Aves Trogoniformes
Trogoniformes é uma ordem de aves pertencentes apenas a uma única família, Trogonidae. O grupo habita preferencialmente as florestas tropicais da América Central e do Sul, sendo o gênero Apaloderma oriundo de África e as onze espécies de Harpactes nativas da Ásia. O quetzal é a ave trogoniforme mais emblemática. No Brasil, estas aves são chamadas de surucuá.
As aves trogoniformes têm geralmente um bico curto e encurvado e patas também curtas. Os dedos têm uma distribuição distintiva do grupo, estando o primeiro e o segundo dirigidos para a frente enquanto que o terceiro e quarto apontam para trás. A cauda é longa a muito longa no caso do gênero Pharomachrus. As asas são curtas e arredondadas e embora sejam bem adaptadas ao vôo, estas aves não têm o hábito de voar grandes distâncias e preferem saltitar de árvore em árvore. A plumagem é bastante colorida e varia conforme a espécie entre tons de verde, azul, rosa e/ou encarnado com brilho metálico. Os trogoniformes apresentam dimorfismo sexual, tendo as fêmeas um padrão de cores semelhante aos machos, embora muito menos exuberante.
Estas aves alimentam-se, sobretudo de insetos e outros pequenos invertebrados, por vezes de frutos. Os ninhos são construídos pelo casal, que escava uma cavidade com as patas num tronco de árvore ou numa colônia de térmitas. Cada postura contém entre dois a três ovos, geralmente de cor branca, que são incubados pela fêmea. Os juvenis nascem sem penas e recebem os cuidados parentais de ambos os pais.
Surucuá-de-Peito-Azul
O surucuá-de-peito-azul ou surucuá-variado (Trogon surrucura) é uma espécie de ave da família Trogonidae.
Mede aproximadamente 26 cm de comprimento. Possui duas subespécies com colorido do ventre e das pálpebras distintos: a de barriga e pálpebras amarelo-alaranjadas, Trogon s. aurantius (encontrada da Bahia ao Rio de Janeiro, Goiás e leste deMinas Gerais); e a de barriga vermelha com pálpebras laranjas, Trogon s. surrucura (resgistrada do sul de Mato Grosso e Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, nordeste da Argentina e Paraguai). Habita matas e cerrados.
Ambas as subespécies apresentam dimorfismo sexual, sendo o macho com cabeça e peito azulados, costas verdes e asas salpicadas de branco. As fêmeas e os imaturos são cinzentos.
Surucuá-de-Barriga-Vermelha
O surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui) é uma espécie de surucuá que habita boa parte da América do Sul, incluindo a Colômbia, Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil. Tais aves chegam a medir até 25 cm de comprimento, sendo que os machos possuem o alto da cabeça azul, pálpebras amarelas, dorso verde, cauda negra com faixas longitudinais brancas, enquanto as fêmeas têm o alto da cabeça e o pescoço cinzentos. Também são conhecidas pelos nomes de peito-de-moça e perua-choca.
Surucuá-de-Coleira
O surucuá-de-coleira (Trogon collaris) é uma espécie de ave da família Trogonidae.
Mede aproximadamente 25 cm de comprimento. Possui dimorfismo sexual, sendo o macho com cabeça, peito e dorso esverdeados, apresentando uma linha branca que separa o peito da coloração vermelha das partes inferiores, além da parte inferior da cauda ser branca e barrada de negro; a fêmea apresenta cabeça, peito e dorso castanhos e retrizes centrais de cor ferrugínea, sendo a cauda não claramente barrada.
Encontrada do México à Bolívia e Brasil (até Mato Grosso e Rio de Janeiro).
Surucuá-de-Barriga-Amarela
O surucuá-de-barriga-amarela (Trogon rufus) é uma espécie de surucuá que habita as Honduras, a região da Amazônia e a costa do Brasil. Tais aves chegam a medir até 26 cm de comprimento, sendo que os machos possuem as partes superiores e o peito verde-cobre, pálpebras azul-claras, asas e cauda negras com estrias brancas, barriga amarela, enquanto as fêmeas são pardas, com a barriga amarelada. Também são conhecidas pelos nomes de pata-choca e perua-choca.
Surucuá-de-Barriga-Amarela
O surucuá-grande-de-barriga-amarela ou surucuá-de-barriga-dourada (Trogon viridis) é uma espécie de ave da família Trogonidae.
Mede aproximadamente 30 cm de comprimento e pesa 82 gramas. Apresenta dimorfismo sexual: o macho possui cabeça e parte superior do peito azul-escuros, pálpebra-azul clara e dorso verde, tornando-se mais azulado próximo do uropígio; as fêmeas possuem cabeça, peito e costas acinzentadas e a cauda barrada de negro.
Sua alimentação consiste basicamente de frutos, sendo complementada com a ingestão de artrópodes. Nidifica em ninhos de cupins ou em ocos de árvores, principalmente durante o verão, onde deposita de dois a três ovos brancos. O período de incubação é de aproximadamente 16 dias.
Vive em matas úmidas ou secas, tanto em baixadas como nas montanhas. Ocorre do Panamá e Trinidad à Bolívia, e do Brasil amazônico e oriental para o sul até o litoral norte de Santa Catarina.
Quetzal-Resplandecente
O quetzal-resplandecente (Pharomachrus mocinno) -por vezes chamada de "serpende de penas" é uma ave trogoniforme, típica da América Central.
O quetzal-resplandecente tem um comprimento médio de 36 cm, acrescentado de mais cerca de 60 cm de cauda. É uma ave de modo de vida solitário, procurando frutos ou insetos nas árvores da floresta. O macho possuí retrizes extraordinárias que o ajudam a atrair a fêmea. Seu habitat são as florestas do México e da Guatemala
Os antigos povos da Mesoamérica - Maias e Astecas - prestavam culto ao quetzal como ave sagrada e hoje em dia é a ave nacional do Guatemala.
Quetzal-de-Crista
Quetzal-de-crista (Pharomachrus antisianus) é uma espécie de ave da família Trogonidae. Nativo da América do Sul é encontrado na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Quetzal-de-Pontas-Brancas
(Pharomachrus fulgidus)
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