de nidificação situa-se a norte do Círculo Polar Árctico e abrange a Islândia, o arquipélago de Svalbard e a costa norte da Rússia. Invernam ao largo das Ilhas Britânicas, da Noruega e da Islândia. Tal como outras aves de latitudes elevadas, esta gaivota caracteriza-se pelos tons muito claros da sua plumagem.
Portugal situa-se muito a sul da zona normal de invernada desta espécie e por esse motivo a gaivota-hiperbórea é muito rara na Península Ibérica. Existem algumas observações, efetuadas geralmente nos meses mais frios e referentes a aves em plumagem de 1º Inverno.
A gaivota-polar (Larus glaucoides) é uma gaivota de grande dimensão, que se destaca pelos tons muito claros da plumagem. Como nidificante, distribui-se pela região sub-ártica (Islândia, Groelândia, norte do Canadá e Nova Zembla). A sua zona de invernada situa-se em latitudes elevadas e na Europa não migra geralmente para sul do paralelo 50º N.
Em Portugal é uma espécie indiscutivelmente rara. As poucas observações efetuadas em território nacional dizem respeito a indivíduos imaturos, que aqui são observados esporadicamente nos meses de Inverno.
Gaivota-de-Asa-Escura
A gaivota-de-asa-escura (Larus fuscus) é uma espécie de gaivota, pertencente ao género Larus e à família Laridae. Os adultos têm as asas e o dorso de tom cinzento-escuro, a cabeça e o ventre brancos e as patas amarelas. O bico é amarelo com uma mancha vermelha na extremidade da mandíbula inferior. Os imaturos com menos de um ano de vida são castanhos e podem confundir-se com os de gaivota-de-patas-amarelas. A partir do segundo ano, a plumagem escura começa a aparecer, mas só no quarto ano de idade é que a plumagem de adulto é adquirida.
Esta gaivota nidifica no norte e no centro da Europa (principalmente na Islândia, na Escócia e na Escandinávia). É uma ave parcialmente migradora e muitos indivíduos passam o Inverno no sul da Europa. Em Portugal a gaivota-de-asa-escura ocorre principalmente como visitante não nidificante e está presente de Julho a Março. É muito abundante e nos principais estuários e nos portos de pesca é freqüente haver bandos de centenas ou milhares de indivíduos. Um estudo do ISPA, do Museu Nacional de História Natural e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) detectou 11 657 destas aves entre 2009 e 2010.
Gaivota-Prata
A gaivota-prata (Larus novaehollandiae) é a gaivota mais comum na Austrália. Encontra-se por todo o continente, mas principalmente em áreas litorais. Adaptou-se bem aos ambientes urbanos, prosperando em torno dos centros de shopping e dos depósitos do lixo.
A gaivota-maria-velha (Larus maculipennis) é uma espécie de ave da família Laridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Falkland Islands, Paraguai, South Georgia e the South Sandwich Islands e Uruguai.
Os seus habitats naturais são: pântanos, lagos de água doce, intertidal marshes e pastagens.
A gaivota-de-bico-fino (Larus genei) é uma ave pertencente à família Laridae. É bastante parecida com o guincho-comum, distinguindo-se desta pelos tons rosados do peito e pela ausência de capuz ou manchas escuras na cabeça.
É uma espécie pouco abundante que se distribui, sobretudo pela bacia do Mediterrâneo. As zonas de nidificação mais próximas de Portugal situam-se nas marismas do Guadalquivir. Em Portugal a espécie é acidental e o único local onde tem sido observada com alguma regularidade é a Reserva de Castro Marim, no Algarve.
Gaivota-de-Patas-Amarelas
A gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) é uma espécie de gaivota, pertencente ao gênero Larus e à família Laridae. Entre 2009 e 2010 foram detectadas 9 752 destas aves em território português.
Gaivota-Alegre
A gaivota-alegre ou guincho-americano (Larus atricilla) é uma gaivota de tamanho médio, típica das costas atlânticas da América do Norte, Antilhas, Sul de Califórnia e do norte de América do Sul. Esta espécie é muito rara na Europa e a sua ocorrência em Portugal pode ser considerada excepcional. Em 2005 houve uma invasão sem precedentes, tendo a espécie sido observada em diversos locais dos Açores e em diversos países da Europa.
Gaivota-de-Bering
A gaivota-de-bering (Larus glaucescens) é um grande larídeo de cabeça branca distribuída das Ilhas Aleutas à costa oeste do Alasca à costa de Washington. Durante algumas épocas, essa gaivota também pode ser encontrada na costa da Califórnia. É um parente do Larus occidentalis e freqüentemente se misturam, resultando em problemas de identificação, particularmente na área da Puget Sound. Considera-se que esta espécie vive por cerca de quinze anos.
A gaivota-de-bering é raramente encontrada afastada da água do mar. Entre 61 e 69 cm, com cabeça, pescoço e peito brancos e asas prateadas, suas patas são rosadas e o bico é amarelo. Alimenta-se pela costa, procurando por lulas, peixes e mexilhões fracos ou mortos, assim como lixo humano.
Gaivota-Tridáctila
A gaivota-tridáctila (Rissa tridactyla) é uma pequena gaivota, pertencente ao gênero Rissa e à família Laridae. Caracteriza-se pelas patas pretas, pelo bico amarelo e pelas asas prateadas com a ponta preta.
Nidifica colonialmente em zonas costeiras. Distribui-se pelas latitudes subárticas de todos os continentes, ocorrendo no norte e no centro da Europa, na Islândia, na Gronelândia, na América do Norte e na Sibéria.
Gaivota-de-Sabine
A gaivota-de-sabine (Larus sabini) é uma pequena gaivota. É parecida com a gaivota-pequena, distinguindo-se pelo padrão das asas e pela cauda ligeiramente bifurcada.
Esta espécie nidifica nas regiões árticas (Spitsbergen, Sibéria, Canadá e Alasca) e passa o Inverno nos mares do sul, ao largo da África austral.
Ocorre ao largo da costa portuguesa durante os períodos de passagem migratória.
Gaivota-de-Franklin
A gaivota-de-franklin (Larus pipixcan) é uma pequena gaivota da família Laridae. É do mesmo tamanho do guincho-comum, distinguindo-se pelas asas cinzentas com as pontas pretas.
Esta gaivota é originária da América do Norte, sendo muito rara na Europa.
Gaivota-de-Cabeça-Preta
A gaivota-de-cabeça-preta (Larus melanocephalus) é uma gaivota, pertencente ao gênero Larus e à família Laridae. Os adultos caracterizam-se pelas suas asas totalmente brancas, pelas patas e pelo bico vermelhos e, durante a época de nidificação, pelo capuz preto.
A principal zona de reprodução desta gaivota situa-se na região do Mar Negro (Ucrânia), sendo aqui que nidifica a grande maioria da população desta espécie. Contudo, em anos recentes estabeleceram-se alguns núcleos reprodutores em diversos países da Europa ocidental, destacando-se, pela sua proximidade, as populações de França e Espanha. Em Portugal, esta gaivota está presente fora da época de nidificação, ocorrendo como migradora de passagem e invernante.
Guincho-Comum
O guincho-comum (Larus ridibundus) é uma pequena gaivota, pertencente ao gênero Larus e à família Laridae. A partir de Março, os adultos envergam a plumagem nupcial, com um característico capuz cor de chocolate.
Nidifica no norte e no centro da Europa e é parcialmente migrador. Em Portugal ocorre principalmente como invernante.
Gaivota (Larus Serranus)
Larus serranus é uma espécie de ave da família Laridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Os seus habitats naturais são: rios, lagos de água doce, sapais e pastagens.
A gaivina-de-bico-preto (Sterna nilotica) é uma ave caradriforme da família Sternidae. Caracteriza-se pelo bico preto e mais espesso que o dos outros membros da sua família. Este fato, juntamente com o seu vôo pesado e a cauda pouco bifurcada, faz com que se assemelhe a uma pequena gaivota.
Em Portugal é um visitante estival, que nidifica nalgumas zonas úmidas do interior do território.
É também conhecida como «tagaz». Os tagazes são relativamente abundantes na albufeira do Caia, na parte sul do distrito de Porto Alegre.
Gaivina-de-Bico-Vermelho
A gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) é a maior andorinha-do-mar da Europa. Pelas suas grandes dimensões e pelo vôo pesado, faz lembrar uma gaivota. O que mais chama a atenção nesta ave é o seu enorme bico vermelho-alaranjado.
É uma espécie migradora, que nidifica na Fino-Escandinávia. Em Portugal existe uma pequena população invernante, que se distribui pelas zonas úmidas do Algarve.
Gaivina-de-Bico-Laranja
A gaivina-de-bico-laranja (Sterna bengalensis) é uma ave da família Sternidae.
Esta espécie distribui-se sobretudo pelo Oceano Índico, tendo pequenas populações no Mediterrâneo. Em Portugal a sua ocorrência é excepcional.
Garajau-Real
O garajau-real (Sterna maxima) é uma ave da família Laridae(SICK 2006). Identifica-se pelo seu grande porte e pelo bico alaranjado.
Esta espécie distribui-se pelos continentes americanos e africanos. Os locais de nidificação mais próximos da Europa situam-se na Mauritânia (Banc d'Arguin). A ocorrência desta espécie na Europa é acidental, conhecendo-se observações em Portugal, Espanha, Irlanda, Reino Unido e Noruega.
Andorinha-do-Mar-Comum
A Andorinha-do-mar-comum (Sterna hirundo), também conhecida por Garajau-comum nos Açores, é uma ave costeira ágil, das costas européias, africanas e americanas.
Andorinha-do-Mar-Rósea
A andorinha-do-mar-rósea, gaivina-rosada ou garajau-rosado (Sterna dougallii) é uma ave em tudo parecida à andorinha-do-mar-comum, contudo, os adultos reprodutores apresentam uma mancha preta na cabeça e uma tonalidade rosada no peito (de onde deriva o seu nome). No início da época de reprodução o bico é completamente negro, tornando-se, a base, vermelha após a eclosão das crias.
Andorinha-do-Mar-Anã
A andorinha-do-mar-anã (Sterna albifrons) é um dos mais pequenos membros da sua família. Nidifica na Europa e inverna em África.
Andorinha-do-Mar-Escura
A andorinha-do-mar-escura ou garajau-escuro (Sterna fuscata) é uma ave da família Sternidae. Distingue-se da maioria das outras espécies da sua família pela plumagem bastante escura: asas, dorso e coroa quase pretos, contrastando com as partes inferiores brancas.
Esta andorinha-do-mar distribui-se pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, mas é muito rara em águas portuguesas. Já foi registrada a sua nidificação nos Açores (ilha de Santa Maria) e na Madeira (ilhas Selvagens).
Andorinha-do-Mar-Preta-Menor
A Andorinha-do-mar-preta-menor (Anous tenuirostris) é uma espécie de caradriforme da família Laridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Comoros, Quénia, Libéria, Mauritius, Seychelles, África do Sul e Emirados Árabes Unidos.
Trinta-Réis-Grande
O trinta-réis-grande (Phaetusa simplex) é uma ave caradriiforme, da família dos larídeos, recorrente da Amazônia ao Uruguai e Argentina. Tais aves chegam a medir até 43 cm de comprimento, com plumagem cinzenta, asas com típico desenho alvinegro, pele da face e garganta vermelhas e bico amarelo-limão. Também são conhecidas pelo nome de gaivota.
Trinta-Réis-de-Bico-Vermelho
O trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea) é uma ave caradriiforme da família dos larídeos, recorrente na costa da América do Sul, principalmente na região sudeste e sul do Brasil. Tais aves chegam a atingir 41 cm de comprimento e possuem bico e pés vermelhos.
Trinta-Réis-Antártico
O trinta-réis-antártico (Sterna vittata) é uma ave da família Laridae, migratória, que habita as regiões antárticas.
O trinta-réis-antártico possui uma penugem preta na cabeça - como um chapéu - além de longas bandeirolas na cauda. O comprimento de uma ave adulta pode chegar a 40 centímetros, com uma envergadura (comprimento das asas) de até 80 centímetros.
O trinta-réis-antártico alimenta-se no mar, principalmente de peixes pequenos - como o arenque antártico - e crustáceos. O acasalamento dessa espécie acontece bastante cedo: em novembro, as fêmeas colocam até 3 ovos cada uma, em ninhos bastante camuflados - para dispersar a atenção das gaivotas predadoras. Apenas 23 dias depois, termina a incubação e os filhotes nascem sendo criados pelas mães até o mês de fevereiro.
A partir de abril, acontece a migração do trinta-réis-antártico para a África do Sul. O mês de agosto é o pico do movimento migratório, pois já no começo de setembro e outubro, as aves começam a retornar para seu habitat natural. Os poucos que restam, permanecem para os meses de verão.
Atualmente, calcula-se que a população mundial de trinta-réis-antártico esteja em aproximadamente 45 mil pares.
Trinta-Réis-Anão
O trinta-réis-anão (Sterna superciliaris) ave caradriiforme da família dos larídeos, recorrente das Guianas à Argentina, Bolívia e Colômbia. Tais aves chegam a medir até 25 cm de comprimento e possuem, durante o período reprodutivo, bico amarelado e extremidade das asas anegradas. Também são conhecidas pelo nome de trinta-réis-pequeno.
Trinta-Réis-Escuro
(Anous stolidus)
O trinta-réis-escuro (no Brasil) ou andorinha-do-mar-preta (em Portugal), de nome científico Anous stolidus, é uma ave ciconiforme da família dos larídeos, anteriormente classificada na família Sternidae, recorrente nas ilhas tropicais e subtropicais de todos os oceanos.
Tais aves medem cerca de 45 cm de comprimento, com plumagem cor de fuligem escura, capuz cinzento e fronte branca. Também são conhecidas pelos nomes de benedito, andorinha-preta-do-mar e tinhosa-grande.
É uma ave colonial e nidifica em lugares elevados em ravinas ou então em pequenas árvores ou arbustos. Só raramente nidifica no solo. A fêmea produz apenas um ovo em cada época de reprodução.
O nome trinta-réis será onomatopaico da sua voz, de acordo com alguns autores.
Trinta-Réis-Preta
A gaivina-preta ou trinta-réis-preto (Chlidonias niger) é uma ave da família Sternidae. Em plumagem nupcial caracteriza-se pelos tons escuros da sua plumagem, o que permite distingui-la dos restantes membros da sua família. Freqüenta, sobretudo país e zonas de água doce.
Esta espécie nidifica principalmente no leste da Europa e inverna na África tropical.
Em Portugal, a gaivina-preta ocorre principalmente durante as passagens migratórias.
Pernilongo
O pernilongo (Himantopus himantopus) é uma ave limícola que pertence à família Charadriidae. Em Portugal pode ser visto durante todo o ano, mas é mais comum no Verão.
É facilmente identificável pelas longas patas vermelhas, corpo branco e asas pretas, fazendo lembrar uma cegonha em miniatura. Ocorre geralmente em salinas ou noutros planos de água doce ou salobra.
Alcae
Airo
O airo ou arau-comum (Uria aalge) é uma ave marinha caradriforme, da família dos larídeos.
De aspecto semelhante a uma torda-mergulheira, distingue-se desta espécie pelo bico mais fino e pontiagudo. O espécime adulto alcança de 38 a 46 cm de comprimento. O seu aspecto exterior faz lembrar um pingüim, mas no entanto não está relacionado com estas aves. É branca com a plumagem da cabeça, costas e asas preta no norte da Europa. Contudo as aves que ocorrem em Portugal, pertencentes à subespécie U. a. albionis, têm as partes superiores de um tom castanho-escuro em vez de preto.
Alimenta-se no mar alto de peixes e outros animais marinhos, que captura com o bico, mergulhando até uma profundidade de 60 metros. Conseguem manterem-se debaixo de água mais de dois minutos.
Torda-Comum
A torda-mergulheira ou torda-comum (Alca torda) é uma ave caradriformes da família dos Alcidae. É a única espécie do género Alca.
A torda-mergulheira mede entre 38 e 43 cm de comprimento e tem uma envergadura de asas (usadas essencialmente para nadar) de 60–69 cm. Habita ilhas rochosas do Oceano Atlântico Norte.
Invernante comum na costa portuguesa, tanto juvenis como adultos, podem ser facilmente observados a mergulhar quando se alimentam, por vezes muito perto da praia.
Torda-Anã
A torda-anã (Alle alle) é uma ave marinha da família Alcidae. De plumagem preta e branca, com o bico espesso e curto, é o menor membro da sua família na Europa.
Nidifica nas regiões árticas em latitudes muito elevadas (80 graus N) e inverna normalmente no mar acima do Círculo Polar Ártico (por exemplo, no Mar de Barents, no estreito da Dinamarca e no Mar da Noruega). Mais para sul é pouco comum, sendo excepcional a sua ocorrência em Portugal.
Papagaio-do-Mar
Papagaio-do-mar é o nome comum dado às aves ciconiiformes da família dos larídeos, grupo dos alcídeos, pertencentes ao gênero Fratercula. Existem três espécies de papagaio-do-mar.
Tem 28 a 30 cm de comprimento e pesa 400 g. Vive de 20 a 25 anos. Os papagaios-do-mar têm forma compacta e hidrodinâmica. Os seus pés têm os dedos unidos por uma membrana que está adaptada para nadar debaixo d'água. As suas penas são à prova d'água. O peito branco com dorso e asas negras ajudam na camuflagem contra os predadores de cima, de baixo e quando nada. As asas curtas e os fortes músculos das asas ajudam-no a nadar fortemente, usando as asas como barbatanas. As asas medem 47 a 63 cm de comprimento. A parte superior do bico e da língua são orlados com espinhos apontados para trás, permitindo agarrar o peixe escorregadio. O bico possui uma dobradiça que permite que o peixe fique na parte superior do bico, enquanto ele apanha mais com a parte inferior do bico. Vivem em sua maioria, no Atlântico Norte, cobrem áreas que vão da Costa Nordeste dos EUA e da Islândia, até a Groenlândia e Rússia, e até mesmo abaixo da Inglaterra e da França.
Os papagaios-do-mar mergulham até 60 m para encontrar peixes como enguias e merlúcios, que são as suas principais presas. Quando se alimentam, eles balançam-se na superfície e depois mergulham debaixo d'água, engolindo as suas presas. As gaivotas-argênteas muitas vezes esperam pelo regresso dos papagaios-do-mar das suas pescarias, para roubarem a sua comida. Os papagaios-do-mar tentam evitá-las seguindo de imediato para a toca, a fim de fazer a entrega às suas crias.
Fratercula Arctica
(Oceano Atlântico)
Fratercula Cirrhata
(Oceano Pacífico)
Fratercula Corniculata
(Oceano Pacífico)