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25 setembro, 2011

Mustelídeos


Mustelídeos

fotos da lontras bebê

Os mustelídeos (latim científico: Mustelidae) constituem uma família de mamíferos da ordem dos carnívoros, bastante diversificada e com ampla distribuição geográfica. O grupo tem representantes em todos os continentes, à exceção da Oceania, e habita habitats diversificados como os litorais costeiros, zonas montanhosas, o Rio Amazonas ou a tundra siberiana. Os mustelídeos são animais de pequeno a médio porte, desde a doninha anã do tamanho de um rato ao glutão de cerca de 25 kg, conhecido pela agressividade. O grupo inclui animais bem conhecidos como as lontras, os texugos e as doninhas.
Os mustelídeos têm tipicamente patas curtas, corpo alongado e uma cauda mais ou menos comprida. As orelhas são normalmente arredondadas e o focinho é afilado. Uma das características mais marcantes do grupo é a sua pelagem espessa de coloração e texturas variadas, de grande qualidade para efeitos de fabricação de vestuário. Esta qualidade fomentou a caça indiscriminada aos mustelídeos com o objetivo de lhes retirar a pele. O vison marinho, que vivia na costa leste da América do Norte, extinguiu-se em 1894 devido a caça exaustiva. Outras espécies como o vison ou o arminho foram também muito perseguidas. Hoje em dia a caça é controlada, mas a procura de peles de mustelídeo pela indústria da moda não baixou. Em vez disso, estes animais são hoje em dia criados em cativeiro, em quintas especializadas para a produção de peles. As condições em que os animais vivem são, em muitos casos, bastante precárias e as organizações de direitos dos animais têm vindo a lutar contra o fenômeno. Para além de campanhas publicitárias contra o uso de peles, uma das ações preferidas dos ativistas é a invasão das quintas e libertação dos animais. Esta atividade tem provocado a expansão geográfica de várias espécies, nomeadamente o vison nativo da América do Norte, para a Europa e América do Sul. Em contrapartida, à medida que o vison prolifera graças às fugas do cativeiro, a doninha-europeia tem vindo a declinar por não ser capaz de competir no mesmo nicho ecológico com a espécie americana.

Lontras

A lontra é um animal mamífero da subfamília Lutrinae, pertencente à ordem carnívora e à família dos mustelídeos. Vive na Europa, Ásia, África, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina. Seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde busca alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos freqüentemente aves e pequenos mamíferos.

Geralmente a lontra tem hábitos noturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento. Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e seus filhotes, os machos não vivem em grupos e só se junta a uma fêmea na época de acasalamento. O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e ao fim nascem de 1 a 5 filhotes.
A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pesa até 35 quilos. Embora sua carne não seja comercializada em larga escala a lontra faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele e pela depredação dos ecossistemas aos qual a lontra está adaptada.
Esse animal possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico. O corpo por sua vez é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.
Em
A lontra é capaz de assobiar, chiar e guinchar. Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.

Lontra-Européia
(Lutra Lutra)


Odder (Lutra lutra) foto

Lontra-de-Nariz-Peludo
(Lutra Sumatrana)



Lontra-Neotropical
(Lontra Longicaudis)



Lontra-Anã-Oriental
(Aonyx Cireneus)



Lontra-Marinha

A lontra-marinha (Enhydra lutris) é um mamífero marinho nativo para as costas do norte e do leste do Oceano Pacífico. Lontras-marinhas adultas pesam tipicamente entre 14 e 45 kg, tornando-os mais pesados dos membros da família Mustelidae, mas entre os pequenos mamíferos marinhos. Diferentemente da maioria dos mamíferos marinhos, a forma primária de isolamento da lontra-marinha é um casaco de peles grossas, excepcionalmente, a mais densa no reino animal. Embora possa andar sobre a terra, essa lontra vive principalmente no oceano.
A lontra-marinha habita ambientes que têm grande profundidade marinha. Alimenta-se principalmente sobre invertebrados marinhos como ouriços, moluscos e crustáceos diversos, e algumas espécies de peixes. Seus hábitos alimentares são notáveis em vários aspectos. Primeiro, o uso de rochas para abrir conchas torna uma das poucas espécies de mamíferos que usam essas ferramentas. Na maior parte de seu território, é uma espécie que controla populações de ouriço-do-mar, que em grande quantidade prejudica as populações de algas. Sua dieta inclui peixes que são valorizados por humanos como alimento, levando a conflitos entre as lontras-marinhas e pescadores.
Essas lontras, cujo número foi estimado de cento e cinqüenta mil até trezentos mil, foram caçadas extensivamente para retirada de sua pele, entre 1741 e1911, e com isso sua população caiu para no máximo dois mil. A proibição subseqüente internacional sobre a caça, os esforços de conservação, e programas de reintrodução em áreas anteriormente povoadas contribuíram para recuperação, e as espécies ocupam agora cerca de dois terços de sua escala anterior. A recuperação da lontra-marinha é considerada um sucesso importante na conservação marinha, embora as populações das ilhas Aleutas e da Califórnia recentemente tenham declinado. Por estas razões (bem como a sua particular vulnerabilidade a derrames de petróleo), a lontra-marinha continua a ser classificada como uma espécie em perigo.




Ariranha

A ariranha, lontra-gigante, lobo-do-rio ou onça-d'água (Pteronura brasiliensis), é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas.
A ariranha é a maior espécie da sub-família Lutrinae (as lontras) e pode chegar a medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Os machos são geralmente mais pesados que as fêmeas e pesam até 26 kg. A ariranha têm olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Os dedos das patas estão unidos por membranas interdigitais que facilitam a natação. A pelagem é espessa, com textura aveludada e cor escura, exceto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.
É uma espécie em perigo e a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras causam vítimas entre as lontras que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e mais intensamente ainda nas ariranhas que estão no topo da cadeia alimentar. Entre os metais o que mais freqüentemente contamina animais é o mercúrio, usado na extração de ouro. Há também algumas perdas devidas a caça furtiva por causa da pele, que foi mais intensa no passado.
A ariranha é claramente distinguível das demais lontras pelas características morfológicas e comportamentais. Ela é o maior membro da família Mustelidae em comprimento, sendo a lontra-marinha a maior em peso. Os machos possuem de 1.5 a 1.8 metros de comprimento e as fêmeas de 1.5 a 1.7 metros. . O peso varia de 32 a 45.3 kg para machos e de 22 a 26 kg para fêmeas.



Texugos

Arctonyx

Arctonyx é um gênero de texugos que compreende apenas uma espécie, o Arctonyx collaris. Com aproximadamente 70 centímetros de comprimento, este texugo habita as florestas do Sudeste Asiático, possui hábitos noturnos e se alimentam de frutas, raízes, plantas e pequenos animais.



Texugo-Europeu

O texugo-europeu ou texugo-euroasiático (Meles meles) é um mamífero mustelídeo indígena da maior parte da Europa e de muitas áreas da Ásia. É a única espécie classificada no gênero Meles. As subespécies comumente aceites são: Meles meles meles (Europa Ocidental), Meles meles marianensis(Espanha e Portugal), Meles meles leptorynchus (Rússia), Meles meles leucurus (China e Tibete) e Meles meles anaguma (Japão).
O texugo pode habitar em áreas muito diferentes. Os texugos são mais abundantes em zonas com algum relevo e heterogêneas do ponto de vista paisagístico, com grande variedade de biótipos (como florestas caducifólias e mistas, matagais, sebes e terrenos agrícolas, margens deribeiros) que lhes proporcionam uma maior disponibilidade de recursos e abrigos. No entanto, desde que tenha uma cobertura adequada e um tipo de solo em que o animal possa escavar até uma grande profundidade, qualquer local é propício para esta espécie.
O texugo vive em complexos de tocas (ou texugueiras) escavados por ele, que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis. Estes túneis desembocam na superfície em aberturas que têm normalmente um monte de terra à sua frente (proveniente da escavação dos túneis). O número de entradas varia, podendo ser um complexo com centenas de metros de comprimento e múltiplas câmaras subterrâneas.


Ficheiro:Meles meles borz.jpg


Ratel

O ratel (Mellivora capensis) é uma espécie da família Mustelidae. Ocorrem na maioria de África e no Oeste e Sul da Ásia. É a única espécie classificada no gênero Mellivora e na subfamília Mellivorinae. É um animal muito destemido e quase desprovido de medo. O Ratel ataca e mata basicamente qualquer coisa que se movimente e demora apenas 15 minutos para comer uma cobra de 1,50m, ele possui um diferencial dos outros animais que é uma inteligência e facilidade para achar os pontos fracos dos oponentes rapidamente e assim obterem sucesso na caça e na captura de suas presas, mas quando é defrontado por outro macho da mesma espécie, ele comumente ataca primeiramente os testículos. Ele é um dos únicos animais que usam ferramentas, por exemplo, uma pilha de toras como escada. O ratel é tão carniceiro que aparenta não ter critérios de seleção para aquilo que ataca, bastando estar no seu alcance visual (ou de ataque). Come insetos, mamíferos, lagartos e répteis. O Ratel consegue até matar um crocodilo adulto. O Ratel é louco por mel (o seu nome em inglês é “honey badger”) e está disposto a levar milhares de picadas para acabar com uma colméia para satisfazer o seu desejo. Foi também observado por ambientalistas que nem mesmo criaturas astutas como leões e leopardos tentam atacá-lo.



Texugo-Americano

O texugo-americano (Taxidea taxus) é um mustelídeo norte-americano que possui pelagem acinzentada, cortada no dorso por uma faixa longitudinal branca e que se alimenta de pequenos animais.








Irara

A irara (Eira barbara) é um animal carnívoro da família dos mustelídeos. É a única espécie do género Eira. Têm um aspecto semelhante às martas efuinhas, podendo atingir um comprimento de 60 cm (não incluindo a cauda). As iraras habitam as florestas tropicais da América Central e América do Sul.
A irara é também conhecido no Brasil pelo nome de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamado "cabeza de cejo", que significa "cabeça de velho". Sem dúvida é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar "humano".
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é uma parenta da marta. Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil a as habilidades manuais ficam evidenciadas quando na captura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma, ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas traseiras e a cauda e com as patas dianteiras vai "desrosquando" a fruta até que a mesma se solte do caule: as palmas de suas patas são lisas, as garras parcialmente retrateis e as articulações de suas pernas lhe permitem "virar as patas" para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. São escansoriais, solitárias, mas podem ser vistas aos pares, costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos e até cutias. Os filhotes nascem cegos, mas inteiramente cobertos de penugem negra e são facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar.



Glutão

O glutão ou carcaju (Gulo gulo) é um mamífero da família dos Mustelidae, ordem Carnivora. Vive no Hemisfério Norte, nas zonas frias da Sibéria, Escandinávia, Alasca e Canadá
O carcaju é um animal onívoro, com uma componente importante de carne na sua dieta. Exteriormente assemelha-se a um pequeno urso com cauda. Tem focinho e pescoço curto e orelhas pequenas e arredondadas. A pelagem é castanha fulva e negra, muito densa, impermeável e resistente ao frio. O carcaju pesa até 30 kg e mede em média 70 a 110 cm de comprimento, excluindo a cauda que chega aos 20 cm.
O carcaju é um animal tímido em relação ao homem, mas extremamente corajoso e agressivo nas relações com outros animais selvagens. Os carcajus atacam animais presos em armadilhas e são conhecidos casos em que roubaram presas a matilhas de lobos e até a ursos polares.
A época de reprodução decorre durante o verão, mas a implantação dos embriões no útero é atrasada até ao início do Inverno. A gestação só é bem sucedida se a fêmea tiver acesso a uma fonte abundante de alimentos. As crias nascem na Primavera em ninhadas de 3 ou 4 e desenvolvem-se muito rapidamente. Ao fim de um ano, os juvenis adquirem o tamanho adulto e a maturidade sexual. Os glutões podem viver até aos 13 anos.
O carcaju é o animal oficial do estado do Michigan. O personagem da Marvel, Wolverine, deve o seu codinome ao carcaju, do inglês "wolverine".



Martas

Marta é a denominação comum dado aos mamíferos mustelídeos do gênero Martes. Estes animais são carnívoros e semi digitígrados e têm uma pele muito apreciada. Sua gestação dura 2 meses, tendo em média 2 ou 3 filhotes. Já chegou a ser centenas de milhares na Europa, mas foram tão caçadas por causa de sua pele, que estão se tornando raras. Capturar um mustelídeo é relativamente fácil, por ser muito curiosa basta colocar um objeto brilhante em seu ninho, que ela cai na rede. É um animal solitário que vive em lugares rochosos e arborizados, de difícil acesso, o que torna a sua situação de conservação pouco preocupante. Costuma demarcar seu território com um rastro da secreção das glândulas anais, como faz a doninha sua parente próxima, porém de odor menos desagradável.

Fuinha
(Martes Foina)



Zibelina
(Martes Zibellina)


Visons

Vison é a designação comum a várias espécies de mamíferos mustelídeos do gênero Mustela, especialmente a Mustela vison, que se assemelham às doninhas da América do Norte. Possuem hábitos semi-aquáticos e pelagem macia e luxuriante. Esses animais têm sido mantidos em cativeiro, alimentando o mercado de peles e o mundo da moda.

Vison-Americano
(Neovison Vison)


Vison-Europeu
(Mustela Lutreola)


Arminho

O arminho (Mustela erminea) é um carnívoro mustelídeo de pequeno porte pertencente ao grupo das doninhas (Mustela spp.). A espécie ocupa todas as florestas temperadas, árticas e subárticas da Europa, Ásia e América do Norte. Há 38 subespécies de arminho, classificadas de acordo com a distribuição geográfica. O arminho não corre de momento qualquer risco de extinção, mas algumas populações estão ameaçadas, sobretudo por perda de habitat. O tempo de vida desses animais é de 7 a 10 anos, tendo casos de arminhos que chegaram a viver 14 anos, embora sejam muito raros.
O arminho é um predador solitário que prefere caçar durante a noite ou no crepúsculo, movendo-se rapidamente em ziguezagues. Podem percorrer cerca de 15 km numa única noite. As suas presas preferenciais são pequenos roedores, insetos, anfíbios, pequenas aves e freqüentemente os seus ovos e juvenis. São excelentes trepadores de árvores e bons nadadores, podendo também caçar peixes ou crustáceos, se as habituais fontes de alimento estiverem indisponíveis. Uma das suas vantagens é a capacidade, conferida pelo seu diminuto tamanho, de perseguir as presas dentro de tocas. O arminho tem que comer várias vezes por dia para responder às necessidades do seu metabolismo rápido e passa grande parte do seu tempo a caçar. É também conhecido o seu hábito de guardar restos de refeições em tocas ou buracos de árvore, para consumir mais tarde. As presas são normalmente mortas com uma dentada no pescoço.
A época de reprodução é anual e começa no fim da Primavera, princípio do Verão. Os arminhos são polígamos oportunísticos e acasalam várias vezes ao longo da estação. A gestação é relativamente muito longa para um animal tão pequeno e dura cerca de nove meses, devido ao atraso propositado da implantação dos óvulos no útero até à Primavera seguinte. As crias nascem por volta de Março em ninhos construídos pelas fêmeas em tocas ou buracos de árvore. Cada ninhada tem em média entre 4 a 9 filhotes, que nascem cegos e cobertos de uma penugem branca. O crescimento é bastante rápido e com oito semanas os arminhos são já independentes. As fêmeas atingem a maturidade sexual de imediato e normalmente acasalam na época de reprodução seguinte. Os machos demoram mais tempo a crescer e tornam-se adultos ao fim de um ano.
Os arminhos sofrem freqüentemente de uma infestação parasítica causada pelo nemátodo Skrjabingylus nasicola, que ocupa a zona nasal e em muitos casos causa a morte do hospedeiro.











Furão

O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico (Mustela putorius furo), utilizado como animal de estimação em vários países do mundo. O termo é geralmente utilizado como referência ao furão-doméstico, descendente da "doninha-europeia" ou da "doninha-das-estepes", mas também a duas espécies de mustelídeos americanos que ocorrem do México à Argentina, conhecidas como furão-grande (Galictis vittata) e furão-pequeno (Galictis cuja).
Ao contrário do que algumas crenças populares indicam os furões não são roedores e pertencem à família das doninhas, na qual se incluem os texugos e as lontras.

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