Cegonhas e Jaburus
Aves Ciconiiformes
Cabeça-Seca
(Mycteria americana)
Cabeça-seca é uma ave ciconiforme da família Ciconiidae. É típico da América, ocorrendo desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, estando presente em quase todo o Brasil. Também conhecido como passarão, jaburu-moleque, cabeça-de-pedra e trepa-moleque (os dois últimos no estado de Mato Grosso. No sul do Brasil é conhecido principalmente por tuiuiú, enquanto que o Jabiru mycteria é conhecido como jabiru.
O cabeça-seca lembra o tuiuiú, mas é menor. Mede de 80 a 100 cm de comprimento e pesa cerca de 3 kg. É branco, exceto as penas da cauda, que são negras, e o bico, o pescoço e as pernas, que são cinzentas. O bico é ligeiramente curvado para baixo.
A alimentação é, basicamente, formada por peixes, rãs e insetos.
O cabeça-seca habita áreas alagadas, lagoas e pantanais permeados de florestas. Vive em bandos, alimentando-se aos grupos. Geralmente a fêmea faz seu ninho juto ao das garças, e põe de 3 a 5 ovos. Os filhotes nascem cobertos de penas e penugens, inclusive no pescoço, que é nu nos adultos. Quando jovens se agrupam, vivendo à parte dos casais adultos.
Cabeça-Seca-Pintado
(Mycteria leucocephala)
Maguari
O maguari (Ciconia maguari) é uma ave ciconiiforme da família dos ciconiídeos, encontrada em grande parte da América do Sul, sendo comum nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul e restrita na Amazônia e no Nordeste do Brasil.
Possui plumagem branca, rêmiges, coberteiras superiores e cauda negras, região perioftálmica e base do bico nuas e vermelhas, sofrendo pressão de caça na Amazônia. É conhecida ainda pelos nomes de cauanã, cauauá, cauauã, cegonha, jaburu-moleque, joão-grande, maguarim, mauari, tabujajá, tapucaiá e tubaiaiá.
Ceconha-Branca-Oriental
A Cegonha-branca-oriental (Ciconia boyciana ) é uma espécie de cegonha ameaçada de extinção. Distingue-se da cegonha-branca pelas suas patas vermelhas.
Cegonha-Branca
A cegonha-branca (Ciconia ciconia) possui plumagem branca, exceto nas rêmiges das suas asas, que são de um negro lustroso. A cegonha adulta pode atingir a altura de tanto quanto 1,2 m, medindo quase 1,2 m de comprimento do corpo, com uma magnífica envergadura das asas, que podem estender-se até 2 m. Seu longo bico vermelho, amplo na base e pontiagudo, é usado pela cegonha para buscar no lodaçal rãs, peixes ou pequenos répteis. Além de pequenas criaturas aquáticas, alimenta-se de gafanhotos e locustas, e pode também recorrer a carniça e detritos.
A alimentação da Cegonha branca é muito variada. Baseia-se especialmente em pequenos animais que são capturados vivos. Inclue insetos, vermes e pequenos vertebrados (mamíferos, peixes, repteis e anfíbios). Para, além disso, as Cegonhas recorrem também com alguma freqüência a desperdícios gerados pelo Homem e que são obtidos em lixeiras. O alimento é procurado em terrenos abertos ou em zonas de água pouco profunda, caminhando ou correndo com o bico apontado para o chão. As cegonhas brancas associam-se também com freqüência a máquinas agrícolas, capturando os pequenos animais que estas afugentam. Localização dos ninhos: as cegonhas brancas podem instalar os seus ninhos em árvores, falésias e num vasto leque de estruturas artificiais (telhados, chaminés, postes de eletricidade). Podem criar isoladamente ou formar colônias, por vezes em associação com outras espécies de aves nomeadamente garças.
Cegonha-Preta
A cegonha-preta (Ciconia nigra) é uma ave ciconiforme da família das cegonhas. Habita lagos, rios ou regiões alagadas rodeadas por densas florestas. A cegonha preta distribui-se, em Portugal, apenas pelas regiões mais interiores, inóspitas e isoladas. Os troços internacionais dos rios Douro, Tejo e Guadiana oferecem para esta espécie condições privilegiadas, sobretudo devido à fraca perturbação humana que aí se registra e à abundância de locais de nidificação.
É um animal fortemente migrante, excetuando os espécimes da península Ibérica que são residentes.
Cegonha-de-Abdin
(Ciconia abdimii)
Cegonha-de-Bico-Amarelo
(Mycteria ibis)
Cegonha-Leitosa
(Mycteria cinerea)
Cegonha-Faturada-Cela
(Ephippiorhynchus senegalensis)
Cegonha-de-Pescoço-Negro
(Ephippiorhynchus asiaticus)
Bico-Aberto
(Anastomus oscitans)
Cegonha-de-Storm
(Ciconia stormi)
Jaburu
O jaburu (Jabiru mycteria), também conhecido popularmente como tuiuiú é o nome de uma ave ciconiforme da família Ciconiidae. É considerada a ave-símbolo do Pantanal e é encontrada desde a Região Norte até São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e desde o México até o Paraguai, o Uruguaie o norte da Argentina, sendo que as maiores populações estão no Pantanal e no Chaco oriental, no Paraguai.
O jaburu é uma ave pernalta, tem pescoço nu, preto, e, na parte inferior, o papo também nu e vermelho. A plumagem do corpo é branca e a das pernas é preta. Ele chega a ter 1,4 metros de comprimento e mais de 1 metro de altura, e pesar 8 kg. A envergadura (a distância entre as pontas das asas, abertas) pode chegar a quase 3 metros. O bico tem 30 cm, é preto e muito forte e a fêmea, geralmente, é menor que o macho.Devido a sua beleza exuberante, chama a atenção de todos os turistas que freqüentam o Pantanal.
O habitat do jaburu são as margens dos rios, em árvores esparsas. A fêmea forma seus ninhos no alto dessas árvores com ramos secos e a ajuda do companheiro. Os ninhos são feitos em grupos de até seis, às vezes juntos a garças e outras aves. A fêmea põe de 2 a 5 ovos brancos.
Sua alimentação é basicamente composta por peixes, moluscos, répteis, insetos e até pequenos mamíferos. Também se alimenta de pescado morto, ajudando a evitar a putrefação dos peixes que morrem por falta de oxigênio nas épocas de seca.
Marabu
É uma ave muito grande. Chega a atingir uma altura de 150 cm, um peso superior a 9 kg e uma envergadura de asas de 3,5 m. Partilha com o condor-dos-andes e o albatroz-errante a distinção de possuir a maior envergadura de asas das aves terrestres. Ao contrário dos restantes géneros da família, voa com o pescoço retraído, tal como uma garça. Este voo é característico do género Leptoptilos.
O marabu é inconfundível devido ao seu tamanho, cabeça e pescoço pelados, dorso negro e parte inferior branca. Tem um bico enorme, um saco gular rosado, uma gola de penas, e as pernas e asas negras ou cinza escuras. Não existe grande dimorfismo sexual, mas os jovens são mais acastanhados e possuem um bico menor. A maioridade é atingida aos quatro anos.
Marabu-Africano
(Leptoptilos crumeniferus)
Marabu-Pequeno
(Leptoptilos javanicus)
Marabu-Grande
(Leptoptilos dubius)
Aves Suliformes
Atobá-Pardo
Alcatraz-pardo ou atobá-pardo (Sula leucogaster) é uma espécie de ave ciconiforme da família Sulidae.
O alcatraz é uma ave característica dos mares tropical e subtropical, inclusive das costas e mares brasileiros. A sua plumagem é cor de café com a barriga branca. A garganta e o loro são nus, encarnados. Os filhotes são inteiramente brancos. Alimenta-se de peixes, que captura mergulhando. São também conhecidas como toba, mergulhão, mambembo, mumbebo.
Atobá-Grande
O Atobá-grande (Sula dactylatra) é uma espécie costeira de atobá, a maior dos sulídeos. Tais aves chegam a medir até 86 cm de comprimento, com plumagem branca e asas com primárias e secundárias negras. Além disso, possuem ainda o bico amarelado com a base e ao redor dos olhos formando uma máscara escura, íris amarela e pés oliváceos ou plúmbeos. São conhecidas ainda pelo nome de piloto-branco.
Atobá-de-Pés-Azuis
A atobá-de-pés-azuis (Sula nebouxii) é uma espécie de ave suliformes da família dos atobás que habita ilhas do Pacífico nas costas da América tropical.
Atobá-de-Patas-Vermelhas
(Sula sula)
Alcatraz-de-Nazca
(Sula granti)
Cagarra
Calonectris edwardsii (Oustalet, 1883), conhecido pelo nome comum de cagarra, é uma ave marinha de média dimensão pertencente à família Procellariidae. É considerada como um endemismo do arquipélago de Cabo Verde e da região biogeográfica da Macaronésia.
A cagarra-de-cabo-verde foi originalmente descrita em 1883 por Émile Oustalet como uma espécie autónoma no género Calonectris, mas foi posteriormente considerada como uma subespécie de Calonectris diomedea. A situação foi revertida em 1995 pela publicação de uma anális taxonómica da autoria de Cornelis Hazevoet que demonstra que a população cabo-verdiana constitui uma espécie distinta.
C. edwardsii apresenta um bico afilado e escuro, com a cabeça e a parte dorsal mais escura que qualquer das subsespécies de C. diomedea. Também o voo é mais parecido com o das pardelas. com uma postura das asas mais rígida e batidas mais rápidas. A aparência geral, comparada com C. diomedea, é de uma ave mais pequena, mais com corpo mais esguio e angular.
Corvo-Marinho-de-Orelhas
(Phalacrocorax auritus)
O corvo-marinho-de-orelhas mede entre 70 e 90 cm de comprimento, com envergadura alcançando entre 114 e 132 cm e peso entre 1,2 e 2,5 kg. Ambos os sexos são semelhantes, apresentando plumagem escura, um longo pescoço e base do bico amarelada ou alaranjada. Durante o período reprodutivo, apresentam uma crista branca, negra ou alvinegra em cada lado da cabeça, acima dos olhos. A íris é esverdeada. Juvenis possuem plumagem castanha ou cinzenta.
Corvo-Marinho-dos-Baixios
(Phalacrocorax neglectus)
Cormorão
(Phalacrocorax ranfurlyi)
Cormorão
(Phalacrocorax onslowi)
Cormorão
(Phalacrocorax nigrogularis)
Cormorão
(Phalacrocorax colensoi)
Cormorão
(Phalacrocorax featherstoni)
Cormorão
(Phalacrocorax chalconotus)
Cormorão-de-Pernas-Vermelhas
(Phalacrocorax gaimardi)
Cormorão
(Phalacrocorax campbelli)
Cormorão
(Phalacrocorax magellanicus)
Cormorão-Pequeno
(Phalacrocorax niger)
Corvo-Marinho-Imperial
(Phalacrocorax atriceps)
Corvo-Marinho-do-Cabo
(Phalacrocorax capensis)
Corvo-Marinho-de-Crista
O corvo-marinho-de-crista ou galheta (Phalacrocorax aristotelis) é uma ave da família Phalacrocoracidae e da ordem pelecaniformes. Tem a plumagem totalmente preta e, na época de cria, apresenta uma pequena crista ou poupa no alto da cabeça.
Contrariamente ao seu congénere corvo-marinho-de-faces-brancas, o corvo-marinho-de-crista tem uma distribuição estritamente costeira, não ocorrendo em águas interiores. Distribui-se principalmente por ilhas e por sectores da costa rochosa. Em Portugal, a principal colónia desta espécie situa-se nas Berlengas.
Esta ave é residente, o que significa que permanece durante todo o ano nas zonas de reprodução.
Corvo-Marinho-de-Faces-Brancas
O cormorão ou corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) é uma ave da ordem dos pelecaniformes, com ampla distribuição geográfica. A espécie ocorre em todo o continente africano, Europa, Ásia central e do sul, Oceania e América do Norte. Habita principalmente zonas costeiras, mas também pode ser encontrado em lagos interiores, áreas pantanosas e estruturas artificiais como barragens.
O corvo-marinho-de-faces-brancas tem aproximadamente 90 cm de comprimento e cerca de 150 cm de envergadura. A sua plumagem é bicolor: preta com brilho esverdeado no dorso, asas e parte posterior do pescoço, e branca na zona da face, garganta, peito e ventre. Na época de reprodução, os adultos adquirem uma mancha branca na parte exterior das coxas. Como em todos os cormorões, o pescoço é longo e o bico é ligeiramente encurvado na ponta. Os olhos são verdes e a pele em seu redor é amarela. O papo verde é uma das características distintivas da espécie.
Biguá
O biguá (Phalacrocorax brasilianus) é uma ave da família dos falacrocoracídeos. Tais aves habitam boa parte da região que vai do México à América do Sul, medindo cerca de 75 cm de comprimento e com coloração negra, saco gular amarelo e tarsos negros. Também são conhecidas pelos nomes de biguá-una, imbiuá, mergulhão, miuá e pata-d'água. Esse magnífico animal carece da glândula uropigial, que libera substâncias que deixam as penas impermeáveis a água por isso apresenta vantagem em relação aos outros pássaros na hora da caça, já que com a água suas penas se tornam mais pesadas e retém menos ar, fazendo com que ele mergulhe mais rapidamente. O nome biguá vem do tupi Mbiguá, que foi aportuguesado com o tempo.
Carará ou Mergulhão
O carará ou biguatinga (Anhinga anhinga) é uma ave ciconiforme anhingídea, também conhecida como anhinga, arará, meuá, miuá e muiá. A espécie habita os rios e lagoas do Sul dos E.U.A. até ao Norte do Chile e da Argentina.
A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo o macho preto e a fêmea mais colorida, com a cabeça, pescoço e peito cinza-amarelados, as rêmiges do braço e as coberteiras superiores das asas marginadas de cinzento, ou dessa cor, e a ponta da cauda branca. Os cararás têm comprimento médio de cerca de 85 cm para 120 cm de envergadura nas asas.
As penas do carará não são impermeáveis como as dos patos e não segregam óleo que mantenha a água à distância. Em conseqüência, as penas podem armazenar quantidades de água que provocam a má flutuação do animal. Esta característica é, no entanto uma vantagem, visto que permite ao carará um mergulho mais eficiente debaixo de água. Tal como os outros membros da família Anhingidae, o carará caça durante mergulhos em que fica totalmente submerso. Quando necessário, o carará seca as penas abrindo as asas ao sol.
Mergulhão-Serpente
(Anhinga melanogaster)
Fragatas
As fragatas são aves pertencentes à família Fregatidae é ao seu único gênero Fregata. O seu nome comum está relacionado com o seu hábito de assaltar outras aves marinhas, tal como as fragatas de guerra.
As fragatas são aves de grande porte, com asas compridas e estreitas que representam a menor superfície de asa por unidade de peso do mundo das aves. Têm cerca de 1 metro de comprimento, mais de dois de envergadura e uma cauda longa e bifurcada. A sua plumagem é geralmente preta ou preta e branco e os macho apresentam um com saco gular vermelho.
As fragatas não conseguem andar em terra, nadar nem levantar vôo de uma superfície plana. São por isso aves pelágicas que só pousam em penhascos durante a época de reprodução. São, no entanto aves extremamente rápidas em vôo picado sobre o mar ou sobre outras aves.
Fragata-Comum
A fragata-comum ou tesourão (Fregata magnificens) é uma ave da família Fregatidae.
A fragata-comum tem cerca de um metro de comprimento e mais de dois de envergadura, pesa apenas 1,5 kg. É a ave com maior superfície de asa por unidade de peso. O macho é preto e distingue-se por um saco gular vermelho. A fêmea é menor, tem cabeça anegrada e peito branco. Os juvenis têm cabeça branca.
Apenas um ovo é posto no ninho de gravetos solidificado através de fezes. O casal incuba o filhote alternadamente durante 40 dias. Alimenta-se de peixes capturados na superfície, não mergulha. Molesta as outras aves à procura de peixes regurgitados. Muitas vezes os atobás e grazinas conseguem se livrar das fragatas pousando na água, uma vez que estas aves não conseguem nadar.
Fragata
(Fregata aquila)
Tesourão-Grande
O tesourão-grande (Fregata minor) é uma grande ave oceânica dispersiva na família Fregatidae. Grandes populações são encontradas no Oceano Pacífico (incluindo Ilhas Galápagos) e Oceano Índico, assim como uma população no Atlântico Sul.
É uma ave oceânica grande com corpo leve ed até 105 cm de comprimento com plumagem negra predominante. A espécie exibe dimorfismo sexual; a fêmea é maior que o macho adulto e possui garganta e peito brancos, e as penas scapular do macho possuem purple-green sheen. Na estação de reprodução, o macho é capaz de distender um saco gular vermelho. A espécie se alimenta de peixes capturados em vôo da superfície do oceano.
Fragata-Natalina
(Fregata andrewsi)
Tesourão-Pequeno
(Fregata ariel)
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