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12 fevereiro, 2011

Cobras Peçonhentas

Cobras-Peçonhentas


Cobras peçonhentas são as cobras que tem peçonha, ou seja, elas podem, com uma picada, injetar uma toxina no corpo da sua vítima. O efeito do veneno varia de acordo com sua composição, sendo que, cada cobra tem um tipo diferente veneno. Geralmente o veneno fica em uma glândula acima da cabeça. As cobras peçonhentas têm dentes especiais que são ligados a esta glândula. Quando a cobra vai atacar, flexiona seus músculos e o veneno vai para a ponta dos dentes. Quando a cobra morde, o veneno entra em contato com a corrente sanguínea de sua vítima.

Existem várias maneiras de observar se uma cobra é peçonhenta ou não. Como as espécies são muitas, o método mais eficaz e seguro é verificar se a cobra tem um orifício entre a narina e o olho. Esse orifício é chamado de fosseta loreal, e é comum a quase todas as cobras peçonhentas. A única exceção é a cobra coral. A fosseta loreal serve para a serpente sentir a presença do calor de possíveis presas que tenham corpo quente (homeotérmicas), permitindo que elas possam caçar a noite.

No Brasil, há 260 espécies de cobras conhecidas, sendo que 40 delas são peçonhentas. Exemplos de cobras peçonhentas são: a jararaca, a surucucu, a cascavel e a cobra coral. Se cada espécie tem veneno diferente, o antídoto é diferente e também os efeitos do veneno.

A seguir algumas espécies de cobras peçonhentas, e suas características:

Jararacas

Jararaca-Cruzeira
(Bothrops neuwiedi)


Jararaca-da-mata
(Bothrops jararaca)


Jararaca-da-Seca
(Bothrops erythromelas)


Jararaca-do-Norte
(Bothrops atrox)


Jararaca-Cotiara
(Rhinocerophis cotiara)


Jararaca-Verde
(Bothriopsis bilineata)


Jararaca-Ilhoa
(Bothrops insularis)


Jararacuçu
(Bothrops jararacussu)


Urutu
(Rinocerophis alternatus)


Jararaca é o nome comum dos répteis escamados (do latim: Squamata) pertencentes ao gênero Bothrops da família Viperidae. São serpentes peçonhentas, encontradas nas Américas Central e do Sul, sendo importantes causadoras de acidentes com animais peçonhentos neste país e nos outros onde se distribuem, com altas taxas de morbidade e mortalidade. As diferentes espécies apresentam grande variabilidade, principalmente nos padrões de coloração e tamanho, ação da peçonha, dentre outras características. Atualmente 32 espécies são reconhecidas, mas é consenso dentre os pesquisadores que a taxonomia e sistemática deste grupo está mal resolvida, de modo que novas espécies sido descritas e algumas sinonimizadas.
Essas serpentes apresentam grande variação em tamanho, as menores espécies não ultrapassando 70cm e as maiores atingindo cerca de 2 metros de comprimento. 

O arranjo das escamas no topo da cabeça é extremamente variável; o número de escamas interorbitais pode variar de 3 a 14. Usualmente estão presentes entre 7 e 9 escamas supralabiais e entre 9 e 11 sublabiais. Existem entre 21-29 escamas dorsais, 139-240 ventrais e 30-86 subcaudais, que são geralmente divididas. Variações nos números de escamas dentro da mesma espécie são muito frequentes.

As espécies desse gênero são encontradas do nordeste do México à Argentina. Ocorrem nas ilhas de Santa Lúcia e Martinica nas Antilhas, assim como nas ilhas de Queimada Grande e Alcatrazes, no litoral do Estado de São Paulo, no Brasil.

A maioria das espécies são noturnas, entretanto algumas de altas altitudes são encontradas ativas durante o dia. A maior parte das espécies é terrestre, mas não é incomum encontrar algumas espécies em arbustos e árvores pequenas, especialmente os indivíduos mais jovens. Uma espécies em particular, Bothrops insularis, a jararaca Ilhôa da ilha de Queimada Grande, parece ser frequentemente encontradas em árvores a maior parte do tempo.

As espécies deste gênero são as maiores responsáveis por acidentes ofídicos nas Américas, assim como por mortalidade. Quanto a isto, as espécies mais importantes são B. asper (Peru, Colômbia e Venezuela), B. atrox (Amazônia Brasileira) e B. jararaca (centro-sul do Brasil). Sem tratamento, a taxa de mortalidade é estimada em 7%, mas com uso de soro antiofídico e tratamentos de suporte esta taxa é reduzida para 0,5-3%. O veneno deste gênero apresenta forma ação proteolítica, tipicamente provocando necrose e inchaço que pode comprometer o membro atingido, tontura, náusea, vômitos entre outros sintomas. Em geral, a morte resulta da hipotensão provocada pela hipovolemia, falência renal e hemorragia intracraniana. Complicações frequentes incluem compromentimento do membro e falência renal. A partir de estudos do farmacologista brasileiro Sérgio Henrique Ferreira com o veneno da Bothrops jararaca, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), foi desenvolvido o Captopril, um dos medicamentos mais utilizados para tratamento de hipertensão.

Surucucu
(Lachesis muta)


A surucucu (Lachesis muta) é a maior cobra peçonhenta da América do Sul. No Brasil é também conhecida como surucucu pico-de-jaca.

Vive em florestas densas principalmente na Amazônia, mas conhece-se registros na literatura da presença desse animal até em áreas isoladas de resquícios de Mata Atlântica.

A Lachesis muta rhombeata, amarela com desenhos negros, está ameaçada de extinção.

Cascavél
(Crotalus durissus terrificus)


(Crotalus durissus cascavella)


(Crotalus durissus collilineatrus)


(Crotalus durissus ruruima)


(Crotalus durissus marajoensis)


Cascavél-Chifruda
(Crotalus cerastes)


Cascavél-Gigante


As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano. Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo as vezes é interpretado como correspondente a idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.

Cobra-Coral-Verdadeira
(Erytholamprus)


(Oxyrhopus)


(Anilius)


são serpentes de pequeno porte, facilmente reconhecidas por seu colorido vivo. Há corais peçonhentas (Micrurus) e não-peçonhentas (Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius), mas é difícil a distinção, possível apenas pelo exame minucioso da posição das presas ou da qualidade dos desenhos (anéis). As cobras-coral existem na América do Sul, América Central e Sul dos Estados Unidos da América. É também conhecida pelos nomescobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.

As corais, além de serem muito visíveis devido às suas cores, não apresentam o comportamento de ataque como, por exemplo, das cascavéis. As presas das corais são pequenas e podem estar localizadas na porção anterior da mandíbula (dentição proteróglifa), na Micrurus, como na porção posterior (dentição opistóglifa), nas Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius. Portanto, elas não picam, mas mordem a caça para inocular a peçonha.

As cobras-coral possuem uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar "grudada" para inocular a peçonha pelas pequenas presas. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta a óbito em poucas horas. O tratamento é feito com o soro antielapídico intravenoso.

A coral verdadeira geralmente é identificada pela posição das presas ou pela quantidade e delineamento dos seus anéis. As peçonhentas de forma geral possuem um ou três destes anéis completos em volta do corpo e as não-peçonhentas os possuem apenas na parte dorsal.

A coral tem hábito noturno e vive sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levanta a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração; este pensa que é a cabeça da cobra e foge para não ser atacado. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e à maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento, a fêmea posta de 3 a 18 ovos, que em condições propícias abrem após uns 90 dias. Dada a capacidade de armazenar o esperma do macho, a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.

Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao se sentir acuada ou ser atacada, a cobra-coral rapidamente contra-ataca, por isso recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida e luvas de couro, bem como evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc. A pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde, procurando-se, se possível, capturar a cobra ainda viva. Deve-se evitar que a pessoa se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais rápido no corpo. Deve-se também evitar técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes, etc., sendo o soro a melhor opção.

Najas
(Naja anchietae)


(Naja atras)


(Naja haje)


(Naja naja)


(Naja nigricollis)


(Naja nivea)


(Naja pallida)


Naja-Albina


São conhecidas pelos nomes populares de cobra, cobra-capelo, cobra-de-capelo (também escrito cobra de capelo ou cobra capelo) ou naja. São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos. Algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do corpo e/ou de cuspir o veneno para se defender de predadores a distâncias de até dois metros. Outras espécies, como por exemplo a Naja tripudians, dilatam o pescoço quando o animal é enraivecido. A artimanha serve para "aumentar" seu tamanho aparente e assustar um possível predador. Atrás da cabeça, a naja também pode possuir um círculo branco parecido com um olho, também eficaz em amedrontar agressores que a confundam com um animal maior e mais perigoso.

As najas são os animais tipicamente utilizados pelos célebres encantadores de cobras da Índia; no entanto elas apenas acompanham o movimentos da flauta, já que cobras não possuem audição.

Cobra-de-Pestana
(Bothriechis schlegeli)


A Cobra-de-pestana ou víbora-de-pestana (Bothriechis schlegeli) é uma víbora arborícola que vive nas florestas que vão do México até a Venezuela.

Possui um colorido vivo e berrante, que vai do amarelo até o verde musgo, e seu nome é devido a um grupo de escamas localizado acima da cabeça.

Tem um veneno hemotóxico forte, e se a vítima não tiver um socorro imediato, pode levar à amputação do membro afetado.

Cobra-do-mar-Pelágio
(Pelamis platurus)


É um Equinodermo, com corpo comprimido, zona posterior atinge mais do dobro do diâmetro do pescoço, apresenta cor variável embora, a maioria das vezes, seja bicolor - preta em cima e amarela em baixo, com cores dorsal e ventral fortemente demarcadas uma da outra. Cauda amarelada e com grandes manchas, formando um padrão muito característico.

Única espécie de cobra-do-mar a viver e reproduzir-se em mar aberto (é totalmente pelágica). Parente próxima das cobras terrestres da Ásia e Austrália, tendo evoluído destas há cerca de 10 milhões de anos atrás. Para adaptar-se ao novo habitat, desenvolveu cauda achatada em forma de remo e narinas valvulares.

Seu veneno é mortal e neurotóxico. Veneno neurotóxico ataca sistema nervoso, provoca paralisia e é o mais perigoso, podendo matar em questão de horas por asfixia. A cobra-do-mar-pelágio é 10 vezes mais venenosa que a naja egípcia.

Apesar disto, ela é habitualmente tímida. Normalmente não morde, a menos que seja provocada ou pisada. Não há qualquer registo de ataque deliberado ao homem.

Víbora-das-Palmeiras
(Bothriechis bicolor)


A Víbora-das-palmeiras (Bothriechis bicolor) é uma serpente colubrídea do gênero Bothriechis, encontrada desde o leste de Guatemala até o oeste de Honduras.

Bastante rara e pouco conhecida, esta espécie se destaca pela sua cauda, que é preênsil, perfeita para subir em árvores e palmeiras, daí o seu nome.

É parente bem próxima da cobra-de-pestana (Bothriechis schlegeli), porém mais tímida, vivendo nas florestas densas e praias com palmeiras.

Víbora-Listrada
(Bothriechis lateralis)


A víbora-listrada (Bothriechis lateralis) é uma serpente que vive em tocas e é arborícola.
Vivem apenas nas florestas tropicais úmidas da Costa Rica e até no Panamá.
Possui escamas cheias de carena e um padrão de cores vivas, são azuis-esverdeados com pintas brancas.
Os filhotes possuem a coloração castanha com partes pretas.
São muito venenosas, e exigem rápido socorro.

Víbora-do-Gabão


A Víbora do Gabão (Bitis gabonica) é uma espécie de víbora venenosa encontrada nas florestas e savanas da África sabsariana. Esta espécie é a maior do género Bitis, e também é considerada a maior víbora do mundo, além de ter as maiores presas e a maior produção de veneno de qualquer cobra venenosa. A víbora-do-gabão possui duas subespécies reconhecidas.

Víbora-de-Seoane
(Vipera seoanei) 


A Víbora de Seoane (Vipera seoanei) é uma espécie de cobra da família Viperidae.

Espécie endémica do norte da Península Ibérica, restringe-se em Portugal às serras de Castro Laboreiro, Soajo e Tourém. Atinge 50–60 cm. Essencialmente diurna, pode ser nocturna nos meses quentes. O seu veneno pode causar edema, eritema, taquicardia, hipotensão, vómitos e convulsões. Alimenta-se de micro-mamíferos, lagartos, anfíbios e aves.

Cobra-do-Cabo

São serpentes diurnas, naturais de África. As suas cores variam do amarelo-dourado ao preto, passando pelo castanho e por um ligeiro avermelhado. Sendo najas, quando irritadas exibem o seu capelo e silvam ameaçadoramente.

Estas serpentes são as que mais matam em África, não por culpa da sua agressividade, mas sim por causa da sua excelente camuflagem, as principais vitimas são pastores que pisam as cobras acidentalmente, acabando por morrer a quilômetros dos hospitais e dos essenciais antídotos.
É uma serpente dócil e curiosa em cativeiro, apesar de venenosa é preferida por ser diurna.

Alimentam-se de pequenos roedores, aves, ovos e inclusive, outras cobras. O seu habitat é bastante variado, desde desertos como o Kalahri, a florestas tropicais, passando por prados e chegando mesmo aos 2700 metros nas montanhas da África do Sul.
Mede 120 a 160 cm.




Cobra-Real
(Ophiophagus hannah)

A cobra-real (Ophiophagus hannah) é a maior cobra venenosa que existe, podendo ultrapassar os 6 metros de comprimento. É carnívora e a sua dieta consiste basicamente em outros ofídios, venenosos ou não, mas não despreza lagartos, ovos e pequenos mamíferos. O seu nome científico, "Ophiophagus" significa literalmente "comedora de serpentes". Desloca-se à vontade no solo, em cima das árvores e na água.


Outra das suas características é que se trata da única serpente que realiza a postura de ovos dentro de uma espécie de ninho, que a mãe elabora arrastando ervas e pequenos ramos com a sua cauda. Pouco antes da eclosão dos ovos, a mãe abandona a zona (que desde a altura da postura defendeu com uma enorme agressividade), supostamente para se subtrair à tentação de devorar as próprias crias.

Side view of a juvenile king cobra

5 comentários:

Unknown disse...

muito massa

Anônimo disse...

parabens pelos artigos, me ajudou muito e contem boas informações, valeu!

Unknown disse...

Olá , gostaria de saber sobre uma cobra conhecida popularmente como ' Urutu Dourado ' ... Abraço :)

fasdona.blogspot.com disse...

O bicho Homem é mais Perigosos,do que as Serpentes,pois matam até por Inveja !!

fasdona.blogspot.com disse...

tive uma Experiencia,numa certa serra,eu avistei uma em minha frente,em momentos nenhum ela me atacou,como se encontrava no Habitat dela,espantei a Mesma !!