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07 março, 2011

Aves Apterygiformes, Casuariiformes, Struthioniformes e Tinamiformes


Algumas aves não voadoras

Apterygiformes

Kiwi ou Kuivi


Apterygidae é uma família de aves endêmica da Nova Zelândia, possui apenas um gênero, o Apteryx, e são popularmente chamados de quivi. O quivi não voa, tem hábitos noturnos e vive em um buraco no solo. É uma família ameaçada. Esta ave é a menor das ratitas vivas, as aves não voadoras e não nadadoras, como o quivi, as emas e as avestruzes, mas a sua origem é ainda incerta. Antes da chegada dos humanos em 1.300 d.C., não existiam mamíferos na Nova Zelândia (com exceção de 3 espécies de morcegos), e a ilha estava cheia de pássaros e répteis.

O quivi tem o tamanho aproximado de uma galinha, tem a plumagem do corpo fofa, semelhante a pêlos, bico longo e delgado com narinas na extremidade, pés com garra fortes, com 4 artelhos, asas atrofiadas. São aves com hábitos noturnos, por isso poucas pessoas conseguem vê-lo durante o dia.
Usam o olfato em busca de alimento. São onívoros, alimentado-se de frutas, sementes, pequenos vermes e larvas de insetos.

Kiwi-Marrom-da-Ilha-do-Sul
(Apteryx australis)


Kiwi-Marrom-da-Ilha-do-Norte
(Apteryx mantelli)


Casuariiformes 

Casuar

O casuar (Casuarius spp.) é uma ave do grupo de aves ratitas de grande porte, nativas do nordeste da Austrália, Nova Guiné e ilhas circundantes.
As três espécies de casuar pertencem à família Casuariidae e são, com a avestruz e a Ema, as maiores aves existentes na atualidade. O habitat preferencial do casuar são zonas de floresta tropical, onde haja um grande número de árvores disponíveis para produzir os frutos de que se alimentam. Neste ambiente o casuar desempenha a importante função ecológica de dispersar as sementes das árvores. O casuar é uma figura importante na mitologia das populações nativas da Oceania e representa geralmente uma figura maternal.
A plumagem do casuar é abundante e de cor acinzentada, com penas coloridas na base do pescoço. Estas aves têm uma crista encarnada no alto da cabeça, que cresce devagar durante os primeiros anos do animal e com função desconhecida. O grupo não tem dimorfismo sexual significativo, sendo as fêmeas apenas um pouco maiores e mais coloridas. Uma característica distintiva é a presença de uma garra em forma de punhal presente no dedo interno. Como nos outros strutioniformes, o casuar tem as asas atrofiadas e três dedos em cada pata.
O casuar é uma ave ágil, que pode correr a cerca de 50 km/h e saltar 1,5 m sem qualquer balanço. São animais normalmente pacatos e tímidos que no entanto podem ser extremamente agressivos e perigosos para o Homem para proteger o ninho ou as suas crias.
Na época de reprodução os machos reclamam um território e procuram atrair uma fêmea, que permanece apenas, até pôr entre de 3 a 5 ovos. Após a postura a fêmea abandona o ninho e pode eventualmente acasalar noutro território. Os machos cuidam sozinhos dos ninhos e das crias durante os nove meses seguintes. Os juvenis são de cor acastanhada e só ganham a plumagem típica do adulto por volta dos três anos.
O casuar é uma ave importante para o Homem há centenas de anos como fonte de proteína através da carne e dos ovos. Algumas tribos da Nova Guiné têm o hábito de assaltar os ninhos e criar os juvenis até à idade adulta, quando são vendidos ou mortos para consumo local; no entanto o casuar nunca foi completamente domesticado. As penas coloridas são também uma fonte de interesse e o motivo pelo qual no passado os colonos europeus caçaram abundantemente este animal. Atualmente, as três espécies de casuar estão ameaçadas pela destruição de habitat e encontram-se protegidas por lei. É uma das aves mais perigosas para o Homem, pois sua patada pode equivaler a mesma força de um pequeno punhal, podendo até decepar um membro.
As várias espécies de casuar são abundantes no registro fóssil do Plio-Plistocénico australiano e pensa-se terem evoluído a partir dos emus algures no Miocénico.



Emu

O Emu (Dromaius novaehollandiae, "Corredor da Nova Holanda" em Latim) é o maior pássaro nativo da Austrália e, depois do Avestruz, a segunda maior ave que vive hoje.
Ele habita a maioria das áreas menos povoadas do continente, evitando apenas a floresta densa e o deserto severo. Como todas as aves do grupo das Ratites, ele não pode voar, embora diferente de alguns ele tem pequenas asas escondidas sob as penas.
Emus são aves marrons, de penas macias, que alcançam de 1.5 a 2 metros de altura e pesam até 60 kg, com o macho marginalmente menor.
São nômades oportunistas e seguem a chuva, se alimentando de grãos, flores, frutas, insetos e o que mais for disponível. Eles são capazes de viajar grandes distâncias em um trote rápido e econômico e que, se for necessário, pode correr a 50 km/h.





Struthioniformes 

Avestruz

O avestruz (em Portugal, a avestruz) é uma ave não voadora, originária da África, que leva o nome científico Struthio camelus. É a única espécie viva da família Struthionidae, do gênero, Struthio, e da ordem das Struthioniformes.
Avestruzes são considerados a maior espécie viva das Aves e seu nome científico vem do grego para "camelo pardo".
Avestruzes normalmente pesam de 90 a 130 kg, embora alguns avestruzes machos tenham sido registrados com pesos de até 155 kg. Na maturidade sexual (entre 2 e 4 anos de idade), avestruzes machos podem possuir de 1,8 m a 2,7 m de altura, enquanto as fêmeas alcançam de 1,7 m a 2 m. Durante o primeiro ano de vida crescem cerca de 25 cm por mês. Em um ano um avestruz pesa cerca de 45 kg.
Possui dimorfismo sexual: nos adultos, o macho tem plumagem preta e as pontas das asas são brancas, enquanto que a fêmea é cinza. O dimorfismo só se apresenta com um ano e meio de idade.
As pequenas asas vestigiais são usadas por machos como exibição para fins de acasalamento.
As penas são macias e servem como isolante térmico e são bastante diferentes das penas rígidas de pássaros voadores. Possui duas garras em dois dos dedos das asas, sendo a única ave que possui apenas 2 dedos em cada pata. As pernas fortes do avestruz não possuem penas. Suas patas têm dois dedos, sendo que apenas um tem unha enquanto o maior lembra um casco. Seu aparelho digestivo é semelhante ao dos ruminantes e seus olhos, com suas grossas sobrancelhas negras, são os maiores olhos das aves terrestres.


Avestruz-de-Pescoço-Vermelho
ou Avestruz-do-Norte-da-África
(S.c. camelus)



Avestruz-Somali
(S.c. molybdophanes)


Avestruz-Massai
(S.c. massaicus)


Rheiformes

Ema

A ema, também chamada de nandu ou nhandu (Rhea americana), é uma ave da família Rheidae, cujo habitat se restringe à América do Sul. Tem a peculiaridade de serem os indivíduos masculinos os responsáveis pela incubação e o cuidado com os filhotes.
É considerada a maior ave brasileira. Apesar de possuir grandes asas, não voa. Usa as asas para se equilibrar e mudar de direção na corrida.
A ema é a maior e mais pesada ave do continente americano. Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento e pesar até 36 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de comprimento
Apresentam plumagem do dorso marrom-acinzentada, com a parte inferior mais clara. O macho distingue-se por ter a base do pescoço, parte do peito e parte anterior do dorso negros. Difere do avestruz por não apresentarem cauda e pigóstilo. Também não possuem glândula uropigiana. Ao contrário das demais aves, há separação das fezes e da urina na cloaca; os machos adultos possuem um grande pênis.
Possuem pernas fortes e pés providos de três dedos.


(Rhea americana)



(Rhea americana albescens)


(Rhea americana araneipes)


(Rhea americana intermedia)


(Rhea americana nobilis)


Nandu-de-Darwin

O nandu-de-darwin (Rhea pennata ou Pterocnemia pennata) é um parente menor da ema que se distingue facilmente desta pelas manchas brancas apresentadas no dorso.
Ocorre nas zonas altas (3500 a 4500 metros de altitude) e semi-áridas a sul do Peru e nas florestas e estepes da América do Sul.
O nandu-de-darwin bica sua comida do chão enquanto caminha vagarosamente de cabeça baixa. É habitual juntarem-se aos lamas que pastam por ali. O período de acasalamento dá-se entre setembro e janeiro.
Segundo a taxonomia de Sibley-Ahlquist, esta espécie pertence ao gênero Rhea, juntamente com as emas.



Tinamiformes

Macuco

O macuco (Tinamus solitarius; do latim solitarius, "sozinho", "solitário") é uma ave de grande porte da família dos Tinamidae. Tais aves chegam a medir até 48 cm de comprimento, com o dorso pardo-azeitonado e ventre cinza-claro. Atualmente, a subespécie Tinamus solitarius pernambucensis, do Nordeste brasileiro, foi considerada oficialmente inválida.
É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. Atinge até 52 cm do comprimento, com peso dos machos variando entre 1,2-1,5 kg, e das fêmeas entre 1,3-1,8 kg.
Possui coloração acinzentada com matiz verde-oliva, e desenho críptico nas penas traseiras (rectrizes).
Alimenta-se de sementes, bagas, frutas e artrópodes. Sempre próximo a pequenos riachos ou nascentes.


Azulona

A azulona (Tinamus tao) é uma ave cinegética encontrada na Amazônia brasileira e na bacia do Alto Paraguai, exclusivamente em áreas da mata-de-terra-firme. Sua coloração é de tom cinza-ardósia.Mede 52 cm e cerca de 1,9 kg ou mais. Em observações de campo conduzidas pelo ornitólogo José Carlos Reis de Magalhães, encontrou a relação de sexos de dois machos para cada fêmea, que a postura era, sempre, de três ovos e as fêmeas acasalam duas vezes na estação, com dois machos diferentes e consecutivos. A estratégia reprodutiva da Azulona indica que a espécie tem estado sujeita a fortes pressões predatórias, tendo assim caminhado, evolutivamente, para a solução de reduzir a postura para três ovos e fazer duas posturas por ano, reduzindo riscos. Uma peculiaridade sobre os ovos da Azulona está no fato de serem quase perfeitamente esféricos, em nada oblongos, como os de Tinamus solitarius, porém idênticos na coloração verde-azulada.
As estreitas afinidades entre o Macuco e a Azulona sempre foram objeto das cogitações dos sistemas que os estudaram. As diferenças entre eles estão, praticamente, no colorido, já que, morfologicamente, são idênticos. Apenas no peso, nossos dados acusam pequena vantagem para a azulona. É provável que macuco e azulona venham de um ancestral comum e que, por razões climáticas, foram separados pela ocorrência de soluções de continuidade entre as áreas florestadas da Amazônia e do Sudeste (Mata Atlântica). Mantiveram muita coisa em comum, como a voz, igualmente eficiente para ambas, nos biótipos semelhantes em que remanesceram. A azulona apresenta subespécies ou raças geográficas, ao longo de suas áreas de ocorrência, onde divide o habitat com outros representantes do gênero Tinamus, como o Inhambu-galinha (Tinamus guttatus) e o Inhambu-açu (Tinamus major), este encontrado na mata-de várzea.

Ficheiro:Tao001.jpg

Inhambu-Açu

O Macuco-do-pantanal ou Inhambu-açu (Tinamus major), em inglês Great tinamou, é uma ave tinamiforme florestal, terrícola, também conhecida como macuco-do-cocuruto-vermelho, macuco-do-igapó e macuco-de-topete, que vive em regiões demata-de-várzea no Norte e Centro-Oeste do Brasil. Essa espécie e suas subespécies ocupam vasta distribuição geográfica, abrangendo as Américas do Sul e Central, até o México.

É ave cinegética. Muito arisca e cuja plumagem apresenta excelente coloração de camuflagem. Na região Norte do Brasil, divide seu hábitat com outras espécies do gênero Tinamus, como a azulona (Tinamus tao) e o macuquinho ou Inhambu-galinha (Tinamus guttatus), o menor representante do gênero. Sendo maior ocorrência nessa região, a subespécie Tinamus major olivascens.

Ficheiro:Tinamus majorPCSL00504B.jpg

Inhambu-Galinha

O inhambu-galinha ou macuquinho (Tinamus guttatus) é uma espécie da floresta tropical, e o menor representante do gênero Tinamus, medindo entre 32 e 36 cm.
Tem ocorrência tipicamente amazônica no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. No Brasil ocorre também em parte do Estado do Maranhão. É espécie cinegética. Habita a floresta de terra firme, bem como a mata de várzea. Alimenta-se de sementes, frutas e invertebrados. Na época das enchentes na Amazônia, são comumente capturados como alimento pela população local, juntamente com outros tinamídeos, quando tentam cruzar voando os grandes rios, e caem próximo às margens, seja por fadiga ou por chocar-se contra a densa folhagem da mata ciliar.
Sua vocalização consiste em piados graves e esparsos. Não possuem subespécies descritas. A sua postura é de 4 ou 5 ovos de coloração verde azulada intensa. É espécie relativamente abundante em seu habitat, sendo o fator redutor de suas populações, o do desmatamento da Amazônia.

Ficheiro:Tinamus guttatus1.jpg

Inhambu-Pixuna

O Inhambu-pixuna (Crypturellus cinereus), também chamado de inhambu-preto, inhambu-coá ou inhambu-sujo, é um tinamídeo de grande distribuição geográfica na Floresta Amazônica. A espécie habita a mata-de-várzea, capoeiras com árvores esparsas e plantações como as de cacau e café. É ave cinegética.
O inhambu-preto mede entre 29 e 32 cm de comprimento e pesa entre 435 g e 600 g. Não há dimorfismo sexual evidente, sendo a fêmea maior que o macho, e a vocalização daquele, em geral, mais aguda que a da fêmea. Sua vocalização consiste em um longo e agudo piado monotônico.
Essa ave alimenta-se de sementes, frutas e invertebrados, tais como grilos e formigas. A época de reprodução pode decorrer ao longo do ano todo, mas faz-se preferencialmente entre agosto e outubro. O inhambu-pixuna não constrói ninhos, sendo os dois ovos oblongos de cor salmão-violeta, marrom-claro ou escuro, postos entre a vegetação densa. A incubação leva em média 16 dias. A sua plumagem apresenta coloração mimética, que propicia eficaz camuflagem em seu habitat.
Não apresenta subespécies oficialmente descritas (monotípico).
Apresenta adaptabilidade ao cativeiro, reproduzindo-se normalmente no mesmo.

Ficheiro:Crypturellus cinereus.jpg

Sururina

A Sururina (Crypturellus soui), em inglês: Little Tinamou é um tinamídeo, ave de vasta distribuição geográfica, abrangendo as Américas do Sul e Central. No Brasil ocorre no Sudeste, Nordeste à Amazônia. Também conhecido no Brasil, pelos nomes populares: Tururim, tururi, sovi, canela-parda, ferrinho, tururina e inhambu-carioca. É espécie cinegética.
Terrícola, por vezes empoleira-se em galhadas densas para pernoitar, segundo alguns autores. Possui em geral, coloração marrom uniforme, com garganta esbranquiçada. Alimenta-se de sementes, insetos e pequenos frutos. Por sua vasta distribuição, apresenta diversas subespécies ou raças geográficas. Não apresenta dimorfismo sexual aparente; sendo a fêmea pouco maior que o macho, e com vocalizações diferenciadas. Seus ovos são de coloração vinho ou púrpura escuro


Inhambú-Guaçu

O inhambu-guaçu (Crypturellus obsoletus) é um tinamídeo florestal, habitando a floresta atlântica no Brasil em praticamente todos os níveis de altitude, sendo sua presença mais marcante, acima dos 400 m. Na América do Sul ocorrem algumas subespécies. Mede entre 28 e 32 cm. Alimenta-se de sementes, pequenos frutos, insetos e vermes. Ocorre nos estados brasileiros da Bahia (extremo sul) ao Rio Grande do Sul.
É encontrado na mata primária, nos trechos de vegetação densa e sub-bosque, e em matas secundárias. Possui vocalização em escala ascendente fortíssima, sendo a vocalização da fêmea mais longa que a do macho. É uma ave cinegética.
Acasala de setembro a dezembro. Seu ninho no solo é muito pouco elaborado, constituído de algumas folhas secas, sob alguma folhagem ou ao lado de algum tronco; e sua postura consiste em 2 a 3 ovos de coloração rosa-púrpura, incubados num período médio de 19 dias pelo macho.
Apresenta camuflagem eficiente, em tons de marrom-acinzentado, com desenho críptico nas penas traseiras (retrizes). A coloração da fêmea tende a uma tonalidade mais avermelhada. Possui rápido vôo de fuga.
A raça geográfica Crypturellus obsoletus griseiventris, também chamado de inhambu-poca-taquara (foto superior à direita), ocorre no Brasil na região Amazônica; apresentando poucas diferenças quanto ao colorido geral; notadamente o ventre e cabeça mais acinzentados e bico pouco mais longo. Mas de vocalização bem diferenciada, lembrando vagamente a da espécie C. obsoletus obsoletus, do Sudeste e Sul do Brasil.




Jaó

Jaó é uma ave tinamiforme cujo nome científico é Crypturellus undulatus. É típica do Cerrado do Brasil Central. O Jaó e suas sub-espécies habitam matas abertas e cerrados no Brasil.
É ave cinegética. Sua vocalização consiste em 3 ou 4 pios descendentes, sendo as notas finais mais aceleradas. Atende facilmente ao pio do caçador. Alimenta-se de sementes, bagas e invertebrados.
Na Amazônia, habita trechos de floresta aberta, beira de rios. Nessa região é chamado de macucaô. No Sudeste e Sul do Brasil, ocorre o Jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus noctivagus), também chamado de Jaó-do-sul ou zabelê. Habita a Mata Atlântica primitiva, desde o nível do mar, até cerca de 400 m de altitude.

Undulated Tinamou (Crypturellus undulatus)

Inhambú-Relógio

O Inhambu-relógio (Crypturellus strigulosus) em inglês Brazilian tinamou, é uma ave tinamiforme do Nordeste (Pernambuco e Alagoas), onde é chamado lambu-açu, e Norte do Brasil. Mede cerca de 30 cm. Em alguns Estados brasileiros essa designação é dada também a outra espécie, o Inhambu-anhangá (Crypturellus variegatus).
Em suas observações no habitat desta espécie, o ornitólogo José Carlos Reis de Magalhães considerou que o Inhambu-relógio tem comportamentos estranhos e de difícil interpretação. São muito vocais e sua voz é ouvida até nas horas mais quentes do dia, continuamente, desde que o dia seja bem ensolarado. Com a formação de nuvens e a queda da luminosidade, cessam de cantar para só reassumirem essa atividade após a volta da luz solar plena. Sua vocalização consiste num agudo piado, muito longo e com mínimas modulações. É ave cinegética.
Das aves do gênero Crypturellus, é a única com acentuado dimorfismo sexual. Na imagem acima, o exemplar exibido é um macho, sendo que a fêmea distingue-se por apresentar dorso com listras transversais, similares às observadas em Crypturellus variegatus. No entanto, é a espécie de tinamídeo que apresenta menos diferenças entre as vocalizações dos dois sexos, a ponto de serem indistinguíveis aos ouvidos mais treinados, e de não revelarem em sonogramas, diferenças mensuráveis.
Seus ovos são postos em ninhos no solo; sendo quase esféricos e de cor lilás manchada de róseo.
Apresenta adaptabilidade ao cativeiro, reproduzindo-se normalmente nele.

Ficheiro:Crypturellus strigulosus.jpg

Inhambu-de-Pé-Cinza

O inhambu-de-pé-cinza (Crypturellus duidae) é um tinamídeo confinado ás florestas do noroeste da Amazônia colombiana e sul da Venezuela. No Brasil ocorre apenas no extremo norte na região da Cabeça do Cachorro e rio Papuri, afluente do Uaupés. Habita as florestas chuvosas de terras baixas (baixadas) e também matas arbustivas com solo arenoso.
Ocorre numa faixa de altitude de até 500 m aproximadamente. Alimenta-se de sementes e invertebrados. É ave cinegética.
Alguns autores o consideram uma subespécie do jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus), sendo também muito próximo ao macucauá-da-mata ou inhambu-de-perna-vermelha (Crypturellus erythropus), não sendo, porém reconhecida oficialmente nenhuma subespécie em C. duidae. Nesta espécie o dimorfismo sexual é quase que imperceptível visualmente.

Ficheiro:Crypturellus duidae.JPG

Jaó-do-Litoral

O Jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus noctivagus), em inglês: Yellow-legged Tinamou; é uma ave Tinamiforme, que habita a Mata Atlântica no Brasil, entre 0 e 400 m de altitude. Seu habitat típico são as florestas altas de restinga em estado primário, na planície litorânea e estendendo-se às florestas de encostas serranas e de vales de rios, dentro dessa faixa aproximada de altitude. É conhecido também por jaó-do-sul, jaó-da-mata, juó ou juô (litoral do Estado de São Paulo).
Mede entre 32 a 34 cm, alimenta-se principalmente de sementes, pequenos frutos de palmeiras, como Euterpe oleracea, e também os das plantas: tapiá, oiticica, curubixá, cupá; bem como insetos, vermes, aranhas, moluscos e ainda vegetais de folhas tenras, como certas gramíneas e também boa quantidade de grãos de areia.
Sua distribuição geográfica abrange os Estados do ES, RJ, SP, PR, SC e RS. Segundo relatos abalizados, essa espécie apresenta distribuição esparsa e irregular em seu habitat, a floresta atlântica primária; e dentro dele, suas áreas de maior ocorrência pontual seriam nas proximidades de leitos secos de lagoas, recobertos por vegetação rasteira entremeada por gramíneas.
Tem relativa tolerância às alterações antrópicas, sendo observada a sua ocorrência em pequenas áreas de floresta primária, circundadas por pastos e plantações.
Uma característica na reprodução dessa espécie, é a da formação de haréns de fêmeas no período de acasalamento (a exemplo de C. strigulosus), que se reúnem a um macho solitário e dominante.
Fator que contribui para resultados normalmente escassos, obtidos em sua reprodução em cativeiros conservacionistas, em não se dispondo de uma proporção adequada entre os sexos.
O período do acasalamento ocorre de setembro a janeiro, quando então podem ser ouvidas as vocalizações dos machos. Além dessas vocalizações ocorre também um display de acasalamento; onde o macho se aproxima da fêmea em postura ereta com leve agito das asas, e em seguida foge dela por uns 2 metros com as asas meio erguidas, cabeça baixa e penas traseiras eriçadas; a seguir volta-se de frente para ela e reinicia a aproximação.
O ninho é simples, apenas um ajuntamento de folhas secas sobre um leve rebaixo do solo. É geralmente construído aos pés ou entre as raízes tabulares de árvores como as sapopembas, ou moitas como as de gravatás, como exemplos. Sua postura é de 2 a 3 ovos de coloração verde-clara, incubados por 18 dias em média. Por vezes, várias fêmeas fazem suas posturas num mesmo ninho. A incubação é feita pelo macho, que cobre os ovos com folhas secas ao sair do ninho, ocultando-os. Também é o macho que cria e protege os filhotes.

Ficheiro:Crypturelus noctivagus.jpg

Inhambu-Anhangá

O inhambu-anhangá (Crypturellus variegatus), chorão ou chororão (também conhecido no sudeste e nordeste do Brasil - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia - como inhambu-codorna, inhambu-relógio e inhambu-onça) é uma ave tinamiforme brasileira, também de ocorrência amazônica.
É uma ave cinegética, sendo atraída e caçada com o uso de pio de madeira apropriado, no período entre setembro e novembro. Sua presença no sudeste do Brasil comprova o fato da floresta amazônica haver se estendido até contato com a floresta atlântica, havendo posteriormente recuado, com o surgimento do cerrado brasileiro, e deixando uma população isolada desses tinamídeos, cujos exemplares apresentam porte levemente maior e vocalização um pouco diferenciada.

Ficheiro:Crypturellus variegatus1.jpg

Inhanbu-Chororó

O Inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris), também conhecida popularmente no Brasil por inambuzinho e xororó, em inglês: "Small-billed tinamou". É a menor espécie do seu gênero, medindo cerca de 19 cm. É uma ave de vasta distribuição geográfica no Brasil, habitando campos sujos, capoeiras, plantações e divisas de pastos. Terrícola, alimenta-se de sementes. É ave cinegética. Ocorre ao sul do Amazonas, Pará ao nordeste, sudeste e sul do Brasil, também é encontrado no Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.
Sua vocalização consiste numa seqüência de notas em escala descendente. Adapta-se bem ao cativeiro, tendo ótima capacidade de reprodução, o que favorece ao repovoamento em áreas naturais.
Há pouco dimorfismo entre os sexos, tendo a fêmea o bico vermelho-carmim intenso, e maior porte. O macho tem o bico escurecido na ponta e vermelho esmaecido na base (imagem ao lado). A vocalização entre os dois sexos também é diferenciada.
Sua postura consiste em 4 ou 5 ovos de coloração rósea.



Inhanbu-Xintã

O Inhambu-xintã (Crypturellus tataupa), conhecido ainda no Brasil pelos nomes populares: pé-roxo, bico-de-lacre, chitão ou chororó; e em inglês "Tataupa tinamou". É uma ave de ampla distribuição geográfica no Brasil (habitando o nordeste, centro-oeste, sudeste e sul), Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina. Terrícola. Ocupa um biótipo intermediário entre a floresta alta e a capoeira. É ave cinegética. Seu canto consiste numa seqüência de notas rápidas e descendentes.
Seu aspecto e dimensões (aprox. 23 cm) situam-se entre as do inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris) e as do inhambu-guaçu (Crypturellus obsoletus). Alimenta-se de sementes e insetos. Apresenta resistência às alterações antrópicas em seu habitat. Adapta-se bem ao cativeiro, reproduzindo-se com relativa facilidade.


Codorna-Pequena

A codorna-buraqueira (Taoniscus nanus), também conhecida como: Inhambu-carapé, codorninha, carapé, perdizinha e perdigão. O termo "carapé" vem do tupi, significando anão.
Este é o menor representante conhecido da família dos Tinamídeos, com o tamanho variando de 14 a 16 cm e peso entre 43 e 46 g. Sendo encontrado em regiões de cerrado e campos naturais; havendo relato de sua ocorrência também para as bordas de florestas secundárias.
Essa espécie apresenta diferentes tonalidades de coloração em sua plumagem, que vão do ocre-rosado ao ocre-acinzentado, apresentando um padrão aproximado ao das codornas (Nothura) e da perdiz (Rhynchotus). De hábitos terrícolas, Taoniscus nanus busca refúgios em buracos ou tocas de outros animais, para se ocultar de predadores como o falcão-de-coleira (Falco femoralis) e o gavião-de-rabo-branco (Buteo albicaudatus). Não há informações disponíveis sobre os aspectos reprodutivos desse tinamídeo na natureza, consta apenas que seu período de reprodução se dá nos meses de setembro e outubro. Exemplares mantidos em cativeiro apresentaram postura de três ovos.
É onívoro, e sua alimentação é constituída de pequenos invertebrados como pequenos artrópodes, cupins, e de sementes. Essa ave ocorre em altitudes entre 700 e 1000 metros. Sua vocalização é bem diferenciada da de outras espécies de tinamídeos campestres, como as das codornas Nothura maculosa e Nothura boraquira.
Os Tinamídeos campestres em geral, apresentam uma melhor capacidade de vôo em comparação às espécies florestais; mas em Taoniscus nanus ocorre o contrário, pois o mesmo estaria perdendo sua capacidade de vôo; sendo esse vôo muito curto, quase um salto alongado. As observações em campo são difíceis, devido ao pequeno tamanho dessa ave, quase sempre oculta pela vegetação. Essa espécie também é comumente confundida com os filhotes de outras espécies de Tinamídeos.
Sua pressuposta distribuição geográfica no Brasil abrangeria os estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Também encontrada na Argentina. Considerada em via de extinção devido às alterações antrópicas em seu ambiente natural, consta da lista oficial das espécies em extinção no estado de São Paulo. Mas as naturais dificuldades para sua observação em estudos de campo concorrem para a possível inexatidão dessa classificação.
A espécie carece de expressiva documentação fotográfica e comportamental.
Exemplares mantidos em cativeiro apresentam comportamento manso, e de relativa adaptação ao mesmo.




Codorna-Buraqueira

A Codorna-buraqueira (Nothura minor) em inglês Lesser Nothura é uma ave brasileira tinamiforme, de até 19,5 cm. Também conhecida pelos nomes de codorna-mineira e buraqueira. Habitante dos cerrados e campos sujos; ocorrência de Minas Gerais a São Paulo, Goiás e Mato Grosso.
Não é vista desde cerca 1992, podendo-se considerá-la espécie em via de extinção. É espécie cinegética.

06 março, 2011

Ungulados 5

Damão, Hírax ou Hírace

Os hiracóides (do latim científico Hyracoidea) são uma ordem de mamíferos placentários do clado dos Afrotheria, que inclui apenas a família, os procaviídeos (Procaviidae) com os três géneros e 4 espécies existentes de damão, hírax ou hírace. Actualmente o grupo está representado apenas em África.
Os dassies são animais de pequeno a médio porte, que podem medir entre 30 a 70 cm de comprimento e pesar entre 2 e 5 kg. Têm patas e caudas curtas, cabeça pequena e cor acastanhada. Estes animais, apesar de serem mamíferos, não conseguem efectuar uma termorregulação eficiente e, em consequência, passam bastante tempo ao sol, para se aquecerem. Também não têm dentes incisivos na zona frontal dos maxilares, sendo o corte das ervas e outros vegetais de que se alimentam assegurado somente pelos dentes laterais.
A palavra "coelho", ou "lebre" foi usada em vez de "hírax" muitas vezes em algumas das primeiras traduções da Bíblia para língua inglesa. Os tradutores Europeus dessa altura desconheciam o hírax (em hebraico: שָּׁפָן Shaphan), e consequentemente não tinham designação para ele. Na tradução de João Ferreira de Almeida é designado por querogrilo. Existem referências a híraxes no Antigo testamento particularmente em Levítico 11, onde são correctamente descritos como não tendo casco fendido, e, portanto não sendo kosher. É também dito que o hírax rumina. No entanto, esta observação é devida ao hábito do hírax mastigar sem que tenha ingerido nada, parecendo que está a ruminar (os híraxes estudados pelos Hebreus talvez estivessem em cativeiro). Algumas traduções modernas referem-se a eles como arganazes. Shaphan era também o nome do escriba do Rei Josias.
É também dito que o nome Hispania poderá derivar do modo como os marinheiros fenícios que visitaram a costa de Espanha designavam o lugar, "terra dos Coelhos", tomando o coelho-europeu pelo damão-do-cabo (Procavia capensis) da sua terra de origem, saphan em língua nativa, que poderia ser pronunciado span.


Damão-do-Cabo
(Procavia capensis)

Rock hyrax basking

Female and young rock hyrax huddling to conserve body heat

Rock hyrax family group in coastal habitat

Hírax-Arbusto
(Heterohyrax brucei)

Bush hyrax climbing on thorny twigs

Bush hyrax adult with young

Adult and young bush hyrax

Damão encontrado na parte Oeste e Centro da África
(Dendrohyrax dorsalis)





Damão encontrado no Sul da África
(Dendrohyrax arboreus) 

Southern tree hyrax feeding in a tree

Southern tree hyrax feeding on leaves

Adult southern tree hyrax

26 fevereiro, 2011

Ungulados 4

Cetáceos



Tal como todos os mamíferos, os cetáceos respiram ar por pulmões, são de sangue-quente (i.e., endotérmicas) e amamentam os juvenis, mas têm muito poucos pelos.
As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias: o corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe. Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo. A ponta da cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais. Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis.
Debaixo da pele existe uma camada de gordura. Serve como reservatório de energia e também como isolamento. Os cetáceos possuem um coração de quatro câmaras. As vértebras do pescoço estão fundidas na maior parte dos cetáceos, o que fornece estabilidade durante a natação à custa da flexibilidade.
Os cetáceos respiram por meio de espiráculos localizados no topo da cabeça, o que permite ao animal ficar submerso. As baleias sem dentes possuem dois, enquanto que as baleias com dentes apenas têm um espiráculo. Quando respiram, os cetáceos lançam um jacto de água, cuja forma é uma característica que ajuda à sua identificação. O seu sistema respiratório permite-lhes ficar submersos durante muito tempo sem respirar: o cachalote, por exemplo, pode ficar duas horas sem respirar.
Especialmente notória é a baleia-azul, o maior animal que alguma vez viveu. Pode atingir 30 metros de comprimento e pesar 180 toneladas.
Os cetáceos são descendentes de mamíferos terrestres, provavelmente da ordem Artiodactyla. Eles passaram para a água há cerca de 50 milhões de anos.
Recentemente foram encontrados no Paquistão fósseis de animais terrestres adaptados à vida aquática, e os cientistas acreditam que eles são realmente os ancestrais dos atuais Cetáceos, pois o crânio destes animais só encontra similaridades com os crânios de baleias e golfinhos. Mesmo as baleias desdentadas descendem de animais terrestres.
Os fósseis encontrados são de animais da ordem Artiodactyla, que eram adaptados à corrida mas, para fugir de predadores e buscar mais opções de alimento, adaptaram-se à vida aquática. Um deles, o Pakicetus, assemelhava-se a algo intermediário a um lobo ou uma lontra e alimentava-se de peixes, um outro, o Rodhocetus, possuía cabeça semelhante a das baleias e tinha as patas adaptadas como nadadeiras.

Baleias-Francas

Baleia-Franca-Austral


A baleia-franca-austral (Eubalaena australis) é uma das três espécies de baleia-franca, pertencente ao género Eubalaena. Estima-se que haja cerca de 7500 exemplares desta baleia espalhadas pelo sul do Hemisfério Sul, numa faixa compreendida entre os 30º e os 55º de latitude. Pode atingir os 18 metros de comprimento e as 80 toneladas de peso.
A caça indiscriminada deste tipo de baleia, devido à quantidade de óleo possuída por exemplar, deixou-a quase em perigo de extinção. Desde o século XIX, a população destes animais foi reduzida em 90%. Actualmente estima-se que exista uma população que oscila entre os 7500 e 8000 indivíduos. Durante o Inverno, as baleias escolhem as águas mais quentes do hemisfério sul para se reproduzirem, tais como os seguintes as costas da Península Valdés (na Patagónia), Austrália, África do Sul e Brasil.

Southern right whale

Blow hole of southern right whale

Southern right whale breaching

Baleia-Franca-do-Pacífico




A baleia-franca-do-pacífico (Eubalaena japonica) é um cetáceo da família Balaenidae encontrado nas águas temperadas e tropicais do Pacífico.

North Pacific right whale

Tail flukes of a North Pacific right whale, showing unusual barnacles probably aquired from association with humpbacks

Baleia-Franca-do-Atlântico-Norte


A baleia-franca-do-atlântico-norte (Eubalaena glacialis) é um cetáceo da família Balaenidae encontrado nas águas temperadas do Atlântico Norte.
Apesar de originalmente ter sido comum por todo o Atlântico Norte, é hoje em dia encontrada essencialmente ao longo da costa Norte-Americana sendo que a população do Atlântico Norte Europeu estará criticamente ameaçada. A IUCN calcula a população total de indivíduos maduros em menos de 250.
Com efeito,a baleia-franca-do-atlântico-norte foi uma das vítimas mais precoces da caça à baleia. A sua caça, que existiu pelo menos desde o século X, era particularmente popular devido à particularidade dos animais abatidos ficarem a flutuar depois de mortos (ao contrário de outras espécies) facilitando o trabalho dos baleeiros, e dando origem ao seu nome em Inglês, Right Whale, ou seja, a "baleia certa", por ser considerada a melhor baleia para caçar.
A facilidade com que a baleia-franca-do-atlântico podia ser caçada em grande escala levou a que o seu número se reduzisse de tal forma que por volta de 1700 já tinha perdido a maior parte da sua importância económica.
Pode atingir os 18 metros de comprimento e um peso superior a 90 toneladas.

North Atlantic right whale, head detail, showing callosities





Baleia-Franca-Pigméia




A Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata) é um mamífero cetáceo, o único pertencente à família Neobalaenidae.
A Baleia-franca-pigméia foi descrita e assinalada a um novo género em 1846 por John Edward Gray, quem trabalhou na secção de Zoología do Museu Britânico. Esta espécie compartilha características taxonómicas das famílias Balaenidae e Balaenopteridae: falta de pliegues gulares e apresenta um rosto arqueado como as baleias francas, mas também tem barbatana dorsal e um corpo alargado como os rorquais (designação comum dada aos cetáceos da família Balaenopteridae), resultando num intermédio. Por isso, também se pode classificar na família monoespecífica Neobalaenidae.

Pygmy right whale at surface of water, blowhole visible


Baleia-Comum


A baleia-comum (Balaenoptera physalus), também chamada de baleia-fin e rorqual-comum, é um mamífero marinho que pertence à família dos balenopterídeos, da ordem dos cetáceos. É o segundo maior animal existente, depois da baleia-azul, podendo atingir um comprimento de até 27 metros.
Longo e esguio, o corpo da baleia-comum é cinza-amarronzado e sua parte inferior é esbranquiçada. Existem ao menos duas subespécies distintas: a baleia-comum-do-norte, encontrada no Atlântico Norte, e a baleia-comum-antártica do Oceano Antártico. É encontrada em todos os principais oceanos, das águas polares às tropicais. A espécie está ausente somente nas águas próximas aos blocos de gelo dos pólos norte e sul e áreas relativamente pequenas de águas afastadas do alto mar. A maior densidade populacional da baleia-comum ocorre em águas frias e temperadas. Sua alimentação consiste de pequenos cardumes de peixe, lulas e crustáceos como os misidáceos e o krill.
Assim como todas as outras grandes baleias, a baleia-comum foi caçada em larga escala durante o século XX e está listada entre as espécies ameaçadas de extinção. A Comissão Baleeira Internacional (CBI) obteve uma moratória para a pesca comercial dessa baleia, embora países como a Islândia, Noruega e Japão ainda continuem a caça em determinadas épocas do ano. Para a temporada de 2008, o Japão tencionava matar aproximadamente 1.000 baleias — 850 baleias-minke, 50 baleias-comuns e 50 baleias-jubartes — mas esse número poderá ser menor em virtude de cortes financeiros provocados por protestos ambientais. A espécie também é caçada por aborígenes groenlandeses, através do programa de Pesca de Subsistência Aborígene comandado pela CBI. Em 2007, o programa matou 377 baleias, das quais 12 eram baleias-comuns. Colisões com navios e ruídos da atividade humana nos oceanos também constituem uma significante ameaça para a recuperação da espécie.

Fin whale

Aerial view of fin whale swimming at surface

Fin whale characteristic blow

Baleia-Sei



A baleia-sei (Balaenoptera borealis), também chamada de baleia-boreal, baleia-glacial ou baleia-sardinheira é uma baleia, considerada o terceiro maior balenopterídeo, a seguir à baleia-azul e à baleia-comum. Pode ser encontrada em todo o mundo, em todos os oceanos e mares adjacentes, e prefere águas profundas mais afastadas da costa. Tende a evitar as águas polares e tropicais e corpos de água semi-fechados. A baleia-sei migra anualmente de águas frias e subpolares no Verão até águas temperadas e subtropicais no Inverno, apesar de na maioria das áreas as rotas exata de migração não serem bem conhecidas.
Alcançando um comprimento de até 20 metros e pesando até 45 toneladas, a baleia-sei consome uma média de 900 quilogramas de comida todos os dias, principalmente copépodes e krill e outros elementos do zooplâncton. Está entre os mais rápidos dos cetáceos, podendo alcançar velocidades de até 50 quilômetros por hora em distâncias pequenas. O nome da baleia advém da palavra norueguesa para escamudo, um peixe que aparece na costa da Noruega na mesma altura em que aparece a baleia-sei.
Seguindo caça comercial da espécie entre o fim do século XIX e o fim do século XX, quando cerca de 238 mil indivíduos foram caçados, a baleia-sei é atualmente uma espécie internacionalmente protegida, apesar de caça limitada ainda ocorrer sob os controversos programas de pesquisa conduzidos pela Islândia e Japão. Em 2006, a população mundial de baleia-sei era em torno de 54 mil indivíduos, cerca de um quinto da sua população pré-existente.

Sei whale, lateral view

Sei whale calf diving

Sei whale blow


Baleia-Minke 
(Balaenoptera acutorostrata)



Vive em oceanos tropicais, temperados e frios. É o menor dos balaenopterídeos: o máximo de comprimento registrado para a fêmea é de 10,70m e para o macho, 9,90m. Não é gregária, geralmente encontram-se animais solitários, aos pares ou trios. Alimenta-se principalmente de krill, pequenos peixes de cardumes e copépodes.

Common minke whale surfacing with rostrum, lower jaw and blow hole clearly visible

Dwarf minke whale head detail

Dwarf minke whale near surface

Baleia-de-Bryde



Baleia-de-bryde é o nome comum dado a duas espécies de baleias, a "Balaenoptera brydei" e a "Balaenoptera edeni", da família dos balenopterídeos. A baleia-de-bryde, no salto, sai da água como um míssil, causando um enorme chapão, que se pode ouvir a grandes distâncias. Ocorrem com maior incidência no litoral do Brasil, na Primavera e no Verão.
Os seus exemplares podem chegar a 15,5 metros de comprimento, sendo, em geral, as fêmeas maiores do que os machos.

Bryde's whale swimming underwater

Bryde's whale underwater

Bryde's whale head showing distinctive characteristics

Baleia-Azul


A baleia-azul, (Balaenoptera musculus) é um Mamífero marinho. Como outras baleias, as baleias azuis usam lâminas córneas na sua cavidade bucal para filtrar seu alimento (krill) da água do mar, alimentando-se também de pequenos peixes e lulas. A baleia-azul é o maior animal alguma vez existente, podendo chegar a ter 33 metros de comprimento e mais de 180 toneladas de massa.
A baleia-azul possui uma pequena aleta (abertura) que é visível apenas num curto período, quando a baleia mergulha. Tal aleta pode produzir jatos de água de até nove metros altura. O seu pulmão pode conter aproximadamente cinco mil litros de ar.
É também o animal mais ruidoso do mundo. Emitem sons de baixa freqüência que atingem os 188 decibéis — mais fortes que o som de um avião a jacto — que podem ser ouvidos a mais de 800 quilômetros de distância.
A baleia-azul é o maior animal que existe na face da Terra. A maior criatura conhecida da era dos dinossauros era o seismossauro da era Mesozóica, com um peso superior a 100 toneladas e comprimento estimado de 40 metros, embora alguns cientistas afirmem que poderiam chegar a 52 metros de comprimento. Há incertezas sobre a maior baleia-azul já capturada. A maioria das informações vem de baleias-azuis mortas em águas antárticas durante a primeira metade do século XX, coletadas por baleeiros não instruídos em técnicas de coleta zoológica. As baleias mais longas já registradas foram duas fêmeas com 33,6 e 33,3 metros de comprimento, respectivamente, porém existem algumas disputas sobre a confiabilidade destas informações. A maior baleia medida por cientistas no Laboratório Americano de Pesquisas de Mamíferos Marinhos media 29,9 metros, o mesmo comprimento de um avião Boeing 737.
A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinqüenta pessoas poderiam apoiar-se em sua língua. Um bebê (humano) poderia engatinhar através das principais artérias da baleia-azul e um humano adulto poderia até se arrastar pela sua aorta. Uma baleia-azul recém-nascida pesa mais que um elefante adulto e tem cerca de 7,6 metros de comprimento. Durante os seus primeiros sete meses de vida, bebês de baleia-azul tomam cerca de 380 litros de leite todo dia. Bebês de baleias-azuis ganham peso rapidamente, 91 kg a cada 24 horas. O órgão reprodutor do macho (o pênis), chega a medir 3 metros de comprimento.
Apesar de serem mamíferos, as baleias não amamentam seus filhotes pelas tetas. O leite da baleia é tão gorduroso que ela o solta na água, de onde o filhote o suga, já que água e gordura não se misturam.
Baleias azuis são difíceis de se pesar dado o seu imenso tamanho. A maioria das baleias azuis morta por baleeiros não têm o seu peso tomado como um todo, mas sim, corta-se a baleia em peças menores, que podem ser pesadas mais facilmente. Isto causa um erro na tomada do peso total da baleia, devido à perda de sangue e outros fluidos. De qualquer maneira, tomadas entre 160 a 190 toneladas foram registradas para espécimes com mais de 27 metros de comprimento. A maior baleia azul de que se tem informação é uma fêmea que pesou 176.790 kg.



Aerial view of blue whale feeding

Blue whale breaching

Baleia-da-Groenlândia


A baleia-da-Groenlândia ou Baleia-da-gronelândia (Balaena mysticetus) é um mamífero cetáceo da família dos balenídeos, gênero Balaena. Algumas fontes consideram que esta espécie pertence ao género Eubalena, atribuindo-lhe o nome científico Eubalaena mysticetus. Essa espécie retém o recorde de período de vida mais longo, podendo chegar até os 210 anos.

Bowhead whale

Bowhead whale surfacing

Baleia-de-Minke



A baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) é um mamífero cetáceo da família dos balenopterídeos.
Também conhecidas por baleia-anã, ou como finbeque na região dos Açores, a baleia-minke-antártica é uma das menores espécies de baleias do mundo.
Existem dois tipos de baleias-minke no Hemisfério Sul que diferem de acordo com a cor padrão, caracteres morfométricos e coloração das barbatanas: a forma anã de menor tamanho, com mancha branca e a forma usual de maior tamanho e sem a mancha branca.

Antarctic minke whale surfacing to breathe

Antarctic minke whales

Baleia-Jubarte


A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), também conhecida como baleia-preta, baleia-corcunda, baleia-xibarte, baleia-cantora ou baleia-de-bossa, é um mamífero marinho da ordem dos cetáceos que vive em mares do mundo todo.
Os machos da espécie medem de 15 a 16 metros; as fêmeas, de 16 a 17. O peso médio é de aproximadamente 40 toneladas, sendo que o maior exemplar já visto possuía 19 metros.
É uma espécie protegida desde 1967 e, em 2008, as estimativas do número de indivíduos variam dos 30 mil aos 65 mil exemplares.
São reconhecidas facilmente graças a numerosos sinais. Possuem a parte superior totalmente negra, parte inferior branca ou um pouco mais escura. A cabeça e mandíbula inferior estão recobertas de pequenas protuberâncias características da espécie, chamadas de tubérculos cefálicos, ou dérmicos, que na realidade são folículos pilosos.
A cauda possui manchas negras e brancas visíveis quando o animal submerge, e as ondulações da sua parte posterior e os desenhos em suas barbatanas caudais (próprias de cada exemplar) são utilizadas para identificação.
Cada barbatana peitoral (também com manchas negras e brancas e com um desenho próprio de cada animal) pode alcançar até um terço do comprimento do corpo, muito mais que qualquer outra espécie da ordem dos cetáceos. Para explicar esta diferença tão notável, várias hipóteses têm sido apresentadas: algumas acreditam que se deva a uma adaptação evolutiva para assegurar uma maior facilidade de movimento, outras acreditam que seja para melhorar a regulação térmica interna durante os movimentos migratórios em que a temperatura varia consideravelmente, de acordo com a região.
Quando a baleia emerge, expulsa o ar de seus pulmões formando uma nuvem de até três metros. O ar quente, proveniente dos pulmões, condensa imediatamente em contato com o ar frio. A barbatana dorsal, achatada, aparece fora da água após este movimento respiratório e permanece visível até que a barbatana caudal desapareça.
Assim como os demais membros de sua espécie, a baleia possui entre 16 e 20 sulcos ventrais, que são na realidade pregas paralelas que vão da mandíbula até o umbigo e que permitem uma maior abertura da boca.
As barbas características da subordem são produções córneas que filtram a água, retendo o alimento. A jubarte conta entre 270 e 400 barbas de cor escura, dispostas a cada lado da boca.
As fêmeas possuem um lóbulo de 15 centímetros de diâmetro na região genital que permite diferenciar os sexos, já que o pênis dos machos está geralmente escondido na ranhura genital. As baleias parem normalmente a cada dois ou três anos. A gestação dura onze meses. É raro, mas certas fêmeas podem dar à luz dois anos seguidos.
O filhote mede ao nascimento de quatro a quatro metros e meio e pesa aproximadamente 700 quilogramas. É amamentado por sua mãe durante um ano, sendo sua única fonte alimentícia durante os seis primeiros meses. Os seis meses seguintes alternam com o alimento que são capazes de capturar eles mesmos. Os filhotes abandonam suas mães ao início de seu segundo ano, quando alcançam aproximadamente os nove metros de comprimento.
Os jovens alcançam a maturidade sexual aos cinco anos. Vivem, geralmente, de 40 a 50 anos.

Humpback whale breaching

Female and young humpback whale

Humpback whale calf

Baleia-Cinzenta



A baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus) é um mamífero cetáceo da família dos escrictídeos.
Pode atingir cerca de 15 m de comprimento e pesar cerca de 35 toneladas.
Anfípodos (Pequenos crustáceos que vivem na ou perto de água, incluindo pulgas de areia e piolhos de baleia), krill, plâncton e moluscos. Ao contrário de outros cetáceos, a baleia-cinzenta tende a alimentar-se junto ao fundo do mar, onde agita a água para levantar material do fundo de onde consegue filtrar os seus alimentos.
Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Oceano Ártico: A baleia cinzenta ocorre em águas litorais desde o mar de Okhotsk até à Coreia do Sul e Japão e desde os mares de Chukchi e de Beaufort no golfo de México.
As baleias cinzentas são as mais litorais das baleias-de-barba e são encontradas freqüentemente a um quilômetro da costa litoral, embora um aumento no tráfego de barcos possa forçar as baleias a permanecer em zonas mais distantes. Por causa de preferirem águas perto da costa, as baleias cinzentas são alguns dos cetáceos mais bem conhecidos.
Atinge a maturidade sexual quando ultrapassa os 20m de comprimento. Não se conhece o processo de acasalamento. A gestação dura cerca de 1 ano e o baleote ingere quase 600 litros de leite por dia, podendo dobrar seu peso em 1 semana.
A pele da Baleia-Cinzenta é sarapintada de cinzento escuro e de cinzento claro, embora já tenham sido observados alguns indivíduos esbranquiçados.
Existe um dimorfismo sexual no tamanho. As fêmeas tendem a ser maiores do que os machos, talvez devido ao fato de serem estas que cuidam e protegem as suas crias.
O único predador da Baleia-Cinzenta é a Orca. As Orcas parecem atacar especificamente os lábios, a língua e a cauda das baleias cinzentas.

Gray whale snout covered in barnacles, passes by kelp

Gray whale showing baleen plates

Adult gray whale breaching

Baleia com Dentes

Baleia-Piloto


A Baleia-piloto-de-aleta-curta, com o nome científico de Globicephala macrorhynchus é uma das duas espécies de mamíferos marinhos oceânicas conhecida como baleias piloto ou Blackfish. As outras espécies de baleia piloto são chamadas de baleia-piloto de longa barbatana. A diferença entre as duas espécies é, como seus próprios nomes deixam claro, o comprimento de suas nadadeiras peitorais. Claro que existem outras diferenças, mas fisicamente é a diferença mais visível entre as duas espécies.
As Baleias-piloto-de-aleta-curta são encontradas em águas oceânicas profundas, onde se alimentam de lulas. Elas são capazes de mergulhar em profundidades de até 600 metros para encontrar suas presas. Às vezes, se alimentam perto da costa e são frequentemente encontradas encalhadas nas vagens.

Short-finned pilot whale portrait

Group of juvenile short-finned pilot whales

Spyhopping behaviour in short-finned pilot whale

Baleia-Bicuda-de-Cuvier


A baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostris) é um cetáceo da família Ziphiidae, encontrado em águas tropicais e temperadas de todos os oceanos.

Cuvier's beaked whale breaching

Cuvier's beaked whale breaching

Cuvier's beaked whale surfacing

Baleia-Bicuda-de-Baird


A baleia-bicuda-de-baird (Berardius bairdii) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado em águas temperadas frias do Pacífico Norte. As baleias de bico são uma das mais misteriosas e menos estudada de todas as famílias de cetáceos.

Baird's beaked whale surfacing showing tooth bud

Baird's beaked whale tail slap

Pod of Baird's beaked whales

Baleia-Bicuda-de-Gray


A baleia-bicuda-de-gray (Mesoplodon grayi) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado nas águas temperadas frias do hemisfério sul.

Adult Gray's beaked whale surfacing

Adult Gray's beaked whale at the surface, dorsal fin visible

Baleia-Bicuda-de-Layard


A baleia-bicuda-de-layard (Mesoplodon layardii) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado nas águas temperadas frias do hemisfério sul.


Baleia-Bicuda-de-Blainville


A baleia-bicuda-de-blainville (Mesoplodon densirostris) é um cetáceo da família Ziphiidae encontrado em águas temperadas e tropicais de todos os oceanos.

Blainville's beaked whale surfacing

Blainville's beaked whale breaching

Baleia-Bicuda-Pigméia 
(Mesoplodon peruvianus)


Pygmy beaked whale swimming just under the surface of the sea

Baleia-Bicuda-de-Cabeça-Plana-do-Sul


Baleia-nariz-de-garrafa-do-sul ou botinhoso-do-sul (Hyperoodon planifrons) é uma das duas espécies do género Hyperoodon. Fisicamente semelhante ao botinhoso-do-norte, esta espécie raramente tem sido observada nem nunca foi capturada por seres humanos, ao contrário da espécie congénero setentrional. Acredita-se que seja a baleia mais abundante no Oceano Antártico.
Medem cerca de 8 a 15 metros de comprimento quando adultos. Têm um bico longo, branco nos machos e cinzento nas fêmeas. A barbatana dorsal é relativamente pequena, de 30 a 38 centímetros, situada atrás do meio das costas, falciforme (forma de foice) e geralmente inclinada. As costas são de um cinzento mais claro que na espécie congénere do norte mas, tal como ela, tem a parte ventral mais clara.
O botinhoso-do-sul tem uma distribuição geográfica circumpolar pelo Oceano Antártico, tendo sido encontrado desde a costa Antártica, a sul, até à extremidade da África do Sul, ilhas setentrionais da Nova Zelândia e regiões meridionais do Brasil. Acredita-se que exista uma população global de 500 000 indivíduos (arredondado por excesso).

Southern bottlenose whale breaching

Southern bottlenose whale breaching

Baleia-Bicuda-de-Shepherd
(Tasmacetus shepherdi)


É um cetáceo da família Ziphiidae, encontrado em águas temperadas frias, especialmente na Nova Zelândia, Chile, Argentina e Tristão da Cunha.


Baleia-Bicuda-de-Arnoux


A baleia-bicuda-de-arnoux (Berardius arnuxii) é um cetáceo da família Ziphiidae, encontrado em águas subantárticas.

Arnoux's beaked whales blowing air at the surface

Arnoux's beaked whales coming up for air


Cachalote



O cachalote (Physeter catodon dos termos gregos physao (soprar) e cata (base) + odon (dente), também Physeter macrocephalus) é a maior das baleias com dentes bem como o maior animal com dentes actualmente existente, medindo até 18 metros de comprimento. Esta baleia tem como característica distintiva o facto de possuir na cabeça uma substância cerosa de cor leitosa, o espermacete. A enorme cabeça e a forma distintiva do cachalote, bem como o seu papel na obra Moby Dickde Herman Melville, levaram muitos a descreverem o cachalote como o arquétipo de baleia por excelência. O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da Madeira e Açores até 1981 e 1984 respectivamente.

Sperm whale swimming at surface

Sperm whale diving

Sperm whale spy-hopping, showing teeth

Cachalote-Anão


O cachalote-anão (Kogia sima) é uma das três espécies de baleias denominadas cachalotes. Não são observadas muitas vezes e o pouco que se sabe sobre estes animais tem origem no estudo de espécimes trazidos pelo mar até às costas.
O cachalote-anão é a menor de todas as baleias. Cresce até aos 2.7 metros de comprimento e 250 kg de peso, o que torna esta espécie mais pequena que os maiores dos golfinhos. Esta espécie apresenta movimentos lentos e deliberados sem produzir muito ruído ou espuma e geralmente mantém-se imóvel quando sobe à superfície do mar. Assim, só pode ser observada em mares muito calmos.
O cachalote-anão é fisicamente muito parecido com o cachalote-pigmeu, apresentando as mesmas características comportamentais. No mar a distinção entre as duas espécies é praticamente impossível - no entanto o cachalote-anão é ligeiramente menor e a sua barbatana dorsal é consideravelmente maior. O corpo apresenta uma tonalidade azul-cinzenta por vezes com riscas semelhantes a veios de cor amarela. Atrás de cada olho existe uma falsa guelra. As barbatanas são muito curtas e largas. A parte superior do focinho é mais comprida que a mandíbula, que é curta. Estes cachalotes apresentam afiados dentes compridos e curvos (6 na maxila e 14 a 26 na mandíbula).
Tal como os outros cachalotes, o cachalote-anão possui um órgão de espermacete na parte frontal da cabeça. Tal como o cachalote-pigmeu, o cachalote-anão pode expelir uma substância avermelhada quando assustado ou atacado - possivelmente para afastar predadores.
O cachalote-anão é dum modo geral uma criatura solitária, tendo sido observados pequenos grupos em algumas ocasiões. Alimenta-se sobretudo de lulas e caranguejos.

Group of dwarf sperm whales at surface

Cachalote-Pigmeu


O cachalote pigmeu (Kogia breviceps) atinge apenas 4 m de comprimento e é mais comum nos mares austrais, embora também apareça nas águas dos Açores; alimenta-se de cefalópodes e crustáceos.

Pygmy sperm whale

Group of pygmy sperm whales at surface



Falsa-Orca



A falsa-orca (Pseudorca crassidens) ou Roaz-negro é uma espécie de cetáceo da família Delphinidae, sendo uma das maiores espécies dessa família. É encontrada nas águas tropicais e temperados de todo o mundo.

False killer whale portrait, showing teeth

Male false killer whale threat display

Group of false killer whales porpoising at surface

Orca



A orca (Orcinus orca) (popularmente conhecida como baleia-assassina) é o membro de maior porte da família Delphinidae (ordem dos cetáceos) e um predador versátil, podendo comer peixes, moluscos, aves, tartarugas, ainda que, caçando em grupo, consigam capturar presas de tamanho maior, incluindo morsas e baleias. O nome baleia assassina provém da tradução direta do inglês "killer whale" e, mesmo sendo incorreto, tornou-se popular, especialmente entre os leigos. É um predador carnívoro, sendo considerada como um animal de topo na cadeia alimentar. Pode chegar a pesar nove toneladas. É o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica (logo a seguir ao homem), podendo encontrar-se em qualquer um dos oceanos.
Têm uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos. Comunicam-se através de sons e costumam viajar em formações que assomam ocasionalmente à superfície. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho que já a descrevia como um monstro marítimo feroz. Até hoje só houve quatro casos de ataques fatais a seres humanos: um ocorreu na Malásia em 1928 quando um grupo de quatro orcas foi atacado por um pescador. Os animais, para defenderem-se, revidaram e atacaram o barco e o homem, que foi morto; o outro caso ocorreu em 1991, quando um treinador do Sealand of the Pacific no Canadá, foi puxada para o fundo do tanque onde estavam 3 exemplares de orcas, e morreu por afogamento. Em 1999, um dos três animais, um macho de nome Tillikum se envolveu em outro incidente, no Parque Sea World, em Orlando, Flórida, quando autoridades acharam o corpo de um homem afogado em seu tanque (não se sabe o que ocorreu, mas a suspeita é de que o homem - um turista - pulou intencionalmente no tanque, e não foi capaz de sair, apesar de haver marcas de ataque em seu corpo). E o quarto, e mais recente incidente envolveu também o macho Tillikum, no dia 24 de Fevereiro de 2010, também no SeaWorld, quando a treinadora Dawn Brancheau foi puxada para o fundo do tanque, ao fim de uma apresentação. Outros casos de incidentes ocorreram envolvendo orcas e seus treinadores, mas nenhum outro caso de morte foi relatado além dos já citados. Não há nenhum registro na história sobre ataques de orcas a seres humanos em alto mar.

Orca diving from surface

Captive orca mouth detail

Three orcas spyhopping

Orca-Pigméia


A orca-pigméia (Feresa attenuata) é um cetáceo da família dos delfinídeos, que recebe tal nome por ter características físicas similares a orca.

Pygmy killer whale

Pygmy killer whales swimming

Pygmy killer whale at surface

Narval
(monodon monoceros)


O narval é um cetáceo de grande porte, com 4 a 5 metros de comprimento e cerca de 1,5 toneladas de peso. Tem uma coloração branca e cinza marmórea e é desprovido de barbatana dorsal. O dimorfismo sexual na espécie é bastante pronunciado e manifesta-se no dente incisivo superior esquerdo dos machos, que se encontra enrolado em espiral e que se projeta como um chifre. Este dente é feito de marfim e pode atingir até 3 metros de comprimento, quase de metade do comprimento do animal. A presa do macho do narval é fonte de marfim de valor comercial e constitui um atrativo à caça da espécie. Cerca de um macho em 500 tem duas presas em vez de uma.
Uma equipe da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA descobriu que a presa forma um órgão sensorial de tamanho e sensibilidade excepcionais, tornando o apêndice um dos mais notáveis do planeta.
A descoberta aconteceu quando a equipe passou o material da presa num microscópio eletrônico e descobriu novas sutilezas da anatomia dentária do narval.
Os close-ups mostraram que 10 milhões de terminações nervosas saem do centro da presa em direção à sua superfície, em contato com o mundo exterior. Os cientistas dizem que os nervos são capazes de detectar mudanças sutis de temperatura, pressão, gradientes de partículas e provavelmente muito mais, dando ao animal uma percepção única.
Como eles têm o costume de erguer as presas no ar, os cientistas imaginam que elas poderiam servir como estações meteorológicas sofisticadas, permitindo que os bichos farejem mudanças de temperatura e pressão ligadas à chegada de frentes frias e ao congelamento de canais em meio ao gelo.
Os narvais vivem em pequenos grupos familiares de cerca de 5 a 10 indivíduos, que se reúnem em bandos maiores em zonas costeiras na época do Verão. Nestas alturas estabelece-se uma hierarquização social entre machos, através de lutas que envolvem a presa. Estes animais alimentam-se de bacalhau e outros peixes de águas frias, bem como de cefalópodes. O narval nada com freqüência até grandes profundidades em mergulhos que duram até cerca de 15 minutos. A maior profundidade registrada foi de 1164 metros e mergulhos até mil metros são comuns.
A população atual da espécie está estimada em cerca de 50 000 indivíduos.

Male narwhal swimming at waters surface, showing tusk

Male narwhals showing tusks above water

Female narwhal swimming underwater

Beluga


A baleia-branca ou beluga (Delphinapterus leucas) é um mamífero cetáceo da família Monodontidae. O seu parente mais próximo no grupo dos cetáceos é o narval. A baleia branca habita as águas frias em torno do círculo polar ártico.
São caçadores oportunistas, e comem uma grande variedade de peixes, lulas, crustáceos e polvos.
A baleia-branca é um animal gregário que mede até 5 metros de comprimento e pesa até 1,5 toneladas. Tem entre 8 a 10 dentes em cada maxilar.
Esse belo exemplar de animal é capaz de conviver com humanos e mesmo assimilar seus hábitos se adotado ainda filhote.

Beluga whale exhaling under ice

Beluga whale swimming under ice

Close-up of beluga whale at surface


Baleia-Bico-de-Garrafa-do-Norte



Tem dentes, atinge 10 metros de comprimento e pesa mais de 8 toneladas. Consegue permanecer debaixo d’água durante cerca de duas horas.

Northern bottlenose whales socialising at surface

Northern bottlenose whale dorsal fins

Golfinho-de-Commerson


O golfinho-de-commerson (Cephalorhynchus commersonii) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas fria do Golfo de São Matias, Argentina ao lado chileno do estreito de Magalhães e nas ilhas Shetland do Sul, Geórgia do Sul,Falklands e Kerguelen.

Commerson's dolphin breaching surface of water

Commerson's dolphin, ventral view

Group of Commerson's dolphins in captivity

Golfinho-Chileno


O golfinho-chileno (Cephalorhynchus eutropia), ou golfinho-negro-do-chile, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas costeiras chilenas de Valparaíso a ilha Navarino e Terra do Fogo.


Chilean dolphins leaping

Golfinho-de-Heaviside


O golfinho-de-heaviside (Cephalorhynchus heavisidii) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado águas costeiras do sul da África, da África do Sul (Cape Town) ao Namíbia e talvez no sul de Angola.


Heaviside's dolphins leaping

Golfinho-de-Hector


O golfinho-de-hector (Cephalorhynchus hectori) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas costeiras da Nova Zelândia.


Hector's dolphin porpoising out of water

Hector's dolphins porpoising

Golfinho-de-Dentes-Rugosos


Golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas tropicais e temperadas de todos os oceanos.

Rough-toothed dolphin

Two rough-toothed dolphins swimming at ocean surface

Rough-toothed dolphin, showing blow hole detail

Golfinho-Corcunda-do-Indopacífico
O golfinho-corcunda-indopacífico (Sousa chinensis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado no oceano Índico e sudoeste do Pacífico, principalmente em águas costeiras.

Adult female and calf Indo-Pacific humpback dolphins

Female and calf Indo-Pacific humpback dolphins surfacing

Captive Indo-Pacific humpback dolphin in pink phase

Boto-Cinza


O boto-cinza (Sotalia spp) é um boto da família dos delfinídeos. Também conhecido como tucuxi ou boto-cinza-marinho, eles têm o hábito de viver em grupos e são muito sociáveis. Como todos os cetáceos, têm de respirar periodicamente e podem permanecer submersos por longos períodos. Possuem um biossonar que lhes permite localizar objetos e se orientar, utilizando o som e o eco. Geralmente, seus dentes são todos iguais e existe apenas uma dentição. A maioria se alimenta de peixes e lulas e, ocasionalmente, de crustáceos.
As fêmeas dão à luz apenas um filhote após um ano de gestação, durante o trabalho de parto, é comum a mãe ser ajudada por outros membros do grupo. O período de amamentação dura sete meses em média. Os Botos Cinzas são ótimos nadadores, atingindo velocidades de até 60 km/h e saltam até 5 m acima da água. Podem viver até 80 anos. Utilizam a técnica de pesca em grupo, que facilita o cerco dos peixes. Seu tato é bastante desenvolvido e ocorrem muitos toques entre os botos que, segundo pesquisas, pode ser um tipo de comunicação. Sua principal ameaça são as redes de pesca onde, por acidente, acabam ficando presos e morrendo afogados. Desde 1986, é proibido pesca, caça, perseguição ou captura de cetáceos nas águas brasileiras.




Golfinho-Comum


O golfinho-comum, golfinho-nariz-de-garrafa, golfinho-roaz ou roaz-corvineiro (Tursiops truncatus) é talvez a mais famosa e conhecida espécie de golfinho no mundo inteiro. Não somente por ser a espécie do famoso golfinho da série de televisãoFlipper, mas também em função de sua distribuição ao longo de águas costeiras e oceânicas em todos os mares do planeta com exceção dos mares polares. Desde 1920 passou a ser capturada para estudos e shows em cativeiros, e é a espécie mais comum nos parques temáticos. No Brasil, distribui-se em águas próximas à costa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a partir de onde pode ser encontrada em águas mais afastadas da costa até o nordeste. Os maiores golfinhos-nariz-de-garrafa do mundo estão no Brasil, na Lagoa dos Patos, onde podem alcançar 4 metros de comprimento. Em Portugal, é comum avistar-se roazes-corvineiros nas águas do Rio Sado, ao largo de Setúbal.
O golfinho-nariz-de-garrafa possui o corpo robusto, a cabeça robusta e o bico curto, largo e nitidamente distinto da cabeça. A sua nadadeira dorsal é alta e falcada. Nascido para deslizar os golfinhos-nariz-de-garrafa possuem corpos hidrodinâmicos, em forma de torpedo, que lhes permitem deslizar rapidamente através das águas do oceano. A sua gama de cores vai desde creme a cinza ou mesma preta. Geralmente, a barriga é mais clara que o dorso. As comunicaçõe são efetuadas por meio de uma gama de sons emitidos a partir da bolsa nasal localizada na testa. Dentes fortes os golfinhos agarram o peixe com seu 18-27 pares de pequenos dentes cônicos, em ambas as mandibulas. As marcas especiais na pele ajudam os golfinhos a camuflarem-se de potenciais predadores. A cauda tem dois remos, denominados lobos, que o impulsionam através da água.


Bottlenose dolphin portrait

Bottlenose dolphin with fish in mouth

Golfinho-Nariz-de-Garrafa-do-Índico 
(Tursiops aduncus)


 É um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado no oceano Índico, sendo incerta sua distribuição no Pacífico.

Indian Ocean bottlenose dolphin swimming

Indian Ocean bottlenose dolphin in shallows

Indian Ocean bottlenose dolphins swimming

Golfinho-Comum-de-Bico-Longo


O golfinho-comum-de-bico-longo (Delphinus capensis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas costeiras tropicais e temperadas.

Female long-beaked common dolphin with infant

Long-beaked common dolphin playing

Golfinho-Pintado-Pantropical


O golfinho-pintado-pantropical (Stenella attenuata) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas temperadas e tropicais de todos os oceanos.

Pantropical spotted dolphin

Pantropical spotted dolphin calf leaping to shake off remora

Pantropical spotted dolphin calf riding on female's back


Golfinho-Pintado-do-Atlântico


O golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas temperadas e tropicais do oceano Atlântico.


Atlantic spotted dolphins

Atlantic spotted dolphins porpoising

Golfinho-de-Óculos


O golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica), ou boto-de-lunetas, é um cetáceo da família Phocoenidae encontrado nas águas subantárticas.

Spectacled porpoise breaching

Spectacled porpoise underwater, dorsal view

Golfinho-Rotador


O Golfinho-rotador (Stenella longirostris), ou golfinho-fiandeiro-de-bico-comprido, é um golfinho oceânico, encontrado especialmente em águas tropicais e subtropicais. A espécie possui um bico longo e fino, com a porção distal preta. Seu dorso é mais escuro que seu ventre. Esses animais executam saltos em forma de pirueta, girando várias vezes em torno do eixo do corpo antes de retornar à água, razão do nome popular. Os Golfinhos Rotadores atingem em média 1,90 m. de comprimento. Sua grande agilidade deriva, em parte, de seu formato hidrodinâmico e de uma pele oleosa que reduz drasticamente o atrito com a água. Isso permite que os golfinhos alcançem a velocidade necessária para realizarem seus saltos e piruetas.

Spinner dolphin leaping and spinning

Gray's spinner dolphins

Spinner dolphin leaping, ventral view

Golfinho-Clímene


O golfinho-clímene (Stenella clymene), ou golfinho-fiandeiro-de-bico-curto, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas tropicais e temperadas do oceano Atlântico.


Leaping Clymene dolphin

Clymene dolphin bow-riding

Leaping Clymene dolphins

Golfinho-Riscado


O golfinho-riscado (Stenella coeruleoalba), também chamado de golfinho-listrado, tem como característica uma faixa negra que corre pelos flancos desde os olhos até o seu ânus, e também por uma mancha clara, cuja forma se aproxima da uma pincelada, que corre do olho para a barbatana dorsal, que o tornam fácil de distinguir.É uma espécie de golfinho gregário encontrado nas zonas subtropicais, tropicais e temperadas quentes de todos os oceanos. Essa espécie possui dorso escuro e barriga branca ou rosada, delimitada por uma listra preta longitudinal.
A população do Mar Mediterrâneo está em risco devido a poluição, doenças, e captura acidental em redes de pesca. O Japão detem um quota que permite a caça de 1000 exemplares por ano.

Striped dolphin jumping above the water surface

Pod of striped dolphins leaping above surface

Striped dolphin jumping out of the water

Golfinho-de-Bico-Curto


O Golfinho comum de bico curto (Delphinus delphis) é uma espécie de golfinho comum da família Delphinidae. Há mais golfinhos comuns de bico curto do que qualquer outra espécie de golfinhos nas águas temperadas dos oceanos Atlântico e Pacífico. Também pode ser encontrado nos mares do Caribe e do Mediterrâneo.

Short-beaked common dolphins breaching

Short-beaked common dolphin swimming underwater

Golfinho-de-Bico-Branco


O golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris) é um mamífero marinho pertencente à família dos golfinhos (Delphinidae), subordem dos Odontoceti ou baleias dentadas. É um dos maiores golfinhos, tendo cerca de 1,1 a 1,2 m de comprimentoao nascer, crescendo até atingir por volta de 3 m, em média, na idade adulta. O golfinho-de-bico-branco é caracterizado por seu bico curto e espesso, assumindo uma cor branco-creme e uma nadadeira dorsal bastante falciforme.
O golfinho-de-bico-branco é distribuído ao norte do Oceano Atlântico e é encontrado em bandos no cabo Cod, na entrada do rio São Lourenço e ao sudoeste da Groenlândia, perto da Islândia, e entre o noroeste da França até Svalbard. Os golfinhos-de-bico-branco não se adaptaram muito bem às condições árticas como as belugas ou os narvais.
Podem ser facilmente confundidos com os golfinhos-de-laterais-brancas-do-atlântico (Lagenorhynchus acutus), apesar de os golfinhos-de-bico-branco serem comumente encontrados mais ao norte. Também são mais largos e não possuem listras amarelas dos lados.
Sua população, padrões de comportamento e expectativa de vida são desconhecidas, embora a maioria das fontes estimem várias centenas de milhares de indivíduos, mais densamente povoados ao leste do que ao oeste do Atlântico Norte.
São animais acrobatas e sociais. Com freqüência, pegam carona na rabeira das ondas formadas por navios em alta velocidade, e saltam por sobre a superfície do mar. São socializáveis, vistos freqüentemente alimentando-se junto com as orcas, baleias-fin e jubarte, bem como também com outras espécies de golfinhos.

White-beaked dolphin breaching

White-beaked dolphin expelling air

Golfinho-de-Laterais-Brancas-do-Pacífico


O golfinho-de-laterais-brancas-do-pacífico (Lagenorhynchus obliquidens) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas temperadas frias do Pacífico Norte.

Pacific white-sided dolphin, side profile

Pacific white-sided dolphin exhaling as it surfaces

Pacific white-sided dolphin breaching

Golfinho-Crepúsculo


O golfinho-do-crepúsculo (Lagenorhynchus obscurus), ou golfinho-cinzento, é um cetáceo da família dos delfinídeos, encontrado nas águas temperadas frias continentais da América do Sul, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e ilhas Kerguelen.

Dusky dolphin leaping

Dusky dolphin leaping

Golfinho-de-Fraser
(Lagenodelphis hosei)


  É um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado em águas tropicais dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.

Fraser's dolphins leaping out of water

Fraser's dolphin jumping

Golfinho-do-Sul


O golfinho-do-sul (Lagenorhynchus australis), ou golfinho-de-peale, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas frias do sul da América do Sul, de Valparaíso, no Chile, a Commodoro Rivadavia, Argentina, e nas ilhas Falkland.

Peale's dolphin breaching

Peale's dolphin leaping above surface

Peale's dolphin (foreground) interacting with Commerson's dolphin at surface

Golfinho-Liso-do-Sul


O golfinho-liso-do-sul (Lissodelphis peronii) é um cetáceo, da família dos delfinídeos encontrado nas águas do hemisfério sul. Não apresenta barbatana dorsal.

Group of southern right whale dolphins hunting at surface


Golfinho-Liso-do-Norte


O Golfinho-liso-do-norte (Lissodelphis borealis) é um golfino do género Lissodelphis. Só é encontrado no Oceano Pacífico norte, entre as latitudes 35º N e 51º N.
Habitam a plataforma continental e águas mais profundas em que a temperatura varie entre os 8 e 24 °C. Aproximam-se da costa apenas em zonas onde existam águas profundas próximo da costa.
Os adultos têm comprimento corporal entre os 2 e os 3 metros, pesando entre 60 e 100 kg. Alimentam-se de peixes e lulas.


Golfinho-de-Risso


O golfinho-de-risso (Grampus griseus) é um cetáceo da família dos delfinídeos presente em todos os oceanos, exceto nos polos.

Risso's dolphin

Side profile of Risso's dolphin showing scarring

Golfinho-Cruzado


O golfinho-cruzado (Lagenorhynchus cruciger), ou golfinho-ampulheta, é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas subantárticas.

Hourglass dolphin porpoising

Hourglass dolphins porpoising

Golfinho-Cabeça-de-Melão


O Golfinho-cabeça-de-melão (Peponocephala electra) é um mamífero cetáceo, da família dos delfinídeos, que é encontrado em águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Essa espécie possui focinho arredondado, sem bico definido e corpo negro com manchas no ventre e ao redor da boca.

Melon-headed whale pod; close-up

Melon-headed whale; anterior view

Vaquita


A vaquita (Phocoena sinus) é um cetáceoa da família Phocoenidae encontrado nas águas do norte do golfo da Califórnia. É também conhecido como marsuíno-do-golfo-da-califórnia, toninha-do-golfo, boto-do-pacífico e cochito.

Vaquita calf at the surface

Dorsal fin of a vaquita at the surface

Boto-de-Dall


O boto-de-dall (Phocoenoides dalli), ou marsopa, é um cetáceo da família Phocoenidae, encontrado nas águas temperadas frias do Pacífico Norte.


Golfinho-do-Irrawaddy
(Orcaella brevirostris)



É um cetáceo encontrado em estuários e próximo a costa do Sudeste asiático.

Irrawaddy dolphin breaching


Boto-Cor-de-Rosa


O boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) é um golfinho fluvial presente nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, pertencente à família dos iniídeos, e ao gênero Inia. Partilha parte da área de ocorrência com o tucuxi (Sotalia fluvitialis), que não é um golfinho estritamente fluvial, entretanto pode ser diferenciado facilmente pelo tamanho e pela coloração característica. Também é conhecido pelos nomes de boto-branco, boto-vermelho (português); Amazon river dolphin, boto, pink river dolphin (inglês); dauphin de L'Amazone, inia (francês); e bufeo (espanhol).

Close up view of a boto underwater

Boto underwater in flooded forest

Boto emerging from water

Boto leaping from water

Golfinho-Corcunda

Uma nova e ainda não identificada espécie de golfinho-corcunda nada ao longo do litoral norte da Austrália. © Guido Parra
Cientistas da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, em inglês) e do Museu Americano de História Natural relatam ter identificado uma espécie desconhecida de golfinho-corcunda vivendo no litoral norte da Austrália.
Para identificar a espécie desconhecida, os cientistas traçaram a história evolutiva do animal e usaram testes genéticos para examinar o tecido de 235 golfinhos. Os golfinhos-corcunda dividem-se em dois grupos: um que vive no Oceano Atlântico e outro que é encontrado nos Oceanos Índico e Pacífico.
O golfinho-corcunda do Atlântico é uma espécie reconhecida pelos cientistas, mas os pesquisadores argumentam que a nova evidência deve dividir os golfinhos-corcunda do Oceano Índico e do Oceano Pacífico em três espécies, uma das quais, nova.
Martin Mendez, diretor-assistente do programa da sociedade América Latina e Caribe, disse em um comunicado que “com base nos resultados combinados das análises genéticas e morfológicas, podemos sugerir que o golfinho do gênero corcunda inclui, no mínimo, quatro espécies. Essa descoberta permite compreender a história evolutiva desse grupo e fornece informações para que as políticas de conservação possam ajudar a proteger cada uma das espécies”.
Os golfinhos-corcunda recebem esse nome em virtude da corcunda que possuem abaixo da nadadeira dorsal, chegam a até 2,5 metros de comprimento e suas listras coloridas vão do cinza-escuro ao cor-de-rosa ou branco.
Todas as espécies de golfinhos estão sendo ameaçadas pela perda de habitat e pelas atividades pesqueiras. Segundo Howard Rosenbaum, diretor do Programa Oceanos Gigantes da WCS, “as novas informações sobre as diferentes espécies de golfinho-corcunda devem incrementar o número de espécies reconhecidas pelos cientistas e fornecer a evidência científica necessária para a tomada de decisões destinadas a proteger sua diversidade genética e os importantes habitats associados”.
O estudo foi publicado na última edição do periódico Molecular Ecology.
Por Paul Heltzel


nova-especie-gilfinho-descoberta-australia